Programa ‘Artémis’: início das entregas de torpedos F21 em 2016

8

torpedo F21 - imagem DCNS via DGA

Programa contratado à DCNS deverá equipar 10 submarinos da Marinha Francesa com o torpedo de nova geração F21, substituto do atual F17

A partir de 2016, os dez submarinos da Marinha Francesa (todos de propulsão nuclear, sendo seis de ataque e quatro lançadores de mísseis balísticos) começarão a ser equipados com o novo torpedo F21, desenvolvido no programa de armamento Artémis. A DGA francesa (Direção Geral de Armamento) confiou à companhia DCNS a concepção e produção do torpedo que tem como função destruir ou neutralizar navios de superfície e submarinos adversários. O diretor do programa Artémis, Jean-Mard Daubin, afirmou que o F21 é, provavelmente, um dos torpedos de melhor desempenho e com integração das tecnologias mais avançadas da atualidade. O programa Artémis está sendo exposto na feira Euronaval 2014.

O torpedo F21 substituirá o modelo F17 filoguiado atualmente em serviço na Marinha Francesa. Apesar das dimensões serem as mesmas, com seis metros de comprimento, 533 milímetros de diâmetro e propulsão com dois hélices, no interior nada se assemelha. O fio de guiagem (que conecta a arma ao submarino para atualização das informações do alvo) agora é de fibra óptica ao invés de um fio elétrico de cobre, o que aumenta a quantidade de informações trocadas entre o torpedo e o submarino lançador. O F21 também é dotado de um avançado sistema de autoguiagem acústica para detecção dos alvos de forma autônoma e de carga de bateria elétrica que permite um alto desempenho, com velocidade de 50 nós (acima de 90km/h), além de um alcance superior a 50km.

torpedo F21 na Euronaval 2014 - foto via DGA

O desenvolvimento do F21 começou em 2008 e a entrega dos primeiros torpedos está prevista para 2016. Os ensaios com um protótipo no Mediterrâneo começaram em 2013 e, no total, o programa compreende a entrega de 93 torpedos F21 a partir de 2016.

FONTE / IMAGENS: DGA (tradução e edição do Poder Naval a partir de original em francês)

NOTA DO EDITOR: o torpedo F21 deverá equipar os novos submarinos em construção para a Marinha do Brasil. Para saber mais sobre o assunto, veja reportagem de capa da revista Forças de Defesa número 11.

Subscribe
Notify of
guest

8 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Soldat

Gostei

As pessoas falam da França mais pelo menos eles fazem bom negócios com Brasil em se tratando de armento.

Já um certo pais do norte da America!!!!!!!!!.

Oganza

Bons….? kkkkkk

Uma mente seletiva é sempre uma mente seletiva… 😉

daltonl

Pois é…os futuros Gripens terão motores ligeiramente modificados de que avião mesmo ? Super Hornet !

E quem fará a revisão dos motores ? GE Celma em Petrópolis RJ !

Tem também torpedos MK 48 para os Tupis, helicópteros Sea Hawk, misseis harpoon …

Tudo francês 🙂

joseboscojr

Mk-46; P-3; M-109A3, M-16, M-203, C-130, KC767, F-5, C98, Bell 206, etc.
É preciso a concordância de dois agentes para se realizar um negócio.

rafael oliveira

Calma pessoal, ele estava falando do Canadá, rsrs.

Oganza

Dalto,

só um um pequenino complemento: F-21 é uma “resposta” francesa ao MK 48 ADCAP, ao menos, segundo o texto, no que diz respeito a desempenho subaquático.

Quanto a eletrônica embarcada, nossos colegas da MB poderão talvez, quem sabe, nos dar uma pista de qual é mais efetivo. O ADCAP tem uma imprecionante ogiva de 4 Klb.

Grande Abraço.

daltonl

Oganza… só complementando seu “pequenino complemento” a US Navy e a RAN já estão usando o MK 48 mod 7 fruto de parceria das duas, enquanto nós usamos o MK 48 mod 6 AT, ligeiramente modificado do mod 6 para atender requisitos de outras marinhas Mas então alguém dirá…por que não estamos usando o mod 7 ? Vamos nos vingar e comprar o F-21 ?? Não…é que nossos submarinos não são compatíveis com o mod 7 apenas isso 🙂 Particularmente gosto do que os franceses produzem, e o fato de muita plataforma deles utilizar componentes americanos não os desmerecem e… Read more »

Oganza

Dalton,

“e o F 21 deverá ser um sucesso.”

Torço por isso, na verdade torço para tudo que o Brasil adquira tenha sucesso, pois quase sempre um equipamento de sucesso vem acompanhado de escala e geralmente o custo diminui… mas o melhor é que quando essas 3 coisas se combinam em armonia esses mesmo produtos permanecem efetivos por muitas décadas com novas versões e atualizações.

Grande Abraço.