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O secretário da Marinha dos EUA informou no dia 22 de julho, aos membros do Congresso, o plano de cancelar o programa DDG-1000 (classe “Zumwalt”), após a construção dos dois primeiros navios.
A escalada de preços e o temor de que a construção de mais desses navios possa vir a prejudicar o restante da frota, obrigou a US Navy a rever seus planos. Ao invés de construir mais DDG-1000, serão construídos novos destróieres DDG-51.

A missão principal dos navios da classe “Zumwalt” (DDG 1000) será prover apoio de fogo naval e defesa aérea em áreas litorâneas, onde navios grandes são mais vulneráveis, e atuarão possivelmente como navios-capitânia em grupos-tarefa compostos por LCS (Littoral Combat Ships) e submarinos. O deslocamento estimado será de 14.500t e os navios terão também capacidade anti-submarino, ataque à superfície e defesa contra mísseis balísticos. Espera-se que as avançadas características “stealth” da classe criem incerteza nas forças inimigas quanto à sua localização. O eco no radar produzido por um DDG-1000 é igual ao de um pequeno navio pesqueiro e a assinatura acústica semelhante a de um submarino classe “Los Angeles”!

Estima-se que cada navio vai custar bem mais do que os US$ 3 bilhões de dólares estipulados inicialmente. O programa de desenvolvimento da classe “Zumwalt” enfrentou muitos obstáculos para sair do status de demostrador de tecnologia, e dependendo do sucesso do programa, uma classe ainda maior de navios seguindo o mesmo conceito (a CG-X), poderá ser desenvolvida.

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Edilson

Recordo-me de que quando postei que a escalada dos custos dos equipamentos militares americanos estariam pondo em risco a prórpia operacionalidade dos sistemas de armas a lngo prazo, fui criticado.
F-22, B-2, JSF, CVX, DDX e tudo mais.até o tio san sofre deste mal.
no entanto não vejo problemas operacionais se eles adotarem os DDG-51, pois acredito que estes sejam os melhores destroyers da atualidade e permanecerão ai por longo tempo.
cumprimentos a todos

Douglas

Alguns dos programas realmente foram encolhidos. Mas não vejo uma parada na pesquisa e lançamento de meios. Vejam o B-2, contruiram 10/12, agora chegaram á conclusão que será mais barato bombardeiros não tripulados. vejam o sub classe Seawolf. construíram 3 e agora vão investir pesado na classe virgínia, que representa o amadurecimento da tec. do Seawolf. vejam o F-22, falaram que iam cancelar. Hoje já está na 120ª unidade entregue e provavelmente vão aumentar o programa. Vejam a noticia acima. Serão 2 Zumwalt, mas já planejam um navio ainda maior. Provavelmente será um cruzador, pois chamar hoje de destroyer um… Read more »

Gabriel

Os stealth começaram a cair…
acho que a USAF tá sobrendo do nosso mal crônico de falta de grana;

König

Douglas, o F-22 teve uma redução grande de unidades inicais e agora isso acho que é a Guerra do Iraque que anda pesando no orçamento militar deles.
Saudações

Jorge

Com 3 a 4 bilhões de dólares compraríamos 18 SU-34 e Embraer R-99, construiríamos e integrariamos AWACs Embraer 190, construiríamos pelo menos duas bases para os aviões, fora misseis anti-navio, etc.. Provavelmente teríamos tudo operando plenamente a partir de 2014.
Depois com tempo viriam os submarinos com AIP e nuclear, as FREM e os NaPAOc.
Porque não privilegiar aviões a curto prazo ao invés de ficar sonhando com navios e submarinos para só te-los operacionais no ano 2021 com sorte.

Bosco

É uma pena que o projeto não vá adiante como planejado inicialmente, mas é um lindo navio.
Mas sem querer ser do contra, bem que ele poderia ter um Mk110 para dar cobertura à vante e ter alguns lançadores verticais à mais. Os Burkes possuem mais de 90 e pesam “apenas” 9500 toneladas.

KURITA

Mas que naviozinho feio , ainda bem que ficar só em dois mesmo

Nunão

Como sempre se diz, gosto não se discute…

A única coisa que achei legal, pelo folclore, foi a proa pelo aspecto “vintage”, que lembra os encouraçados do início do século XX. De resto, acho o projeto mais medonho dos últimos tempos.Se instalar uma alça pra mão à ré da superestrutura, vira um ferro de passar.

Mas imagino que tenha VLS a dar com pau, mais do que os Burke, já que agora eles ficam instalados contornando os dois bordos, ao invés de concentrados.

Raphael

Isto o que acontece quando engenheiros eletricos/eletronicos desenham um navio, sem nem consultar engenheiros navais. o grande problema deste projeto foi que eles tentaram mudar tudo, tudo mesmo de uma vez. Novo desenho do “hull”, novo sistema de machinas, novo sistema de armas, novo sistema eletronico, novo numero de marinheiros, novo etc… Claro que tudo eh para ser muito integrado, e tudo acabou nao funcionando. A marinha queria continuar jogando dinheiro no projeto ate que todas as falhas (que sao MUITAS) fossem resolvidas. O Congresso falou chega (depois da marinha ter gasto muita grana). So para dar um exemplo o… Read more »

konner

[“Jorge em 25 Jul, 2008 às 14:50

Porque não privilegiar aviões a curto prazo ao invés de ficar sonhando com navios e submarinos para só te-los operacionais no ano 2021 com sorte.”]

A resposta está na substância da sua argumentação.

— Estratégia —

Dominar a arte de fazer navios e submarinos eficazes, é muito mais lento e caro para nós em relação aos aviões.

Se não iniciarmos com navios e submarinos o quanto antes só veremos os resultados apartir de 2021, ou 31, 41 …

konner

[“Nunão em 25 Jul, 2008 às 18:50

De resto, acho o projeto mais medonho dos últimos tempos.Se instalar uma alça pra mão à ré da superestrutura, vira um ferro de passar.”]

Seu comentário não poderia ser mais feliz !!, rsrsrs.

C.Queiroz

Complementando o que o Amigo Raphael falou a respeito da classe, tem o seguinte, quando eu era molequinho eu construia dois tipos de barquinhos/navios de madeira, os que navegavam razoavelmente , com grande embarque de agua na proae os submersiveis, depois vi que tinha projetado a classe Inhauma com a primeira e agora chego a conclusão que pegaram os meus submersiveis e transformaram neste DDG-1000. Um abraço

Raphael

Os engenheiros do DDG-1000 viram muito Star Trek quando eram pequenos. Nem tudo se resolve com technologia.

konner

DDG-1000 — classe Zumwalt ESPECIFICAÇÕES: COMPRIMENTO: 182 mts ALTURA: 24 mts DESLOCAMENTO: 14264 Toneladas PROPULSÃO: Turbina a gás VELOCIDADE: 30 nós TRIPULAÇÃO: de 95 a 150 tripulantes ARMAMENTO: 20 lançadores verticais quádruplos PVLS MK-57 para mísseis de cruzeiro Tomahawk, mísseis antiaéreos SM-3 Standard e ESSM além de foguetes anti submarino de lançamento vertical ASROC. 2 Canhões AGS de 155 mm; 2 canhões MK-110 de 57 mm antiaéreos AERONAVES: 2 Helicópteros Sikorsky SH 60 LAMPS ou 1 Helicóptero Sikorsky MH 60 R e 3 veículos aéreos não tripulados VTUAV RQ-8 A Fire Scout. SENSORES: Radar AN/SPY 3 (MFR) Radar de busca… Read more »

König

Konner você saberia me informar a cadencia desses canhões de 57mm?
Saudações

Douglas

Já tinha lido sobre esses canhoes… são os primeiros de uma nova geração……. Acho que daqui ha 30 anos veremos de novo gigantestos cruzadores/encouraçados, com alcance e cadencia 20 vezes maiores que seus irmãos da IIGM… É só uma suposição. Mas canhoes de 5/6 pol. começam a voltar. Não duvido que os russos venham com um rival de 8/10 pol. e assim por diante. A precisão de tiro é fabulosa. Pelo post acima, suponho que os Zumwalt serão demonstradores de tecnologia como os subs 3 Seawolf. Depois amadureceram na classe Virginia. alguem falou de Star Trek??? Então vejam a ponte… Read more »

Douglas

König, de 8 a 12 tiros/ minuto, depende da fonte….. Sobre problemas com eles Raphael, além do preço, por hora é tudo suposição computacional. Vamos aguardar que naveguem. Sobre os canhões ainda: o US Army tem uma versão terrestre montada em um carro blindado. Estão testando.

Baschera

Douglas, que eu saiba quem está testando o blindado sobre lagartas é a Alemanha (Rheinmetal). O protótipo é chamado DONAR, tem 31 Ton. sua torre é da KMW, é um 155mm/L52 adaptado ao veículo de lagartas ASCOD-2 autríaco (da general Dynamics Land Systems)no entanto, dizem seu alcançe preciso ser de até 52 Km.
Sds.

Raphael

Os canhoes fazem outro exemplo bom, os projetils sao guiados por eletronica que resistem ate a 40,000 gravidades de aceleracao. Muito bom neh? O problema eh que a aceleracao que a o projetil tem que resistir eh 90,000 + gravidades. Tambem, fica dificil disparar os canhoes quando tiver milhares de toneladas de agua em cima deles, por que a frente do navio esta jogando agua para cima. Os missils nas laterais do navio tambem tem muitos problemas. O que acontece quando um navio que jah nao eh muito estavel tem que disparar 2 SM-3 de um lado que a inercia… Read more »

Raphael

A US Navy estava fazendo ezatamente isto:

König

Douglas mas não é muito baixa essa cadencia não?
Os de 76mm tem cadencia superior a isso para uma arma anti aérea eu acho muito baixa a cadencia se for levar em conta que o Phalanx dispara mais de 2000 TPM.
Saudações

Bosco

Koning, você está fazendo confusão. Os canhões que disparam 10 tiros por minuto são os de 155 mms e não os de 57 mms. Os Mk 110, de 57 mm disparam 240 tiros por minutos (4 por segundo) com espoleta de proximidade ou por tempo. São efetivos também contra alvos de superfície. Infelizmente não oferecem cobertura ao arco de proa. OBS: os DDG1000 possuem 80 células de lançamento vertical. Os Burkes (flight II A) possuem 96. Considero pouco para um navio multifunção que pode levar 5 ou mais tipos de mísseis. Cada célula dos Mk57 pode levar 4 ESSM, Tomahawks,… Read more »

Bosco

Konig,
me desculpe pelo “Koning”!
Na verdade quem fez confusão foi o Douglas que respondeu sua pergunta achando que você se referia ao AGS de 155mm.
Saudações à todos!

Bosco

È uma pena que estes “belos” navios não vão existir às dezenas. Tomara que uma nova classe seja ainda melhor. Isto é culpa do modus operandi da mente humana no que se refere à evoluir. Evoluímos e aprendemos de forma linear, um passo de cada vez. Somos incapazes (e a história mostra isto) de dar grandes saltos (com raras exceções). Com certeza, o fato de juntar uma séria de idéias altamente avançadas em um pacote não deu muito certo, esbarrando em prazos, custos e compatibilidades. Isto sem falar que os canhões eletromagnéticos e os Ciws de energia direta (laser?) não… Read more »

konner

[“König em 25 Jul, 2008 às 23:08 Konner você saberia me informar a cadencia desses canhões de 57mm?”] Aqui estão alguns detales: Bofors 57 Mk3 gun system (US denomination 57 mm Mk110) with its high rate of fire and immediate switch capability between optimized ammunition types, including the new smart 57 mm 3P all-target ammunition, provides high survivability and tactical freedom at all levels of conflict. Capability: 6-mode programmable all-target ammunition. Air burst capability for small boat defence and engagement of concealed targets. 220 rounds per minute rate of fire and super accuracy gives short firing sequences. 120 rounds ready… Read more »

konner

digo, detalhes.

König

Muito Obrigado Bosco e Konner.
Para instalarem armas com uma cadencia baixa assim concerteza deve ter um exelente sistema e pontaria.
Saudações

konner

Ao contrário dos destróieres atuais, a missão principal do DDG 1000 será o apoio a ataques terrestres para as forças em terra. Na verdade, um dos requisitos mais importantes não veio da marinha americana, mas do – corpo de fuzileiros navais – que, em 2002, solicitou que a marinha fornecesse recursos de disparo de mísseis de longa distância, em período integral, para apoiar as operações anfíbias do corpo de fuzileiros. Isso significa que o DDG 1000 terá de operar de maneira eficiente em ‘águas litorâneas rasas'[grandes rios talvez??], e não em missões rápidas em que tem de disparar e evadir,… Read more »

Nelson Lima

Navios horrendos, vão matar o inimigo primeiro de susto. Não admito navio de guerra feio. Os amerricanos que já construíram os encouraçados Missouri. lindos e imponentes, as Charles F.Adam, elegantes e de formas arredondadas, emboras refletoras de radar, e as Spruance grandiosas, agora me aparecem com esse jacaré de ferro. Francamente!

Bosco

Talvez sejam horríveis e não sirvam para desfiles para serão ótimos para “matar gente”. O problema com esta classe de navios é exatamente o que disse o nosso amigo Konner. Estes navios “inicialmente” foram pensados para satisfazer requisitos dos marines, que juntamente com os V22, os AAAV e os LCAC dariam ao fuzileiros americanos uma enorme capacidade de projeção de poder. Só que após mudar de nome algumas vezes e de configuração mais um tanto chegou-se ao DDG1000. Um navio multifuncional a exemplo dos seus primos Burkes e Ticos. Isto, junto com o fato de acolher no seu projeto uma… Read more »

Bosco

Correção:
“Talvez sejam horríveis e não sirvam para desfiles MAS serão ótimos para “matar gente”.”

Bosco

Vale salientar que com o descomissionamento de todas as unidades da classe Spruance a Marinha Americana não possui mais navios especializados. Ficando apenas com os Burkes e os Ticos. Uma boa regra a ser seguida por todas as marinhas do mundo, incluindo a nossa, é ter navios de baixo nível tecnológico, baixo custo e capacidade limitada e navios de alto nível, em geral com capacidade de defesa aérea. Nem mesmo os USA podem arcar com os custos de uma marinha só de navios de alto custo. Os Perrys e os Spruance poderiam ter sido modernizados e dariam conta do recado… Read more »

Pedro Rocha

Olá senhores! Acredito que essa necessidade dos US Marines estava sendo atendida com maestria com os encouraçados de batalha classe Iowa. Um dos desenhos que vi era de um mercante, barato de construir com vários canhões e mísseis. Seria um projeto que imporia terror assim como os Iowa com os seus canhões de mais de 400 mm impunham. Uma pena que os estrategistas estadunidenses estão temendo ataques de saturação de mísseis. Uma situação que não acredito que nações consigam manter. Mas entrei nesse tópico para demonstrar como são interessantes esses novos canhões de 155 mm. Um projeto barato e que… Read more »

Douglas

Pedro Rocha, creio que voltaremos à era do canhão. O projeto dessa arma é espetacular, pois joga no chão o custo da munição se comparado a mísseis, e poderá substituí-los em 80% dos casos. Com o aumento do calibre/ alcance, voltaremos a ver belos e ameaçadores navios com torres de disparo. Os Iowa hoje são mantidos em estado razoável, podem ser chamados a ativa apos 1 ano de manutenção. O problema é que hoje a US Navy não tem mais munição para os giatescos canhoes 16. pol. Mark 200-7.

Douglas

tem um projeto pra obus em carro de combate com esse maravilhoso canhao de 155m.

Bosco

O problema com os canhões de 16 polegadas dos couraçados é seu alcance máximo de 47 kms, sua falta de precisão e o tamanho de seus projéteis (1,2 tn) que causam muitos danos colaterais. Os fuzileiros queriam um canhão que pudesse disparar em todo a faixa litorânea (estabelecida por eles em 50 milhas terra a dentro) estando o navio além do horizonte radar (em torno de 25 milhas) e com precisão para reduzir os danos colaterais e otimizar os resultados. Um canhão autopropulsado ou autorrebocado que tivesse a mesma performance do AGS teria que ter o mesmo comprimento de cano… Read more »

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[…] Marinha dos EUA, Donald C. Winter, anunciou em 29 de outubro, que o nome do segundo destróier da classe “Zumwalt” receberá o nome de USS Michael Monsoor. Designado como DDG-1001, o nome homenageia o Petty Officer […]

Maria do Céu

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