O Brasil comemora neste mês os 20 anos da inauguração do primeiro reator nuclear genuinamente nacional, o IPEN/MB-01, que entrou em operação em novembro de 1988. Desenvolvido por pesquisadores do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), em parceria com a Marinha, é uma ferramenta básica para testar o funcionamento de outros reatores e confirmar na prática as projeções realizadas pelos cientistas.

O país havia inaugurado 30 anos antes o seu primeiro reator nuclear –e também da América Latina, o IEA-R1. Entretanto, o complexo foi projetado e construído pela empresa norte-americana Babcock & Wilcox. Localizado no campus da USP (Universidade de São Paulo), o IPEN/MB-01 ao contrário, foi desenvolvido por um instituto brasileiro.

Fonte: Folha Online

Subscribe
Notify of
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Nunão

Lembro de estar no primeiro ano da faculdade em 88 e no campus da USP vozes apocalípticas antecipavam um desastre com o mesmo quando começasse a operar. Se não me engano, em novembro de 88 os professores da USP estavam em plena greve e teve gente que acusou a inauguração de ser naquele período para não gerar protestos no campus, já que estava esvaziado etc. Vaga lembrança, na real a memória que ficou daqueles tempos foi um de verão bem quente e comprido, com reposição de aulas em janeiro e boas festas. Mas o reator continua lá, firme e forte.… Read more »

Leo

Eu vi aquele reator pouco antes de ser inaugurado. Acho que o que mais me chamou a atenção foram as medidas de segurança que envolviam o reator.

As paredes de prédio tem 1.5 metros de espessura em concreco. A porta que dava acesso a sala do reator, para trabalhos de manutenção, também era de concreto com 1.5 m de espessura. A estrutura toda foi construída para suportar o impacto de uma bomba nuclear.

É uma das poucas coisas neste país que a gente tem do que se orgulhar. Parabéns a MB e ao Ipen.

Ulisses

Leo,só o caso de sermos Brasileiros já é muita coisa.

Hornet

Nunão, acho que era o Goldemberg sim…eu também estava por lá nessa época (entrei na USP em 89) e sei bem o que vc está falando… Não sei quanto a vc, mas minha “birra” era outra nesta época…não era com o reator nuclear da MB, com perigo de radiação, com as pesquisas do Ipen, e nem nada disso…Meu problema era com o acelerador de partículas do Instituto de Física. Toda vez que os caras ligavam aquela “nhaca”, acabava a energia elétrica no campus por horas (aquele troço era ou ainda é, não sei, um sugador de energia)…e lá se ia… Read more »