Foi assinado a bordo da corveta Barroso, um Protocolo de Intenções detalhando o interesse do Ministério da Defesa Nacional da Guiné Equatorial. A Corveta Barroso encontra-se atracada no porto da capital do país africano em meio a uma viagem de longa duração àquele continente.

Além do navio propriamente dito, a Emgepron também vai vender um pacote de serviços para treinamento de oficiais e praças.  José Roberto Bello Simas, representante do Estaleiro EISA/Mauá, provável construtor do navio, também esteve presente durante a assinatura do acordo.

O Presidente Lula enfatizou a decisão do Brasil de ofertar a todos os países amigos do Golfo da Guiné os mesmos pacotes de treinamento militar que estão sendo desenvolvidos para a modernização da Marinha da Namíbia.

A corveta Barroso posteriormente visitará o porto de Accra, capital de Gana, para também tentar vender mais um navio da classe à Marinha daquele país.

Ver matéria completa no site da Alide, clicando aqui.

SAIBA MAIS:

NOTA DO EDITOR: Há algum tempo se alguém dissesse que seria possível vender navios da classe “Barroso” a algum país, seria considerado um lunático. A corveta Barroso demorou 14 anos para ficar pronta, devido aos constantes contingenciamentos de recursos da Marinha, inclusive dos royalties do petróleo.

A Marinha fez a sua parte, projetou um navio de guerra nacional, aprendeu a integrar os sistemas e agora está tentando vender navios da mesma classe.

É possível ao país comprador integrar ao navio sistemas de armas de diferentes origens, de acordo com seus requisitos operacionais, pois a Marinha do Brasil domina a tecnologia de integração.

Com o acordo recente que o Brasil fez com a Itália na área naval, muito provavelmente os sistemas de armas das futuras “Barroso” terão uma prevalência de armas e sensores de origem italiana, incluindo o canhão de 76mm Super Rapid, como mostra a concepão artística abaixo, de uma “Mod Barroso”, de autoria do amigo e artista digital Jacubão.

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Francoorp

E tem gente que se diz patriota e nacionalista e é contra esta venda que no bem o no mal faz funcionar um mínimo do nosso parque industrial militar… e depois dizem que sou eu que vivo falando em contraposição política…

Neste caso especifico pelo menos algo se move na nossa indústria naval, mas existem “cidadãos” brasileiros que dizem que isso é um erro… o que estão fazendo em um sitio de assuntos militares então, melhor o de culinária ou de política, ou até um dos blogs dos jornalistas da “InVeja”…

Valeu !!

Antonio M

É, vamos ver se vendemos algumas para o ahmadinejad e piu-piu ong da Coréia do norte. Quem sabe Cuba ?!?!?! Eles podem muito bem desviar mais verbas da educação, merenda escolar etc para comprá-las e mantê-las néenão?!?! MAs isso não é problema nosso, business is businnes (quem diria. ver o neopaidospobres dissimando esse pensamento !!!) e sim da ONU !!!!! Que não vai fazer nada é claro mas, se vendessemos para Israel, geraria protestos no mudo inteiro !!!! Brincadeirinhas à parte, espero que as “mod Barroso” operem no Brasil principalmente e não somente no exterior mas, sem os seus problemas… Read more »

Ozawa

“Com o acordo recente que o Brasil fez com a Itália na área naval, muito provavelmente os sistemas de armas das futuras “Barroso”

Com esse acordo, as futuras “Barroso” serão apenas “for export”, ou a MB pretende compor alguma das suas divisões de escoltas com essas “novas” unidades ? Seria para as 1 ª ou 2 ª esquadras, ou ambas ?

Luiz Padilha

Oxalá, tudo se realize!

Ozawa

Como é sabido por todos nós, era intenção da MB lá pelos idos dos anos 80 a construção de 12 “Inhaúmas”… Será que dessa vez e, contrariando todas as expectativas, considerando seu post Galante, veremos 12 “ModBarroso”, 6 em cada esquadra ? Sem prejuízo da aquisição de escoltas mais robustas como se tem planejado em cooperação internacional, 6 FREMM, ITA ou FRA, por exemplo. É uma pergunta sem resposta imediata, eu sei, apenas a expectativa ainda tênue de um entusiasta, como todos aqui, cada um ao seu modo, se apoiando num alvissareiro post. Uma lufada de esperança em meio a… Read more »

Fábio Mayer

O Brasil deveria decidir sim por uma encomenda adicional de Barrosos..; projeto nacional, com nacionalização de muitos componentes desde as Inhaúmas.

Mas fica mendigando ToT, agora com os italianos, no fornecimento de NaPaOcs, quando tem a solução mais sensata em casa!

MV

Parabéns a MB e a EMGEPRON. Sò com produção poderemos evoluir.

Em minha opinião, a Barroso ainda apresenta limitações e “remendos” ao projeto original. Porém, 14 anos para construir ( otimista !!!) e com a falta de visão estratégica de Brasília…. foi um golaço !!!!!!

Acordo com a Itália. Isso vai ficar só no papel! não nos iludamos !!!!!!

Antonio M

Quando comentei de suas possíveis características defasadas, o bote pendurado ali seria uma delas…

Creio que configurado/modificado para botes rápidos como nas DCNS, PZM chilenas e congêneres seria interessante, dora a questão dos armamentos é claro.

Mas sei que também tem o “gosto’ do freguês ….

camberiu

Acho provavel que essas vendas tenham sido viabilizadas devido a um PESADO subsidio por parte do BNDES, com juros baixissimos a prestacoes a perder de vista. Muito provavelmente, e’ o contribuinte brasileiro quem vai acabar pagando a conta dessa “doacao” de navios a Guine. Vale lembrar que a pucos anas atras, o governo atual deu perdao a centenas de milhoes de dolares em dividas que varios paises Africanos tinham com o Brasil. Agora o contribuinte vai ter que arcar com “presentes” a Guine. Se e’ para dar navios, porque nao dao essas corvetas para a MB em vez da Guine?

Antonio M

Galante disse:
7 de julho de 2010 às 13:32

Sim, baleeira; não lembrava o termo correto, obrigado.

Eduardo

Mais uma vez a MB saindo na frente das demais forças! Coração bateu mais forte depois dessa noticia!

hdsicm

Boa venda, vamos vender mas para viabilizar a compra de mas dessas para a MB.

Vader

Bem, já falei o que tinha que falar quanto a isso aí. Não sou hipócrita nem metido a pacifista de araque. Querem comprar armas? Vendamos oras. Dane-se que o tirano governante é um facínora assassino do próprio povo, que muda a língua do país por decreto só para incluí-lo na comunidade de nações de língua portuguesa. Cada povo tem o governo que merece. Mas cobremos por isso! Igualzinho fazem os “malditos yanquees”, os “russos degenerados”, os “europeus decadentes” e os “chinas comedores de alho”. Nada de perdoar dívida de mau-pagador: não existe almoço grátis! Porque quem tá financiando arma pra… Read more »

Vader

Quanto aos comentários, o de sempre: pra petruxada vale dois pesos e duas medidas, sempre.

Honduras, uma democracia, com presidente eleito e tudo? “Benga”…

Guiné “do escambau”, com ditador a trocentos anos no poder? Doemos armas…

É assim que se encaminha a agenda vermelhuxa global…

Só não enxerga quem não quer…

Vader

Pois é VF1, o problema então é ter vontade política para ir lá buscá-la, como deveriam ter buscado tantos outros desfalques ao patrimônio nacional: refinaria na Bolívia, etc…

Cmte. Fred

Senhores, Esse ditador louco está comprando um navio sem nem saber quanto vai pagar por ele. Após 14 anos para concluí-la, nem a MB sabe quanto custa uma nova Barroso. Outra coisa: a Marinha da Guiné não tem requisitos para o navio, e portanto ainda nem se sabe qual será o recheio. Como colocar um preço, sem saber quais serão os sistemas? Eu soube que a oferta para a Guiné foi de NaPas, que eles precisam e tem requisitos determinados, mas quando o tal ditadorzinho visitou a Barroso decidiu comprar uma… assim… do nada! de qualquer forma, é uma boa… Read more »

Antonio M

“…Protocolo de Intenções detalhando o interesse do Ministério da Defesa Nacional da Guiné Equatorial …”

Se pensarmos bem, deveríamos ir com calma ainda não a vendemos.

Ainda vai rolar muita água embaixo dessa ponte …..

Paulo

O “modesto” Bandeirante possibilitou que a Embraer deslanchasse na sua presença dentro do mercado aeronáutico mundial. Os barcos patrulha e agora a Barroso, por que não podem ser o pontapé inicial da alavancagem da nossa industria naval de defesa?

Alexandre GRS

Prezados,

De fato, não consigo compreender o porque de se pautar politicamente essa compra. Isso é um mau que temos que extirpar da nossa sociedade. Temos que ser mais objetivos nos nossos anseios de nação e menos atravancadores.
O que estamos lendo em certos comentários é pura “politicagem” justamente em um ano de eleições.

Sds.

LM

Prezados,

O objetivo é vender outras unidades derivadas da “Barroso” para outras nações do próprio continente africano.

Como disse o Galante, a produção em escala baratearia os custos, permitindo assim que outras unidades fossem adquiridas pela MB.

Agora é esperar o desfecho desse acordo, bem como do acordo com os itálianos.

Saudações

Elizabeth

Esta venda tem importância, mas não pelos motivos que podem aparentar em um primeiro momento. I) Ganho geopolítico? “Nunca na historia deste país, tanta gente desconhece a historia deste país” Se tivemos algum ganho geopolítico no setor de exportação de armamentos e alguém comemora isto. Só pode ser porque este alguém de pouca memória, haja vista que tivemos uma involução nos últimos 30 anos na nossa pauta de exportações de defesa. II) Competitividade no mercado naval? O Brasil nunca foi, não é, e não será no futuro previsível um país cuja construção naval militar tenha qualquer expressão no mercado internacional.… Read more »

gerson carvalho

Caros, espero que dê tudo certo e que outros paises da africa tb comprem , pois com escala de produção pode ser que sobre umas 6 para a MB usar na proteção do pre-sal.

Antonio M

“…De fato, não consigo compreender o porque de se pautar politicamente essa compra….”

Por que se fosse o presidente imediatamente anterior ao atual que fizesse isso, seria imediatamente satanizado pelos seguidores do pensamento único ……

Jonas

Vamos vender a Barroso para todos os países que quiserem comprá-la. Depois que fizermos a primeira, saberemos dos custos e quanto vamos lucrar com ela. Vamos vender para a África, América do Sul e Central, para todos que não tiverem dinheiro para comprar equipamentos mais caros. Quando já tivermos construídos, pelo menos, umas 4 corvetas Barroso para exportação, nós encamendamos algumas tb, como disse o colega acima, pelo menos umas 12, e vendemos a original Barroso. Assim, ficamos com 12 corvetas com tecnologia mais moderna, se der certo, com armas e sistemas italianos. Se conseguimos continuar exportando, vamos vendendo nossas… Read more »

Jonas

Alguém poderia me esclarecer quais são os requisitos da MB para os Navio Patrulha ocêanicos. Vamos compará-los com os da corveta Barroso. Será que o preço entre comprar algo de fora e produzir mais unidades da Barroso aqui, não compensaria mais a corveta?

Antonio M

“…07/07/2010 – 18h15 / Atualizada 07/07/2010 – 18h41 Senado aprova projeto que cria estatal do pré-sal Os senadores acabam de aprovar na noite desta quarta-feira (7) o projeto de lei que cria a estatal do petróleo, a Pré-sal Petróleo S.A, para gerenciar a produção petrolífera da camada pré-sal. A votação foi simbólica e a proposta segue para sanção presidencial. …” Aí está outra gande colaboração de nossa classe política às FAs com mais uma desnecessária e equivocada estatal. Ao invés de gastar dinheiro com outro cabide de empregos para seus asseclas, poderiam utilizar essa grana de outro modo. Nem vou… Read more »

airacobra

o importante eh nao parar, e manter os engenheiros atualizados, colocar o pais num patamar de exportador de navios de escolta, pois eh assim que se ganha credibilidade no mercado, com material bom, de baixo custo e que o proprio pais use, ja foi assim com o bandeirante, o tucano e agora com o super tucano, ja começamos construindo navios patrulha para a namibia, entao nao podemos parar, construimos essa pra guine equatorial e ao menos umas 10 para a MB, com um misto de sistemas brasileiros e italianos e os somamos mais algumas FREMM, e no final se brincar… Read more »

Paulo Costa

Bom,é uma venda de peso,2000 ton de equipamento naval…
No litoral sul da Africa ,que bom que os governos começam
a ter marinhas de defesa,de auto proteção,pois é um local
de jazidas de petroleo,e assim evitam que ilicitos da região
venham a navegar por aqui.Parabens MB e o governo pela
iniciativa na região……

Schettini

Parabéns ao Lula e à Marinha pela venda, tomara que consiga vender para Gana tb. Isso será ótimo para a indústria nacional de defesa.

SABRE

Imagine se ela tivesse sido construida como programado e não tivesse levado tantos anos, possívelmente na decada de 90 teriamos muito mais paises comprando! Creio que se forem construir algumas unidades para o Brasil (que vai demorar alguns anos) já poderiam incorporar o missil antinavio nacional e um antiaereo originado apartir do MAR -1 ou A-darter!

SABRE

Deixaria os sistemas mas complexos e mais desenvolvidos para as fragatas , aster 15, 30, exocet,Oto melara,enfim. Colocariamos nossos armamentos nas corvetas criando escala de produção !

Wilson Figueiredo

Quem trabalhou no “Arsenal de Marinha” e esteve embarcado vendo a luta de todos os verdadeiros marinheiros do Brasil (militares e civis) sabe muito bem que os colegas “Elizabeth”, “Airacobra” e “Sabre” falam. Estive lá nas décadas de 1970 e 1980. O resto (pelo menos boa parte) é pura opinião “acadêmica”. No Brasil, infelizmente, essas coisas acontecem muito, ou seja: enveredamos pelas trilhas das amenidades que tanto vemos nas inVejas e isToéra da vida.

JOSÉ

Gostaria de parabenizar o Jacubão pela concepção artística da futura Corveta da MB. Já nasce como um dos mais belos escoltas do mundo.
Na parte da propulsão eu colocaria uma Turbina GE LM 2500 Plus G4 e mais 2 motores MTU 24V. Com isso a propulsão permaneceria com o mesmo arranjo da Barroso e poderia sofrer pequenas melhoras por parte dos engenheiros para aumentar ainda mais a confiabilidade.
Alguém teria sugestões na parte de armamento?

Atirador

Por que não fazer uma versão sem turbina e sem mísseis para servir de NaPaOc?

Alexandre

Acho que um país que se propõe a vender armamento deve ter no mínimo coerência em sua política externa. Um colega postou acima que não sabe porque pautam essa venda politicamente. Nem os EUA, inimigo para muitos aqui, vendeu armas indiscrinadamente para qualquer um. Qualquer venda de armamento é, e sempre foi um ato político também. Se alguém entende isso como uma ato comercial apenas, desconhece qualquer noção de relações internacionais.

Caipira

Então é por isso que apareceram militares da MB citando mais “Barroso” para a (s) esquadra(s) e niguém entendia?….entusiasta de defesa as vezes parece com marido traído, é sempre o último a saber, rsrsrsrs.

Mauricio Veiga

A PROA DA BARROSO PARECE UM IMPLANTE DE SILICONE!!!

QUE GAMBIARRA, FICOU FEIO!!!

Abraço.

GHz

Elizabeth disse em 7 de julho de 2010 às 18:38.

É de se esperar que o conhecimento desenvolvido junto com a ModFrag/Barroso não dependa de possíveis vendas de novas “Barroso”, haja vista que deverá ser empregado na modernização do NAe “São Paulo”, nos NPaOc e nos próximos escoltas. Sem falar nas atualizações de hardware e software para os SICONTA Mk.2 e Mk.3.
Ainda há, e haverá bastante trabalho para as turmas do IPqM e consorciados.

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GHz

Paulo

Caro Alexandre

Você está certo em lembrar que os norte-americanos têm uma coerência política. Mas também é bom lembrar que esta tal coerência deles atende única e exclusivamente a seus interesses no mundo.
Por que não podemos vender para nações com quem mantemos relações diplomáticas amistosas? Acima do que os outros pensam estão os interesses nacionais. Como todos fazem, principalmente as grandes potências.

Abraços

Alexandre

Olá Paulo É claro que os EUA negociam apenas com aqueles com quem atendem seus interesses. Como qualquer país no mundo. Essa não é a questão. A questão é o discurso democrático praticado pela nossa diplomacia que ao mesmo tempo faz negócios com países como Irã, Cuba e Giné Equatorial. Os atos não se coadunam com o discurso de Governo. Além de ser uma falta de ética, o discurso ser diferente dos atos, trata-se de um desserviço a democracia no mundo. Não há a menor chance desses países salvarem a “indústria bélica brasileira” e não vamos cair no erro comun… Read more »

Alexandre

Se alguém acredita que uma fragata que demorou 14 anos para ser concebida e já sendo uma adaptação de um projeto anterior, vá ser um sucesso comercial ou ser produzida em larga escala, lamento mas acho muito improvável. Abraços