rim-72c-sea-chaparral.JPG

As fotos mostram o sistema antiaéreo Sea Chaparral RIM-72C, instalado numa fragata da classe “La Fayette” de Taiwan. O Chaparral, que emprega mísseis Sidewinder, foi desenvolvido inicialmente para o US Army, para prover defesa antiaérea aproximada para forças terrestres.
A versão naval chegou a ser avaliada pela US Navy, mas não adotada. Taiwan comprou a versão naval do Chaparral para equipar seus destróieres “Allen M. Sumner”, e depois de desativá-los, reaproveitou o sistema antiaéreo nas fragatas classe “La Fayette”.
Trazendo a mesma idéia para o Brasil, chegou-se a pensar numa versão superfície-ar do míssil Piranha, que não foi adiante (ver segunda foto abaixo). Mesmo nesta época dos VLS, seria interessante a concepção de um Piranha naval, de configuração semelhante ao Sea Chaparral, para instalação nas corvetas brasileiras e até mesmo no NAe São Paulo?

rim-72c-sea-chaparral-2.jpg

piranha-antiaereo.jpg

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André

Esse sistema de míssel seria para defesa de ponto, não é mesmo?

edilson

ao meu ver o problema seria o alcance.
acho que seria melhor investir no onkhonto ou mesmo do ASTER 30 para defesa das escoltas

Nunão

Ainda haverá, por muito tempo, uma boa quantidade de navios na MB e em outras marinhas onde a instalação de lançadores conteiráveis de mísseis de defesa de ponto, como esses, seriam opções interessantes (quando não as únicas possíveis).

Valeria a pena investir nisso sim, como solução conjunta para as três forças, desde que fosse viável (ou seja, desde que apresentasse uma efetividade e um custo compatível com outras soluções já existentes, justificando o investimento). MAs até hoje, só vi fotos de maquetes como a que está aí em cima, e isso já há muito tempo…

João-Curitiba

O fabricante não desenvolve porque as FA não compram. As FA não compram porque o fabricante não desenvolve. E ficamos nesse círculo vicioso eternamente. Os fabricantes que já tomaram a iniciativa independente das FA, ou faliram (Engesa) ou estão mal das pernas (Avibrás). Em qualquer país que tem uma política de defesa, o governo diz: “Faça que eu banco”. Aqui o governo diz: “Faça que eu te ajudo a vender pro exterior”.

BVR

Dói assistir um projeto como o piranha ficar limitado a uma das forças.
Na contramão do que é feito normalmente, os projetos surgem; mostram-se eficazes; uma das forças compra x unidades e pronto. Acabou.
Vide Astros II, Tamoio, Osório.

Agora estamos na finalização de um míssil anti-radiação que possivelmente terá algumas unidades produzidas para a Fab e pronto.
Nem parece que os helis do Eb precisariam de um míssil assim; os helis da marinha (Cfn), enfim.
Idéias que se transformam em produtos de qualidade, que depois são relegados a um galpão.

Mauricio R.

Como postado anteriormente, tem de ter desempenho real e custo/benefício realmente vantajoso em relação ao importado, pq senão não adianta investir.
Não é simplesmente comprar, pq foi fabricado por uma industria nacional.

LeoPaiva

Respondendo a pergunta do post eu prefiro ir mais além e em vez de usar um Piranha naval, que tem pouco alcance, eu partiria logo algo mais sofisticado como um A-DARTER navalizado, e faria algo terrestre com o mesmo míssil usando o sistema SABER do exército, essa configuração ficaria superior até ao BUK-M2 novator . Assim teríamos um sistema padronizado nas 3 armas e de fabricação nacional. Acho que supriria uma das principais deficiências da Marinha e do Exército, que é a proteção AA de médio alcance.

Saudações a todos.

Nimitz

O problema é que o A-Darter ainda vai demorar, o Piranha já está aí, e a Mectron já está fazendo o MAA-1B, melhorado.
Se houvesse recursos e interesse, em quanto tempo será que conseguiríamos fazer um lançador naval pro Piranha? Um ano?

CorsarioDF

Concordo parcialmente com o Nimitz, acho que devemos usar primeiramente o piranha, que já vai pra segunda geração e vai nos permitir a ganhar tempo com esse sistema, pois já está desenvolvido. Mas o Leopaiva tem toda razão, se estamos desenvolvendo o A-Darter, porque não usá-lo? Também acho que para modificar o softeware do lançador do piranha pra lançar o A-Darter não será muito problema, pois o mesmo tem a função de substituir no futuro o Sidewinder e o Piranha, daí e bem mais fácil esta adaptação, lembrando que nós teremos todo o conhecimento necessário sobre o míssil. Enquanto ao… Read more »

TENENTE

Outro dia tinha um monte de gente “metendo o pau” na marinha,porque uma fragata que participava de um exercicio com os americanos,ainda usava os “obsoletos” misseis seawolf.Imagina se fossem os “piranhas”. Acho que deveria-mos valorizar o que e nosso. Nunca vai existir uma industria de defesa forte,se não começarmos com humildade e degrau por degrau.

Nelson Lima

Concordo com uma versão do Piranha MAA1B para uso naval nas corvetas e navios de apoio. Por outro lado o Brasil está perdendo tempo na utilização da tecnologia VLS presente nas Umkhonto.

Jonas Rafael

Em primeiro lugar, o Piranha tem capacidade de lock-on frontal como os novos Sidewinder? Ou apenas segue o calor dos motores como o AIM-9B? Ele pode travar em um míssil anti-navio vindo pela linha do horizonte? Se não pode a meu ver não vejo sentido em adotar uma solução assim. Depndendo do desempenho dele até o Mistral seria uma melhor alternativa.

RoLoUcO

na minha opinião, deveríamos retirar a torre de canhão dos m60 do exercito e adaptar como defesa para a tropa, contra helicópteros, só nada mais, porque não tem tanto alcance assim!!
mais como nao sou militar, nao sei se seria posivel!

João-Curitiba

Prezado Maurício R. Sob o ponto de vista puramente financeiro, você está certo e qualquer empresário faria isso. Mas um País não pode visar apenas isso.
Prezado TENENTE. Você está certo na sua visão estratégica. Precisamos errar muito, gastar muito, mas desenvolvermos produtos “made in Brazil”.

McNamara

O sistema é velho, ultrapassadíssimo. Temos de ter em mente as ameaças futuras, e os próximos vinte e cinco anos. Não vale à pena investir em sistemas como esse.

Julio

Caros colegas, vejam que estamos num impasse…há vinte anos deixamos de investir no Piranha…que me lembro a marinha alegou que o sistema não era confiável…chegaram testar, poderiam ter feitos encomendas, nem que fossem pequenas quantidades para as tres forças e assim permitir desenvolvendo rapido, enquanto o sistema era testado na prática. Não foi feito e hoje…não temos nada. Olhem os chineses..na década de 70 e inicio de 80 a marinha deles era basicamente navios patrulhas de origem soviética armados somente com canhoes e lança rojoes, no mesmo periodo nossa indústria militar estava nascendo…sempre tivemos excelentes idéias, engenheiros competentes (vide engesa,… Read more »

JSilva

A intenção inicial da USN era instalar os lançadores do Sea Chaparral na popa das fragatas da classe Knox, mas a idéia foi abandonada e os primeiros navios que entraram em serviço ficaram com o espaço na popa, atrás do convôo vazio. Anos mais tarde foram instalados os sistemas Basic Point Defense Missile System, com os seus lançadores Mk-25 e os mísseis Sea Sparrow.

Bosco

Mesmo que o “novo” Piranha tenha capacidade “all aspect” (típico dos mísseis de 3° geração) e seu seeker consiga travar em alvos frontais, uma versão de “defesa de ponto” devido à operar ao nível do mar e o fato de só possuir capacidade LOBL (travamento antes do disparo) o mesmo teria um alcance muito pequeno contra mísseis anti-navios (principalmente contra mísseis “lentos” com motores turbojato). Na verdade seria igual ao dos Mistral. De modo geral provavelmente seria mais eficiente que o Mistral na função anti-míssil devido ao tamanho da ogiva. Para se reformular o Piranha (sup-ar naval) de modo a… Read more »

Baschera

Esqueçam o Piranha, o AMX, o Osório…. tudo isto teve algum sentido na década de 80…. estamos em 2008, mas o equipamentos devem (no Brasil) durar até 2050.
Sds.

RoLoUcO

não precisamos reinventar a roda, nos já sabemos fazer carros de combate, navios, radares, misseis, aviões, etc. só precisamos de aperfeiçoar que já sabemos produzir e isso não custa muito se pensar que ganharemos uma baita tecnologia que depois pode ser e sem duvidas seria usada no meio civil.
este pais tem que pensar grande, pelo tamanho de nação que somos!!!
não sei se estou certo, e só um pensamento meu.
estou errado?

Vassily Zaitsev

Boa Tenente,

entraram em contradição. Seria dar um passo para trás se adquirís-simos um equipamento como este. devemos adquirir mísseis mais modernos, com lançadores VLS.

*obs: uma vez, vi em um site qualquer uma foto de um caminhão F-4000 com um três ou quatro Piranhas em cima de sua carroceria. Era um protótipo anti-aéreo que estava sendo oferecido ao EB.

Chirac

O problema eh que o Brasil quer copiar e introduzir elementos que melhorem o que foi copiado . Isso não funciona . O que funciona eh o ineditismo . Coisa inédita . Segredo . Os alemães surpreenderam o mundo com os V-1. , os aviões a jato . Eh isso que vale. O ineditismo. Construir um disco voador , coisa inédita , movido a energia nuclear. No mais , o Brasil nao consegue competir com outros países . Só de investimentos em pesquisas os EUA superam o PIB do Brasil . Então, ao indeditismo . Quer um exemplo : Um… Read more »

foxtrot

Já passou da hora do Brasil, desenvolver a versão naval do MAA1-A/B ( de preferência á B.), mas como no Brasil ficam discutindo o ” sexo dos anjos “, e quando se chega á uma conclusão o tempo já passou. E vou além, temos que desenvolver versões navais para armamentos nacíonais ( AVMT-300, A-DARTER, PIRANHA-B, SABER-M 60 / 200, TORC-30 ( VERSÂO DE 30mm da REMAX, ARES 30mm naval etc..) Mesmo que compremos equipamentos estrangeiros, tem que se integrar equipamentos nacíonais no projeto, só assim daremos fôlego á indústria nacíonal para continuar desenvolvendo ou aperfeiçoando novos equipamentos. Do que adianta… Read more »