Esquadra realiza operação com a Marinha Nacional da França

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Op Villegagnon 2010 - foto 5 MB

Navios do GT 701.2 e da MNF durante a Operação Villegagnon, com a Fragata “Liberal” em primeiro plano.

A 2ª Divisão da Esquadra, sob o comando do Contra-Almirante Ilques Barbosa Junior, realizou no período de 9 a 10 de janeiro de 2010, a “Operação Villegagnon-2010”, juntamente com meios navais da Marinha Nacional da França (MNF). O exercício foi realizado na área marítima compreendida entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.

O Grupo-Tarefa (GT) brasileiro foi composto pela Fragata “Liberal” (F43), Corveta “Jaceguai” (V31) e pelo o Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta” (G23), além dos helicópteros AH-11A “Super Lynx” e UH-13 “Esquilo”. A MNF participou dos exercícios com o Navio-Escola “Jeanne d’Arc” (R-97), a Fragata “Courbet” (F-712) e helicópteros AS-565 “Panther” e “Alouette”*.

Op Villegagnon 2010 - foto 1 MB

Fragata “Liberal” (F43) e Fragata “Courbet” (F-712) durante operação Villegagnon-2010

Participaram ainda da operação, embarcações da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro, empregadas no exercício de ameaças assimétricas, por ocasião da saída dos navios do GT brasileiro do Rio de Janeiro.

Durante a operação foram realizados, entre outros, os seguintes exercícios:

– Transferência de óleo no mar;

– “Light Line”;

– Manobras táticas;

– “Hello Cross Deck”;

– Guerra Eletrônica; e

– Exercícios Inopinados, como de Controle de Avarias.

Op Villegagnon 2010 - foto 2 MB

Militar da Fragata “Liberal” (F43) em posição de tiro durante exercício de ameaças assimétricas.

Após o término da Fase I da “Operação Villegagnon”, os navios franceses seguiram para Buenos Aires – Argentina, dando prosseguimento à viagem de instrução de Guardas-Marinha, última comissão do Navio-Escola “Jeanne d’Arc” (R-97) na MNF.

Tais exercícios, realizados rotineiramente com meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais de Marinhas Amigas, contribuem para aprimorar o aprestamento do Poder Naval brasileiro e fortalecer os laços de cooperação e de amizade entre as Marinhas do Brasil e da França.

Op Villegagnon 2010 - foto 3 MB

Helicóptero “Gazelle” da l’aviation légère de l’armée de terre (ALAT) durante pouso na Fragata “Liberal”*.

Fase II da Operação Villegagnon

Entre os dias 10 e 15 de janeiro, o GT brasileiro cumpriu a Fase II da operação Villegagnon, realizando o P-EXOP – Exercício de tiro em proveito das aeronaves e de navios sobre alvo rebocado (Spout Type Float), com a participação de aeronaves AF-1 “Skyhawk” e UH-13 “Esquilo”. O AF-1 realizou corridas secas para lançamento de bombas e o UH-13 corridas secas e de fogo com foguetes SBAT-70 e metralhadora 7,62 mm. Assim, foram ampliadas as informações relativas ao exercício de tiro com canhões de 40 mm, para os navios de superfície.

Também foram realizados lançamentos de foguetes CHAFF pela Fragata “Liberal”, em proveito da avaliação operacional das fragatas classe “Niterói”. Ao final, juntamente com o Navio-Patrulha “Gurupá” (P46), o GT brasileiro participou da operação “Aspirantex-2010”, de exercício de trânsito em área com oposição de ameaça de superfície.

Op Villegagnon 2010 - foto 4 MB

Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta” realizando transferência de óleo no mar com o Navio-Escola “Jeanne d’Arc”

FONTE / FOTOS DESTA PRIMEIRA PARTE: Marinha do Brasil

“Outro lado”: a  Operação Villegagnon, na visão da Marine Nationale

Op Villegagnon 10 - foto Marine Nationale

A Marinha do Brasil tem um ambicioso programa de desenvolvimento para se tornar, em pouco tempo, um ator importante no domínio da cooperação internacional, incluindo os oceanos. Neste contexto, a França e o Brasil estão desenvolvendo uma parceria estratégica que já estrutura as suas relações bilaterais, incluindo entre os objetivos uma total cooperação tecnológica. Essa é outra vantagem das oportunidades para a cooperação no desenvolvimento e produção de equipamentos de defesa, para apoiar a transferência de tecnologia e aquisição de equipamentos. Símbolo de relações de confiança estabelecida entre as marinhas brasileira e francesa, a presença, pelo segundo ano consecutivo, de um guarda-marinha brasileiro na viagem de instrução do Jeanne d´Arc. Além disso, o navio recebeu no Rio de Janeiro oito guardas-marinha brasileiros que serão treinados na propulsão a vapor até a escala em Cartagena, em março.

Almirante Villegagnon

Nicolas Durand de Villegagnon, militar e explorador, foi o fundador da efêmera colônia francesa no Brasil, chamada “França Antártica”, situada onde é hoje o Rio de Janeiro. Se hoje os vestígios da sua passagem desapareceram, a ilha onde está instalada Escola Naval da Marinha do Brasil manteve o seu nome. As origens das relações franco-brasileiras encontram-se cristalizadas nessa figura histórica.

Op Villegagnon 10 - foto 3 Marine Nationale

Um pouco do Jeanne d’Arc na Escola Naval da Marinha do Brasil

Símbolo de uma relação mais estreita entre as marinhas brasileira e francesa, foi realizada uma cerimônia na Escola Naval brasileira, em 7 de janeiro, que ilustra o desejo de selar o acordo de escolas de formação de oficiais da Marinha. O capitão Patrick Augier, acompanhado pelo comandante Geoffrey de Andigné e de uma delegação de oficiais e alunos da EAOM 2009, presenteou o contra-almirante Monteiro Dias, comandante da Escola Naval brasileira, com parte do livros de instrução, além de literatura militar e marítima levada no porta-helicópteros e navio-escola francês. Os guardas-marinha brasileiros terão à disposição um pouco do patrimônio literário francês, através do Jeanne d’Arc.

Op Villegagnon 10 - foto 2 Marine Nationale

FONTE / FOTOS DESTA SEGUNDA PARTE: Marine Nationale (Marinha Francesa)

NOTA DO BLOG: dois pequenos erros de digitação (correção de Phanter para Panther e Allouette para Alouette, conforme nomenclatura utilizada pela Marine Nationale) e outro de identificação (o helicóptero mostrado é um Gazelle aviation légère de l’armée de terre – ALAT e não um Alouette, como originariamente escrito no texto da MB) foram corrigidos na reprodução, aqui, do texto da Marinha do Brasil. Mas, no caso do Alouette / Gazelle, apesar da clara identificação da aeronave na foto, trata-se de um erro compreensível dado que o Jeanne d´Arc costuma embarcar ambos os modelos em tempo de paz (sendo que os Alouette são empregados pela Marine Nationale, estando em processo de substituição por modelos Dauphin e Panther).

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corsario01

LINDA FOTO do Super Lynx da MB.
Bravo Zulu ao HA-1.

Felipe Cps

Esse trecho deve ser brincadeira. Só pode: “Nicolas Durand de Villegagnon, militar e explorador, foi o fundador da efêmera colônia francesa no Brasil, chamada “França Antártica”, situada onde é hoje o Rio de Janeiro. Se hoje os vestígios da sua passagem desapareceram, a ilha onde está instalada Escola Naval da Marinha do Brasil manteve o seu nome. As origens das relações franco-brasileiras encontram-se cristalizadas nessa figura histórica.” Caraca, brasileiro não tem memória mesmo neh? “Militar e Explorador”? O VAGABUNDO ERA UM MALDITO CORSÁRIO NORMANDO! Esse MALDITO PIRATA FRANCÊS, queria instalar uma colônia de corsários e bucaneiros em território brasileiro pra… Read more »

Tomcat

O heli que aparece na foto é mesmo o Alouette? Não seria o Gazelle? Lembro que o Alouette não tem o rotor do tipo Fenestron que aparece na foto

Wiltgen

Tomcat,

Você está correto, é realmente um “Gazelle” e não um “Alouette”, como também não é da Marinha Francesa (Aeronavale) e sim da l’aviation légère de l’armée de terre (ALAT). O texto do site da MB está incorreto e o post já está retificado.

Corsario01, de pleno acordo, linda foto!

Abraços,

Wiltgen

Tá safo Nunão!

Abraços,

Felipe Cps

Nunão, beleza, entendi que o texto era da Marine, já tinha sacado isso. Mesmo assim acho um acinte completo a Marinha do Brasil aceitar participar de um exercício com esse nome. É como se fôssemos fazer fazer um exercício conjunto com o Paraguai (pra usar o mesmo exemplo) e déssemos ao mesmo o nome de Luís Alves de Lima e Silva, ou José Francisco Lacerda! Acho que o Paraguai nem iria participar!!! Uma vergonha! Pelo que vale a crítica: nós brasileiros não conhecemos nem reverenciamos nossa história militar, que é pra lá de gloriosa! Vejam isso: na França, até corsário… Read more »

Jose

Felipe Cps sou da Marinha do Brasil,e tenho uma pergunta a te fazer,vc por acaso é um Almitante do nível de um YAMAMOTO,OU NELSON,qual o seu argumento pra falar que o exercício é inutil,cara nos da marinha trabalhamos duro,defendendo nossas águas territorias,vc por acaso sabe a dimensão em que temos que atuar,quem é você pra dizer algo que é inútil ou não,se vc pagar do seu bolso os custos relativos a deslocamento e outros custos relativos a um exercício desses porte,e com uma marinha superior a da frança,com uma doutrina diferente da nossa,com equipamentos modernos,a Marinha da França é uma… Read more »

cometa

Muito bem !!! Finalmente alguém apareceu para defender a honra da Marinha do Brasil.

João Gonçalves

Caríssimos, achei no mínimo curioso estas linhas: “O capitão Patrick Augier, acompanhado pelo comandante Geoffrey de Andigné e de uma delegação de oficiais e alunos da EAOM 2009, presenteou o contra-almirante Monteiro Dias, comandante da Escola Naval brasileira, com parte do livros de instrução, além de literatura militar e marítima levada no porta-helicópteros e navio-escola francês. Os guardas-marinha brasileiros terão à disposição um pouco do patrimônio literário francês, através do Jeanne d’Arc.” Que me perdõem, mas lembra coisa parecida com o que as potências fazem com os países sub-desenvolvidos. Será que este era um acto realmente relevante para ser publicitado… Read more »

João Gonçalves

Caríssimos,
corrigo em tempo um erro de ortografia no meu texto:

precisassem e não “precisacem”.

As minhas desculpas,
JG

Eduardo

Jose,

Vejo que essa parceria Brasil/França irrita muita gente por aqui. E o pior, é que a tropa de choque americana vem com argumentos infundados.
Isso é falta do que fazer. Parabéns a marinha e parabéns ao Brasil pela excelente iniciativa, e esperamos que isso prossiga por anos e anos.

Tomcat

Valeu Wiltgen e Nunão.

Felipe, só reli hoje o post com os comentários, mas ironicamente e, conforme o Nunão já havia descrito, a própria sede da Escola Naval fica na Ilha de Villegagnon.

Um abraço

Felipe Cps

Jose: aonde vc leu que eu chamei o exercício de inútil? O que eu disse é que a MB deveria se recusar a participar de um exercício com esse nome infeliz. E se foi ela que escolheu o nome a coisa é ainda pior: só prova a minha tese de que brasileiro não tem memória, e que nosso grau de degradação e subserviência está terrivelmente próximo da neo-colonização… Mas só para constar: acho exercícios do gênero não inúteis, mas danosos para a segurança nacional. Isso porque se vocês da MB aprendem com os franceses, eles também aprendem com vocês. Só… Read more »

Felipe Cps

Eduardo em 21 jan, 2010 às 7:28:

Duduzinho, meu amiguinho, você de novo por aqui? Que belezinha mamãe liberou o PC pro nenê hoje, foi? Olha que tá cedinho ainda hein, num vai perder o Xou da Xuxa tá? 🙂

Jose

Felipe Cps seus argumentos são inválidos,esses exercícios são muito importantes,vou te dar um exemplo,vejo o caso do nascimento da marinha japonesa,no periodo MEIJI,eles compraram navios Ingleses,faziam exercícios com os ingleses,aprendiam a doutrina dos ingleses,e depois de 20 anos já tinham uma das marinhas mais poderosas de sua época,uma tecnologia de construção fantástica,ao ponto que desenvolveram o famoso Cruzador YAMATO,que foi uma das obras primas da engenharia naval,mas eles treinaram muito com os ingleses,por isso não são exercicios inuteis e quanto a esses seus argumentos sobre os franceses,esses fatos relatados por vc são da época em que eramos colÔNIA DE Portugual,E… Read more »

João Gonçalves

Caro José, como português custa ler as referências ao Brasil como “colônia de Portugal”. O facto é que, se até ao final do século 18 isso teve algum significado, a partir da chegada da corte ao Rio, o Brasil passou a ser a capital do Império Português e foi assim que quando a família real pretendeu regressar à Europa o príncipe decidiu e bem que isso era inaceitável. Então o famoso “Grito do Ipiranga”. Não devem os brasileiros ver os portugueses como os antigos colonos, porque os portugueses também não veêm os brasileiros como antigos colonizados. Em Portugal só se… Read more »

Jose

João minha intenção ao relatar esses fatos citados pelo colega são de conteudo histórico,para mostra que na época em que aconteceram tais fatos não eramos uma nação e sim uma colônia de portugual,não quero que vc pense que é uma magoa ou sentimento anti lusitano ,apenas para situar os fatos na conjuntura economica e politica da época,nada contra os portugueses,e quanto a marinha portuguesa,como vc sabe teve seu passado de glória,já chegou a ser a marinha mais avançada do mundo,na minha opinião,superando até a espalhola.

Eduardo

Felipe CPS,

Te fiz algo criatura? Não que ler meus comentário não os leia.
Agora sai dessa de azucrinar com o pessoal aqui do blog.
Já até sei qual deve ser o seu tipo: um trabalhador como qualquer um, com um supervisor casca grossa que te humilha na frente de todos… dai você chega em casa e tua esposa acaba contigo também.
Dai, sua única alternativa é arranjar uma válvula de escape, que no casp é o blog, onde você esbraveja suas magoas atraves de um personagem carimbado.
Fazer o que né?…

marcos adriano

O BRASIL ESTA NO CAMINHO CORRETO EM FAZER PARCERIA COM Á FRANÇA!!ELES VÃO NOS TRANSFERIR TECNOLOGIA!!NAVIOS,HELIS,SUB, CAÇAS E PORTA AVIOES SENDO FABRICANDO NO BRASIL GERANDO TECNOLOGIA E EMPREGO!!DOU MEU APOIO ESTA PARCERIA QUE VAI SER MUITO BOA PARA BRASIL!!SOZINHO NÃO SOMOS NADA MAS UNIDOS SEREMOS MAIS FORTES!A FAVOR DO MULTILATERARISMO!!BRASIL POTENCIA!!!VIVA Á FRANÇA!!VIVA O BRASIL!! NOSSA POLITICA EXTERNA ESTA NO CAMINHO CORRETO DE SE NAO SE ALIAR COM EUA!!NUNCA QUIZERAM QUE NOS TIVESSEMOS DESENVOLVIMENTO TECNOLOGICO!!FAZENDO QUE TIVESSEMOS ATRASOS!!MAS GRAÇAS NOSSOS TECNICOS NO DESENVOLVEMOS!!!QUE ORGULHO!!! VIVA O BRASIL

Felipe Cps

Jose em 21 jan, 2010 às 10:48: José, entendi o que vc quis dizer mas discordo, sinto muito. Meu posicionamento é outro. Isso é uma calhordice da França, e fossem outros tempos, ou outro país, e o exercício seria cancelado. Enfim… Quanto a apoio americano à revolução de 64 meu amigo, já estudei a fundo o tema, inclusive já li trabalhos científicos de historiadores que debruçaram-se sobre o tema, pesquisando a fundo os documentos disponíveis e nada encontraram que desabonasse aquele país. A única coisa que realmente ocorreu foi um pedido do embaixador Lincoln Gordon de envio de armas e… Read more »

Jose

Vamos dizer que a França tivesse feito o mesmo,vc não teria essa opinião!
Se vc acha que é um exercicio inutil,sinto muito,e quanto ao tema dos americanos,eu como sendo oficial da Marinha e ter convido com mutos oficias,te asseguro o que está nesse livro não é de todo verdade,isso foi uma pressão direta,porque vc acha que um porta avioes se deslocarai até a nossa costa,bastava levar um cargueiro.
Na escola de mar e guerra da marinha se comenta muito esse exemlo de intimidação,se tem até aulas sobre isso,do poder intimidatorio dos porta avioes.