A curiosidade de conhecer de perto uma embarcação levou milhares de pessoas ao Porto de Natal ontem à tarde. O motivo: visitar o navio veleiro Cisne Branco da Marinha do Brasil que estava atracado em águas potiguares desde terça-feira passada. Munidos de celulares e câmeras fotográficas, idosos, adultos e estudantes puderam percorrer o navio e fazer perguntas à tripulação. “As crianças costumam perguntar se já enfrentamos grandes ondas no mar”, disse divertido o sargento Oliveira, que há dois anos percorre o mundo no navio e no trajeto para a capital potiguar se deparou com ondas de até oito metros de altura.

O funcionário público Robério Rodrigues conheceu o Cisne Branco quando estava embarcado no Rio de Janeiro em 2008, e gostou tanto que resolveu visitá-lo novamente. “É todo colonial por dentro, acho muito bonito”, antecipou. Já para o casal paulistano Hélio e Ana Maria Grunwald, ver o Cisne Branco foi a realização de um sonho antigo. “Imagino que seja como uma caravela antiga”, disse Ana Maria. O estudante Felipe Oliveira se surpreendeu com as dimensões do Cisne Branco. “Pensei que fosse menor, quando entramos nele é que percebemos o quanto é grande”, disse o estudante de 11 anos.

As filas se formaram durante todo o horário de visitação na entrada do porto. E mesmo para quem tinha dificuldades de locomoção a escada não foi empecilho. “É maravilhoso, acho lindo a o trabalho da Marinha”, disse Lindon Johson, que é paraplégico e se locomove com ajuda de muletas.

O Cisne Branco foi construído na Holanda, sob a supervisão da Marinha do Brasil, com o objetivo de representar a instituição em grandes eventos náuticos no país e no exterior, além de servir para o treinamento e formação de alunos e aspirantes da Escola Naval. “A visitação é uma forma incentivar a mentalidade marítima e mostrar o navio ao povo brasileiro”, comentou o tenente e tripulante Bruno Macedo.

A tripulação que fica meses longe da família dispõe de acomodações exclusivas com climatização e quartos com TV, DVD e banheiros individuais. Com capacidade para transportar 85 pessoas o Cisne Branco é inspirado em um modelo de navio veleiro utilizado do século XIX. “Ele chega a 30 quilômetros por hora a vela, uma velocidade boa para uma embarcação. Por isso era utilizado para transportar chá da Índia para a Inglaterra”, explicou o tenente Bruno.

FONTE: Tribuna do Norte

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Garreau

Marinha rica é outra coisa…

Deve ser difícil usar o navio na formação dos aspirantes, pois ele passa grande parte do ano no exterior e parece ter pouca capacidade para embarcar todos os futuros oficiais por tempo suficiente para adaptação a bordo e para o posterior treinamento.

Esdras
Colt

O Cisne foi notícia a alguns meses quando auxiliou um veleiro que estava à deriva no Atlântico, junto à Costa do EUA.
Seguem alguns links de passagens do Cisne Branco nos diversos portos em que muito bem representou o Brasil:

O Cisne auxilia veleiro com problemas:
http://hamptonroads.com/2009/06/brazilian-ship-helps-crew-disabled-sailboat-cape-hatteras

Logo depois:
33rd annual Harborfest in Norfolk (2009):
http://festeventsva.org/mini-site/the-33rd-annual-norfolk-harforfest/tall-ships-at-2009-harborfest

Belfast Maritime Festival:
http://www.belfasttelegraph.co.uk/tallships/tall-ships-majestic-as-they-sail-into-belfast-14447071.html

http://www.belfasttelegraph.co.uk/tallships/tall-ships-majestic-as-they-sail-into-belfast-14447071.html

http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/northern_ireland/8201469.stm

2007 Tall Ships Festival:
http://www.jamestownpress.com/news/2007-06-28/Front_Page/002.html

Garreau

Obrigado, Esdras.
Conheço o NE.

Meu comentário evidencia o caráter representativo do navio-veleiro que entendo ser um luxo exagerado, considerado o estado de outros meios “combatentes”.
Do post:
“O Cisne Branco foi construído na Holanda, sob a supervisão da Marinha do Brasil, com o objetivo de representar a instituição em grandes eventos náuticos no país e no exterior, além de servir para o treinamento e formação de alunos e aspirantes da Escola Naval.”

Felipe Cps

Só uma correção ao texto: os clíperes eram usados para transportar ópio da Índia para a China, e chá desta para a Inglaterra. Tal comércio foi o prinipal motivador da Guerra do Ópio, que o Império Chinês perdeu, e resultou na fundação da Colônia Britânica de Hong-Kong.

Sds.