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No dia 3 de novembro de 2008, deixou o serviço da Marinha da Brasil, por baixa, em Mostra de Desarmamento, o Contratorpedeiro “Pará”. Construído pelo estaleiro Lockheed Shipbuilding & Construction Company, em Seattle, Estados Unidos, foi incorporado à Marinha do Brasil, em 18 de setembro de 1989, durante cerimônia realizada na Base Naval de San Diego.

O Contratorpedeiro “Pará” deu nome à classe de navios que manteria acesa a chama das nobres tradições dos Contratorpedeiros, carinhosamente conhecidos como “bico fino”, navios ágeis, valentes e valorosos.

Essa herança fica mais evidente pelo fato do Navio ter herdado, também, a honrosa alcunha de “Galo da Esquadra”, homenagem do seu antecessor, igualmente contratorpedeiro.
Foi o sétimo navio a ter a honra de ostentar o nome desse grande Estado da Federação. A origem do nome vem do termo “Pará”, que significa rio-mar na língua
indígena tupi-guarani. Assim, os índios denominavam o braço direito do Rio Amazonas que, engrossado com as águas do Rio Tocantins, torna-se tão vasto a ponto de não se poder ver a outra margem, mais parecendo um mar do que um rio.

A chegada do Contratorpedeiro “Pará” à sua nova sede, no Rio de Janeiro, deu-se em 13 de dezembro de 1989. Desde então, o navio participou de inúmeros exercícios no desempenho das tarefas básicas do Poder Naval, seja escoteiro, ou em grupamentos operativos, sendo empregado em Operações Anti-Submarino, de Ataque, de Esclarecimento, de Defesa de Porto ou de Área Marítima Restrita; e realizando, também, missões de Apoio de Fogo Naval, de Patrulha e Escolta.

Durante seus 19 anos de bons serviços prestados à Armada, o Contratorpedeiro “Pará” esteve atuante em diversas comissões da Esquadra, tanto em âmbito nacional quanto junto a Marinhas amigas. Ressaltam-se participações em comissões como: Tropicalex, Temperex, Uanfex, Aderex, Passex, Fraterno, Unitas e Esquadrex.

Coube-lhe, ainda, a honra de mostrar nossa Bandeira nos portos de: Manzanillo, no México; Port of Spain, em Trinidad Tobago; Montevidéu, no Uruguai; La Guaira, na Venezuela; e Porto Belgrano, na Argentina.

A realização de dois lançamentos do foguete ASROC, ocorridos em 1º de setembro de 2005, durante a Esquadrex e, em 31 de maio de 2006, na comissão Tropicalex, demonstrou o aprestamento de seu pessoal e do material. Além disso, foi digna de nota sua participação ativa na Operação Combinada Albacora, em 2007.
Na sua jornada na Marinha do Brasil, o Contratorpedeiro “Pará” alcançou a marca de 737,5 dias no mar, navegando 167.825,8 milhas náuticas, cumprindo, com destaque, perseverança e tenacidade, todas as suas missões, mantendo inabaláveis os valores e princípios maiores que norteiam nossa Instituição, forjando o caráter dos homens do mar que passaram por seus conveses.
Ao nos despedirmos do bravo “Galo da Esquadra” só nos resta transmitir-lhe nosso efusivo “Bravo Zulu”!

asroc

ct-para-2

FONTE: Nomar 798

NOTA do BLOG: Parabéns ao Centro de Comunicação Social da Marinha pela bela homenagem ao CT Pará na capa do último Nomar.
Na segunda foto deste post, um navio da mesma classe do Pará dispara um foguete anti-submarino ASROC, que era um de seus pontos fortes, juntamente com o potente sonar de proa.

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J Mitchel

Um Bravo Zulu para o Pará.
Que vc vire museu ou alvo.
At
JM

marujo

Até que enfim!

Democracia

Marujo,

eu acho, e com certeza, muitos também, que um mínimo de respeito é devido ao CT PARA. Quem for contra favor dizer o porque para debatermos e que for a favor de minha afirmação me ajude.

Viva a República!!!

LUIZ BRAZIL  (DT)

Olá pessoal!
Minha luta pela transformação do CT “PARÁ” em navio museu ainda não acabou. Entretanto, há um “silêncio incômodo” por parte de quem tem o poder e a decisão de possibilitar esse feito. Vamos aguardar que alguém da MB, do governo federal ou estadual, se manifeste a respeito do assunto.

“PODEM ATÉ TIRAR O MARINHEIRO DO MAR. ENTRETANTO, JAMAIS CONSEGUIRÃO TIRAR O MAR DO MARINHEIRO”

SAUDAÇÕES NAVAIS!

Dalton

Boa sorte Luiz! Irá precisar.

Fiquei espantado com o numero de cariocas que desconhecem o espaço cultural da marinha.

Como conheci muitos navios museus nos EUA, posso afirmar que a exibiçao do Bauru e do Riachuelo, o passeio a bordo do laurindo Pitta e etc, sao de primeirissimo nivel.

Lá a variedade de navios obviamente é muito maior, mas também encontram resistencia devido aos custos.

Muitos sao aqueles que fazem trabalhos voluntarios, inclusive ex-marinheiros que serviram a bordo de seus antigos navios.

abraços

RodrigoBR

##Moderador apague o anterior e mantenha este##

Faltou o link! 🙂

Valeu!

Marcelo Martins

Depois das participações em comissões como: Tropicalex, Temperex, Uanfex, Aderex, Passex, Fraterno, Unitas e Esquadrex, agora vai participar da DESATIVEX!!!!!
hehehehehe

Brincadeirinha héin gente!!!!

Hallan

É um navio comprado com o suor do nosso povo serviu a nossa nação, se o governo foi negligente e não o substitui no tempo certo e deixou em serviço mesmo não sendo mais capaz… podem criticar os deputados, presidentes e todos que com muito sucesso vem deixando a MB nesse estado!!

Lince Arpoador

Marujo,

Pelas as suas palavras, de marujo mesmo, vc não tem nada!

BRAVO ZULU CT PARÁ!

Monte

Valeu Pará! Missão cumprida!

brazilwolfpack

Um belo navio,serviu a MB com honra a valor,indo muito mais alem do que se pensou originalmente. Como o velho guerreiro que e,deveriamos dar lhe um pouco de dignidade,e transformarlo em museu. Alvo,nunca. E patrimonio nacional. Assim como o Parnaiba,e pouco adequado para acoes em alto mar, em pleno seculo 21,mas prestou valiosos servicos a nacao. BRAVO ZULU,OLD WARRIOR.

jose carlos

Poderiamos telo oferecido a Marinha da Namibia, tal como foi feito com a Corveta Purus nos mesmos moldes, eles bancando a reforma do Navio.

marujo

Meus amigos: não quis criticar o navio ou negar sua importância para a MB, afinal, substituiu unidades da 2ª Guerra e ocupou o lugar das corvetas Inhaúma que não foram construídas. Se eu disse “até que enfim”, foi porque sua utilidade militar na atualidade é pequena ou nula. Ele já veio para a MB destualizado, por não ter sistemas de mísseis antinavio e antiaereo na época de sua incorporação.Ele já cumpriu o seu papel e muito dignamente. Merece ser transformado em museu.

marujo

Ah! Não neguei suas excelentes capacidades antisubmarinas na época de sua incorporação. Eles tinham que atuar nas extremidades dos grupos-tarefas, porque, pelo que sei, seus potentes sonares interfiriam nos das outras unidades.

Marcio

Olá pessoal, eh…realmente mas um belo navio que se vai…mais uma lacuna aberta em nossa defesa… Logo logo vamos defender nosso litoral com canoas de madeira feita pelos indios a atirar com flechas sem ainda nos sobrar madeira para isso. Vamos defender nosso espaço aéreo voando em asas delta ou pior. Nosso exercito vai de cavalos/mulas/bois, etc, nossa artilharia será de estilingues.

Bom e mais um desabafo…

Abraço…

Fábio Max

É uma tristeza infitina constatar que a Marinha brasileira diminui dia a dia, sem que se procedam efetivas ações de recomposição da esquadra.

Democracia

marujo,

gostaria de me desculpar, achei que você era mais um daqueles que só reclamam e não fazem nada, por causa de seu primeiro comentário, foi mau.

Viva a República!!!

Nimitz

Se não fosse pelas máquinas, de complicada manutenção, esse navio e seus irmãos ainda poderiam operar por alguns anos, pois são excelentes plataformas ASW, muito melhores que as “Niterói”, nessa missão.

pedro paulo

Ola pessoal eu tou vendo vcs falarem da baixa do pará, mas niguem comenta do navio q vai substuir???Vcs ai do blog tem idea qual q deve ficar no lugar do pará.

joao vaz bandeira

Marujo, você com certeza grafou seu codinome de forma errada, deve ser Caramujo (pelo menos parece ter e cerebro de um)

AL

Pessoal, estou com uma grande curiosidade aqui, que nunca consegui sanar: o que é aquela espécie de “peteca”, por assim dizer, que ficava sobre a torreta de vante, bem visível na primeira foto?

Abraços.

CosmeBR

Eu acho errado dar baixa num navio sem um substituto pra entrar em seu lugar!
Um abraço!!!

KURITA

Vai ser a Barroso, cosme

marujo

Democracia, quem participa de um fórum aberto e democrático como o nosso, pode criticar e ser criticado. As divergências de opinião em um debate são sempre saudáveis e podem levar a níveis novos de conhecimento e melhores soluções.Fazemos parte de um mesmo processo, de uma mesma busca por uma MB a altura de suas tradições e ajustada às necessidades de defesa do nosso país. A única coisa que não vale são agressões pessoais, pois essas nada acrescentam. Nimitz,não sabia que os sonares das Garcias continuavam ainda atuais. Este é um dado valioso.

[…] de contratorpedeiros em sua versão original, de emprego a partir lançadores conteiráveis. Com a baixa do último contratorpedeiro da classe, a MB perdeu a capacidade de lançar essas armas. A versão do míssil para lançadores […]

gaussnr

Muitos talvez desejaram,mas eu fui um dos poucos que serviu nesse navio, totalizando 3 anos 2 meses e 22 dias somente nele, com 236 dias de mar na carreira.Foi uma segunda casa, onde foi construido uma carreira e amizade na divisao Oscar 2. Hoje sou sargento especialista em informaçoes aeronauticas da FAB. Um abraço a todos que serviram no Galo da esquadra.
PS. Talvez seria oportuno colocar o nome dos ex-comandantes do navio e acrescentar o porto de USHUAIA na patagonia como visitado também.

[…] excelentes tomadas do CT Pará, que na época estava na […]

MNQSOdasilva

Companheiros, estive em San Diego para receber o USS Albert David, nosso Pará. Na viagem dos EUA ao Brasil passei uma noite inteira contemplando o canal do Panamá. Fui vigia durante noites frias, chuvosas e silenciosas…
Gostaria muito de visitar este navio como museu.

Wellington

Acrescente-se aos portos estrangeiros visitados o porto de Cartagena na Colômbia. Este porto foi visitado na viagem de San Diego (EUA) para o Brasil. A viagem foi por San Diego (EUA), Manzanillo (México), Canal do Panamá, Cartagena (Colômbia), Port of Spain (Trindade e Tobago), Recife e finalmente Rio de Janeiro no dia 13 de dezembro de 1989.