No dia 30 de maio de 2012, a bordo da fragata da Marinha Norueguesa Roald Amundsen (F 311 )na base naval Haakosvern, perto de Bergen, realizou-se uma cerimônia em homenagem à transferência da empresa norueguesa Kongsberg Defence Systems do primeiro lote de série de 16 mísseis antinavio NSM (Nytt Sjomalsmissile ou Naval Strike Missile), que marcou o início do funcionamento do sistema.

O míssil antinavio NSM é considerado o primeiro míssil antinavio de quinta-geração. A Kongsberg foi contratada em dezembro de 1996 por US$ 251,6 milhões para desenvolver o míssil e em 2007 recebeu mais US$400 milhões para a produção da arma, que deve cobrir a entrega inicial de 120 a 150 mísseis à Marinha da Noruega (o número exato é sigiloso).

Os mísseis vão equipar as fragatas da classe Fridtjof Nansen e os seis navios-patrulha rápidos da classe Skjold.
O NSM utiliza materiais compostos na sua fabricação destinados a possibilitar características furtivas. Ele pesa pouco mais de 400kg e tem alcance de pelo menos 185km (100 milhas náuticas).

Como seu antecessor Penguin, o NSM é capaz de voar sobre o mar, em torno e sobre massas terrestres, bem como fazer manobras aleatórias na fase terminal, tornando mais difícil sua interceptação por contramedidas inimigas.

A tecnologia de seleção de alvos fornece ao NSM a capacidade para detecção independente, reconhecimento e discriminação de alvos no mar ou na costa. Isto é possível através da combinação de imagens de um buscador infravermelho (IIR) e uma base de dados do destino a bordo. O NSM é capaz de navegar por GPS, por INS ou sistema de referência de terreno.

O míssil é lançado por um motor de combustível sólido e depois voa propulsado por uma turbina a jato, até atingir o alvo com sua ogiva de 125kg de explosivo multipropósito e de fragmentação.

A Kongsberg está de olho no mercado dos EUA, especialmente depois do cancelamento do Harpoon Block 3. Ela desenvolve também em cooperação com a Lockheed Martin a versão ar-superfície do NSM denominada Joint Strike Missile (JSM), que vai equipar os jatos Lockheed Martin F-35A e F-35C a partir de 2018.

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Mauricio R.

Já podemos erradicar os “Exocet”, da MB!!!

Fabio ASC

Parabéns aos Noruegueses.

joseboscojr

Com o cancelamento do NLOS que iria equipar o LCS esse míssil norueguês seria uma alternativa, só que muito caro e superdimensionado para fazer frente a ataques assimétricos ou de barcos de ataque equipados com mísseis. Sem falar que já há um míssil sendo desenvolvido para preencher a lacuna deixada pelo NLOS no LCS, o JABMM. Para equipar helicópteros não vejo necessidade da USN ter um míssil com 185 km de alcance já que ataques contra ameaças de alta intensidade é tarefa preferencial para os F-18/Harpoon/Slam-er ou para os mísseis orgânicos das escoltas. Em relação aos mísseis antinavios embarcados nas… Read more »

joseboscojr

Uma quarta opção seria usar o NSM nas baias internas do F-35C.
Essa talvez seja uma alternativa já que o LRASM não deve ser compatível (muito grande) e talvez o JABMM seja pequeno para neutralizar navios com tonelagem maior.

Ivan

Bosco,

O NSM caberia na baia interna da versão STOVL do JSF?

Lembrando que o F-35 B Lightning II leve internamente um par de bombas de 1.000 libras, contra as de 2.000 libras do F-35 A e C;

Abç,
Ivan.

Blind Man's Bluff

Nao acredito que seja uma má escolha contra navios equipados com misseis. Quando se pensa em aumentar a eficacia de um missel anti-navio, se pensa sempre em dificultar o processamento de informações do radar adversario. Em outras palavras, ou vc torna o missil mais dificil de ser encontrado, rastreado ou atingido. Os russos optaram pelas duas ultimas, com seus grandes misseis supersonicos e trajetorias aleatorias, os noruegues optaram pelas duas primeiras alternativas, com um missel stealth e dificil de ser rastreado, não mantendo uma trajetoria fixa.

Ivan

Blind Man’s Bluff,

Quais os teatros de operações (geograria e alvos) em que os russos e os noruegueses acreditam que seus mísseis antinavio serão usados?

Este pode ser um caminho interessante para analisar as opções de cada um, em que pese a proximidade entre os países.

Abç,
Ivan.

joseboscojr

Ivan,
Boa pergunta.
E não sei responder.
Se fosse apostar, apostaria que não.
No caso dos britânicos eles teriam que levar seus mísseis antinavios nos cabides externos, sejam eles quais forem.
Um abraço.

joseboscojr

Blind Man’s Bluff,
Essa “briga” entre qual conceito é mais capaz de penetrar as defesas, se um míssil supersônico ou um subsônico stealth pode ser bem ilustrada com esse vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=9PK8r3ybmtA
Um abraço.

Corsario137

Poder Naval: A matéria do submarino nuclear brasileiro saiu do ar?

Fernando "Nunão" De Martini

Corsario, ela está aqui, na primeira página. Apenas deixou de estar no alto da página, pois novas notícias foram publicadas.