Entrevista com o futuro comandante da Força Naval da Unifil

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O programa Diplomacia de Novembro traz, com exclusividade, uma entrevista com o oficial brasileiro que será o futuro comandante da Força Naval das Nações Unidas que patrulha as águas libanesas. O Brasil foi convidado pela ONU e aceitou a missão de comandar uma força multinacional em substituição à Itália. Além dos oficiais da Marinha, Fuzileiros Navais e soldados do Exército deverão integrar a UNIFIL, a missão de paz que busca dar fim ao conflito armado entre Israel e o Líbano.

Os primeiros oficiais deverão partir rumo a Beirute nas próximas semanas e segundo o Almirante Luiz Henrique Caroli, a tropa brasileira está apta a enfrentar o desafio. Para ele, o Brasil não tem como pleitear uma posição de um ator global de relevância sem assumir tarefas deste tipo. A presença do Brasil no conflito do Oriente Médio ainda é o tema de reportagem especial do Diplomacia que ouviu diplomatas, parlamentares e analistas.

O programa Diplomacia, a revista de Política Internacional da TV Senado, foi ao ar neste sábado, 13/11, às 11h30 e 22h30 e irá no Domingo, 14, às 9h e às 17 h, com reexibição no final de semana seguinte (20 e 21/11, no mesmo horário).

FONTE: senado.gov

COLABOROU: Leosg

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M1

Pergunta que não quer calar:

E os meios navais?

Mauricio R.

Quero ver o Lula dizer que não sabia de nada, qndo nossos soldados começarem a voltar p/ casa, em sacos pretos. Israel pelo menos é um país democrático. Mas o Hez não é, e não está nem aí p/ quem estiver entre eles e seus inimigos israelenses. Ao contrário do Haití, lá o pau come feio, o Hez foi mto bem sucedido em chantagear os europeus dessa patética força de paz, faz o que bem quer, manda e desmanda; o que em se tratando da casa da mãe joana do Líbano nem tanta novidade é. Por outro lado espero ver… Read more »

Paulo

A Itália ceder o comando ao Brasil (sem desmerecer um e outro) é um claro sinal de que as grande potências não estão nem um pouco interessadas nesta questão. A Unifil é uma piada. E o Líbano uma colcha de retalhos de enclaves “independentes”. Uma força naval para patrulhar as águas libaneses e tentar impedir que armas chegem àquele país, é um atestado de que lá dentro existem grupos habilitados a receber estas armas. Enquanto o governo libanês não tiver pleno controle sobre seu território, tudo o mais que for feito, será apenas jogar pra torcida. Observação: não vi a… Read more »

Mauricio R.

O Hez enquadrou essa patética força de paz, faz o que quer, manda e desmanda, o que em se tratando da casa da mãe joana do Líbano nem chega a ser novidade. Mas esse mesmo Hez não são as Farc e nem as gangues do Haití, então veremos realmente o qnto nossa tropa estará preparada, pelo volume de sacos pretos que por ventura retornem do Oriente Médio. No mais seria uma ótima oportunidade p/ expormos a nossa parca tecnologia, a um ambiente realmente nocivo. Vai ser didático ver Marruás e Guarás tratados pelas ied’s e minas de beira de estrada,… Read more »

RodrigoBR

Mauricio R. , Realmente o Líbano é uma ambiente em que nossas forças serão testadas realmente. O Haiti foi um passeio perto daquela região. E sempre achei também que estamos muito defasados em relação a veículos blindados. Os Urutus são verdadeiros “caixões sobre rodas” nos dias de hj, sua blindagem é uma casca de ovo. E mesmo os blindados Piranha dos Fuz. Navais não é páreo para os lança-rojões e mísseis anti-carro modernos. Para mim até os veículos de transporte de carga deveriam ter pelo menos a cabine blindada para 7.62mm, isso seria o mínimo, já que sabemos dos IEDs… Read more »

ALDO GHISOLFI

Lastimavelmente, essa missão não é igual à do Haiti. Vamos começar a amargar mortes de soldadinhos em serviço da Pátria amada. Raul Seixas já cantou… ou a serviço da arrogância e do despreparo de quem os mandar para lá. E os meios para efetivar o nosso grande comando? Se a Itália, que está pertinho deles agradeceu e veio para casa, porque é que nós vamos nos meter lá, numa bronca bíblica, entre brimas e que nada tem a ver conosco? Acredito nos nossos milicos. Não suporto é ver os políticos falando grosso sem saberem o que estão dizendo, sem nada… Read more »

Ozawa

Faço minhas a questão levantada pelo M1…

Francamente, assumir o comando de uma força naval sem ao menos ser representada por uma belonave, é, digamos assim, algo surreal… E a ONU aceitou delegar o comando mesmo assim ?

Alguém sabe quais os meios navais existentes por lá, e a que bandeiras peretencem, que o Brasil, enfim…, irá “comandar” ?

Bruno

E vão patrulhar o mar libanês com que belonave?Os blindados de transporte realmente não são páreos para RPGs, mas eu espero que sejam enviados tanques dos Fuzileiros para lá.Será uma boa forma de testar nossos equipamentos e soldados.Gostaria de ver a entrevista e saber o que exatamente será enviado ao Líbano.

Galileu

“o Brasil não tem como pleitear uma posição de um ator global de relevância sem assumir tarefas deste tipo.” Ótimo Almirante tapado, mas que “acordem” para a realidade, consequências de mandar soldados sem armamento que preste e que se leve em consideração as consequências. Israel já atirou contra a UNIFIL, e se atacar os BR vão fazer o que mandar o ONIPRESENTE AMORIN?? Depois que o Hezbollah atira seus RPG 27….30 que rasga até merkava, imagia Urutu e Cascavel, fora as IEDs hahah , vão fazer o que mandar o ONIPRESENTE AMORIN?? Eu ainda não vi o EB confirmar a… Read more »

José Bonifácio

Interessante as manifestações, sempre imaginei que as FFAA serviam para cumprir esse tipo de missão. Se não somos capazes de cumprir uma simples missão de paz numa área conturbada, atendendo um chamado das Nações Unidas, então melhor seria acabar de vez com as nossas FFAA, pois se elas não estão preparadas para isso, imagina para uma guerra total na defesa do nosso país. A propósito nessas missões costumam participar apenas voluntários, nesse caso o risco éassumido pelo profissional desde a hora em que ingressa nas FFAA.

JOSEF SIMAS Jr.

Gente,
Vamos acabar com o pessimismo.
Nossa MB e’ capaz e os nossos FNs tambem o sao, inclusive sao tropa de elite. Meios navais para esta missao, nos temos, pelo menos duas corvetas, dois ou tres helicoteros e uns quatro barcos patrulhas e umas lanchas.
O que entendo e’ que a FAB devia levar uma meia duzia de STs para auxiliar no patrulhamento.

Francisco

O triste dessa história é o fato de que os “sacos pretos” são nossa última esperança para que políticos e oficiais acordem e comecem a tratar as FAs com o devido respeito. Esse preço é alto demais e eu acho que nós brasileiros não estamos psicologicamente preparados para pagar.

Joker

Pessoal alguns videos brutos (sem nenhuma edição), da CRUZEX V se encontram no seguinte link:

http://www.youtube.com/icararaujoker

hms tireless

O Brasil vai repetir o mesmo patético papel que os outros países fizeram até agora ou seja, irão assistir de braços cruzados a chegada de mais e mais carregamentos de armas vindos da teocracia medieval iraniana para abastecer o Hezbollah. Depois, quando Israel se defende, é considerado um país agressor….

Paulo

Caro José Bonifácio Missão de paz é quando os dois lados concordam com um cessar fogo e enquanto discutem os termos do armistício, tropas estrangeiras sob a tutela da ONU fazem o patrulhamento para evitar escaramuças. No caso do Líbano, não existem dois lados, mas sim múltiplos lados, todos encravados naquele minúsculo pedaço de terra, como o próprio Líbano, Israel, Síria, Irã, Hezbolah, palestinos e outros grupos que não lembro o nome no momento. E ninguém quer a paz, a não ser que saia vitorioso e acabe completamente com o oponente. A única solução seria a ONU fornecer soldados para… Read more »

o patriota

se eu estiver falando besteira favor não esuqentem com isto,mais eu como um leigo que sou vejo uma boa oportunidade para os homens da area do sertão brasileiro,eles estão acostumados com este tipo de terreno,não seria um bom teste aos nossos guerreiros?sei que muitos falaram,mais não temos equipamentos!realmente estamos sem equipamentos adequados,mais mesmo assim eu penso que poderia ser um bom teste para nosso treinamento constante no sertão nordestino!!

ALDO GHISOLFI

PATRIOTA: o general Westmoreland havia pedido soldados do agreste para irem lutar no Vietnan, exatamente pela fantástica capacidade de atuação extremamente eficiente com baixa logística.

O general Médici negou o pedido, dizendo explicitamente que não iria mandar brasileiros morrerem na selva que não era nossa, por uma causa que não era nossa.

E nessa oportunidade tínhamos muito mais condições de ação do que hoje.

Não seria o caso da presidente dizer o mesmo? Apesar do Topotop?

Dalton

Aldo meu caro… não querendo ser chato…o que é meio dificil no meu caso… mas acho meio duvidoso este pedido do General Westmoreland por soldados do agreste irem combater no Vietnam. Já li “alguma coisa” sobre a guerra do Vietnam, incluindo 2 livros meio recentes, escritos nesta década, que dão uma ideia bem menos derrotista sobre as forças americanas e nunca li ou ouvi tal pedido… não duvidando de você, mas se vc lembrar de onde vc soube, eu apreciaria saber. Westmoreland chegou ao Vietnam em 1964, mas a guerra apenas começou para valer em 1965 e deixou o Vietnã… Read more »

Biel

minha pergunta é :

Que meios navais iremos comandar ?

Ha um tempo atrás o MD dizia que não tinhamos meios navais disponiveis para enviar ao Libano .

Será que vamos mandar a Barroso?

Noel

Dalton disse: 15 de novembro de 2010 às 16:24 Tenho conhecimento, oficioso, de uma sondagem feita pelo Pentagono, para que fossem enviado um contingente de tropas Pqdt, do EB, após uma visita ao então Núcleo de Divisão Aeroterrestre, hoje: Brig. Inf. Pqdt. Não sei indicar o ano, mas foi entre 65 e 68. Quanto as minhas fontes de informação: meu pai e meu tio, ambos servindo na Brig. nesse período, como Oficial e Sargento, Confio nessas fontes RSRSRS. Agora, sondagem é sondagem, é até natural que se tenha feito; porém pedido é algo formal, e certamente por meio de algum… Read more »

Dalton

Grande Noel…

não há porquê duvidar de suas fontes e os EUA certamente tinham
apoio politico de várias nações e algumas até contribuiram com tropas como Australia, Filipinas, Coréia do Sul, portanto, como naquela época Brasil e EUA estavam, digamos, mais “próximos”por conta do combate ao comunismo é bem provável que tenha acontecido uma “sondagem” mas talvez não exatamente como o Aldo citou acima até porque Médici assumiu o governo no fim de 1969 e até a ofensiva do Tet em 1968 as coisas não estavam indo tão mal .

grande abraço

Andrey Lisbôa

Apenas como conjectura: o General Westmoreland, após o Vietnan continuou no serviço ativo, e havia (como há até hoje) um comando americano para o sul, em especial a américa do sul, na época era sediado no Panamá, e por intermédio do também General Vernon Walters (que havia servido com a FEB na Italia), pode ter tido relacionamento com o regime militar brasileiro da época. Nunca ouvi falar em pedidos desse tipo, o que não quer dizer que não tenham ocorrido, uma vez que estavamos envolvidos ainda que indiretamente na guerra fria. Tinhamos um governo militar notoriamente anti-comunista, o qual em… Read more »

RtadeuR

Não colou nossos protestos pessoal, agora é encarar, incentivar essa rapaziada que vai representar o Brasil e as Forças Armadas.
Vamos estudar essa tal unifil, história, estatística, terreno, google heart, maps, armamento, proteção individual, treinamento, seleção de pessoal, transporte aéreo, naval, terrestre, UAVs, etc, etc, etc, agora é a hora.
O Blog é pra isso mesmo.

http://www.onu-brasil.org.br/

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lebanon_history_UNIFIL.jpg

RtadeuR
Dalton

“…a Linebacker não trouxeram os resultados que o US-ARMY esparava.” Andrey, apenas complementando sua “visão pragmática”… Na época da linebacker, a grande maioria do contingente americano já havia se retirado do Vietnã, seguindo o plano da vietnamização do conflito, ou seja, o Vietnã do Sul treinado e armado pelos EUA e com apoio da USAF tentaria chegar a um acordo com o Norte. a linebacker II, de dezembro de 1972, uma intensa campanha aérea contra Hanoi e Haiphong nunca antes tentada neste nível, envolvendo centenas de B-52s, trouxe rapidamente o Vietnã do Norte de volta a mesa de negociações e… Read more »

Wellington Góes

Acho que, se forem mesmo, são os CFN que irão na frente, eles hoje estão melhor equipados, ou melhor dizendo menos ruim equipados. Quanto a participação do Brasil, eu tenho a impressão que é justamente por conta da aproximação com o Irã, ou seja, se é o Irã quem fornece armamento ao Hezbollah e por ser o Brasil um “defensor” dos direitos iranianos, acho que os cléricos persas não vão querer ver seus aliados em má situação política-militar, além de que temos uma colônia bem numerosa de libaneses e descendentes, ou seja, somos um país amigo do povo libanês. Isso… Read more »

mironga_110

Bom ! Serve pra testa nossos fuzileiros , se Israel manda de lá , Nós mandamos de cá ! Pow , bala neles tb ! Envia oq a de melhor com os nossos fuzileiros . Ae pessoal fuzileiro são voluntários então agora é pau no burro .

Rodrigo

mironga_110 disse:
16 de novembro de 2010 às 12:18

CFN combater a IDF ? Foi isto que eu entendi ?

celsors

Prezados, Como ja postei anteriormente so enfatizo o seguinte e resumidamente ; em briga de marido e mulher nao se mete a colher rrsrsrrsrsrsrsr Tenho minhas origens neste pais outrora conhecidop como a Suiça do Oriente Medio, porem, lamentavelmente fruto que foi da cobiça de tantas tribos deu no que deu. Dito isso, la nao tem e nao tera tao cedo uma soluçao para quem entende do assunto. Pior que isso, quem se meter no meio dessa briga vai ter que pagar muitissimo caro…….alguem ai ja tentou apartar alguma briga ?????? pois eh….no minimo acabou levando um sopapo de graça… Read more »

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin

Imaginem como ficaram agitados os vietnamitas quando desembarcou um general chamado Westmoreland(Mais terras para o ocidente? 😉 ).

Abraços

o patriota

agora venho eu com mais uma pergunta aos amigos,já que não dispomos de uma (1) embarcação para nossos homens atuarem nessa missão de paz como nossos grandes líderes políticos desejam que o Brasil seja membro do concelho de segurança da ONU?? ficará bem complicado isso se não obtivermos um reaparelhamento rápido e substancial!!!

defourt

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin disse:
16 de novembro de 2010 às 16:36

Imaginem como ficaram agitados os vietnamitas quando desembarcou um general chamado Westmoreland(Mais terras para o ocidente?)

Há! Há! Há!Há!Há! Há! Há! Há!Há! 🙂

RodrigoBR

Olhem o trabalho que a Marinha deveria fazer na UNIFIL, este vídeo é dos italianos que estão deixando a batata quente para nós:

defourt

Quem está atrás de batata-quente é o próprio brazil.

reij

infelismente é isso os militares profissionais, das FA’s que participarão desta missão saberian que um dia, “poderia ter que pegar uma boca podre desta”, infelismente chegou, agora é botar todo o treinamento em pratica e rezar pra dar tudo certo. no fundo no fundo todo militar sabe que isso pode acontecer ta no contrato, se eles ficarem nervosinhso então chama o bope…… que os caras são acostumados com combates todo dia(é brincadeira(rsrsrsrsrsrsrsr))

SantaCatarinaBR

SantaCatarinaBR – Contra-Almirante Caroli fala sobre o futuro comando da UNIFIL pelo Brasil

TV Senado exibe, no programa Diplomacia, entrevista com o Contra-Almirante Caroli sobre a Força Naval da ONU no Oriente Médio, a UNIFIL

ALDO GHISOLFI

Dalton: desculpa a demora em responder. Esse assunto eu li numa revistas, talvez a VEJA, nao sei. Vou procurar nas memórias e dou retorno.

ALDO GHISOLFI

DALTON: http://almanaque.folha.uol.com.br/brasil_12mar1965.htm

Neste endereço está o pedido formal de envio de tropas, com referência nominal ao Corpo de Fuzileiros.

Na informação que referi antes, o pedido era para envio de tropas nordestinas em função da logística, em especial quanto à necessidade de pouca alimentação.

Não lembro onde li, mas me dá um tempinho que eu chego na informação que plotei.

ALDO GHISOLFI

DALTON: reforço as tuas afirmações, pois conversei em Bagé (+ – ’68) com um coronel norte-americano que estava, com uma comissão bilateral, ‘visitando’ as guarnições da extinta 3ª DC para, exatamente, que fosse analisado o pedido de envio de tropas e determinadas quais as tropas que eventualmente seriam as selecionadas.