AVIAÇÃO NAVAL BRASILEIRA

Vought O2U-2A Corsair

Biplano de Observação e Bombardeio


M a t r í c u l a s

HO-1

HO-2

HO-3

HO-4

HO-5

HO-6

 


E s p e c i f i c a ç ã o   o r i g i n a l (1)

Origem: EUA (Chance Vought Corp.)
Dimensões: comprimento:  m; envergadura:  m; altura:  m; Superfície alar:  m2.

Pesos: vazio: ? kg; máximo na decolagem: ? kg.

Motores: dois motores ? de cilindros rotativo, desenvolvendo ? HP.

Desempenho: velocidade máxima: ? km/h; razão inicial de subida: ? m/min; teto de serviço: ? m; Autonomia ? h.
Armamento: 1 metralhadora 7mm ou Lewis .303 fixa na central e 1 móvel em anel, na nacele traseira. Capacideda para até 226,5kg de bombas sob as asas

Tripulação: dois em tandem. 


H i s t ó r i c o

Os Corsair começaram a Revolução de 32 operando a partir do Galeão (3), executando principalmente missões de reconhecimento armado ao longo do litoral norte do estado de São Paulo, além de apoiar a Aviação Militar. Numa dessas missões conjuntas, realizada em 16 de julho, um Corsair escoltou dois aviões do Exército (um WACO CSO e um Potez 25 TOE) num vôo de reconhecimento sobre a cidade de São Paulo. Nesse mesmo dia, dois Corsair foram lançados sobre Resende para patrulhar aquela região (3).

 

Em 18 de julho, dois Corsair sobrevoavam o litoral norte próximo à divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo quando encontraram com um Potez 25 TOE paulista. A aeronave do Governo partiu em perseguição mas acabou perdendo o Potez quando este entrou numa nuvem. Três dias depois, nesta mesma região, dois Corsair encontravam-se numa missão de busca e destruição de uma bateria de artilharia constitucionalista. Ao sobrevoarem uma concentração de carroças e carros de boi foram recebidos com fogo antiaéreo. As aeronaves bombardearam a posição e a bateria foi destruída (3). 

Com a transferência de dois Corsair para Vila Bela, sobraram somente outros dois em condições de vôo no Galeão para apoiar a Aviação Militar. Na medida em que ocorria o avanço legalista, os Corsair passaram a operar mais próximo do "front". No final de julho, a Aviação Naval no teatro de operações do Vale do Paraíba foi reforçada com a vinda de mais um Corsair, deslocado de Vila Bela. Na primeira semana de agosto os três Corsair já operavam a partir de Resende, reconhecendo o território inimigo e apoiando as forças de terra. Mas a frente sul necessitava de reforços aéreos e dois desses Corsair foram enviados para Faxina (atual Itapeva) no dia 12 de agosto. Um terceiro Corsair se dirigia para Faxina mas foi perdido num acidente em 20 de agosto, perto de Jacarezinho (3).

 

As obras de ampliação do campo de aviação em Vila Bela ficaram prontas no dia 24 de julho. De imediato, dois Corsair foram enviados para lá, de onde deveriam executar ações em conjunto com os hidroaviões já baseados ali. Com a necessidade de deslocar um Corsair para a frente de combate no Vale do Paraíba, o grupo de combate de Vila Bela ficou enfraquecido.

Em setembro, as aeronaves estacionadas em Vila Bela passaram a hostilizar o Forte de Itaipu que guarda a entrada do Porto de Santos e estava em poder dos paulistas. No dia 3, uma esquadrilha contendo três S-55A, escoltados por um Corsair, lançou seis bombas de 68 kg.


F o t o s

Clique na foto acima para ver outras imagens

 


B i b l i o g r a f i a

 

(1) PEREIRA NETTO, F. C. Aviação Militar Brasileira 1916-1984. Ed. Revista de Aeronáutica: Rio de Janeiro, 1985. p.41

(2) LAVENERIE-WANDERLEY, N. F. História da força aérea brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Ed. Gráfica Brasileira, 1975. p. 130-131.

(3) Flores Jr., J. 1932 A Guerra no Ar. Revista Força Aérea nº 2, março 1996. Action Ed. p. 28 - 41.