Renato Alves

Nos arredores de Formosa, cidade goiana a 70km de Brasília, cerca de 2 mil militares se preparam para um guerra. Unidades treinam em separado, há uma semana, para agir juntas no combate marcado para amanhã. No ataque, os homens terão o apoio de tanques, veículos anfíbios, helicópteros e jatos. Trata-se de uma simulação. A maior já realizada pela Marinha do Brasil no Centro-Oeste. Mas a operação tem quase tudo de uma batalha real. Inclusive tiros e disparo de mísseis letais.

O treinamento militar envolve apenas fuzileiros navais. A maioria vinda do Rio de Janeiro. Eles têm participado de manobras ofensivas e defensivas desde o último dia 5, em meio a mata fechada, cerrado aberto, córregos e rios. O cenário da guerra fica em uma fazenda desabitada de propriedade das Forças Armadas, própria para esse tipo de atividade, a mais de 25km do centro de Formosa e a 15km da BR-020, que leva à Região Nordeste.

A operação visa manter os fuzileiros em condição de prontidão constante para a proteção da Amazônia Azul e a defesa das instalações navais, portuárias, arquipélagos e ilhas oceânicas, além de assegurar a capacidade de atuação em operações internacionais de paz e em ações humanitárias, em qualquer lugar do mundo, como é o caso do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais presente no Haiti.

O ponto alto do treinamento em Formosa ocorrerá amanhã, quando todas as unidades demonstrarão o poder de ação e fogo da Marinha do Brasil, em especial do Corpo de Fuzileiros Navais. “Essa operação tem quase tudo que os nossos militares podem encontrar em um campo de guerra, menos o mar”, ressaltou a assessora de comunicação da Marinha, a primeiro-tenente Vânia Elise Turnes Ribeiro. No entanto, será simulada também uma operação anfíbia, considerada por muitos especialistas como a mais complexa entre todas as operações militares.

Retirada de minas

Na operação em Formosa, fuzileiros navais também têm sido treinados para localizar e retirar minas explosivas em Maragogi, litoral norte de Alagoas, descobertas no mês passado. A Marinha anunciou a descoberta de cinco minas — bolas metálicas com cerca de 1m de diâmetro e 100 kg, supostamente da Segunda Guerra Mundial — enterradas em áreas do município, sendo três delas no centro da cidade. Uma sexta bomba ainda não foi confirmada, já que está localizada em uma área onde os detectores não conseguiram atuar com precisão. Todas deverão ser removidas em uma grande operação marcada para este mês.

Em 11 de maio, funcionários que trabalhavam em uma obra de saneamento encontraram uma mina marítima enterrada a menos de 2m de profundidade na areia da praia, no centro de Maragogi. Militares do esquadrão antibombas da Polícia Militar alagoana foram até o município, retiraram e detonaram a bomba em uma área deserta. Porém, devido à força dos explosivos, estilhaços do artefato voaram a quase 1km de distância e atingiram casas, hotéis e lojas. Moradores e comerciantes protestaram contra a detonação em uma área próxima aos prédios. Os PMs explicaram que escolheram o local por conta da dificuldade em remover a bomba para mais longe. Segundo eles, não havia um lugar completamente seguro para a detonação.

FONTE: Correio Braziliense

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Sopa

Será que tem algum lugar que se possa ver alguma coisa desse treinamento ? tipo Tanques, aviões e helis ?

SdS.

Marco Antonio Lins

Poderiamos vêr, o tipo de material usado pelos fuzileiros? Será que tem algum horvecraft , no desembarque?

claudio/Itajaí - SC

Marco,

Os FN da MB não possuem hovercraft

Mestre

Marco Antonio Lins disse:
13 de outubro de 2010 às 5:58
Poderiamos vêr, o tipo de material usado pelos fuzileiros? Será que tem algum horvecraft , no desembarque?

Hovercraft e desembarque em pleno cerradão goiano?

Viajou em cara.

Mestre

Este treinamento em pleno cerrado goiano não poderia ser um “pre treinamento” para o envio de tropas para o Libano?

gabriel

Galera na boa existem varios tipos de especialistas aki isso eu sei,mas na boa de quem faz parte da corporação e ja fez de tudo nela ( quase tudo ) o Brasil nem em sonho tem condição de combater com o CFN, somos mau equipados, mau treinados e pouco motivados entao pessoal acredite sério nao há condição, sei q vcs vão me criticar mas eu acredito no sistema faço parte da elite e com exeção de 1 unidade que vcs podem imaginar, pode pegar o resto e começar de novo, se dependermos do nosso comando a unica guerra que vai… Read more »

claudio/Itajaí - SC

Olá Mestre

Salvo engano maior acredito que as atividades em Formasa já faz parte do calendário de atividade dos FNs.
Descupe-me se estiver errado mas acridito que já temos tropas preparadas para ir para o Libano caso isso aconteça. Tem o pessoal que foi para o Haiti.

J. MessiaH

Tá afim de ver equipamentos e tropas especiais de verdade? Algo que te garanto que vc não vai ver em qualquer lugar? O endereço é esse aki ó: Avenida do Contorno, s/n Praça do Expedicionário, Jd. Guanabara – Goiânia – Goiás. Tenho muitos amigos que “trabalham” lá…

Galileu

Marco Antonio Lins disse:

“Poderiamos vêr, o tipo de material usado pelos fuzileiros? Será que tem algum horvecraft , no desembarque?”

Galileu

Vi um pequeno vídeo desse treinamento em Formosa, e pelo que ví, tá muito bem feito, não deve em anda aos trenamentos da OTAN, a julgar pelos vídeos dos treinamentos que a OTAN divulga.

A MB deve isso ao Itamaty, afinal vão ganhr um monte de brinquedos novos!!! ahhaha

SantaCatarinaBR

SantaCatarinaBR – Reportegens sobre a Operação Formosa, treinamento para o Líbano

Reportegens da Rede Record, TV NBR e TecnoliaeDefesa sobre a Operação Formosa.