Plano de Defesa prevê elevar gastos para 2,5% do PIB

116

Cristiano Romero (Colaboraram Juliano Basile e Mônica Izaguirre)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve fechar amanhã, em reunião no Palácio do Planalto, o “Plano Estratégico Nacional de Defesa”, um ambicioso projeto de reequipamento das forças Armadas e de mudança radical da cultura militar do país. O plano prevê, entre outras iniciativas, a fabricação de caças e outros equipamentos militares no Brasil, a concessão de incentivos fiscais para a indústria bélica nacional, a dispensa de licitação na compra de armas e a exigência de que o serviço militar passe a ser efetivamente obrigatório. O projeto estima que, em cinco anos, os gastos militares saltarão de 1,5% para 2,5% PIB (cerca de R$ 69 bilhões).
O plano foi feito por comitê presidido pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e coordenado pelo ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger. Seria divulgado ontem, durante as festividades do Dia da Independência, mas a visita da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fez o presidente Lula adiar o anúncio. Para elaborar o plano, Jobim e Mangabeira debateram o tema com ministros e lideranças militares.
Um dos aspectos mais importantes do plano é “reconstruir” a indústria bélica nacional. Jobim e Mangabeira estão propondo ao presidente a adoção de um regime jurídico e tributário especial para as empresas, livrando-as, inclusive, da necessidade de participar de licitações na venda de equipamentos às forças Armadas. “Empresas privadas de defesa não podem ser tratadas como empresas quaisquer, mas no Brasil elas são”, disse Mangabeira ao Valor.
Em contrapartida, o governo passaria a exercer um “poder estratégico” sobre essas empresas. A idéia é fazer isso por meio de “golden share”, ação especial que dá ao acionista o poder de veto numa companhia, ou de licenciamentos regulatórios, um sistema muito usado nos EUA. No caso dos licenciamentos, o governo apresenta uma longa lista de exigências à empresa interessada em se beneficiar dos incentivos. “Essa dependência de aprovações é tão abrangente que, no fundo, é como se houvesse uma superdiretoria lá no governo dizendo “faça isso” ou “faça aquilo”, disse Mangabeira.
Com o plano de defesa, Mangabeira quer que o Brasil deixe de ser um mero comprador de aviões militares. A ambição é, além de exigir a transferência de tecnologia, negociar a criação de joint ventures de empresas estrangeiras com nacionais para produzir caças no país. O ministro reconhece que o governo vive um dilema, na medida em que a força aérea Brasileira necessita renovar a frota entre 2015 e 2025.
Há negociações, neste momento, para a compra de aviões produzidos na França e na Rússia. Jobim e Mangabeira querem aproveitar a compra para negociar parcerias. O ministro de Assuntos Estratégicos assegura que o Brasil não comprará de quem não aceitar, já neste momento, a transferência de tecnologia. “Não vamos entrar numa relação em que penda sobre nossas cabeças a espada de Dâmocles de uma grande potência que use a nossa dependência tecnológica para induzir uma tutela política”, afirmou, em uma crítica velada aos americanos, que rejeitam transferir tecnologia bélica.
Outro ponto do pacote diz respeito ao serviço militar. O plano prevê dois caminhos. O primeiro é manter o serviço como está. A única diferença é que, ao longo do serviço militar, as forças Armadas ofereceriam educação regular aos soldados, além da militar. A segunda opção é que todos os brasileiros em idade para se alistar passem a se apresentar obrigatoriamente, cabendo às forças Armadas escolher os mais aptos a servir. Numa segunda etapa, os que não fossem aproveitados prestariam o serviço social obrigatório, de preferência numa região do país diferente da sua. Nesse serviço, receberiam treinamento militar “rudimentar” e comporiam a força de reserva.
Mangabeira acredita que essa é a parte mais controvertida do projeto. A decisão caberá ao presidente Lula. “Queremos cuidar para que as forças Armadas continuem a ser a própria nação em armas e não uma parte da nação paga pelas outras partes para defendê-las. Sobretudo numa sociedade tão desigual como a nossa, elas são um nivelador republicano, o espaço no qual a nação pode se encontrar acima das classes”, diz.
Um ponto polêmico da proposta é a integração das ações das forças Armadas, acostumadas a atuar de forma segmentada no Brasil. Mesmo elogiando as lideranças militares, especialmente as escolas dos oficiais, Mangabeira admitiu que não há consenso, mas assinalou que a implementação do projeto não depende do presidente, mas do país.
“Não é fácil para nenhuma força armada enfrentar uma proposta de grande transformação”, assinalou. “O centro do debate da defesa é, de um lado, o alcance das nossas ambições, se nos levamos a sério ou não. De outro lado, é o nível de nossa disposição para o sacrifício. A moeda da defesa é o sacrifício. Em última instância, é a disposição para morrer, mas, antes disso, é a disposição para comprometer os nossos recursos e nosso tempo, o tempo da nossa juventude.”
Segundo Mangabeira, com o plano, haverá um “triplo imperativo” para as três forças armadas. O primeiro é o monitoramento. A preocupação, nesse caso, é assegurar que, dentre as tecnologias utilizadas para monitorar o país, os militares não dependam apenas de tecnologias estrangeiras. O ministro afirma que o Brasil não tem nenhum controle sobre os sistemas de localização, como o GPS (sigla em inglês para sistema de posicionamento global).
A idéia é que o país desenvolva satélites, veículos lançadores, sistemas de localização, um complexo de tecnologias espacial e cibernética. “É intolerável que, numa situação de conflagração mundial, percamos a possibilidade de visualizar o país e de guiar os nossos veículos aéreos e marítimos porque o sistema de localização pode ser desconectado a qualquer momento.”
O segundo imperativo é a mobilidade. A avaliação é que um país de dimensões continentais como o Brasil, que faz fronteira com dez nações e tem uma fronteira marítima de 8 mil km, as forças armadas não têm como estar presentes em toda a região de fronteira. Por isso, a eficácia da ação militar depende de tecnologias e capacitações de mobilidade. O plano é que a vigilância do território nacional e do mar territorial, especialmente das plataformas de petróleo, passe a ser feita por um sistema integrado de monitoramento a partir da terra, do ar e do espaço.
“O horizonte do projeto, e isso se aplica a todas as forças, é uma cultura militar pautada pela flexibilidade, a audácia, a imaginação e a capacidade de surpreender e de desbordar [ultrapassar os limites]. Não seremos os mais poderosos. Sejamos, então, os mais audaciosos e imaginativos”.
Mangabeira disse que o objetivo do projeto não é “apenas” reequipar as forças Armadas, mas “transformá-las”. “Uma das premissas da integridade do regime republicano e das forças Armadas é a primazia do poder civil sobre o militar, que só se completa quando os civis lideram as discussões sobre defesa”, disse. “A discussão não poderia ser delegada aos militares, senão se transformaria num pleito por dinheiro. Apareceria aos olhos do país como mais um lobby, como é, aliás, a situação de todas as corporações no Brasil.”
Ontem, após o desfile do Dia da Independência, Mangabeira afirmou que, como o plano exigirá sacrifícios financeiros, será atacado. “Quando o plano for lançado, será atacado por formadores de opinião. Vão acusá-lo de desperdício de dinheiro e de ser instrumento armamentício”. Mas ele acredita que vencerá a “batalha” contra os críticos. “Não são ataques previsíveis, mas também indispensáveis porque a resposta vai propiciar uma dialética de esclarecimento, vai construir condições para um grande debate nacional. É a nação que terá de decidir até onde vão as suas ambições e o seu sacrifício”.

FONTE: Valor Online 8/9/2008

Subscribe
Notify of
guest

116 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Douglas

Prezados,
Rede de satélites militares?? nenhum pais europeu tem isso sozinho. discurso meio faraonico. Vamos caminhar com os pes no chão, quero ver encomendas de fragatas, avioes e subs. antes do fim do ano. Em 2010 acho que não sai mais nada. é ano de eleição. Tem que ser agora pra dar tempo de assinar os contratos.

Vinicius Modolo

Cara se eles investirem em saúde e edução também o que além de ser justo e obrigatório ninguem vai raclamar não.
O que não pode é aumentar os gastos militares e deixar a saúde e educação em um nível caótico, pois ai sim os gastos militares serviriam de “boi de pirnaha” para a opinião pública.

Leo

Esta questão de rede de satélites ao meu ver é bastante factível e e provavelmente não tão cara… Imagino que ele esteja falando de 3 ou 4 satélites.

Muito mais complexo, e certamente mais oneroso, foi a cobertura de todo o território nacional com os Cindactas e o Sivam. Pouquíssimos países no mundo tem algo parecido.

Galante

Um questão importante que tem que ser colocada para os críticos é que a indústria de defesa nacional vai gerar empregos, renda e tecnologia de arrasto, que vai poder ser aplicada em outras áreas da economia.

Walderson

Caro Vinicius,
dinheiro para a saúde e educação já se provou que existe. Foi feita uma auditoria nos gastos de saúde e constatou-se que o desvio é de mais de 50%. Claro que se pode aumentar tb. Será sempre muito bom. O negócio é conscientização.
Um abraço.

König

E sem defesa adequada o rombo na nossa infraestura em uma guerra sera muito maior é apenas questão de bom Senso como fala aquele velho ditado. “Se vai falar besteira, é melhor ficar quieto”.
Saudações

João-Curitiba

Para entender o que Mangabeira pretende com o PND, é preciso voltar aos anos 70. Naquela época, vendíamos material de defesa pra meio mundo. A Embraer vendeu 500 Tucano de treinamento para a RAF. A Avibrás forceceu baterias Astros para o Iraque. A Engesa vendeu Cascavel e Urutu pra diversos países. A Mectron desenvolveu o missil Piranha. Construíamos aviões (AMX), navios e submarinos, diversos blindados leves e por aí afora. A maré começou a mudar quando o País apoiou a Argentina no conflito pelas Malvinas. Do outro lado estava a Inglaterra, maior alidado dos EUA no mundo. Nesse instante nos… Read more »

König

Ah minha mensagen não doi direcionada a nenhum forista, isso é para os que malham o pau na defesa porem sem saber o tão util FA’s são para o pais.

joao

Bom,depois do ocorrido ontem com a adiacao do tao falado plano para as Faas,ja nao acredito nessas palhacafas. Ja e hora de deixar de sonhar com tanta besteira e encomendar umas 12 fragatas novas,60 Sukhoi 35 assim como rifles e sistemas anti aereos para o exercito. As solucoes sao simples,basta ver o que esta em pleno andamento na Venezuela. So que no Brasil a verdade e que nao ha vontade de fazer nada,por isso as coisas ficam tao complicadas,cheias de estorias de avioes futuristicos,subs nucleares e,se nao fosse suficiente,agora outro sonho,de dominar o espaco tambem. O Brasil ja esta ficando… Read more »

Ozawa

A “discussão armamentista” num mundo democrático necessita de uma implícita justificativa quase filosófica, porque não hipócrita: “as nações se armam por que não confiam umas nas outras, e ninguém se desarma primeiro para que a outra o faça depois, por essa mesma desconfiança”. O que decorre daí é uma escalada sem fim, na mesma proporção do desenvolvimento tecnológico e na projeção do poder que se conquista ou se quer conquistar. Poucos são os países que declinaram desse movimento, quer pela sua incapacidade estrutural ou pela carência de meios e recursos de toda ordem. Não há nos países centrais, mesmo definidos… Read more »

molleri

O papel aceita tudo!

Natan

EDUCAÇÃO E SAÚDE JÁ POSSUEM AS MAIORES PARCELAS DO ORÇAMENTO FEDERAL!!! O QUE É DIFÍCIL DE ENTENDER É COMO CONTINUAM DEFICIENTES COM TANTOS RECURSOS SENDO CONTÍNUAMENTE INJETADOS….

Voluntário da Patria

…”HÁ SOLDADO PERDIDOS DE ARMAS NAS MÃOS”…URRRGGHH!!mangabeira vai lhes mostrar a direção….

Julio

Vinicius Modolo, lamentavelmente a educação e saude nunca irá melhorar em nosso país. Mesmo que fosse investido todo PIB ainda teriamos uma saude e educação publica de péssima qualidade. No Brasil existem as duas maiores máfias, que é a dos planos de saude e das escolas particulares. Acho que o Brasil tem mesmo que investir pesado no reequipamento das forças armadas, é uma questão de segurança e também de possibilitar que as familias que possui um filho, um marido, uma esposa nas forças armadas, estarão usando equipamentos e armamentos confiaveis e modernos em suas missoes. Quanto a opinião publica, enquanto… Read more »

André

Eu só dia para o Mangabeira que quem mais tem dificuldade em aceitar sacrifícios é a classe política. Os militares estão mais que acostumados a isso, mais ainda se considerarmos o atual estado precário das FA’s. Por isso, com relação aos militares, o ministro não deve se preocupar quanto a eles estarem dispostos a se sacrificar um pouco mais. No mais, vamos esperar o PND. Abraço a todos.

Paulo Taubaté

Um plano de verdade, pra ser levado a sério, tem que ter, além de navios, subs, aviões, helis, Urutu III, AAA soviética, um plano de recuperação da Avibrás e desenvolvimento do ASTROS e a continuação da barroso e dos Tikuna. Quem trbalha lá (na Avibras) não tem culpa das cabeçadas que os governos anteriores deram, do descaso…. tem muita tecnologia boa, tem muito engenheiro bom lá!!! Nem mesmo sei se ainda dá tempo de recuperar o projeto, retomar a produção e evoluí-lo. É uma pena ver projetos tão bons se perderem por falta de investimento e continuidade. Uma Barroso com… Read more »

Radical_Nato

E viva este país!!!
Tomara que este plano seja o começo de uma caminhada de mais justiça em todos os sentidos.

RL

Acredito, que agora é momento em nos lançarmos a uma mentalidade de nação grande. O primeiro passo, seria pararmos de pensar no que o resto do mundo tem de melhor ou de pior e pensarmos no que NÓS, temos de melhor e no que poderemos melhorar o que temos de pior. O de melhor, além da interminável lista de qualidades naturais, culturais etc, etc, temos que aplaudir a nossa capacidade de criação quando realmente queremos. Para isso, ficar comparando a nós mesmos eternamente com o resto do mundo, fará de nós eternos pensadores, o que nos limita em sermos presentes… Read more »

henrique

concordo profundamente com o armamento da naçao, so fico triste dele ter sido adiado tanto, pois agora esses politicos podem alega questao de segurança nacional e fazer sem licitaçao, eu fico pensando se com toda licitaçao ja tem corrupçao, fico pensando quanto esses caras vao levar da fatia de 6bi de dolares, esses planos eram pra ter sido realizados a 10 anos quando do FHC fez o Fenix so nao teve peito de termina-lo q fosse com o gripen, ai entra otro incompetente e diz q vai dar um dinheiro q foi dado em linha de credito no qual a… Read more »

Leonardo

Não quero ser estraga prazeres, mas pra esse ano não vem nenhuma compra que já não esteja prevista no orçamento. O orçamento é votado para o ano seguinte, não pode ser mudado durante a vigência.

2008 já era, 2009 é eleição, 2010 é um novo presidente. Sentiram cheiro de lorota no ar?

É o nosso aloprado ministro das idéias para o futuro em ação…

RODRIGO

Será que a palhaçada vai virar FX3….!!! Se isso acontecer novamente,será a coisa mais vergonhosa perante os concorrentes…!!!

Baschera

Sobre este assunto não falo mais, o Plano de Defesa, vou aguardar…
Mas apenas uma correção…ao post do Sr. João-Curitiba…

A Embraer, então empresa de capital federal, não vendeu 500 Tucanos para a RAF (Royal Air Force) Inglesa e sim cerca de 120 unidades, das quais a mesma tem hoje cerca de 80 em uso. Os mesmos foram vendidos em sistema CDK e se chamaram de Short-Tucanos, uma variante dos EMB-312 Tucanos.
Sds.

Julio

Paulo Taubaté, concordo com vc, deveria haver continuidade na construção de submarinos e outros equipamentos como a Barroso. O Brasil tem excelentes engenheiros, basta dar condições e prespectivas que eles surpreendem o mundo. Acho um absurdo perder todo conhecimento em troca de projetos estrangeiros. Abraços

Marcos

É por aí mesmo, mas para ser bom tem que acontecer e não ser apenas mais um plano.Tem que sair do papel, tornar-se real e ser um plano do Estado e não de um governo e começar “ontem”.

AJS

Caro João-Curitiba No tocante aos Osório, vencemos a concorrência mas não levamos, o motivo? Quem financiaria a compra pela Arábia Saudita, seria o Tesouro Americano, porém…um senador dos EEUU leu o calhamaço de material bélico a ser fornecido e deparou com o ítem Osório, o qual, se financiado, garantiria empregos no Brasil, num momento em que Tio Sam estava ávido por empregos por lá, daí, foi negado o financiamento, o qual posteriormente foi destinado à compra dos M-1 Abrams. A Líbia de Khadafi, tencionava comprar 260 Tucanos, quando aviões daquele país sobrevoaram o Brasil com material militar destinado à Nicarágua,… Read more »

Nelson Lima

Salve São Tomé!

CorsarioDF

Hoje é 09/09/08 será que sai o PLANO? É esperar pra ver.

Henrique

Bonitas palavras do Sr. Magabeira. A intenção parece ser muito boa.
Ainda acredito em coisa boa por ai, sou brasileiro, nunca desisto.
Se o governo está com medo da opinião pública a respeito dos gastos militares é fácil, faz campanha, promove o patriotismo. Não preciso enumerar aqui quão importante são as Forças Armadas para uma nação, até porque aqui todo mundo sabe, mas se tem medo da opinião dos demais, mostrem como é então.

[]’s

Carlos

O pessoal gosta de ridicularizar o Mangabeira, mas ele é um dos que briga pelo crescimento do Brasil. É um acadêmico respeitado nos EUA, foi professor de direito em Harvard por muitos anos (se não me engano ainda mantém vínculo, está de licença). A imprenssa brasileira passou a respeita-lo um pouco mais depois de um artigo no NY Times (eles o chamam de o ministro das idéias) onde o jornal elogiou suas propostas p/ o desenvolvimento do Brasil. Acho que ele fez a parte que lhe cabia de propor um plano ambicioso p/ transformar a nossa defesa. Se vai ser… Read more »

Carlos

Acho muito boa a proposta de serviço militar ou civil p/ 100% da população. Na alemanha é assim e ninguém reclama. Quem não vai p/ o quartel entra no serviço civil, trabalha em hopitais, asilos, etc.
Torço pela proposta, talvez assim o nosso sangue se torne um pouco mais verde e amarelo.

Iuri Korolev

Caros Srs. Um plano de defesa a longo prazo só funcionará com a equação : empresas privadas nacionais fortes + encomendas estatais garantidas. Como dizia João Saldanha, o resto é EMPULHAÇÂO !! Aí sim teremos tecnologia e geraremos empregos e receita ao mesmo tempo. Chegaremos onde tivermos que chegar mesmo que demore muito tempo, desde que haja investimento do Governo a longo prazo. Foi o caminho seguido por todos países desenvolvidos. O problema é que fora as honrosas,raras e conhecidas exceções não temos empresários aqui que saibam ganhar dinheiro com alta tecnologia, só sabem trabalhar com commodities. Este é o… Read more »

molleri

Você compraria um carro usado do Mangaba?
“O Projeto Amazônia, do ministro da SEALOPRA, Roberto Mangabeira Unger – que já chamou o governo Lula de “o mais corrupto da história” -, apresenta idéia polêmica para resolver a seca no Nordeste: aquedutos para transportar água da Amazônia.”

fernando-canoas

Amigos… Foi realmente acertada a idéia de não anunciar o plano no Domingo (07/09) com a presença da muy hermosa Sra. Cristina, pois imaginem vc ir comer um churrasco na casa do seu vizinho, aquele que vc se dá bem e que seus filhos brincam com os filhos dele, e no meio do churras, ele começar a dizer que vai aumentar a altura do muro, colocar cacos de vidro, cerca eletrificada, comprar 2 Pit bulls, contratar uma empresa de segurança, encher a casa e o quintal de câmeras, etc… Tudo isso dizendo que a amizade continua, que vizinho igual a… Read more »

AJS

Exatamente Fernando.
Ainda mais, quando esse vizinho, pode levar pra casa dele,algo que está ocupando espaço no seu quintal, ainda pagando por isso, pois anunciam que os F-103, poderão aterrisar em solo portenho.

Fernando-Canoas

Eu já tinha escutado algo a respeito….Nos foruns de lá, eles trocam muitas opiniões sobre os F-16s block20/30 que começaram á sobrar aos montões…. Mas os nossos MIII servir de “Spare Parts”, darão um folego extra nos Mirage deles, pois tanto os nossos quanto os deles sempre sofreram uma adequada manutenção..

RL

AJS e Fernando.

Também sou a favor da vendas dos MIII para “los hermanos”.

Antes lá, contribuindo com a operacionalidade da FAA, do que aqui, parados como sucatas.

Abraços.

Pedro Rocha

Olá senhores! Estou esperando o anuncio oficial do PND, como entusiasta vou lê-lo com muita dedicação. Eu não sei ainda se sai esse serviço civil compulsório, mas gostaria de aproveitar esse democrático fórum para alertar sobre um golpe contra a liberdade democrática do nosso país. Ilustríssimo ministro (com m minúsculo) goiabeira (de goiaba bichada assim como a cabeça desse individuo) esta propondo a criação de uma milícia, com grande inspiração na juventude hitlerista, precariamente formados. Senhores nossos jovens vão trabalhar de graça para fazer propaganda política e pior longe das suas casas. Imaginem que o treinamento militar simplório será somente… Read more »

cesar

caro pedro rocha,
penso da mesma maneira. o histórico deste goiabeira é preocupante, assim como o dos demais integrantes deste desgoverno. criação de milícia, aparentemente é isso mesmo q a cúpula governista deseja.e vou além, penso ñ estar longe uma possível tentativa de sindicalização das patentes + baixas de nossas fa’s. queira Deus q nossos militares ñ tenham sido todos cooptados. a mistura de goiabeira c/ melancia pode ser explosiva.

Lucas

Gastar 2,5% do PIB em defesa é ridículo, além do Brasil não ter esse dinheiro, nem inimigos temos pra justificar esse enorme gasto! Não faz sentido gastarmos essa fortuna pra proteger nosso território contra supostos inimigos externos se nem conseguimos garantir a miníma segurança aos nossos cidadões contra criminosos dentro das nossas próprias fronteiras.

João-Curitiba

Aos senhores Baschera e AJS Obrigado pelas correções. Isso é o que dá escrever muito e depressa. Sobre o tucano, na época falou-se em 500 aviões, mas na verdade concretizou-se a venda de 130, que foram fabricados pela Shorts, de Belfast (Irlanda). O modelo foi modificado ganhando novo motor e sistemas. Além desses 130, a Shorts ainda fez mais 12 para o Quênia e 16 para o Kuwait. Quanto ao Osório/Engesa, realmente os EUA melaram o negócio, o que resultou na falência da Engesa. Assim como impediram a venda de aeronaves da Embraer para a Venezuela e quase conseguiram barrar… Read more »

Douglas

rede militar de satélites? Estão vendendo sonho e há quem compre….Sobre tamanho, não é o tamanho que define a necessidade de uma rede militar de satelites, mas necessidade de dispor desse meio em combate. É preciso muito dinheiro e tecnologia. a Inglaterra que tem interesses e projeção de poder como aliada dos EUA não tem condição de manter uma rede dessas, nem a orgulhosa França, nem a russia que sucateou a sua nos últimos dez anos. Tal rede não serve só para pais grande, pois existe para aumentar a consciencia situacional das forças militares de um pais, seja ele do… Read more »

Douglas

Sobre o SMO melhor profissionalizar as FA, transformando-o em SCO. aqui no Rio, diversos armeiros do trafico e “soldados” foram treinados no Exercito e depois cooptados pelo banditismo. Conhecimento do universo militar, em uma sociedade como a nossa, deve ser restrito aos profissionais. Melhor seria um serviço civil obrigatório, onde o jovem, mesmo universitario pudesse dedicar algumas hoas da semana a uma atividade de assistencia ou trabalho social.

Douglas

alias, para M. Unger, tudo é facil. O ministério dele, criado pra “pensar” o Brasil no futuro, foi dotado da noite para o dia com 600 cargos comissionados, pra que M. Unger pudesse nomear 600 “pensantes” para as politicas de governo no futuro. Com certeza, foram nomeados 600 grandes intelectuais, de reconhecido saber e notoriedade. Dentro em breve teremos programas de homem na lua, em marte, sonda em jupiter, etc.

Douglas

E pensar que esse cara ha um ano disse que o atual chefe dele pertencia ao governo mais corrupto da história. M. Unger, vê-se, é homem de convicções…. forte abraço a todos.

Douglas

saiu hoje a data da contratação dos EC 725, que “poderão’ chegar a 50% de nacionalização no futuro. É isso, repete-se o esquema Esquilo. Não vejo ainda nisso uma grande evolução. Como a Helibras é misto de estatal e subsidiária da Eurocopter, sabem quando nós vamos desenvolver alguma coisa aqui? nunca. Sendo estatal não tem a inovação tecnologica como compromisso de sobrevivencia, como tem a Embraer. Se não inovar, não vende. E como é filial da Eurocopter, não vai desenvolver nada que não seja de vontade da matriz, e não colida com algum de seus produtos. Se a Helibras fosse… Read more »

Igor

A embraer só é o que é pq pegou tudo pronto. dúvido que se ela começasse do zero seria o que é hoje.

Pedro Rocha

Olá senhores! Eu admiro os cidadões-soldados (homens e mulheres) de Israel e da Suíça, porém são situações bem atípicas que levaram Israel e a Suíça adotarem esse tipo de alistamento militar. Israel esta cercado de inimigos declarados e a Suíça é um país neutro encravado entre países poderosos e com histórico belicista e expansionista. Para Suíça manter sua condição de neutralidade, logo se compreendeu a necessidade de forças armadas poderosas. Os senhores sabiam que a Suíça possui o maior exercito do planeta? Muitos aqui dirão que é o Chinês porem na Suíça todo cidadão apto de 18 a 48 anos… Read more »

marujo

Prezados Amigos: vi na edição da revista Tecnologia&Defesa que está nas bancas uma ilustração 3D do NaPaOc. Trata-se do mesmo nosso conhecido, que em vista dos projetos que estão sendo discutidos aqui, no blog, parece extepôraneo, feio para uma outra época que não a que vivemos. Fiquei preocupado. Segundo a revista, o Sir Bedivere (já adquirido) se chamará nesmo NDCC Almirante Sabóia e o navio de apoio antártico Almte. Maximiano. Vale a pena dar uma olhada na revista, por umas poucas informações como essas e várias fotos de meios navais construídos no Brasil desde o Império.

Julio

Mauro e Rocha, concordo com vcs. No Brasil não há como ter a totalidade dos militares profissionais. Os custos são proibitivos, a não ser que estejam pensando em pagar salário minimo. E a prestação do serviço militar não é apenas uma obrigação, mas, um direito que é dado ao cidadão.

Douglas

Se ele não está se referindo a isso se refere a que? As Fa tem uma banda inteira em um dos brasilsat. Se querem mais querem satelites militares ou tudo vira figura de linguagem.