Assinado acordo de cooperação naval Brasil-São Tomé e Príncipe

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sao_tome_principeO governo brasileiro vai formar profissionais e prover à Marinha de São Tomé e Príncipe equipamentos necessários à fiscalização de suas águas, revelou nesta segunda-feira o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim.

“Ficou claro ao Brasil que São Tomé e Príncipe não tem nenhuma pretensão expansionista, mas quer ter a capacidade de poder dizer não quando precisar dizer não”, disse o ministro após assinatura de um memorando sobre cooperação na área da defesa entre os dois países.

Ele também disse que o Brasil tem interesse em investir nessa área “tendo em conta a importância do mar sob jurisdição de São Tomé e Príncipe e a importância básica de São Tomé e Príncipe nesta região”, acrescentando que “o mar representa, efetivamente, um ponto de alta relevância, pela sua posição no conceito de defesa dissuasória”.

Jobim afirmou que dos encontros que teve com as autoridades do arquipélago, percebeu que o investimento na guarda costeira “representa neste momento uma das principais perspectivas do governo de São Tomé. E é exatamente nesse ponto que o Brasil está disposto a colaborar”, frisou.

O Brasil tem uma experiência nesse sentido com a Namíbia”, disse, recordando que o seu país “já formou 450 soldados e oficiais da marinha na Namíbia, nas academias brasileiras e inclusive construiu navios de guarda costeira para a Namíbia”.

“Já temos uma experiência com a África em termos de Marinha e podemos oferecer esse tipo de colaboração para que as autoridades decidam as suas opções, necessidade e urgências”, acrescentou.

As partes acordaram que num prazo “entre 30 e 60 dias” uma equipe de técnicos brasileiros se deslocará a São Tomé para “fazer o diagnóstico, independentemente da assinatura do protocolo final que será “o guarda-chuva de toda a cooperação”.

“Nesse momento será feito o levantamento do estado da Marinha para tomarmos conhecimento efetivo através dos técnicos brasileiros, definindo as necessidades que serão estabelecidas”, afirmou Jobim, acrescentando que “a nossa geração tem pressa e nós não viemos aqui fazer turismo. Viemos aqui trabalhar”.

FONTE:
Agência Lusa

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Robson Br

Tem de ser assim mesmo. Deste modo que levamos nossa influência.
No caso da Naníbia, além dos barcos devem participar nossa engenharia na construção do país. Em tempo: O Brasil marcou ponto junto a Nicarágua. O chaves investiu lá, mas parece que o Lula é que vai fazer gol.

Marco

O Brasil poderia fazer um acordo com São Tomé e construir uma base na ilha .São Tomé ficaria muito feliz com esta iniciativa.
Espaço na ilha é o que não falta.

Celio Andrade

Uma base lá seria udo de bom…

André C

Achei muito interessante essa de construir uma base la, com aviões de patrulha ,quem sabe um baseado no C-390 , e caças de ultima geração navios de patrulha ….. ,o Brasil teria o total controle no atlântico sul …….sonhar não custa nada !!!!!!!!!!!!

jose carlos

Poderiamos tb doar algum navio fora de serviço para eles desde que eles banquem a reforma, tal como foi feito com a Corveta Purus doada para a Marinha da Namibia

Wilson Johann

Namíbia e São Tomé e Principe são países de pouca relevâcia no contexto internacional, mas, mesmo assim, aos poucos o Brasil vai ampliando sua esfera de influência na área de defesa, como agora, e não só na comercial. A neutralidade e o não-alinhamento do Brasil favorecem esses tipos de acordos, livrando essas pequenas nações da tutela das grandes potências.

Abraços!!

Dalton

Os EUA já faz alguns anos estreitaram seus laços com San Tomé e consideram o arquipelago de alto valor estrategico.

abraços

Marcelo Ostra

São Tome e Principe é um país de lingua portuguesa, o qual já justificaria interesse Brasileiro

Sem contar seria interresantissimo ter um ponto de apoio do outro lado do Atlantico (Desde que seja levado a idea de projeção e influencia de nosso país a sério)

Como não sou muito chegado em temas politicos, vou me limitar a este comentário

MO

catraca

Não faz muito tempo, o Presidente da Namíbia esteve na Escola Naval acompanhando talvez o desempenho dos alunos que estão lá…….os aspirantes insistem com eles para falar português e eles insistem em querer falar inglês…..mas estão melhorando.

Pedro Moura

Já está mais do que na hora do Brasil ter uma maior aproximação e colaboração, bem como interoperabilidade, na área de defesa com os paízes lusofonos.