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A China se juntará à Rússia ainda nesta semana para o maior exercício naval já realizado com um parceiro internacional. As manobras atendem à estratégia chinesa de estreitar laços com potências militares próximas. O país asiático é um comprador-chave de equipamentos militares russos, mas só na última década as Forças Armadas de ambos os países passaram a interagir em exercícios.

O ministro da Defesa chinês declarou nesta terça (02) que a Marinha do país mandará quatro contratorpedeiros, duas fragatas e um navio de apoio para o chamado “Joint Sea-2013”, que começará na próxima sexta-feira (05)  na área próxima ao Mar do Japão, e se estenderá até o dia 12 de julho. Os navios da Marinha do Exército de Libertação Popular suspenderam ontem do porto de Qingdao, onde está baseada a Frota do Norte chinesa, e vão rumo ao Golfo de Pedro, o Grande, perto de Vladivostok. “Esse é o nosso maior desdobramento de meios navais para um exercício internacional conjunto”, afirmou o ministro da Defesa.

O general Fang Fenghui, chefe de Estado-Maior do ELP, anunciou o “Joint Sea-2013” durante uma visita a Moscou, onde se encontrou com seu equivalente russo, Valery Gerasimov. Os chefes também comunicaram que serão realizadas manobras conjuntas de contraterrorismo na região de Chelyabinsk, nos Montes Urais, entre os dias 27 de julho e 15 de agosto.

Segundo o informe oficial Liberation Army Daily, o general Fang enfatizou que a comunidade internacional não deve entender as manobras como uma ameaça. “Os exercícios conduzidos pelas forças chinesas e russas não buscam ameaçar terceiros. A finalidade é aprofundar a cooperação entre os dois países em termos de adestramento, além de incrementar a capacidade de coordenar atividades militares e salvaguardar a estabilidade e a segurança na região”, afirmou.

A China começou a enviar navios para missões internacionais de combate à pirataria na costa da Somália em 2008, e nos últimos anos a Marinha participou de diversos exercícios conjuntos nos oceanos Pacífico e Índico. Forças terrestres do país também tomaram parte em operações de vigilância de fronteiras e contraterrorismo organizados pela Shanghai Cooperation Organization – coalizão que compreende China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Usbequistão.

Apesar de as colaborações com a Marinha americana no Oriente terem sido mais limitadas, a China participará da próxima edição do “Rim of the Pacific” (RIMPAC) – maior exercício naval multinacional da atualidade e organizado pela US Navy.

FONTE: Associated Press via Naval Open Source Intelligence (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)

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