Lanchas colombianas reforçam fiscalização de fronteiras na região Norte

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LANCHA

A fiscalização na área de fronteira na região Norte do país passa a contar com mais duas embarcações colombianas. Como parte de acordo comercial formalizado pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, a Marinha do Brasil terá duas novas lanchas de patrulha de rios (LPR) para o emprego em missões de vigilância, fiscalização e deslocamento de tropas naquela região. Outras duas já haviam sido entregues ao Comando Militar da Amazônia (CMA), no final do ano passado.

As novas lanchas chegaram de navio no Porto de Chibatão, em Manaus (AM), onde passam pelo desembaraço alfandegário junto à Polícia Federal. Após o trâmite, serão rebocadas por via fluvial até a Estação Naval do Rio Negro, localizada também em Manaus.

Na Estação Naval, as novas lanchas passarão pelas seguintes fases: montagem de acessórios; treinamento de operação e manutenção; e testes finais de recebimento, como as provas de rio, quando se que verificam o desempenho (velocidade), manobrabilidade, estabilidade e equipamentos auxiliares – radar, holofotes de busca, equipamentos de comunicações navegação e de combate.

Essas etapas são necessárias para a avaliação do comportamento das embarcações nas condições especificadas em contrato. Os técnicos devem analisar, ainda, a segurança operacional e o funcionamento de todos os sistemas de forma conjunta e integrada.

O corpo técnico da Marinha, juntamente com especialistas do estaleiro colombiano Cotecmar, cumprirá um cronograma de avaliações técnicas para a entrega final. O recebimento e avaliação das lanchas estão a cargo da Diretoria de Engenharia Naval. A previsão é de que elas sejam definitivamente incorporadas à Força Naval no início de março.

Acordo Brasil-Colômbia

A aquisição das embarcações faz parte de acordo firmado em 2012 pelos ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Colômbia, Juan Carlos Pinzón. O documento, assinado em Bogotá, prevê a entrega de quatro unidades: duas para o Exército Brasileiro e duas para a Marinha. No caso da Força Terrestre, as embarcações foram entregues no final do ano de 2013.

O convênio entre Brasil e Colômbia visa ao fortalecimento da cooperação entre os dois países na área de defesa, com ênfase na proteção da Amazônia.

Descrição das Lanchas

As lanchas de patrulha são basicamente iguais às entregues ao Exército, com algumas especificidades adequadas ao emprego nas atividades da Marinha. As alterações são internas e abrangem os equipamentos de comunicação e acessórios. As embarcações são confeccionadas com fibra de vidro, blindadas e possuem quatro estações de tiro.

  Especificações

  Largura – 2,9 metros;

  Comprimento – 12,7 metros;
  Deslocamento  11 toneladas;
  Calado estático – 0,9 metros;
  Velocidade de cruzeiro  28 nós
  Velocidade máxima  38 nós;
  Tripulação  6 militares;
  Tropa – 10 militares.

  Armamento das LPR possuem 4 estações de tiro, sendo:

  – Reparo duplo de metralhadoras .50 na proa;
  – Reparo singelo de metralhadoras .50 na popa ou lança-granadas; e
  – Duas metralhadoras 7.62 internas na cabine, uma em cada bordo.
FONTE: Ministério da Defesa
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eduardo.pereira1

Acho muito bacana esta lancha para seu emprego fim e creio ser uma boa comprar mais , muuuuito mais, delas pois temos rios pra caramba.
Sds.

aldoghisolfi

Continuo pensando que seria MUITO MELHOR se nós mesmos fabricássemos a lancha.

Se não, via estaleiros das praças navais (mão de-obra nacional + circulação de mercadorias + manutenção etc), via Arsenal de Marinha (redução de custos + desenvolvimento de tecnologia).

De qualquer maneira, produto nacional.

Oganza

Se forem só 4 ou 10 que compraremos, ainda é pouco, por mim tudo bem continuar comprando da Cotecmar. Deveríamos era fazer um contrato para aquisição de 50, 10 feitas lá e 40 feitas por algum estaleiro da Amazônia mesmo. Tem uns caras até bons por lá – SANAVE, REICON e ESTACONA.

MAS eu ainda tenho minhas dúvidas, 6 TRIPULANTES + 10 BOTAS ali dentro? No way.

e o principal, TEM AR CONDICIONADO?

Obs.: Minha preferência seria mesmo pela CB-90. Mas ok, LPR então, mas em quantidade decente.

Grande abraço.

wilton feitosa

o ideal seria mesmo que estes equipamentos fossem feitos aqui, mas há de haver reciprocidade se quisermos estabelecer algum grau de parceria ..

Alfredo Araujo

Essa compra está com cara de compensação comercial… não ?!?!
Não faz muito sentido comprar um lancha dessas, existindo dezenas de programas de incentivo a industria naval brasileira…

M@K

(…)
– Reparo duplo de metralhadoras .50 na proa;
– Reparo singelo de metralhadoras .50 na popa ou lança-granadas; e
– Duas metralhadoras 7.62 internas na cabine, uma em cada bordo.
(…)

Puxa! Acho que tem navio da MB que não possui tantas armas como essa lancha…

Carlos Alberto Soares

Os Colombianos tem uma expertise nesse tipo de embarcação com essas configurações, blindagem etc …..

Desenvolveram-na em função da forte presença da guerrilha na amazônia colombiana.

Caro M@K, creio q vc e outros colegas tem mais informações.

Carlos Alberto Soares
ci_pin_ha

Deveríamos começar a pensar na utilização de Unmanned Surface Vehicle para ajudar na fiscalização dos rios brasileiros.

M@K

Oi Carlos Minha opinião foi que esta lancha, que com certeza possui uma baixa tonelagem, possui um grande aparato de armas se comparado com meio navais de maior tonelagem da MB, como os navios da classe Amazonas que, se não me engano, possuem apenas um canhão de 40m, duas metralhadoras de 25mm e duas calibre .50. Em comparação a proporção entre tamanho, peso e tripulação, estas lanças estão armadas até o dente, ao se comparar com os navios da classe Amazonas, este último é claro, possuindo outro tipo de missão, diferente das lanchas. Na edição nº 8 da Revista Forças… Read more »

M@K

Entrei no site da cotemar como tu indicaste e achei bem interessante os projetos desta empresa colombiana…

joseboscojr

M@Kão,
O canhão da Amazonas é de 30 mm.
Um abraço bem “petado”!!

Roberto Bozzo

Srs off-topic: http://odia.ig.com.br/noticia/rio-de-janeiro/2014-01-31/tres-tripulantes-queimados-e-vazamento-em-porta-avioes-da-marinha.html “Rio – Marinheiros a bordo, desde terça-feira, do porta-aviões São Paulo, em exercício em plena Baía de Guanabara, denunciam uma situação de perigo. Os tripulantes revelaram que o navio está despejando óleo no mar devido a um vazamento. Além disso, problemas na caldeira causaram queimaduras em três militares. Eles também alertam que existe risco de explosão e incêndio. Cerca de mil militares, entre soldados, cabos, sargentos e oficiais, estão embarcados sob o comando do contra-almirante José Renato de Oliveira. Segundo os marinheiros, o oficial se recusa a encerrar o exercício apesar do perigo oferecido à tripulação. Após… Read more »

M@K

Obrigado pela correção joseboscojr.
🙂

Carlos Alberto Soares

Caro M@K

li faz algum tempo que embarcações de maior porte eles tem parceria com españois, não lembro a empresa ….

Quanto a lancha, essa impõe respeito e assusta.