Navio-Patrulha Macaé

A Marinha do Brasil vem conversando com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre um possível apoio da instituição à construção de navios-patrulha. “Estamos discutindo um projeto-piloto com o BNDES sobre a construção de navios-patrulha de 500 toneladas. É algo que precisamos para ter mais navios nas proximidades das bacias petrolíferas”, disse ao Valor o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto.

Esse pode ser o primeiro passo para o BNDES participar de um eventual financiamento ao Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper), que prevê a construção no Brasil de cinco fragatas de 6 mil toneladas cada uma, de cinco navios-patrulha oceânicos de 1.800 toneladas e de um navio de apoio logístico de 24 mil toneladas. Esse pacote deve exigir investimentos de cerca de € 5 bilhões.

Ainda não está claro como o Prosuper será financiado. Em recente entrevista, Moura Neto disse que há várias possibilidades. O Prosuper poderia contar com recursos orçamentários, seguir o caminho do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que conta com financiamento externo, ou ter o apoio financeiro do BNDES. Caberá à presidente Dilma Rousseff definir a melhor alternativa.

Moura Neto disse que não há prazo definido para contratar a construção dos navios. “Depende da decisão do governo brasileiro. É um projeto que começou na época do ex-presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]. Acredito que 2013 pode ser o ano em que a presidente Dilma Rousseff pode tomar a decisão, pelo menos essa é a esperança da Marinha.” Disputam a encomenda empresas da Alemanha, Holanda, Espanha, Itália, França, Reino Unido e Coreia do Sul. (FG)

FONTE: www.valor.com.br

Subscribe
Notify of
guest

32 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Augusto

“Esse pacote deve exigir investimentos de cerca de € 5 bilhões”.

Já estão cotando em Euros… por quê será?

Wagner

Ao invés de cinco fragatas não é melhor fazer 10 ( dez) corvetas aqui mesmo ? Aí vc distribui melhor a defesa, nossa costa é muito grande, é o mesmo problema que a Rússia tem. Coloca tres no RG Sul, tres perto de Natal e as quatro restantes la do lado da Venezuela. Pronto, já ficamos bem melhores. Primeiro vamos defender nossa costa de pesqueiros, depois brincamos de ” Admiral Nimitz” ou “Admiral Gorshkov”. Aliás deixo aqui minha opinião que expressei neste blog anos atrás, de que Serguei Gorshkov foi um grande Almirante e Estrategista e COM CERTEZA O BRASIL… Read more »

Guilherme Poggio

Já estão cotando em Euros… por quê será?

Caro Augusto, o valor poderia estar também em won ou em libra esterlina.

Lembre-se que o euro é uma moeda com larga aceitação em transações comerciais internacionais e a maioria dos concorrentes do PROSUPER é da União Europeia.

clêuber

Sei da realidade orçamentária das forças armadas brasileiras, mas a carência é tão gritante que hoje se faz indispensável um misto de programas… O BNDES pode sim “bancar” programas como o Prosuper e desemperrar esse gargalo que a armada possui de não ter navio modernos os suficiente pra negar o uso do mar…O BNDES financia programas na área de defesa destinados a países como Guatemala e etc, pq não financiar os nossos? Hoje não temos somente a necessidade de meios na classe de 6000 toneladas, mas acho essêncial o desenvolvimento e aquisição de meios na categoria da Coverta Barroso, com… Read more »

Augusto

Guilherme Poggio disse:
3 de maio de 2013 às 16:05

Sei não, Poggio… o valor deveria vir em dólares, que é moeda de trocas internacionais, ou reais, sobretudo se formos consider que Reino Unido e Coréia do Sul estão na disputa. O jornal certamente não iria converter por conta própria o valor em euros.

Considerando-se que a entrevista foi dada pelo comandante da Marinha, pode-se entender que ele se referiu ao valor do concorrente indicado a Presidente.

Carlos Peçanha

Verdade, Augusto, com certeza em compras internacionais a moeda usual é o dólar, a não ser que a licitação já esteja direcionado a algum pais da zona do euro. Como todas as compras do Brasil tem propina, com certeza já rolou algum jabá…

marc

Vou fazer três perguntas:

1 – Marinha vai discutir com BNDES o apoio a navios, porque aparece uma foto de uma lancha tipo “Macae” e não uma fragata de 6000tons tipo FREMM ou Type 26 ?

2 – Por onde foi parar o “Royalt” do PRESAL, prometido pelo desgoverno federal para a Marinha?

3 – Por que o desgoverno federal contingenciou todas as verbas para a Marinha nos ultimos 12 anos?

emerson

Olá Cleuber. O BNDES financia empresas brasileiras que buscam ampliar/modernizar suas instalações para fornecer o mercado interno (Petrobras, Ambev, Friboi, e um monte de empresas pequenas na área de equipamentos). A IVECO se encaixa nesse modelo em relação ao Guarani e a Agrale, além de empresas brasileiras exportadoras (Embraer) ou empresas brasileiras com obras no exterior (exemplo são as empreiteiras brasileiras construindo hidroelétricas ou pontes, ferrovias na África, Ásia e mesmo América Latina). No caso do ProSuper, ProSub e mesmo FX, como são empresas estrangeiras que fornecerão um produto ao Brasil, o financiamento deve fazer parte do pacote de venda,… Read more »

clêuber

Emerson, concordo com vc, mas a um fator determinante: todas esses programas envolvem a produção dos meios no Brasil e isso se soma a transferência de tecnologia. Com relação a transferência de tecnologia seguindo os moldes do Prosub por exemplo, na execução do contrato foi criada uma empresa de capital maioritário brasileiro, nesse caso o financiamento seria justificado, já que alem das contra partidas comercias, os empregos seriam gerados aqui no Brasil. Mas o fato é que só falta vontade pra se fazer, formas para se fazer existem muitas.O BNDES poderia financiar a construção de Corvetas modernizadas a partir do… Read more »

luizblower

Wagner disse: 3 de maio de 2013 às 15:07 “Ao invés de cinco fragatas não é melhor fazer 10 ( dez) corvetas aqui mesmo ? Aí vc distribui melhor a defesa, nossa costa é muito grande, é o mesmo problema que a Rússia tem.” ______________________________________ Não, Wagner. Não é assim que funciona. Forças navais não devem ser pensadas como exércitos ou esquadrões de aeronaves que são, a despeito de alguma mobilidade, fixos. Forças navais são meios de grande mobilidade e expedicionários por natureza. Não precisamos espalhá-los por toda a costa, mas concentrá-los no ponto certo quando necessário. Além disso, uma… Read more »

João Filho

Wagner, te entendo completamente. Gorshkov sim foi um grande homem, e o Brasil sim precisa para ontem de eum como ele. Mas o problema e que se aparece o Gorshkov brasileiro, ele vai dar muro na parede, pois mesmo com uma imensa visao, intelecto e patriotismo para realmente criar praticamente do zero uma Marinha De Guerra Brasileira moderna, ela ainda precisaria de verbas, vontade politica do GF, assim como da vontade popular para seus planos realmente se materializarem. Agora, falando do preconceito anti russo aqui no blog, isso ja vejo faz muitos anos. Imagina a marinha com meia duzia se… Read more »

Flávio

Duas frotas, uma no sudeste, Rio de Janeiro, e outra no nordeste já está de bom tamanho, espero que realmente se concretize. Acho que um mix de, 15 corvetas, com o deslocamento carregado da Barroso e,10 fragatas na faixa das 4000T, ainda somados os submarinos e contando com apoio de aviões A-1 e P-3 baseados em terra, já seria uma força dissuasória considerável. Acontece que, para assumir maiores responssabilidades , como participar de coalizões e missões demoradas longe de sua base, como se espera de um país que deseja uma cadeira permanente no CS da ONU, os navios com deslocamento… Read more »

Paulo Costa

Apoio do BNDS em qualquer area é muito bom. Sendo o assunto construção naval,posto uma pergunta que sempre que posso pergunto aos oficiais da MB,mas nos navios estão os marinheiros e não os projetistas,então se alguem puder me responder,eu diria,porque em algumas unidades,em locais que fosse possivel,porque não usar no projeto naval vigas de altura variável,isto economizaria uma grande peso de aço estrututal,sendo convertido,em mais blindagem,autonomia .Ouvi dizer que a MB autorizou estudos de novos meios navais,não seria o caso de ja iniciar uma dis cussão sobre o tema?No caso de um Nae de 32000 ton,o uso de vigas variáveis… Read more »

Nunes-Neto

Wagner, …”Coloca tres no RG Sul, tres perto de Natal e as quatro restantes la do lado da Venezuela…”,onde seria do lado da Venezuela? Os Estados do AM e RR não tem litoral,o mais próximo é o Litoral do do AP, que mesmo assim fica longe do litoral da Venezuelam,e não tem nem distrito naval, lá quem atua é o 4DN de Belém, mas como a segunda esquadra quase que certamente ficará no MA!Não vejo porque temer a Marinha da Venezuela,estão procurando cabelo em caeça de careca.Abçs

Cabral

Concordo em parte com o Wagner.
Devido a grande extensão do litoral brasileiro que é em proporções continentais, seria de melhor aproveitamento possuir 3 frotas navais, uma frota metade dos meios navais baseada no Rio de Janeiro e a outra metade divida em duas outros bases , uma em Pernambuco e a outra no Maranhão. Assim teríamos três frotas prontas para serem empregas em caso de conflito.

Cabral

1ª Frota no Rio de Janeiro
1 Porta Aviôes 32.000 tonelada
2 Contratopedeiro 8.000 tonelada
4 Fragatas 6.000 tonelada
4 Fragatas 3.500 tonelada
8 Corvetas 2.500 tonelada
2 Submarinos
2 navio tanque

Cabral

2ª Frota no Recife
1 mult funções 10.000 tonelada
1 Contratopedeiro 8.000 tonelada
4 Fragatas 3.500 tonelada
4 Corvetas 2.500 tonelada
2 Submarinos
1 navio tanque

Cabral

2ª Frota no Maranhão
1 mult funções 10.000 tonelada
1 Contratopedeiro 8.000 tonelada
4 Fragatas 3.500 tonelada
4 Corvetas 2.000 tonelada
2 Submarinos
1 navio tanque

Cabral

3ª Frota no Maranhão

Salomon Weetabix

Impossible dream…unfortunately….

Zorann

Olá a todos!! O melhor é que o financiamento seja obtido no exterior. Tendo o contrato assinado e o financiamneto liberado, fica dificil de um outgro governo cancelar o projeto. No caso de um financiamento interno, através do BNDES, para um estaleiro no Brasil, fica muito fácil se cancelar o acordo ou contrato, ou pelo menos reduzir as verbas e atrasar as entregas. Quanto ao Prosuper, mudei muito minha opnião. O Brasil não precisa de navios de escolta de 6000t. O Brasil precisa de navios em grande quantidade para patrulhar efetivamente seu litoral. Oque valem 6 navios de escolta para… Read more »

Flávio

Cabral, Acho que a sugestão de marinha que você deu seria o sonho de consumo de todos nós rsrs. A sugestão que dei no comemtário de ontem às 21:30h é muito menos ambiciosa, porém, acredito que seja mais realista. Mas como sou apenas um entusiasta, e sonhar não custa nada, dentro da sua sugestão acho que deveríamos agrupar os meios da mesma classe para facilitar manutenção, logistica, etc. Por exemplo, os contratorpedeiros de 8000t poderiam ficar todos em uma mesma base, os submarinos todos em outra. Veja que falo isso pensando em manutenção etc, estrategicamente o melhor talvez seja espalhar… Read more »

Carlos Serrat

A necessidade de renovação da frota de caminhões das FA é indiscutível. Entretanto, essa bondade do governo Dilma não atende a um planejamento formulado pelas três Forças, mas sim para atender a interesses da indústria num momento de sufoco. A compra de um volume tão grande de viaturas do mesmo tipo, de uma só vez, irá conduzir obrigatoriamente a ausência de uma curva de manutenção escalonada e a quando chegar a hora da renovação teremos que contar com uma nova crise da indústria.

Zorann

Olá Flávio! A questão não é ser uma guarda costeira. Navios da classe da Barroso e Amazonas, não são navios tão pequenos assim! Poderíamos ter novas corvetas da classe Barroso melhoradas (bem armadas apesar da limitação de tamanho) e navios de patrulha da classe Amazonas que cumpram a função constitucional de patrulhar nosso litoral tudo isto dentro das 2000T. Nós não patrulhamos o nosso litoral. Uma frota como esta que eu citei, juntamente com a aviação de patrulha, faria bem a missão de patrulhar nossas águas. Com uma frota de submarinos convencionais poderíamos negar o uso de nossas águas. Não… Read more »

Flávio

Pois é Zorann!

Tudo bem! Dentro da sua sugestão eu só aumentaria o número de Barroso-melhoradas para… digamos, umas 18.

Uns 10 submarinos… fecha a conta. rsrs

Um abraço.

Nunes-Neto

Cabral,pegou pesado companheiro,vamos sair do sonho ideal, e vamos a realidade dos próximos 40/50 anos! Concerteza todos os submarinhos vão ficar em uma única base,que aliais está sendo construida,isso é fato!No máximo,nos próximos 40/50 anos teremos 2 frotas,uma no RJ e outra possivelmente no MA; meios no máximos teremos 9/10 fragatas de 6000t( se muito, sonhando pesado), algo entre 5 a 10 corvetas tamandua,1 NAe (talvez), 1 ou 2 multiproposito,acabou passa a régua! Contratorpedeiro de 8000t para a MB, ISSO NON ECXISTE,a MB não quiz as AB oferecidas pelo EUA, nem está nos planos da MB comprar algo parecido!Outra, a… Read more »

Dalton

Nunes… “a MB não quiz as AB oferecidas pelo EUA, nem está nos planos da MB comprar algo parecido!” Tenho comigo que isso foi “plantado” na Internet em 2011 sem haver nada de oficial. Os 4 ABs seriam os DDGs 79,80, 83 e 84 e que estaraim de algum modo ligados à compra do Super Hornet. Isso não se sustenta também pelo seguinte: A US Navy queria descomissionar 4 Cruzadores agora em 2013 e outros 3 em 2014 e simplesmente o Congresso negou e de alguma forma o dinheiro apareceu para a manutenção desses 7 navios…ao menos, temporariamente pois a… Read more »

kanis Dirus

Existe condições de financiamento no DMM Departamento da Marinha Mercante do Ministério dos Transporte inclusive Portaria com condições de financiamento de 100% do valor para a MB.
Depende só da MB se enquadrar.
abraços

Nunes-Neto

Dalton, se foi implantado eu não sei ,mas como vc disse não teriamos condições de manter! O fato é ,enquanto não tivermos uma primeira frota moderna e em número compativel ao atual, dificilmente teremos uma segunda frota no Norte, esse foi um projeto aprovado,mas sem data para realização.TB ,não consigo visualizar a MB conseguindo comprar e manter algo como, 20 Fragatas modernas, 20 corvetas, 4 Multiproposito, 2 NAe …..etc……gostaria que alguém fizesse uma conta de boteco realista de como seriam as 2 frotas, acho pouco provavel que conseguir-mos ter 9 Fragatas de 6000t,creio que teremos as 5 do prosuper e… Read more »

Nunes-Neto

# correção: …” que conseguiremos ter…”

Fernando Turatti

Caramba, não sei o que é pior, a nossa marinha atual ou a guarda-costeira que estão propondo aqui! rsrs. Galera, não adiantam de nada 200 mil navios “patrulha” sem os seus “irmãos mais velhos” pra chamar quando a patrulha achasse algo… Corvetas NÃO são fragatas cortadas pela metade.

REQUENA

A Marinha aprendeu a “jogar o jogo”…