CEMA sugeriu participação do Brasil no bloqueio naval a Cuba
As atas do Conselho de Segurança Nacional constituem uma espécie de crônica da Guerra Fria, a tensão que se estabeleceu a partir do fim da Segunda Guerra (1939-1945) com a divisão do mundo em áreas de influência entre as principais potências capitalista, os Estados Unidos, e comunista, a hoje extinta União Soviética.
Na 11ª sessão do CSN, em outubro de 1947, o presidente Eurico Gaspar Dutra conduziu o debate para o rompimento das relações diplomáticas com a URSS, atitude que nem os EUA, aliados do Brasil, tomaram.
A ata revela que o Brasil espionava a embaixada da URSS. Acreditava-se que havia espiões soviéticos que escondiam essa condição.
Outro episódio típico da Guerra Fria ocorreu na primeira reunião do CSN após o golpe de 1964. O objetivo era debater as relações com países que não reconheciam o novo Executivo brasileiro, em particular Cuba, cujo governo já anunciara seu “caráter socialista”.
O chefe do Estado-Maior da Armada (Marinha), Levy Penna Aarão Reis, apresentou a hipótese de o Brasil enviar embarcações para participar de um cerco a Cuba.
O oficial reconheceu, entretanto, que seria “uma participação simbólica”. Ele pareceu falar com seriedade ao sugerir que era “possível a utilização da ilha como uma plataforma para lançamento de mísseis de longo alcance sobre nosso país”.
Participaram do encontro o então presidente, Castello Branco, os futuros presidentes Costa e Silva e Ernesto Geisel e o ex-candidato à Presidência (1954) Juarez Távora. (MM)
FONTE: Folha de São Paulo
É engraçado ver que o Brasil criou toda esta paranóia que nunca nos levou a nada , nem os EUA tomaram uma atitude destas, estes caras não eram normais não.
esqueci
saudações
Mais engraçado ainda eh uma sugestão destas e dois anos antes tava tudo pegando para ir ate ali oh em Recife …
MO
alguem tem foto dos bloqueios feito pelos navios ?
Isso mostra que já em 1947 nossas Forças Armadas – Dutra era marechal do exército – eram radicalmente contra o regime soviético. Por isso acredito que a Revolução de 1964 não teve participação ou apoio dos EUA devido esta posição que as Forças Armadas sempre tiveram…
Abraços.
Zero Uno…
Ser conservador, progressista, nazista, comunista, viado, machão… Enfim o que for! É um direito vosso, inatacável; mas, dizer que não houve apoio e participação americana em 1964 é lutar contra a história.
Não cabe.
Houve apoio e participação, afinal, havia uma Task Force no nosso litoral…
Lutar contra a história é como esmurrar um espelho, não adianta nada e ainda pode resultar em cortes nas mãos.