Problemas técnicos do Charles De Gaulle são mais sérios que o esperado

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cdg

As últimas notícias vindas da Base Naval de Toulon não são boas. Os problemas em uma das duas linhas de transmissão do porta-aviões Charles de Gaulle, ainda permanecem sem explicação.  As investigações continuam com a Marinha e a DCNS. Até nova ordem, o navio-aeródromo continua parado, depois de dezoito meses em reparos.

O Ministro da Defesa Hervé Morin disse que a nova paralisação do navio pode levar de “quatro a seis meses.” Isto significa que ele não pode retornar ao mar antes do outono. Se o novo prazo de retorno for cumprido, o Charles De Gaulle terá gasto um total de dois anos na doca, o que pode representar um problema muito grave para a formação de pilotos e tripulação.

cdg-2

NOTA do BLOG: Os problemas no CDG podem servir para ajudar a Marinha da França a obter outro navio-aeródromo, pois como diz o adágio, “quem tem um, não tem nenhum”. O Brasil, que adquiriu o PA Foch rebatizando-o como NAe São Paulo, sofre com problema semelhante.

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Higgins

Para quem vive de pérolas de preconceito… SU-35 voa, sem problemas e deverá ser encomendado como caça de transição pra o PAK-FA. Pelo menos, uma centena. Problemas com reatores todos tiveram, inclusive os sacro-santos norte-americanos. A Marinha Americana paga uma relativa fortuna para marinheiros que foram expostos a níveis anormais de radiação… Os Franceses possuem tradição em desenho naval. Ninguém é imune a erros. Os ingleses tiveram toda sua tradição em xeque com as falhas dos seus projetos em 1982? É aquela velha história: Tudo que é russo é ruim. Mas, ora vejam só… São os únicos com um programa… Read more »

Marcelo Ostra

01

Soh nesta Unitas serão tres delas a John L Hall, Kauffman e esqueçi a terceira (As duass primeniras sao incruzivel veteranas de Unitas)

MO

Dalton

Vinicius, Como tambem nao sou eng naval, espero que colegas mais bem informados retifiquem ou ratifiquem o que escrevemos, pois só assim realmente adquirimos conhecimento. No meu humilde entender, a planta propulsora do CDG nao é das mais potentes, a velocidade maxima que ele alcança é de apenas 27 nós, os 2 reatores sao relativamente pequenos, daí a necessidade dele tambem ter que ser reabastecido mais vezes durante sua vida util e movimentam duas turbinas, e dois eixos. Acho que a quantidade de eixos deriva disso mesmo, a classe ESSEX, tinha 4 eixos e 8 caldeiras e alcançava 32 a… Read more »

ARCANJO

Sugiro que leiam o livro A MARINHA FRANCESA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, escrito por um oficial da Marinha Francesa.

Fica claro que a França nunca foi top de linha em projetos, construção e operação de navios de guerra. Tem uma longa história de problemas e derrotas.

Raras vezes a França foi aceita como parceira por Marinhas estrangeiras justamente pelo seu histórico.

Raras vezes … até que encontrou o Brasil que, por razões múltiplas e diversas, embarcou nesse rabo-de-foguete …

Uma tristeza …

Dalton

Arcanjo… Apesar de nao concordar com voce quanto aos projetos de navios franceses ao menos da segunda guerra mundial,afinal, nao dá para generalizar , nao pude deixar de rir sobre a forma como escreveu, ” rabo-de-foguete “…rs Talvez este almirante que vc referiu-se seja R.De Belot que escreveu diversos livros inclusive ” A Guerra aeronaval no Mediterraneo” que trata bastante da marinha francesa. Tenho alguns livros sobre a marinha francesa, e devo dizer que os encouraçados da classe Richelieu, o cruzador pesado Algerie, os cruzadores leves Galissoniere e varios contra-torpedeiros e submarinos foram desenhos de grande sucesso. Além disso, eram… Read more »

Dalton

Zero,

Sim…elas foram substituidas e ainda estao sendo substituidas pelos DDGs Arleigh Burkes, mas a marinha americana nao tem mais necessidade´e nem condiçoes de manter uma armada de mais de 400 navios, por isso, as Perrys foram colocadas a disposiçao, mantendo-se 30 no inventario da marinha e a medida que novos DDGs e LCSs
forem incorporados irao dando baixa aos poucos.

abraços

Vinícius D. Cavalcante

Sinceramente eu não sabia quantos eixos (e hélices) tem o São Paulo, porém num casco de maior deslocamento a opção de dois eixos e duas hélices não pareceu ser a mais acertada. Os porta-aviões americanos, mesmo os menores da classe Essex, tem 4 eixos e quatro hélices. Os britânicos maiores de 30.000 também (o Victorious tinha 3 e o Ark Royal e o Eagle, quatro). Acredito – e não sou engenheiro naval – que isso se deva ao deslocamento, comprimento do casco e uma necessidade de segurança (redundância de sistemas). O caso do Príncipe de Astúrias e diferente, pois além… Read more »

Zero Uno

Ainda não concordo sobre as Classes Perry. O que me consta é que elas foram sim substituidas…

Abraços.

Virtualxi

A diferença é que o Brasil, contrário da França, nunca teve um NAe por inteiro. Foi sempre pela metade. Metade do tempo na oficina, metade do tempo atracado, metade do tempo explodindo a caldeira… e por aí vai.

Dalton

Zero, As fragatas da classe Perry , foram um sucesso quando se leva em conta o custo/beneficio. A principal missao delas era a escolta de comboios e grupos anfibios e a capacidade de transportar dois helicopteros na epoca nao era muito comum. Foram construidas em grande numero devido a necessidades da epoca e para tanto tinham que ser relativamente baratas,o eixo unico é um exemplo, portanto nao possuindo o mesmo nivel de outros navios da epoca. Se começaram a ser vendidas no inicio dos anos 90, nao surpreende que coincida com o fim da guerra fria, afinal, nos anos 90… Read more »

Mauro Lima

Bela defesa da Classe Perry… cada momento pede uma dada intervenção… ela teve o seu momento sim!

Abração, galera!

PS: Realmente acho que seria mais jogo para o Brasil ter 3 ou 4 Hyuga, Dokdo, ou mesmo 3 Cavour (2 no mínimo)… com esta estrutura estaria muito bem equipado para as nossas necessidades!

Dalton

Vinicius,

Nao entendi bem quando vc escreveu que o projeto do CDG previu apenas dois eixos o que na pratica redundou num erro…

O Sao Paulo, os Invincible ingleses,o novissimo Cavour italiano o Arromanches que vc citou todos tem ou tinham 2 eixos, e o Principe de Asturias espanhol tem apenas um .

Que o CDG teve e continua tendo problemas é fato, mas ter apenas 2 eixos , nao me parece ser um erro crasso.

abraços

Vinícius D. Cavalcante

O Porta-Aviões deles já veio com problema desde a prancheta. O projeto só previu dois eixos, o que, na prática, acabou redundando num erro. O convôo curto, teve de ser estendido para contemplar o emprego do Hawkeye… No Clemeceau e o Foch os franceses se basearam no projeto da Essex e da classe Colossus/Majestic o qual eles tinham um navio (o Arromanches). Eles inclusive estudaram atentamente o desenho do Victorious, que foi dispendiosamente reconstruído em meados dos anos 50. As catapultas eram inglesas.Talvez a principal falha do projeto foi a de não contemplar margem para emprego de aeronaves mais pesadas… Read more »

Marcos T.

Será que não fazem rolo no “Opalão”.
Dão pra nós três Mirage Véio pode ser sem os motor, e uma réplica da torre Eifel, nós ficamo com essa porcaria.

Cara: é comico pra não dizer que é trágico.

Zero Uno

Acho 02 NAe de bom tamanho para o Brasil. A França já encomendou o Clemenceau. Ele será o novo PA da marinha francesa. Problemas, muitos navios possuem. As fragatas norte-americanas da classe Oliver Hazard Perry: Na verdade, para reduzir ao máximo os custos as fragatas Perry contam com algumas desvantagens de conceito, como por exemplo o de contarem com apenas um único eixo, a que estão ligadas as duas turbinas a gás LM-2500. Para reduzir este problema, dois pequenos «pods / casulos» retráteis foram acrescentados, pelo que se o navio perder o seu único eixo mesmo assim ainda se pode… Read more »

Douglas

A lição que se tira desses acontecimentos é a seguinte: Um unico Nae é uma idiotice estratégico orçamentária. Tai ai o resultado.. Se algum interesse frances for contrariado essas semanas e for preciso recorrer a força militar? Onde está a cobertura aérea da esquadra francesa??? Está no estaleiro…… Se vc não pode ter 2 ou 3 Naes então é melhor não ter nenhum, pois será perda de dinheiro dentro de um orçamento limitado. E caso ocorra alguma coisa nesses períodos de manutenção / reparo, a marinha francesa vai ser ridicularizada pela própria imprensa, que inevitavelmente vai perguntar: Pra que esse… Read more »

Marcelo Tadeu

Foi por isso que muitos oficiais da Marinha francesa foram contra a venda do Foch, pois, ele substituiria o CDG durante a sua manutenção. Aliás, o São Paulo está passando por um PMG, o problema é ele sair do AMRJ “tinindo” e ser um mero porta-helicópteros, pois, é o que vai acontecer se a modernização dos A-4 demorar para sair. Aliás, já está na hora da Marinha projetar 2 porta-aviões para daqui a 10 , 15 anos . Poderia ser um projeto tipo italiano ou espanhol que pudesse utilizar ou o Rafale ou o F-18, o que vcs acham? Abraços… Read more »

Elias E. Vargas

Com 262 metros de comprimento e 45000 toneladas de peso total, o Vikrant que utiliza o conceito de lançamento de aeronaves por rampa, com capacidade para 40 aeronaves. Uma versão do Gripen NG naval, crível pois é uma aeronave de pouso e decolagem curta e por essa razão já foi pensada pela própria India, é o porta-aviões ideal para o Brasil ter pelo menos duas unidades uma para cada frota que o país pretende ter em futuro próximo.

Sérgio

Pessoal, passei a residir em S.Gonçalo-RJ e trabalhava em Botafogo desde 1992, mas antes já frequentava o Rio desde 1972 e poucas vezes presenciei o A-11 fora da atracação(AMRJ). Pouco tempo antes de chegarem os A-4 é que começou a dar uns bordejos fora da baía, após bom tempo com as catapultas cobertas, ou seja montando-as. Imponente, com porte e esfumacento, quando começou a navegar. Porem demonstrou-se terrivelmente perigoso para operação com jatos – lento e convôo baixo. Aí é q ficam as dúvidas, como ficar décadas fazendo parte de um acervo, com consequente gastos para em seguida mandarem p/… Read more »

Dalton

A independencia francesa com relaçao aos americanos nao é assim tao completa.

Atendo-me apenas ao assunto da reportagem, cabe lembrar que as duas catapultas instaladas no CDG sao americanas e o CGD também utiliza normalmente em sua ala aerea 3 avioes Hawkeye de alerta aereo.

abraços

Elias E. Vargas

Como já comentei, o Brasil precisa ter um porta-aviões viável, com tecnologia acessível, ou seja, mais simples que o sistema catobar com vetustas catapultas a vapor ou as ainda inacessíveis EMALS. Temos que trabalhar com o conjunto de navegação e as aeronaves e para o primeiro temos a oferta com transferência de tecnologia pela Índia de um porta-aviões com a tonelagem dentro dos padrões da Marinha Brasileira, para transportar até 40 aeronaves, com 262 metros de comprimento e 45000 toneladas de peso total, o Vikrant mantém o conceito de lançamento de aeronaves por rampa, com dispositivo de recolhimento por cabos. Para a… Read more »

Lucius Clay

O Robson Br e o MOSilva estão certos, uma coisa é o nosso São Paulo outra é o nuclear da França, são máquinas diversas com características diversas, nós não deixamos pronto o nosso PA, por falta de verbas não por falta de capacidade. O projeto do PA nuclear francês apresentou sérios erros de projetos e certamente eles estão aprendendo muito e poderão superá-los com um novo projeto do qual o Brasil poderá, quem sabe, fazer parte… Acho que em termos de Europa, a França tem independência para nos oferecer tudo, mas Inglaterra, por exemplo, não tem em armas o que… Read more »

MOSilva

O CDG sempre apresentou problemas, dos quais a blindagem dos reatores nucleares é o mais evidente. Infelizmente (para a França) seu “novo” NAe não substituiu a classe anterior (Clemanceau) à altura. Aliás, deveriam ter sido construídos dos vasos da classe (se não estou equivocado). Mas os erros de projeto ficaram tão evidentes que o segundo navio foi cancelado. Por outro lado, somente erra quem faz. Para mim, o desastroso CDG fará com que a França venha a construir uma família de PAs bem melhores (aprender com os erros). Quanto ao Brasil, não considero equivocada a aquisição do ex-Foch. Erram, isto… Read more »

Mauricio R.

“Os alemães não podem paasar muito disso devido as restrições da IIª GM. Nem sei se os alemães podem fazer acordos de grande evergadura. Não estou defendendo ninguem,…”

Quais restrições??? De qual natureza??? Viu, tem tropa de combate alemã em Kosovo e no Afeganistão sob comando da OTAN.

E eles são tão “independentes”, que o possível 2º CV deles, será de desenho ingles.

Baschera

Estão sem PA…..heim!!
Vamos nos livrar de um problemão e economizar verbas raras…. vendemos de volta o Foch….. é agora ou nunca.

Sds.

J Roberto

E olha que a França é um país de 1ºmundo,imagina o Brasil.
Por que o Brasil conseguiu administrar o Nae A-11 Minas Gerais desde 1956 quando foi adquirido da Grã-Bretanha no governo do então Presidente JK,e o manteve por quase meia década,e agora não consegue operar com o São Paulo,em apenas mais ou menos 5 anos já encostou o navio e não sai mais.A experi~encia adquirida com o A-11 não serviu para manter o A-12 operante??

Mauricio R.

E é com esses caras que vamos amarrar o bode em 4 submarinos convencionais, talvez os palpites p/ um SSN e ainda as escoltas???
Péssimo negócio!!!

Mauricio R.

“Este é o primeiro PA nuclear deles.”

Aliás neste quesito este navio é outro desastre ambulante esperando por acontecer.
A planta nuclear derivada da classe “Rubis” de SSN, já deu considerável pano pá manga em termos de tripulantes contaminados.
E repito, é c/ esses caras que estamos amarrando o bode…

Wolfpack

Manda pra gente que reforma de sucata nos temos experiencia.

Wolfpack

Mauricio R. Nao se preocupe que a parte nuclear sera desenvolvida pelo Brasil. Agora, estah mais tranquilo. Os franceses soh nos entregarao o casco e alguma eletronica…

RL

Cada um com seus problemas….rsrrsrrr

Robson Br

Mauricio R. e Wolfpack Qual a bronca contra os franceses. Olha o PA dos Russos que estão entreguando para os indianos (se conseguirem). Olha o famoso SU 35 que não conseguem colocar operacional (nem eles compram). Os Ingleses dependem muito dos americanos. Os alemães não podem paasar muito disso devido as restrições da IIª GM. Nem sei se os alemães podem fazer acordos de grande evergadura. Não estou defendendo ninguem, mas os únicos indempendentes são eles. Tem seus próprios navios, seus submarinos, seu próprios aviões e também armamentos. Dominam de sobra os sistemas. Duvido que outras FFAA na Europa estão… Read more »

Mauro Lima

Tudo isto é muito interessante! Ter um equipamento é uma coisa! Ter condições de usá-lo e administrá-lo é outra bem diferente! É preciso ter muito “capital de giro” disponível para lidar com um equipamento destes! O nosso Nae só serve como treino de manutenção atualmente, mais nada! Mas acho que o custo disto foi dispendioso demais… era mais interessante mandar homens da marinha fazer intercâmbio em outras marinhas! Acredito mesmo que, para nossas necessidades, o ideal seriam porta-aviões pequenos e mais versáteis como o coreano Dokdo, o japonês Hyuga, ou ainda o italiano Cavour… se bem que este é, na… Read more »

Rodrigo Rauta

ihhhhh.. to achando que jaja a gente ganha um NA nuclear!!!!
Abraços!!!

Piramboia

Pelo visto,estamos no mesmo barco!

Rá! Rá! Rá! Rá!….

joao terba

Fico preocupado com a DCNS que vai construir os sub,não é atoa que nosso pota-avião está parado.um abraço.

Robson Br

Uma coisa não tem nada a ver com outra. os problemas do Charles De Gaulle não tem nada a ver com os do São Paulo, que está cansado pelo tempo de uso na Marinha da França e pela falta de verbas para sua manutenção na MB. A França sempre andou sozinha depois da IIª GM. Este é o primeiro PA nuclear deles. A França tem sofrido muitas críticas por posiçoes políticas independentes. Mas tem dado reultado esta política. A França hoje, talvez seja o país europeu mais bem armado. Um bom exemplo a ser seguido pelo Brasil. Eles estão bem… Read more »

[…] de 12 aeronaves que serão entregues entre 2009 e 2014. No início de setembro, espera-se que o navio-aeródromo Charles De Gaulle volte ao mar e a nova aeronave possa realizar uma série de testes de catapulta com carga máxima e […]

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