No dia 2 de março, às 10h, no auditório do Centro de Convívio dos Meninos do Mar (CCMar), o coordenador do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Prosub), almirante-de-esquadra José Alberto Accioly Fragelli, fez uma palestra sobre o assunto, dirigida aos militares, autoridades e pessoas da comunidade interessadas.

Nosso leitor Gilberto Rezende esteve lá e enviou o seguinte resumo:

Primeiro o PLANO da Marinha do Brasil é construir 6 (SEIS) submarinos nucleares. Em três áreas de patrulha oceânicas e cada uma de responsabilidade de dois submarinos.

O Almirante confirmou a finalização da USEXA (usina de conversão de gás de urânio) em junho e o fechamento do ciclo nuclear completo em nível industrial.

O LABGENE que é a planta do reator nuclear piloto em terra está em andamento e será encerrada em 2014. Destacou que este passo é essencial para que o Brasil não repita os insucessos da França e da Índia que partiram diretamente para o seu primeiro submarino nuclear sem fazer o reator piloto em terra.
Segundo ele a Índia ano passado foi simplesmente incapaz de montar seu reator no interior do casco do seu submarino e a França (quando da construção do seu primeiro submarino nuclear) teve problemas tão graves de projeto que acabou por abandona-lo com apenas um ano e meio de vida operacional e a França teve que suportar o prejuízo total de seu primeiro projeto de submarino nuclear… E partir para a segunda tentativa…

Este reator do LABGENE servirá de base tanto para projetar os 6 reatores para os submarinos como para os 3 primeiros reatores civis na faixa de 600 a 800 MW (Angra I tem 1.000 MW) e serão construídos, pelo planejamento da Nuclebrás, após a conclusão de Angra III. O plano é que no futuro as novas plantas nucleares civis brasileiras sejam de projeto brasileiro apenas, sem mais aquisições de usinas no exterior.

Foi informado na palestra que as duas atuais usinas civis brasileiras usam urânio enriquecido de 3,2 a 4% e que o reator do submarino atômico brasileiro usará urânio enriquecido a 7% e que deverá ter a necessidade cíclica operacional de ter seus elementos combustíveis nucleares totalmente substituídos de quatro em quatro anos.

estaleiro_base_naval 1

As imagens e planos exibidos na palestra mostraram dois diques TOTALMENTE COBERTOS para atender a duas embarcações submarinas nucleares ao mesmo tempo na chamada ILHA NUCLEAR onde os futuros submarinos nucleares serão construídos, receberão manutenção e onde se processará a troca do elemento combustível do reator quando necessário. Ela deverá ser construida num recorte da encosta e será instalada sobre leito firme de rocha ao contrário do resto do complexo que será feito sobre aterro e plataformas sobre o mar.

Foi explicado que o projeto da base e estaleiro de Itaguaí teve um processo EXTREMAMENTE COMPLEXO de licenciamento ambiental e licenciamento nuclear na CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e as múltiplas exigências fizeram que o projeto tivesse 24 variações de lay-out até a aprovação final e mesmo com as primeiras obras do estaleiro/base de Itaguaí tendo sido iniciadas em fevereiro (sem cerimônia oficial ainda) a parte da chamada ILHA NUCLEAR, que é o coração do projeto, ainda não teve a licença final da CNEN deferida. O que deve ocorrer ainda neste primeiro semestre de 2010.

estaleiro_base_naval 2

O Estaleiro/Base ficará a cerca de 4 Km da Nuclep que é responsável pela construção das grandes seções cilindricas do casco submarino e uma unidade de integração de unidades metálicas ficará na área da Nuclep onde uma substancial parte de itens do submarino serão incorporadas nas seções feitas ali mesmo na Nuclep e seguirão por uma via reforçada até ao túnel de acesso do Estaleiro/Base que será grande o suficiente para possibilitar o acesso seguro das seções de submarino ao complexo.

Face ao período muito curto de troca dos elementos combustíveis nucleares nos modelos brasileiros, comparativamente em relação aos modelos americanos, ingleses e franceses, uma boa parte do esforço de engenharia do projeto do reator naval brasileiro estará se dando no sentido de permitir a troca dos elementos combustíveis num tempo bem mais curto que o normalmente é conseguido nos modelos de outras origens. A realização bem sucedida desta característica do projeto será essencial para permitir a maior operacionalidade possível da frota submarina nuclear que o Brasil pretende construir. Foi dito que quando a base estiver operacional tanto os submarinos convencionais como a própria força de submarinos da marinha sairão da Base de Mocanguê em Niteroi e passarão para Itaguaí… Como mostrado nos modelos tridimensionais do projeto onde uma das TAGs apontava um prédio como COMANDO DA FORÇA DE SUBMARINOS.

Outra imagem mostrou que o projeto brasileiro será de um hélice propulsionado por dois motores elétricos de propulsão. Portanto a energia nuclear será usada para mover uma turbina que movimentará um gerador elétrico para gerar força aos motores elétricos de propulsão.

Outras informações relevantes:

Sobre as ultracentrífugas brasileiras foi destacado que, sem qualquer ufanismo, elas são o melhor equipamento disponível a nível mundial e o maior segredo tecnológico militar-civil do Brasil. Sem obviamente detalhar seu funcionamento foi explicado que duas características básicas as tornam tão superiores ao modelos de outras nações:

1) seu motor eletromagnético de base que sustenta, alinha e ao mesmo tempo rotaciona o cilindro interno da centrífuga que é o verdadeiro “ovo de colombo” do sistema.

2) o próprio cilindro interno da centrífuga nacional que ao contrário do modelo original estrangeiro sobre que a Marinha se baseou no seu projeto que era de alumínio e pesava 7 Kg, nosso modelo nacional é feito de fibra de carbono e pesa apenas 700g!!!

Código secreto:
Talvez o grande segredo seja o que não foi falado, como se faz para rotacionar magneticamente um cilindro de fibra de carbono que supostamente é amagnético…

Destas características decorre que seu funcionamento, sem qualquer atrito mecânico significativo, torna virtualmente desnecesária a sua substituição operacional em tempo previsível. Isto significa que foi dito que a primeira centrífuga 100% operacional está em serviço CONTÍNUO a 20 anos em Aramar sem queda observável do seu desempenho original. O cilindro de fibra de carbono por ser 10 vezes mais leve que o similar metálico (e no mínimo tão resistente estruturalmente) demanda muito menos energia para seu acionamento e no caso improvável de falha durante o regime de plena rotação, a menor massa do cilindro interno em relação ao cilindro externo resulta que um acidente neste tipo de construção não tem o mesmo efeito catrastófico de uma falha de uma centrífuga mecânica onde a parte que é cineticamente girada pesa 10 vezes mais. Foi declarado que em geral as ultracentrífugas mecânicas usados por outros países rotacionam na faixa de 30/35 mil RPM (rotações por minuto) e a última geração das centrífugas brasileiras estariam atinguindo cerca de 66 mil RPM.

Citação:
Observação minha, as ultracentrifugas brasileiras por sua durabilidade/estabilidade virtualmente plena fariam assim ser praticamente desnecessárias as constantes paradas para substituição de mancais/centrífugas dos modelos mecânicos e PRINCIPALMENTE o tenso controle contínuo de desempenho de cada elemento individual exigido na operação das cascatas mecânicas (para evitar-se acidentes que levem a um colapso catastrófico em série) seja incomparavelmente menos crítico nas cascatas de ultracentrífugas por levitação magnética de projeto brasileiro.
Em cascatas de 3 a 4 mil ultracentrífugas como, por exemplo, as atuais da usina iraniana de NATANZ que já chegou a possuir no passado até 8.700 centrífugas, o lixo atômico gerado pelas ultragentrífugas que tem de ser substituídas e o custo econômico de substituí-las para manter o nível operacional da intalação torna o custo de operação industrial extremamente elevado e o fluxo de produção industrial intermitente.

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=69092

Quanto ao trabalhos de engenharia o Almirante Fragelli relatou que a Marinha apartir de agosto de 2010 mandará 4 turmas de 20 engenheiros (uma a cada 6 meses) e cada turma ficará em na França por 18 meses fazendo cursos sobre construção de submarinos e sistemas de submarinos nucleares (exceto propulsão). Um gráfico apresentado de emprego de engenheiros navais no projeto prevê um pico de mais de mais de 400 engenheiros navais empregados no programa PROSUB em 2016. Mas relatou que o gráfico refere-se unicamente a primeira unidade a ser produzida a ser entregue em 2020/21, assim que seja decidido a construção das demais unidades este numero poderá ser estabilizado próximo a este nível por um grande período.

Outra informação MUITO INTERESSANTE foi que atualmente a Engepron só pode contratar engenheiros navais para remuneração de 1.900 reais por mês… O que obviamente colide com o objetivo de contratar excelentes profissionais para se construir um submarino nuclear…
Por isso ainda este semestre a MB e o GF madarão uma lei para o congresso uma lei para criação de uma empresa estatal que se chamará AMAZUL (AMAZônia AZUL) que ficará responsável pela contratação dos engenheiros navais com salários a preço de mercado para trabalhar para o PROSUB, sobre este ponto o Almirante Fragelli dirigiu-se (após a palestra) aos jovens que compõe este ano a primeira turma do curso de Engenharia Naval que a FURG passa a oferecer (universidade federal local) que foram assistir a palestra para que estudem com afinco pois a necessidade da MB é tão grande que a USP e UFRJ (os dois tradicionais cursos brasileiros) não terão capacidade de, sozinhas, fornecer a quantidade de engenheiros navais que serão necessárias a MB (e não só ao programa PROSUB) e que ele está trabalhando para que estas vagas sejam disponibilizadas para uma atividade de ponta e bem remunerada.

Não foi dada nenhuma informação sobre os armamentos do submarino e foi citado que a marinha, a princípio, desistiu da construção de estações de VLF para envio de mensagens aos submarinos nucleares pelo custo elevado, por ser unidirecional (o navio não pode responder em VLF), estar em via de desuso pelos EUA e França e porque possivelmente depois de 2020 (quando a primeira unidade ficar pronta) o país deverá já dispor de um sistema orgânico de comunicação satélite militar.
Além da própria construção do submarino foi declarado que ainda está em estudo preliminar de que forma será modelada a carreira dos militares que servirão nestas unidades, requisitos, cursos e por que tempo. Que terá que ser diferenciada e ter estímulos específicos. Mas encontra severas restrições nas leis que regem a remuneração militar geral que teram de ser vencidas ou contornadas.

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Augusto

Nossa fantastico o artigo! Mas uma vez a MB mostra que esta na frente das duas outras forças, pois tem um projeto claro do que quer para o futuro. Em vez de ficar de birra do governo como FAb ou com lentidão e indecisão do Exercito na troca do fuzis e outros equipamentos(apesar que esta pelo menos se move), a MB vai aos poucos trocando seus equipamentos apoiado pelo industria naval brasileira. Viva a marinha brasileira!!!!!!!!!!

Sabre

Muito bom,tomara que transcorra tudo como planejado e quando eu estiver velinho tenhamos os 6 planejatos já construídos e navegando!

Farragut

depois de “o papel aguenta tudo”, vem a “a computação gráfica aguenta tudo”.

MN Gonçalo

Eu servi no Centro Tecnologico da Marinha em São Paulo (CTMSP – Aramar) quando era marinheiro, uma colonia de férias militar, devido ao grande numero de civis, o picado era o mesmo para praças e oficiais, oportunidade de ver as caldeiras funcionando. O melhor lugar que eu servi depois do CTMSP da USP. O pessoal de sorocaba acha que estão construindo um missil nuclear devido a armazenagem de plutonio.

dumont

espero que tudo isso seja público…

MO

Risos

Realmente Gonçalo

na cabeça dos Sorocabianos o Missel “Jeca (Tatoo) I” seria usado para pressionar Boituva a fornecer as formulas das Tubainas lá fabricadas

hehehehehe

Abs
MO

PC

“Sobre as ultracentrífugas brasileiras foi destacado que, sem qualquer ufanismo, elas são o melhor equipamento disponível a nível mundial e o maior segredo tecnológico militar-civil do Brasil”

Está mais do explicado porque há um tempo atrás a Comissão de Energia Atômica queria de qualquer maneira nos vistoriar…
Sds

DV

Alguém sabe a razão técnica para o ciclo relativamente mais curto do combustível?

O reator em terra é realmente um passo essencial para minimizar riscos. Quanto antes se testa, menores os riscos. Muito melhor do que descobrir que um conceito não funciona na hora da montagem.

Seria até bom ter para testes um reator embarcado não submarino, acessível e desmontável sem corte do casco, em um navio de pesquisa polar ou coisa parecida…

Antonio Carlos

É impressionante como é fácil bloquear a saída dos submarinos …

Alguns lugares ditos “estratégicos” me dão um verdadeiro arrepio (Porto de Santos, Rio Grande, etc).

Bosco

Se nosso submarino nuclear usar mesmo propulsão elétrica será um grande avanço (os submarinos Virgínia só terão esse sistema daqui a vários anos) e deverá ser muito silencioso.
Se ainda for possível armazenar a energia produzida em baterias ele poderia funcionar com uma emissão de ruído mínima por algumas horas em casos extremos, inibindo o reator.
A quantidade de baterias poderia ser bem menor que a de um DE já que apenas seriam necessários algumas poucas horas de operação, em casos excepcionais.
Isso é previsto ou pelo menos, possível?

eduardo

O almirante diz que o licenciamento foi rigoroso, não sei o licenciamento na CNEN, mas o relatório de impacto ambiental do estaleiro é ridículo, considerando que é uma obra que vai custar quase dois bilhões de euros, e envolve material nuclear.

(Ver relatório no link http://www.mar.mil.br/arquivos/rima_estaleiro_base_naval_28082009.pdf)

Parece relatório para a construção de um viaduto…

Caipira

Parabéns pela reportagem!

Espero que se concretize!

M1

uhaauhau não pode fazer avião ( CBA ), antão faz submarino… uhauahuah

Viva a gloriosa MB!

emerson

Parabéns pelo post. Acho que essa é a vocação do blog. Espero que tenhamos voltado ao melhor do poder naval. Sobre os SubNuc, estou surpreso com o plano de seis submarinos nucleares. Há cerca de dois meses, coloquei um comentário (aliás, bastante criticado) no qual estimava a força mínima para a MB em 3 submarinos nucleares e cinco convencionais, já que dizia ao menos um deles estaria em manutenção, um completamente operacional e um terceiro em manutenção de rotina ou em missão de treinamento. Percebo que, ao menos, acertei na proporção de submarinos em manutenção em relação aos ativos. Me… Read more »

Nick

Parabéns Gilberto Rezende,

Muitas informações inéditas, esperemos que se torne fato todo esse projeto e termos 6 Subs Nucleares daqui 10/15 anos.
Essa questão de trocar combutivel a cada 4 anos é preocupante.. quanto tempo o sub permaneceria docado?? seria preciso “abrir” o Sub para trocar o combútivel???
Outro dado preocupante é esse salário ridículo de R$1900,00 para os Engenheiros.

[]’s

Nick

errata : combútivel=combustível

R_Cordeiro

eduardo em 04 mar, 2010 às 16:14

O almirante diz que o licenciamento foi rigoroso, não sei o licenciamento na CNEN, mas o relatório de impacto ambiental do estaleiro é ridículo
________

Eduardo, o RIMA (relatório de impactos ambientais) são documentos mais simples que visam a compreensão do público sobre os impactos causados ou os que possivelmente causarão ao meio ambiente.
Certamente o EIA (estudos de impactos ambientais) é muito mais técnico e abrangente, sua leitura é totalmente embasada e técnica.

o RIMA, quase sempre tem o mesmo jeitão…tanto para construções de viadutos como para instalações nucleares. 😉

abraços!

Robson Br

PORTANTO, Podemos observar que a Gloriosa Marinha do Brasil sempre teve um projeto de longo prazo. Bastou garantir o financiamento e pronto. Ela tem desenhado no papel quais são suas prioridades e as coisas estão andando. Tem um custo alto, mas a escolha do parceiro foi fundamental, parceiro este que também está ajudando a rússia. A escolha do tipo de submarino foi fundamental. Vemos agora que aquela turma que so falava em custos, escala de produção dos IKLs estavam completamente equivocadas. A MB não queria um produto de prateleira. Queria unir seu conhecimento a um produto pronto, que não dependeria… Read more »

Paulo

Parabéns ao Gilberto Rezende e ao Blog Naval.
Quando se tem um planejamento de longo prazo, fica mais fácil a execução. Correções sempre surgirão, mas o rumo continua o mesmo.
Minha única dúvida, assim de vários colegas aqui, é por que a troca do combustível tem de ser de 4 em 4 anos?
Abraços

maverick

PATRIA AMADA BRASIL !

Ricardo

Robson Br em 04 mar, 2010 às 18:13

Robson, no Aero eu tenho dito sistematicamente que a TOT deveria ser para as forças, e alguns estão dizendo que a Embraer não se interessa pelo projeto do governo porque não tem condições de absorver a TOT.

Imagina como fica agora que a gente vê claramente que a TOT é para as forças, a partir da informação que os engenheiros da Marinha estarão indo aprender sobre construção de cascos na França.

Isso sim é que é TOT.

Danilo

Parabéns a Marinha pelo afinco pelo qual trata nossa defesa e mesmo sem recursos ultrapassa barreiras e consegue desenvolver tecnologia nacional, e parabéns ao amigo Gilberto Rezende e aos editores do blog por publicarem esta bela matéria.

Saudações,

Danilo

emerson

Caro Ricardo, Acho que você colocou a coisa da TOT em seu verdadeiro valor. Odeio o FX2, me nego todas as vezes a falar nele, mas em seu início, me lembro que o TOT era o acesso ao código fonte. O resto era benefício. Acho que a MB tem essa característica há bastante tempo. Que me lembro teve as Niteroi, que por muito tempo influenciaram a construção naval militar brasileira (basta ver as corvetas e o navio escola), e depois os IKL, que montaram o ponto de partida para que agora se pense em construir o SubNuc. Acho que a… Read more »

Robson Br

Ricardo em 04 mar, 2010 às 19:03 Particularmente acho que a FAB deveria liderar todo o processo, mas ela está empurrando para a área empresarial. Quando o MD fechou a parceria para os subs, ela deveria ter participado na decisão dos caças e não ter deixado chegar a esse ponto. Infelizmente o governo procura tecnologia e a FAB apenas um caça. Escolheu o lado errado quando defendeu os interesses da área empresarial. Concordo contigo, pois todo processo da MB poderá beneficiar a área civil, pois as novas centrais termonucleares serão menos dependentes do exterior, juntamente com a área de medicina… Read more »

latino

pergunta ao amigos do blog sera que algum dia esse mesmo reator ou a tecnologia dele podera tambem equipar um porta aviões nacional ?

sds

brujhar

Excelente post! É por causa destes artigos que eu assino este blog.

Rezo para que a MB consiga seguir este planejamento perfeitamente.

emerson

Sabe Latino, Há cerca de dois meses atrás, fiz um desenho de uma frota mínima para a MB, quando listei três submarinos nucleares e dois NAe´s do porte do Minas que poderia ter propulsão por dois ou três desses reatores nucleares desenvolvidos para o SubNuc…. quase fui apedrejado. Mas se pensarmos com calma, é absolutamente razoável essa ideia, mas a médio prazo, talvez para daqui 15 anos, pois a prioridade é realmente o SubNuc. Mas o cronograma atual dos 4 scorpenes e do primeiro submarino nuclear deve encerrar lá por 2021. Portanto, certamente, em 2020 a MB terá o domínio… Read more »

FelipeTP

Pessoal.

Engenheiros que podem ganhar no máximo 1.900 por mês?

Eu ri e muito.

Sou engenheiro e nunca aceitaria trabalhar por isso. Um desrespeito com a classe.

Tem é mais que afundar esse submarino, como todo o respeito.

Smuel Henrique

Agora é torcer para que o proximo governo não ache que outros projetos são mais importantes que estes e que seus recursos não fiquem contigenciados ou sejam desviados para os urubus do planalto central!
De tanto que vejo noticia ruim sobre a MB eu nem gosto muito ler o blog naval, mas com esta noticia….Livre navegar!!!!

forte abraço

MN Gonçalo

Corrigindo, não é armazenado plutonio é urânio. Era engraçado o pessoal de Sorocaba achando q tinha missil nuclear lá, eu era da garagem, certa fez, conduzindo um fornecedor civil por aramar, ele me “pressionou a dizer a verdade sobre ARAMAR”, não podia deixar passar essa, como ele me prometeu “guardar segredo”, disse a ele que atras dos morros havia um grande lago e nele existia um submarino em testes. Ao mesmo tempo que ele fez uma cara espantada tb fez um expressão do tipo ‘já sabia’. Com certeza ele deve ter guardado esse ‘segredo’ …rsrsrsr… bons tempos

Harry

Caro Engenheiro

FelipeTP em 04 mar, 2010 às 22:31

“Tem é mais que afundar esse submarino, como todo o respeito.”

Onde esta o respeito??????????

Sabe quanto ganha um sargento da marinha, um oficial depois de anos de estudo e o que dizer de um marinheiro, MAS como não são ENGENHEIROS, trabalham para que o submarino que voce quer levar a pique esteja sempre pronto para proteção deste Nosso Pais,

Parabens blog pelo post

Abs

emerson

Um dos maiores problemas das forças armadas hoje são os salários para o corpo técnico. Infelizmente, em tempos de paz não dá para esperar patriotismo com as contar para pagar. Não acho que um soldado prestando serviço obrigatório tenha lá que receber um soldo fenomenal, mas militar de carreira precisa ser bem pago sim. E se pertencer a um corpo tecnico especializado deve sim receber um adicional. Ainda pensamos que funcionário publico deva receber pouco. Ao contrário. Funcionário publico concursado deve ser muito bem pago.

um dia a gente acerta a mão…

BRAVURA

Urânio enriquecido à 7% para os reatores acho pouco para promover boa velocidade. Entretanto, o artigo explica que o reator alimentará um motor elétrico, isso parece diferir dos demais submarinos. Parece que os submarinos nucleares americanos tem células de urânio à 20%.

O site areamilitar.net afirma que o submarino nuclear mais rápido já construido foram os da Classe Alfa, da URSS. Eles tinha reatores com urânio a 90%. Atingiam velocidades superiores a uma fragata e até de alguns torpedos.

KeplerK

“Eduardo

O almirante diz que o licenciamento foi rigoroso, não sei o licenciamento na CNEN, mas o relatório de impacto ambiental do estaleiro é ridículo… Parece relatório para a construção de um viaduto…”

Meu caro, não tem nada de errado, como o próprio nome diz, o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) é um resumo (um relatório) do verdadeiro estudo, o EIA (Estudo de Impacto Ambiental), que normalmente é um calhamaço denso em linguagem muito mais técnica.

Gilberto Rezende

Amigos, Esclarecendo alguns pontos: O salário de R$ 1.900,00 é o salário inicial que a Engepron PODE pagar legalmente para um engenheiro que vai ser um servidor público civil. JUSTAMENTE por este absurdo é que a MB e o Governo Federal (GF) vão criar por lei uma empresa pública para poder contratar excelentes engenheiros a preço de mercado. Eu pessoalmente sempre critiquei um pouco a MB por não ter uma escola de engenharia como o ITA e o IME. Na palestra foi contado que o Almirante Othon que foi o PAI/PATRONO do programa nuclear da Marinha que ao invés de… Read more »

Nick

Caro Gilberto Rezende,
Valeu ae pelos esclarecimentos. Fica aqui a torcida para que esse projeto vá até o fim e no futuro tenhamos 6 Subs Nucleares Brasileiros no Atlantico Sul.

[]’s

Timm

Fantastico o artigo..parabens…Só uma pergunta , que ja foi comentada por alguns acima….Faltava só financiamento correto ? Não teriamos conseguido o mesmo em parceria com os alemães ? ja que o reator fomos nós que desenvolvemos !!!

Getulio - São Paulo

Gostei dos esclarecimentos emitidos na palestra. Não sabia que seriam seis o subs nucleares.
Quanto a construção da base naval dos submarinos, creio que da forma como apresentada parece ser mais uma base civil.
Penso que por ser base de submarinos estratégicos ela deveria ser escavada nas rochas da montanha, ou seja, abrigada em tuneis submersos ao estilo das bases suecas, russas, etc. Lógico que os Tufões russos por serem gigantescos, difícil seria escondê-los, mas acho uma necessidade para nós termos algo assim, à prova de bombas A ou B.

emerson

Sobre as escolas militares de engenharia, acho que com a criação do MD, teremos uma reorganização das insituições militares, unificando vários orgãos. Por exemplo, criar um único órgão de inteligência militar para todas as três forças; centralizar e padronizar as compras; unificas a porcaria de siglas usadas nas aeronaves; unificar o sistema de ensino, por exemplo dando à AFA a responsabilidade de forçar pilotos e ao exercíto (por exemplo) formar os pilotos de helicópteros, etc; unificar as escolas de engenharia militar sob uma única reitoria, criando uma espécie de universidade militar, dando oportunidade para oficiais das tres armas estudarem juntos.… Read more »

Carlos Ivan

Quais são as chances de futuramente o subnuc ser dotado de mísseis Exocet Block III ???

Existe viabilidade operacional ou é só questão de grana ????

Carlos Ivan

Eu li uma vez, acho que no Defesabr, que a MDBA instalaria uma fábrica de mísseis no Rio de Janeiro, onde seriam produzidos os mísseis Exocet MM-40, assim como os torpedos Black Shark, isso foi só boato ou chegou haver algum tipo de negociação ???

Bosco

Carlos Ivan, que eu saiba a versão Block III será apenas lançada de navios. Pelo menos até agora não se sabe do desenvolvimento de versões lançadas por submarinos e por aviões. Vale salientar que um míssil lançado de sub contra navios não precisa necessariamente ter um alcance muito grande já que forçaria o uso de recursos externos para a designação dos alvos além do horizonte e que estariam além do alcance prático do sonar. Isso forçaria o submarino a ter que se aproximar da superfície para estabelecer contato via rádio. Acho que um alcance da ordem de 70 km do… Read more »

Felipe Cps

Parabéns ao Naval e ao escriba Gilberto Rezende pela ótima reportagem. Digna de entrar para os “destaques” do Blog. Apenas agora pude ler, li do princípio ao fim 3 vezes para decorar e li todos os comentários, alguns muito bons. ___________________ Mas sempre tem uns dois ou três que acham que se pode comparar um projeto como este, que extravasa EM MUITO o âmbito da Marinha do Brasil, com o projeto de rearmamento da frota de caças da FAB. Realmente lamentável a postura chauvinista destes, que só buscam criar constrangimento entre as Forças Armadas, e politizar um projeto que é… Read more »

Carlos Ivan

Bosco em 05 mar, 2010 às 15:53

Bosco eu não pensei nos detalhes técnicos, mas sim na necessidade da MB possuir mísseis com alcance maior do que os atuais. Pra mim os 180 km de alcance dos Exocet Block III seriam uma boa forma de “dissuasão”.

Agora uma versão do SCALP lançado de submarino é ainda melhor. O SCalp Naval provavelmente vai ter um alcance de 400 km, o que seria uma grande aquisição pra MB. Tomara que o SUBNBR veio recheado de SCALPs, e quem sabe até Brahmos rsrsrs….

fsinzato

Não sou especialista na questão, porém acredito eu, que em relação ao nível de enriquecimento de urânio de 7%, serviu para minimizar riscos no projeto. Apesar de ser um submarino, não podemos esquecer, que dentro, há uma “miniusina” nuclear, mas que ao contrário de uma usina em terra que pode utilizar chumbo, concreto, imensas piscinas, etc.. para a isolação da radiação, em uma plataforma submarina móvel, rápida e pior tripulada, as opções são bem mais limitadas (ou vai haver vazamento de radiação e risco de saúde para a tripulação – caso França – ou a planta geradora irá ficar maior… Read more »

fsinzato

Felipe é mais ou menos assim: Energia do Reator (calor e radiação) > Vapor > Turbina > Transmissão > Hélice Ou no caso brasileiro e nos mais modernos: Energia do Reator (calor e radiação) > Vapor > Turbina > Gerador Elétrico > Motor Elétrico > Hélice. * o gerador poderá também carregar uma bateria para emergência ou no modo mais silencioso com o reator inibido. Futuro? : Energia do Reator (calor e radiação) > Materiais Radioelétricos (transforma radiação em eletricidade) e Termoelétricos (transforma calor em eletricidade) > Motor Elétrico e Baterias > Hélices. * Em nível acadêmico já temos no… Read more »

Felipe Cps

fsinzato em 06 mar, 2010 às 22:22:

Interessante fsinzato, eu achava que a segunda opção fosse padrão. Mas faz sentido, uma vez que apenas modernamente as baterias elétricas estão se tornando altamente confiáveis.

Não entendi a parte de inibição do reator. Não é a turbina que se inibe para tornar o sub “stealth”?

Quanto aos nanomateriais (radioelétrico e termoelétrico) acho que ainda demora um pouco (link bem interessante). Mas tudo é possível, havendo dinheiro e vontade política.

Abs.

fsinzato

Felipe Cps em 06 mar, 2010 às 23:10 “Interessante fsinzato, eu achava que a segunda opção fosse padrão. Mas faz sentido, uma vez que apenas modernamente as baterias elétricas estão se tornando altamente confiáveis.” Além das baterias acho que o problema maior era os motores elétricos, não eram pequenos e potentes o bastante para impulsionar os submarinos a altas velocidades, por isso a turbina era ligada a uma transmissão direta no eixo do hélice. Com o desenvolvimento dos motores e baterias, pode-se eliminar a transmissão para o eixo, imensa fonte de barulho (quem diga os russos). Mas sobrou ainda a… Read more »

fsinzato

Em tempo,

Se a MB conseguir avanços em eliminar o ciclo vapor, teríamos um legítimo E-Boat (E – Eletric) risos… que ao invés de baterias, usaria um reator nuclear para fornecer energia eletrica.

Sonhar não custa nada…

fsinzato

Como a digníssima senhoria deu PT na saída dos embalos de sábado a noite e vou ficar sem sono e fazer nada… Te peguei pra cristo CPS (Modo Troll: on). Numa configuração que pensei agora, caso você utilizar materiais radio/termoeletricos, você teria que ter uma maior área de contato possível entre estes e o combustível para maior eficiência e refrigeração. A melhor forma, não seria de varetas e sim, placas planas com o combustível encapsulado dentro de um sanduíche destes materiais especiais. Tendo algo entre o ambiente e o combustível como isolante térmico e radiotivo (Cerâmica Especial? Sei não…) a… Read more »