OPV ‘Amazonas’ parte para cruzar o oceano rumo ao Brasil

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Portsmouth, Reino Unido: O Amazonas, primeiro dos três Navios de Patrulha Oceânica, construídos pela BAE Systems e a serem entregues à Marinha do Brasil, deixou o Reino Unido, rumo ao Rio de Janeiro. A travessia acontece depois que a tripulação completou um rigoroso programa de treinamento em alto mar conduzido pela FOST (Flag Officer Sea Training), unidade da Marinha Britânica. Com o apoio da BAE Systems, o foco do treinamento foi dado na navegação e vigilância, assim como o desenvolvimento e a familiarização com procedimentos operacionais de segurança, em áreas como combate a incêndios, controle de danos e emergências mecânicas, alagamento, combate à pirataria e salvamento de pessoas no mar.

De acordo com Nigel Stewart, diretor comercial da área de Navios de Marinha da BAE Systems: “Despedir-se do primeiro navio da classe Amazonas é um importante acontecimento, em nossa longa relação com a Marinha do Brasil, e é motivo de grande orgulho para todos aqueles que trabalharam no navio. É com entusiasmo que vemos a continuidade de nosso trabalho com a entrega, nos próximos meses, dos dois OPVs restantes: o Apa e o Araguari”.
Segundo o capitão-de-corveta e agora capitão do Amazonas, Giovani Corrêa: “O navio já comprovou ser uma embarcação de grande capacidade e sua tripulação está entusiasmada diante da perspectiva de sua primeira viagem oceânica. O treinamento dado pela FOST foi um grande sucesso e nos deu a oportunidade de aprender mais sobre os procedimentos da Marinha Britânica, enquanto desenvolvemos os nossos próprios para esta nova classe de navios”.

Após sua partida da Base Naval de Portsmouth, o Amazonas fará uma série de visitas diplomáticas, na Europa e na África, antes de aportar no Rio de Janeiro, em outubro. Na sua chegada ao Brasil, o navio e sua tripulação serão submetidos a uma avaliação operacional, antes de sua integração à frota brasileira. Em seguida, a tripulação tomará parte de novos treinamentos no mar, junto à Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento (CIAsA), com o objetivo de reforçar a prontidão do navio, para que possa dar início às suas missões de segurança marítima, de buscas e resgates, bem como de operações de ajuda humanitária.

O treinamento da FOST está incluído no contrato de £133 milhões, que prevê o fornecimento de três OPVS, além dos correspondentes serviços de suporte. O contrato inclui ainda uma licença de fabricação, possibilitando a construção de outros navios desta classe no Brasil, visando contribuir com o programa de reequipamento naval do país e o fortalecimento de sua indústria naval.

O Amazonas foi construído nas instalações da BAE Systems, em Portsmouth. Os outros dois navios foram construídos nos estaleiros de Scotstoun que a empresa tem às margens do Clyde. Sua entrega à Marinha do Brasil está prevista para dezembro de 2012 e abril de 2013, respectivamente. Sete integrantes da marinha brasileira permanecerão em Portsmouth para supervisionar a entrega dos dois navios remanescentes, sendo que a tripulação do segundo navio deverá chegar no Reino Unido, ainda neste ano.

Com os Navios de Patrulha Oceânica, o Brasil passa a ter uma maior capacidade marítima. Munidos de um canhão de 30 mm e duas metralhadoras de 25 mm, bem como de dois botes rígidos infláveis e de um convés para pouso e decolagem de um helicóptero de porte médio, os navios são ideais para executar operações de segurança marítima, nas águas territoriais brasileiras, o que inclui conferir proteção às reservas brasileiras de gás e petróleo. Os navios podem acomodar uma tripulação de 80 pessoas, com acomodações adicionais para passageiros ou para uma tropa embarcada de 40 integrantes, além de amplo espaço no convés para armazenamento de contêineres.

DIVULGAÇÃO: G&A Comunicação

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Fabio ASC

Que seja o Primeiro de Muiiiiitoooossssss

wwolf22

Ha alguma possibildade de ser fazer um upgrade nos sistemas eletronicos, radares, sonares, ARMAMENTOS nessa classe de OPV ???
aco muito fraco os armamentos desse OPV

Guilherme Poggio

Prezado wwolf22

É preciso olhar para a função deles.

Um navio de patrulha carregado de mísseis, torpedos e sistemas integrados de combate não tem muita razão de existir.

Por outro lado, estes navios poderão desempenhar tarefas onde nossas escoltas são subutilizadas (abastecimento do POIT p.e.)

aericzz

Ah tá…. vai acreditando q verás… na sua próx vida!

wwolf22

mas convenhamos, esse canhao de 30 mm eh muito fraco… pelo menos poderiam ter trocado esse canhao…

MO

pelo o que para um NPaOc ?

José da Silva

wwolf22

Para aquilo que o navio é já é o suficiente.

Esse canhão de 30mm deixa uma Niterói e muito outros navios que tem por ai aberto como uma boa lata de sardinha.

Ele faz um pré scrap digno de nota.

Mauricio R.

Olha só, navio novo e não é tranqueira francesa!!!