A lista completa da parceria envolve quatro áreas

São Paulo – O acordo de cooperação entre o Brasil e a França no setor da Defesa não está limitado ao fornecimento de submarinos Scorpéne, convencionais, e ao suporte no desenvolvimento do submarino nuclear brasileiro.

A lista completa de compras nessa área é composta por quatro tópicos abrangentes: tecnologia de concepção de submarinos convencionais e da parte não-nuclear de submarinos atômicos; serviços de construção do estaleiro especializado; construção da base especial para submarinos nucleares e de sua proteção, e construção no Brasil de quatro Scórpene e do casco de uma unidade nuclear.

Não é só. O Ministério da Defesa está discutindo com a francesa Thales a aquisição de uma sofisticada rede eletrônica integrada para cuidar da vigilância de áreas estratégicas – por exemplo, das plataformas marítimas da Petrobrás. Há poucas semanas o estaleiro DCNS, o agente do programa dos submarinos, apresentou ao Comando da Marinha do Brasil seus projetos de navios de superfície de desenho crítico, dotados de elevado índice de furtividade, dificultando a detecção por radar. A empresa revelou a disposição de abrir a tecnologia referente e produzir as embarcações no País, em parceria com estaleiros brasileiros.

Peças – Do total de 250 mil peças e componentes do Scorpène, os fornecedores locais têm condições de responder por cerca de 36 mil itens, segundo levantamento realizado pelo Comando da Marinha.

São componentes de alta sofisticação, como as válvulas TWT, aplicáveis no sonar de bordo, e sensores de precisão, desenvolvidos a partir da separação isotópica no processo de enriquecimento do urânio que o Centro Tecnológico da Marinha já domina em todas as fases.

O pacote bilateral considera prioritário o Projeto Soldado do Futuro. A médio prazo, o programa prevê a criação de um chip de localização para ser empregado por tropas de selva, na Amazônia. Para times de Forças Especiais, o mesmo empreendimento vai gerar um conjunto ótico combinando visão noturna, telemetria, rastreador térmico e sensor de atividade eletrônica. O programa F-X2, de escolha de um caça para a FAB não será tratado agora.

Fonte: Agência Estado/Diário de Canoas – Canoas, RS

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Janjão

Não podemos justificar a queda da França na II Guerra devido a sua filosofia e/ ou doutrina militar simplesmente. Sua população masculina foi muito reduzida na I Guerra que ela não podia correr o risco de um novo enfrentamento de grandes proporções, sob pena da extinção da identidade cultural francesa. Também não devemos ver de maneira pessimista estas questões relacionadas a transferência de tecnologia, embora os franceses não são lá muito confiáveis, trazem a bela Carla Bruni, fazem o ano do Brasil na França, exaltam nossa cultura tupiniquim simplesmente para defenderem com afinco os seus interesses nacionais. Mas não devemos… Read more »

Iuri Korolev

Arcanjo

Se deste acordo com a França o Brasil conseguir um verdadeiro
up-grade em sua tecnologia e indústria tudo bem.
Mas se ele for só para comprar material travestido de “acordo” vai ocorrer o que você falou sobre a MISSÃO FRANCESA.
Não é questão de lado errado, pois a França tem tecnologia avançada de defesa em todos os setores.
A questão é se ela vai passar ou se saberemos aproveitar ou não.

Sds
Iuri

Tomcat

Pior seria um 3o. mandato, totalizando 12 anos de molusco sapo barbudo

Igor

2012 é fim do mundo, esqueceram? rs

Ulisses

Marine,respondeu uma parte,mas ainda ficou outra:

“A12 São Paulo
URUTU III e C-390 virão em 2012 e as primeiras unidades do URUTU III serão 12!!!”

Obrigado.

Wolfpack

Espero sinceramente que tudo saia do papel e dê emprego a bastante gente.

ARCANJO

O centro da questão é: nenhum país com noção geo-política e estratégica faz um “acordo estratégico” com um só país, excluindo, na prática o intercâmbio com outros países. Isso é abrir mão de parte de sua soberania e sua autonomia para ficar numa camisa-de-força amarrada ao pé da mesa do outro “parceiro”. Uma tremenda fria na qual já entramos no século passado, através de acordo similar com a MISSÃO FRANCESA, que nos fez perder meio século em termos de evolução. Ficamos presos à filosofia, conceitos, estratégias e materiais da França que, logo em seguida, na segunda guerra, foi derrotada e… Read more »

Voluntário da Pátria

“Inteligente” é o jovem que anda com a camisa onde estampada está a face do terrorista e Assassino CHE GUEVARA…

Marine

Iuri,

Eu acho isso um defeito da cultura ocidental que e bem influenciada pelos EUA, o consumismo, a superficialidade com essas “celebridades”…chega a ser uma certa decadencia nossa.

Sds!

Iuri Korolev

Marine

Os americanos como os brasileiros não são muito inteligentes.
Apenas são mais organizados e melhores gerentes.
Nos EUA eles chamam os cientistas de nerds e dão bolsas de estudos para os jogadores de rugby…
Quando os cientistas chineses,indianos,etc minguarem a ciência deles acaba.

Sds
Iuri

Marine

Ulisses,

A razao e que com relacao a aeronaves o numero 12 geralmente e o minimo para se formar um esquadrao. 12 Veiculos blindados geralmente sao capazes de transportar uma companhia de infantes.

Espero que tenha respondido suas duvidas.

Sds!

Marine

Iuri,

Concordo, mas aqui nos States e a mesma coisa…Olha so as Paris Hilton e Britney Spears da vida….

Lamentavel!

Iuri Korolev

O atraso tecnológico do Brasil é apenas a consequencia de um povo que torce o nariz para os cientistas e prefere as “celebridades” do BigBrother (aliás, um cara inteligente como o Pedro Bial podia fazer algo mais nobre em sua carreira do que esse famigerado BBB).

Coisa bem diferente é na China onde os maiores cientistas, estes sim, são aclamados pelo povo, dão entrevistas na TV.
Aqui, o espírito de República bananeira impera

Sds
Iuri

Ulisses

Obrigado RL,mas o país com formato de bota também nos ajudará com os URUTU III que virá em 2012.

PS: já perceberam que o número 12 e tanto quanto comum nas FA,vejamos:

12 Mirages 2000
A12 São Paulo
URUTU III e C-390 virão em 2012 e as primeiras unidades do URUTU III serão 12!!!
12 CASA 295
12 Mowag Piranha III(agora serão mais 18 que totalizam 30)
12 AF-1

Se alguém tiver mais alguma por favor avise-me.

Magick One

Me parece que mais interessante que diversificar o fornecedor, é não depender de uma fonte estrangeira.

Acho que o Brasil precisava ter como motivação a fabricação para uso próprio, sem se preocupar em exportar. Aqui temos tamanho suficiente para consumir o mesmo que muitas forças armadas juntas, se isto não serve de motivação, o melhor é comprar pronto mesmo.

RL

..obs…

Quando menciono “…. revitalização dos veículos URUTU II junto a empresa IVECO..”, em verdade quero dizer a “REVITALIZAÇÃO DO PROJETO PARA A FABRICAÇÃO DOS VEICULOS URUTU II JUNTO A IVECO ITALIANA”…

ALEX

Está me parecendo que foi liberado o (os) acordo (os) para transferencia tecnológica militar ao BRASIL que ainda não foi totalmente contaminado pelos “Soviéticos”.
O srº Chaves discemina na América latina cultura anti-americana e os dirigentes brasileiros que seguem a “cartilha” dos “EUA” está se aproveitando da situação, mesmo pagando caro. Os EUA querem “amigos”
sempre submissos e dependentes.

RL

Essa questão de parceria com a Coreia que foi muito bem colocada pelos amigos Corsário e Ulisses é realmente muito interessante. Não depender de apenas uma fonte de armamentos. Ulisses..Quando a parceria com a Itália, de certa forma nós já a iniciamos muito antes de falarmos em França – Coréia – Rússia, quando foram dados os primeiros passos para a revitalização dos veículos URUTU II junto a empresa IVECO não é isto? Também já temos parcerias para a revitalização dos AMX com financiamento junto a bancos italianos e também os radares de nossos “bicudos”, o Grifo. Assim mesmo, tb sou… Read more »

Claudio

Falando em Coréia, vocês notaram quem não há nenhuma notícia com relação a compra das Fremm.
Será que a oferta coreana, colocou água na compra delas?

marujo

As FREEM e as FM 400 são os tais navios de superfície de desenho crítico?

Ulisses

Mas porque não fazer uma parceria com a Coréia também?

PS:poderiamos discutir sobre a parceria militar com a Itália anunciado no mês passado.

Corsario-DF

É esperar pra ver…

Mas ainda prefiro o acordo da área de navios de superfície com a Coréia do Sul (para diversificar as fontes de armamento) e os caças eu tenho uma leve tendência para o Gripen (lembrando que sou viúva do Flanker), repetindo para não termos apenas um “fornecedor” de armamento apenas! Cabe relembrar aos senhores o caso de Israel, que depois de encomendado o Mirage III a França deu para trás e eles ficaram na mão, pedindo desesperadamente aos EUA o fornecimento de armamento no meio de um conflito…

Sds.

McNamara

Esse é o caminho. Capacitação tecnológica. É assim que teremos uma MB de verdade. Não adianta dar uma de Chavez, o bufão petroleiro, e sair às compras como quem vai à 25 de março em São Paulo com o bolso forrado.

RL

Show de bola isso.

Não ficar restrito a apenas poucos acordos e sim a uma vasta gama de posibilidades com o maior objetivo de todos, capacitação de profissionais aqui e geração de emprego e claro, o maior nivel de independência nacional possivel.

JULIO

Nossa esta parceria foi barbara, a amada Franca nos ajuda com a protecao de nosso uranio, alem do mais nunca concordara por dinheiro no mundo vender urario para paises com projetos de devenvolvimentos atomicos, pois em um pais mais preparado com uma arma deste temos que ate que pensar quem sera o novo presidente, agora sei que e um breve comentario se se tiverem contato com o presidente Frances diga-lhe emocionamente sobre lagrimas nos olhos muito obrigado por esta parceria, somos irmaos.

Ruy Capetti

Para melhor compreensão da matéria sugiro acesso à matéria em:

http://www.submarinosdobr.com.br/Exemplares/Exemplar30.htm

Nem tudo são flores!
Quem está mesmo de sorriso aberto orelha a orelha são os franceses.

DEBY

ACHO QUE O BRAZIL TEM QUE ABRIR MAS OS OLHOS E PRESTAR MAS ATENÇÃO, POIS A FRANÇA QUER SABER DOS SEUS PROPRIOS INTERESSES!

Marcelo Ostra

Oh meu, num grita …

….
MO

DEBY

ALEM DA FRANÇA MANDAR PARA O BRAZIL SUBMARINOS, QUAL FOI OUTRO ACORDO?

Dalton

Janjao…

mas a populaçao masculina alemã tambem nao foi bastante reduzida pela Primeira Grande Guerra?

Houve sim uma filosofia equivocada por parte dos franceses que achavam que estariam seguros por tras da linha maginot entre outros equivocos militares.

Politicamente os franceses nao se entendiam, e houve inumeras trocas de governos o que acabou enfraquecendo a estrutura militar francesa que recebeu pesados cortes.

Nao esqueçam todos que a Carla bruni é italiana…foi educada na França.

abraços