Durante missão em região pouco mapeada no Mar Vermelho, o navio de reconhecimento da Marinha Real Britância “HSM Echo” descobriu uma montanha submersa do tamanho do Rochedo de Gibraltar – o morro era desconhecido até a passagem do navio pelo local. A embarcação encontrou a enorme elevação enquanto procurava por vulcões no solo marinho. O Echo também localizou na costa da Líbia restos de um navio naufragado da Segunda Guerra Mundial, já na estapa final da missão que durou quase 19 meses..

Os sonares avançados do navio, vindo de Devonport, mapearam a elevação gigante pela primeira vez, e agora ela constará em mapas, para impedir que outros navegadores sofram acidentes.

O Echo foi enviado para leste do Canal de Suez no início do ano passado para colaborar no aprimoramento dos mapas da região, e coletar informações-chave da hidrografia local.

O enorme morro – o termo correto é monte marinho – é, literalmente, o maior sucesso da missão empreendida pelo Echo.

Pescadores do Iêmen já sabiam que o rochedo submerso existia – o navio oceanográfico encontrou um barco pesqueiro atracado no topo da elevação enquanto conduzia suas pesquisas na área.

Porém, mapas da região davam conta de que o mar teria 385 metros de profundidade – mas em um período de 8 horas, o Echo coletou informações suficientes para atestar o contrário.

Após processor toda a informação coletada, os computadores a bordo do navio produziram imagens em 3D que revelaram as verdadeiras proporções do monte marinho.

O topo do rochedo fica apenas 40 metros abaixo da superfício do Mar Vermelho – abaixo do calado de qualquer embarcação de superfície civil ou militar, mas definitivamente um pergio para sumbarinos transitando entre o Mediterrâneo e o Oriente Médio.

“Na verdade, nós estávamos à procura de vulcões – a região do Mar Vermelho apresentou atividades tectônicas e vulcânicas significativas recentemente, com vários vulcões emergindo do mar próximos ao litoral do Iêmen”, explicou o comandante do Echo, Matt Syrett.

“Não encontramos nenhum, mas encontramos esse rochedo. Ele é gigantesco. E essa descoberta é algo que faz todos a bordo se sentirem muito bem”.

“Geralmente é tão difícil mostrar que aquilo que a Marinha faz tem resultados tangíveis. Isso é prova concreta. Nós encontramos o monte, que é um perigo aos outros navegadores. A existência dele foi reportada ao United Kingdom Hydrographic Office e deverá constar em novos mapas da região num futuro próximo”.

Já na região do Mediterrâneo, as descobertas do HMS Echo continuaram – dessa vez, a cerca de 12 miilhas de Trípoli. Foram encontrados os possíveis restos de um Liberty Ship da Segunda Guerra Mundial.

Dessa vez, o objeto estava no solo marinho, a 22 metros de profundidade, tinha 105 metros de comprimento e 22 de largura – o equivalente a 11 ônibus de Londres estacionados em nove filas de cinco cada uma.

Novamente, o UKHO – que fornece os mapas para a Marinha Real, bem como para as marinhas mercantes pelo mundo – foi notificado, assim outros navegadores podem ser avisados das descobertas do Echo.

“Pelo format do casco e a localização da superestrutura, é provável que seja um Liberty Ship – mais uma baixa da Segunda Guerra Mundial”, declarou o comandante Syrett

Ao longo dos 18 meses após partir do Reino Unido, o navio de reconhecimento realizou tarefas essenciais, desde prestar apoio ao navio de assalto HMS Albion durante exercícios anfíbios no Golfo verão passado, até melhorar a segurança da navegação de navios mercantes na área do Golfo e do Mar Vermelho, e também conduziu pesquisas oceanográficas na região do Chifre da África.

FONTE E IMAGENS: NavalToday.com

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