P-51: US$ 1 bilhão em investimentos na primeira plataforma 100% brasileira

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“O que nós queremos é construir, no nosso país, uma grande base de indústria petrolífera, de indústria naval, para que a gente possa ser uma base de produção não apenas para as necessidades da Petrobras, mas também para atender a demanda do mundo inteiro, cada vez mais, por mais petróleo e mais gás”, diz o presidente Lula.

A Petrobras batizou no dia 7 de outubro (terça-feira), no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ), a P-51, primeira plataforma semi-submersível construída integralmente no Brasil. Programada para operar no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ), a unidade marca uma nova conquista da indústria naval brasileira com o conteúdo local acima de 75% de bens e serviços adquiridos de fornecedores nacionais.

A cerimônia de batismo contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, do ex-presidente da Petrobras e atual presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o vice-governador, e secretário de obras, Luiz Fernando Pezão, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria, da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, o presidente da Nuclep, Jaime Cardoso, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis (RJ), Paulo Ignácio Furtuozo, o prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, demais ministros, secretários, deputados, vereadores diretores da Petrobras, milhares de trabalhadores, e a primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva. madrinha da plataforma.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o Brasil pretende expandir sua indústria petrolífera para atender às demandas de todo o mundo. “O que nós queremos é construir, no nosso país, uma grande base de indústria petrolífera, de indústria naval, para que a gente possa ser uma base de produção não apenas para as necessidades da Petrobras, mas também para atender a demanda do mundo inteiro, cada vez mais, por mais petróleo e mais gás”, disse.

Já o presidente da Petrobras ressaltou a importância da nova plataforma não só para a Companhia quanto para o país. “Essa plataforma, que é a primeira 100% nacional, também cumpriu, em padrões internacionais, prazos e custos. Portanto, mesmo sendo pioneira ela deu resultados positivos, não somente para a Petrobras, mas também para essa cadeia da indústria naval brasileira e do emprego para os metalúrgicos brasileiros”, comentou.

Gabrielli ainda comentou sobre a política de conteúdo nacional. “Hoje podemos dizer que a política de conteúdo nacional está totalmente consolidada. Neste momento internacional, ela ainda se torna mais importante do que foi em 2003, porque abre uma enorme possibilidade de gerar emprego e renda dentro do Brasil, em condições competitivas internacionais”.

A construção da P-51 é um marco no processo de retomada da indústria naval brasileira. Em fevereiro de 2003, pouco depois da posse do presidente Lula, a direção da Petrobras optou por suspender o processo de licitação da P-51 e da P-52, que já estava em andamento, para incluir no edital a exigência de conteúdo nacional mínimo.

A exigência passou a ser adotada em todas as licitações realizadas pela Petrobras desde então, o que permitiu à indústria naval brasileira reestruturar-se de modo a poder atender, hoje, boa parte do volumoso programa de encomendas recentemente anunciado pela Companhia para os próximos anos.

“Depois de 55 anos da atividade no Brasil, temos hoje várias plataformas sendo construídas no País, como política do governo federal e da Petrobras. Na P-51 temos conteúdo nacional de mais de 75% de seus equipamentos e materiais”, afirmou o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, José Antônio Figueiredo, em coletiva de imprensa realizada na segunda (6/10). Quando atingir seu pico de produção, no ano que vem, a plataforma contribuirá com quase 10% da produção nacional, destacou.

A P-51 é uma das obras incluídas no Plano de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC). As obras dessa nova plataforma geraram cerca de quatro mil empregos diretos e 12 mil indiretos, contribuindo tanto para o crescimento da indústria nacional quanto para o aumento do volume de empregos no País.

Em 2010, quando atingir sua capacidade operacional máxima, de 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás por dia, a P-51 será responsável por cerca de 8% da produção nacional de petróleo. A nova unidade integra, também, o Plano de Antecipação da Produção de Gás Natural (Plangás) e será estratégica para o aumento da oferta de gás natural ao mercado brasileiro.

Além disso, a P-51 faz parte do Plano Diretor de Escoamento e Tratamento (PDET) da Bacia de Campos, sistema logístico estratégico para o escoamento de petróleo e gás produzidos nessa região. Dos 6 milhões de m³ de gás que serão produzidos por dia, uma parte será destinada ao consumo interno da unidade, como combustível para geração elétrica, e o restante será escoado para a terra.

A P-51 ficará ancorada no campo de Marlim Sul, a uma profundidade de 1255 m e instalada a 150 km da costa. Será interligada a 19 poços (dez produtores de óleo e gás e nove injetores de água) e produzirá óleo de 22º graus API. A previsão é que ela siga em outubro para a Bacia de Campos e que comece a operar no final deste ano.

Com investimentos de aproximadamente US$ 1 bilhão, a plataforma foi construída pelo consórcio FSTP (Keepel Fells e Technip) nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro, Itaguaí e Angra dos Reis, pela Nuovo Pignone, Rio de Janeiro e pela Rolls Royce, em Niterói.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef adiantou que o governo federal estará liberando 10 bilhões de reais, recursos do Fundo de Marinha Mercante para a indústria naval que tem uma forte demanda interna, mas que o Brasil vislumbra ser o grande celeiro do segmento no mundo.

A P-51 ficará ancorada no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos, a 150 km da costa, ela tem capacidade de produção de 180 mil barris de petróleo por dia, capacidade de compressão de gás de 6 milhões de m³ por dia, capacidade de injeção de água de 282 mil barris de água por dia, geração elétrica de 100 MW (energia suficiente para iluminar uma cidade de 300 mil habitantes), lâmina d’água em 1255 m, dez poços produtores, nove poços injetores, 200 pessoas acomodadas, 125 x 110 m de comprimento x largura, e peso de 48 mil toneladas.

FONTE: http://www.revistafatorbrasil.com.br

NOTA: Esse Blog é apartidário e muitas vezes criticamos o Governo, mas temos que dar o braço a torcer quando este acerta. E acreditamos que a iniciativa de produzir as plataformas de petróleo no Brasil foi mais do que acertada e veio em boa hora. Esperamos que o Governo também acerte no trato com o Poder Naval do Brasil, que até agora tem sido colocado em segundo plano.

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RL

AAAAAAAAAAAAleluia.
AAAAAAAAAAAAAleluia..

Mesmo em meados a trancos e barrancos, alguma coisa ainda “ACONTECE” de muito “POSITIVO” nesse país.

Essa pró-eficiência tem que existir em todas as áreas.

Esse dominío, esse total controle, supremacia, capacidade de construir AQUIIII é o que me deixa com o sorriso na orelha.

Tem que ser assim mesmo, no caso de aviões, navios, carros, motos, enfim, tanto no segmento civil ou militar.
Essa paridade nacional X importado tem que ficar por ai mesmo, na casa de uns 70% / 80% nacional e o restante advindos de material importado.

Caraca…gostei de ver.

[…] Original post by Galante […]

Fábio Max

tô com o blog!

Uma plataforma 100% nacional é uma conquista, parabéns a este governo!

Edilson

concordo com a apinião dos blog e acho que este é o caminho.

AMX

Com certeza, um grande feito!!
Chegar aos 100% é um sonho. Tomara que o dia de o atingirmos não demore.
Abraços!

McNamara

Esse é o caminho! Nem tudo nesse país desce a ladeira que termina na rua da Amargura. Felizmente temos o que comemorar.Sucesso total. Só para comparação, esse era o valor de cada cruzador AEGIS classe Ticonderoga, quando foi lançada.

Vassily Zaitsev

Galante,

Neste quesito, concordo plenamente. Acho que esse índice ( 75%) corresponde à 100% se falar-mos em siderurgia, aço, canalização, e coisas do gênero, pois o restante ACHO que ficou com as multinacionais citadas na matéria.

Na minha opnião, já dominamos o ” Hard” , falta o ” Soft”, o eletrônico, que tb conta muitíssimo.

Nunão

Que venham outras, e que a indústria naval possa se sustentar com o tempo, passada a fase de grandes encomendas da Petrobras.

Cláudio Laranjeira

Parabéns ao Povo Brasileiro por mais essa conquista:e parabéns principalmente à Petrobras sem esquecer os técnicos e engenheiros por alcançar mais esse feito, conseguir desenvolver tecnologia capaz de explorar petróleo à quilometros de profundidade. E que este feito sirva de lição para nós Brasileiros acreditarmos mais nesse nosso País que é “muito”rico e que um dia quiça se tornará uma potência mundial. PARABÉNS!!!!!!