Há 33 anos, o choque entre o USS Belknap e o USS John F. Kennedy

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O USS Belknap (CG26), foi o primeiro de uma série de nove navios. Construído pelo Bath Iron Works de Maine, foi incorporado a US Navy em novembro de 1964.
O navio ficou tristemente conhecido devido à colisão deste com o navio-aeródromo USS John F. Kennedy (CV67), há 33 anos.
No dia 22 de novembro de 1975, ao sul da Sicília, numa noite de mar agitado, os dois navios se chocaram, o que causou um incêndio no cruzador resultando no falecimento de sete tripulantes e de um falecimento no Kennedy.
A superestrutura feita basicamente de alumínio praticamente derretou, devido às altas temperaturas provocadas pelo incêndio.
O cruzador imediatamente recebeu socorro do próprio Kennedy e do navio de transporte de munições USS Mount Baker (AE-34).
O Belknap foi reconstruído pelo Estaleiro Naval de Philadelphia entre janeiro de 1976 e maio de 1980.
Entre maio de 1985 e fevereiro de 1986 ele foi convertido pelo Estaleiro Naval de Norfolk para ser o navio capitânia da VI Frota (Mediterrâneo), onde ficou até 1994, baseado no porto italiano de Gaeta, até ser retirado de serviço em 1995.
Em setembro de 1998, o Belknap foi usado como alvo num “Sinkex”.
Depois desse episódio, todos os navios da US Navy passaram a ter a superestrutura feita em aço, no lugar de alumínio.
Na primeira foto, vemos os danos no Belknap logo depois do incêndio, e abaixo, no Kennedy. Na última foto, o Belknap depois de ter sido reconstruído.

Colaboração: Franz Neeracher

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Alfredo_Araujo

Lendo o título sem ler o conteudo do topico e olhando para a primeira foto, a primeira coisa q eu pensei foi: Caramba, comoo q um CV conseguil passar por cima do cruzador? =]

JSilva

A porrada foi no sponsom da pista em angulo a BB.

A experiencia do Belknap influenciou em muito a forma de construcao dos Arleigh Burke, em termos de integridade do casco e mesmo nos equipamentos e doutrina de CAV.

Em tempos recentes, aquilo que o Sheffield representou para Royal Navy, o Belknap representou para U.S.Navy.

Azevedo

Estudo de caso sobre outra colisão, mais recente:

McNamara

A situação do Sheffield era outra, estava em combate, era uma guerra de verdade, foi atingido por míssil inimigo. A coincidência era incendio de grandes proporções a bordo e a existência de estrutura de alumínio. Colisão em alto-mar é coisa séria, o número de baixas, dada a gravidade do caso, foi bem pequeno.

JSilva

A comparação feita não foi em relação ao status e condição de operação dos navios e sim a questão do incendio em si. Casos não faltam Franklin na IIGM, Stark em 1987….etc. O Sheffield ainda chegou a influenciar alguma coisa nas “Duke´s” e o Belknap no DDG-51, porque as FFG-7 e o CG-47 (ex-DDG-47) já estavam no gatilho. A USN chegou a pensar em dar PT no navio, mas iria ser desfalque violento perder um navio com capacidade de defesa AAe de area (ER) naquele momento, quando varios dos cruzadores veteranos da IIGM e modernizados com Tartar/Terrier e Talos estavam… Read more »

McNamara

Tem razão JSilva, e pior, estávamos em plena Guerra Fria, com a Marinha Soviética sempre presente no Mediterrâneo. Abraços.

Azevedo
CorsarioDF

Isso serve para nos mostrar como os materiais mudam, daqui a pouco os navios serão construídos em compostos, titânio entre outros. Imaginem só o preço de uma belezura dessas.

Sds.

Vassily Zaitsev

Na IIGM tb aconteceu algo parecido. O fato ocorreu entre um porta-aviões atingido pela aviação japonesa e um destróyer que tinha a função de “acostar” e embarcar a tripulação do porta-aviões (este, por sua vez, deveria ser afundado, pois o fogo consumia o seu interior, chegando próximo aos paióis). Como o amr estava agitado e os dois navios muito próximos, o destróyer acabou por “enfiar” suas super-estruturas no porta-aviões. Ficou assim, nessa posição por diversas horas, sendo chacoalhado, jogado para lá e para cá. Esse porte-aviões se chamava Princeton. Nesse mesmo ocorrido, o cruzador Birmingham, tb foi destacado para ajudar… Read more »