brahmos-supersonic-cruise-missile

No dia 18/12, a Índia realizou com sucesso o 16º lançamento do seu míssil de cruzeiro supersônico Brahmos, desta vez a partir de um lançador vertical instalado no destróier da classe “Rajput” INS Ranvir, que se deslocava na Baía de Bengala, ao largo da costa oriental.
O míssil Brahmos, que tem um alcance de 300km e voa a uma velocidade de Mach 2.8, pode engajar alvos em qualquer quadrante do navio lançador.
Desenvolvido em conjunto com a Rússia, o Brahmos tem uma ogiva de 300kg e pode ser lançado de plataformas terrestres, aéreas e navais.
Estão sendo feitos estudos preliminares para o desenvolvimento do Brahmos 2, que será capaz de alcançar velocidades entre Mach 5 e 7.

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Bosco

Almeida, só que pra chegar aos 1000 m ele tem que passar desapercebido e incólume pela defesa externa de longo alcance proporcionada pelos AEW/F-18/AMRAAM, pela defesa externa de curto alcance proporcionada pelos mísseis de defesa de área dos navios especializados em defesa aérea (Standard SM2), pela defesa intermediária baseada em mísseis de médio alcance (ESSMs), pela defesa de curto alcance baseada em mísseis de defesa de ponto (RAM) e por último, os tais CIWS Phalanx. Sem falar que o tal míssil pode ser seduzido ou ter seus sistemas interferidos em qualquer fase da sua trajetória. E não podemos nos esquecer… Read more »

Almeida

Wolfpack, BRAHMA eh dos 3 aspectos/deuses base da religiao Hindu, juntamente com VISHNU e SHIVA. Nao, nao eh brincadeira! 😉

Almeida

Bosco, eu entendo seu ponto de vista ate pq ele foi mto bem esmiuçado. Mas continuo discordando, como vc mesmo disse, eh dificil parar algo a Mach 3+ a 1000m de distancia de um navio. Quem ta certo? Espero nao descobrir nunca! Pra mim esses brinquedos devem ser feitos para nossa admiraçao e nunca para serem usados…

E se o Brasil pudesse participar desse projeto ou do SCALP Naval eu acho q teriamos mto a ganhar.

Ricardo

Um missel anti-navio com velocidade mach 5 e/ou mach 7 seria realmente uma arma formidavel.

Bosco

O míssil anti-navio de maior alcance ocidental lançado por aviões hoje é o SLAM-ER que pesa 650 kg e atinge 280 km. O de maior alcance lançado por navios é o RBS-15 que atinge 200 km e pesa 800 kg. Ou seja, com esses mísseis (SS-N-26, Brahmos, etc) ganha-se alguns quilômetros à mais, mas às custas de um peso (3 a 4 toneladas) que é pelo menos 4 x maior que os ocidentais, além do fato dele não poder ser transportado por um caça “normal” e precisar de lançadores muito avantajados em navios. E apesar da velocidade, ser mais fácil… Read more »

Leo

Maurício,

Se o míssil for guiado por um sistema inercial, não creio que possa ser iludido por meios eletrônicos.

Para ser “iludido” creio que teria que ter sistemas de guiagem ativa (por radar), semi-ativa, infravermelho, laser, etc. Enfim, qualquer sistema de recepção de sinais.

Leo

Bosco,

Acho que você está muito equivocado em sua análise…O que você está fazendo é uma análise preconceituosa de opções tecnológicas, que como todas as opções tem vantagens e desvantagens.

Wolfpack

Brahmos é algum Deus da cerveja na Índia rsrsrsrrsrs?

Bosco

Leo, não estou sendo preconceituoso não. Como você disse todos os sistemas possuem qualidades e defeitos, por isso é que prefiro a concepção ocidental de mísseis menores, mais leves, subsônicos, etc. Pelo menos até que uma tecnologia mais apropriada seja criada (caso se julgue que mísseis com velocidade supersônica e hipersônica sejam mais apropriados para penetrarem as defesas navais), permitindo que esses motores estatojatos à base de querosene sejam substituídos, proporcionando mísseis pequenos e que possam ser acomodados nos vetores que possuímos sem grandes alterações. Um míssil como esse deve levar umas duas toneladas de querosene, e isso literalmente não… Read more »

Mauricio R.

Interessante que ninguem considerou a possibilidade de uma soft-kill.
Ou um missíl atacante sendo “iludido” por meios eletrônicos.

Bosco

Ivan, o que você disse sobre o Phalanx poder destruir, mas devido a energia cinética de um míssil como o Brahmos o mesmo representar risco para o navio, é a mais pura verdade. Os destroços de um míssil supersônico como o Brahmos explodindo a 1000 m pode representar sérios riscos a um navio, por isso existe a tendência atual de substituírem o Phalanx pelo SeaRam ou pelo Mk110 de 57 mm. O SeaRam dotado do RAM block I é especialmente eficaz contra esses mísseis supersônicos. Mesmo com as versões novas do Phalanx, a tendência é que as interceptações sejam feitas… Read more »

gaspar

nao sei nao, mas acho que teremos um auxilio frances com os nossos futuros misseis…

sou muito mais uma bateria de Astros “trezentoes”do que os Brahmos…

Bosco

Sobre o Phalanx: http://www.dtic.mil/ndia/ammo/martin.pdf Sobre o ESSM: http://www.raytheon.com/capabilities/rtnwcm/groups/rms/documents/content/rtn_rms_ps_essm_datasheet.pdf Tem também farto material sobre o RAM, os Standards, etc. Vale salientar que o RAM é ótimo contra esses mísseis quentes e não manobráveis. Toda a parafernália antimíssil da marinha americana visa combater esses mísseis supersônicos anti porta-aviões avantajados que estão por aí desde a década de 60. Dizer que eles têm maior capacidade de penetrar defesas por serem supersônicos não tem muita justificativa. Os EUA nunca tiveram como prováveis inimigos os usuários dos Exocets, Otomats, RBS15, Kormorans, etc. e sim os usuários dos grandes mísseis supersônicos e voltou o desenvolvimento de… Read more »

Ivan

Amigos,
O debate está ótimo e é muito bom ver o Bosco e o Léo divergindo um pouco. Assim todos nós aprendemos.

Ivan

Bosco, Brahmos e A-4 tem missões diferentes e apenas uma “possível” missão do A-4 iria concorrer com o indiano, mas isto tenho certeza que vc sabe. Pode não ser muito furtivo, mas a energia cinética do monstrinho é difícil de ser enfrentada. Se estiver na corrida final tenho dúvidas se um Vulcan ou Meroka de 20mm conseguem pará-lo. Nem nesni contra peças de 40mm ou 57mm. Pode chegar esbagaçado, mas chega. Já contra um Goalkeeper de 30mm não sei… Tambêm pode ser inferior aos originais russos, mas é uma grande vitória indiana, como vc mesmo reconhece, sendo um sistema de… Read more »

Bosco

Sem querer me estender e já me estendendo. Agora, quando e se tiver um Brahmos com velocidade entre Mach 5 e 7, aí a coisa muda de figura, e um salto tecnológico será dado e provavelmente o excesso de peso (e a péssima relação peso/carga útil/alcance) compense o aumento radical na performance. Não tenho nada contra a velocidade supersônica (ou hipersônica) para mísseis antinavios, o problema é que com a tecnologia propulsiva atual e usada pelos russos/indianos, a mesma torna o míssil muito grande para o alcance e a carga útil pretendida. Ou seja, joga-se muita coisa fora na esperança… Read more »

Bosco

Pra mim os mísseis antinavios que estão em “estado da arte” e que considero padrão ouro são os NSM (400 kg e 180 km) e o Slam-ER (650 kg e 300 km)
São pequenos, stealth, orientação por GPS/INS e terminal por IIR (passivo), data-link de duas vias, motores turbojatos, aptos a operarem no litoral ou em mar aberto e a serem usados contra alvos em terra.
Um abraço a todos.

Almeida

Agora, ja q estamos nas graças da França, bem q poderiamos entrar no projeto do SCALP Naval hein? 😉

Ronaldo de souza gonçalves

Acho que os misseis de tecnologia antiga mas a velocidade e carga util espanta .deveriamos ter algo parecido em vez de desenvolver algo parecido.lembro que ele já e opercional

Bosco

Leo, eu sei que a chama que está na foto é do combustível sólido do acelerador que funciona como booster.Com certeza quando usa o ramjet não é tanto assim, mas ainda emiti muito calor, principalmente se formos comparar com um pequeno turbojato. Também em Mach 2 ao nível do mar o atrito é muito grande e ele aquece muito. Sua velocidade de Mach 3 é possível somente em maiores altitudes, que é onde ele fica por mais tempo principalmente contra alvos no limite do alcance. Manobrabilidade! É impossível um míssil ser manobrável roçando as ondas em Mach 2. Simplesmente o… Read more »

Almeida

Eh Bosco, vou ter q discordar de vc agora. Um dia isso tinha q acontecer neh? Pois bem, acho q o Brahmos nao eh facilmente interceptado nao, mto pelo contrario! Sua velocidade altissima o torna invulneravel as CIWS e sistemas anti-aereos mais antigos. Um dos pilares de marketing do Aster 15/30 eh q eles sao os unicos misseis ocidentais capazes de interceptar misseis cruise supersonicos. Sim, nem mesmo a dupla Aegis + SM2 consegue faze-lo satisfatoriamente! Td por conta da alta velocidade, capacidade de manobra terminal e baixissimo tempo de resposta. E compara-los a Skyhawks foi infeliz. Um Brahmos tem… Read more »

Leo

Bosco, Voando a Mach 3 não deve ser facilmente interceptável, ainda por cima se tiver um perfil de voo muito baixo, como todo míssil de cruzeiro. Eu vejo como um avanço em relação aos mísseis mais lentos. Os próprios estudos da US Navy consideram perigosíssimos os misseis anti-navios russos por terem uma velocidade muito maior, a qual reduz o tempo de resposta para os sistemas de defesa. O míssil tem 3 sistemas de propulsão. O primeiro sistema a gás, expulsa o míssil do canister. O segundo, a combustível sólido, leva o míssil a velocidade supersônica. O terceiro, Ramjet, mantém o… Read more »

Bosco

Leo, não é minha intenção menosprezar a tecnologia e muito menos os indianos. País e povo que admiro muito. Minha intenção é só mostrar o que penso sobre o míssil. Ele é um míssil que consegue levar uma carga de 300 kg a 300 km a uma velocidade de Mach 3, mas para isso usa uma tecnologia que o deixa agigantado e cuspido fogo pelo bocal de escape. Tem muitos méritos sim. Um deles é poder ser lançado na vertical, ter versões de lançamento por vários vetores (inclusive submarinos submersos), deve usar tecnologia digital avançada, pode atingir alvos em terra,… Read more »

Bosco

Correção:
“interceptável”

Leo

Eu acho o projeto do Bhramos uma parceria bastante interessante para os indianos. Os russos forneceram parte da tecnologia, sem infringir os tratados internacionais que impedem o fornecimento de mísseis ou tecnlogia para armas com mais 300 km de alcance. Menosprezar a conquista dos indianos, me parece sem sentido algum. Certamente que daqui a 10 ou 20 anos vai ter coisa muito melhor. Por enquanto, ele é excelente, especialmente para um país que vem investindo na produção local de armamentos. O Brasil não possui nada que chegue aos pés disto. Pouquíssimos países no mundo tem algo semelhante. Parabéns aos indianos!… Read more »

Alfredo_Araujo

Ihhh Bosco…

Agora mesmo o welington deve estar escrevendo um texto enorme sobre os moskit e sunburn…

=]

RL

La vou eu novamente ser o chato da história em proteção e apoio a nossa industria.

E o TM da Avibrás?

Poderia ser acoplado a nossas embarcações, em nossos veículos terrestres ASTROS III e em nossas aéronaves de patrulha?

Tem o mesmo alcance e tecnologia compátivel.

Bosco

É um míssil que tem sido muito alardeado pela mídia como se fosse um exemplo de alta tecnologia. Os russos possuem mísseis semelhantes e com performance até melhor há mais de 30 anos. Gigantes e supersônicos. A diferença é que esse visa o mercado externo e está sendo alardeado como a oitava maravilha pelos indianos que entraram com força no velho mundo capitalista globalizado e se encantaram com o poder da mídia. Tanto é que são os campeões do telemarketing. Pesa 4 tn e leva 300 kg a 300 km a Mach 2.8. Sou mais nossos A-4 reformados que pesam… Read more »

Ivan

Esta é uma arma que vale a pena embarcar no Atlântico Sul.