Portugueses ampliam força de patrulha e esquecem o ‘Siroco’

16

OLYMPUS DIGITAL CAMERA

A Marinha de Portugal receberá em março quatro navios porta-mísseis de patrulha costeira usados, de 450 toneladas, classe Flyvefisken dinamarquesa, e vai ordenar a um estaleiro luso a construção de mais dois OPV (sigla em inglês de navio-patrulha oceânico) tipo Viana do Castelo.

De acordo com uma lei de previsão de gastos militares aprovada no Parlamento português no último dia 22, essas unidades de vigilância, somadas à remotorização de cinco helicópteros Super Lynx Mk.95 e a melhorias pontuais nas fragatas das classes Vasco da Gama (3.200 tons.) e Bartolomeu Dias (3.320 tons.), concentrarão os esforços e os investimentos da Marinha no período 2015-2018.

A Esquadra portuguesa deixou de lado o plano de se habilitar ao navio de assalto anfíbio “Siroco”, que será retirado da frota francesa, por medida de economia, no fim do primeiro semestre.

Arsenal do Alfeite – Os quatro barcos de patrulha costeira começarão a chegar da Dinamarca no mês de março. Eles vão custar 4 milhões de euros – cerca de 6 milhões de dólares –, e suprir uma lacuna na frota portuguesa: a dos navios leves e rápidos lançadores de mísseis (categoria de embarcação que a Marinha do Brasil não possui).

Contudo, antes de começarem a operar, os Flyvefisken precisarão passar por uma revisão no Arsenal do Alfeite, que fica dentro da base naval de Lisboa, na margem sul do rio Tejo.

A construção dos dois patrulheiros Viana do Castelo nos Estaleiros de Viana custarão entre 130 milhões e 150 milhões de dólares.

Os patrulheiros dinamarqueses foram construídos entre o fim dos anos de 1980 e o início da década seguinte, mas constituem um ganho para os chefes navais portugueses, em função não apenas da sua capacidade de disparar mísseis mar-mar Harpoon Block II, mas também de serem empregados como navios para a guerra de minas. Cada um deles pode transportar cerca de 60 minas navais.

A lei de 23 de janeiro aprovou uma injeção de recursos de 1,084 bilhão de dólares nas Forças Armadas de Portugal até 2018.

A Força Aérea foi autorizada a fazer apenas modernizações nos seus F-16AM/BM e nos cargueiros Hércules C-130H. Ao Exército foi descortinada uma perspectiva mais animadora, por meio da compra de armamento leve (portátil) e de blindados para as duas mais importantes unidades da Força Terrestre: a Brigada de Intervenção e a Brigada de Reação Rápida.

Subscribe
Notify of
guest

16 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
aldoghisolfi

Salvo erro ou omissão, estes OCPs são muito menores do que os nossos, mas muito melhores em termos de armamento.

rafael oliveira

O OPV, tal como os Amazonas, tem como arma principal um canhão de 30mm.

Já o “barquinho dinamarquês” é muito bem armado;

Canhão de 76mm

Mísseis Harpoon II

Mísses Sea Sparrow

Torpedos

MInas

nunes neto

Esses barquinhos têm funções diferentes dos Amazônas!

aldoghisolfi

nunes neto, boa noite.

Posso estar errado, mas OCP dos portugueses = NaPaOC da MB, correto?

Kojak

Noticia boa:

Os Portuga sabem o que fazem com pouca grana.

Noticia ruim:

Essa ____________brioche está disponível de novo.

Espero que Angola compre (rs).

COMENTÁRIO EDITADO.

daltonl

Acho que o Siroco irá acabar mais cedo ou mais tarde,
provavelmente mais tarde, pois há muitos cascos de
ex-navios da Marinha Francesa aguardando um destino,
sendo desmantelado e na própria França para evitar o
vexame do Clemenceau, irmão do Foch hoje NaeSP..

O Clemenceau, deveria ter ido para Alang, mas, ele não havia sido corretamente “limpo” de toxinas, foi negada a permissão e teve que ser rebocado de volta à França..

Mais tarde acabou indo para a Inglaterra onde foi desmantelado utilizando-se práticas mais adequadas.

rafael oliveira

Aldo, você quis escrever mesmo OCP? Ou é OPC – Offshore Patrol Cutter?

Mas, certamente a classe Flyvefisken não pode ser considerada um NaPaOc.

Ela é uma classe de navios de guerra, para enfrentar até mesmo navios maiores, tendo condições de se defender.

Não é um mero navio de patrulha para combater pescadores e, no máximo, piratas sub-armados.

Ivan

“… navios porta-mísseis de patrulha costeira usados, de 450 toneladas, classe Flyvefisken dinamarquesa, …” Os dinamarqueses são “craques” em construir e operar navios multi propósito. Normalmente as unidades da marinha tem uma função principal, mas são habilitados a cumprir outras através da substituição de módulos. Esta classe de Fast Patrol Boat, sim é prioritariamente um patrulheiro rápido armado com mísseis, chamado pela ‘Royal Danish Navy’ de Standard Flex 300 ou SF300 class. Mas este tal de “flex” é o que faz o danado desempenhar outras missões. Construíram cerca de 14 unidades, repassaram 2 para a Lituânia e agora 4 para… Read more »

aldoghisolfi

rafael oliveira, boa tarde.

Obrigado pela atenção.

Não quis dizer nenhum deles… nem imagino como é que digitei tão errado.

Quis dizer, como está no texto, “OPV (sigla em inglês de navio-patrulha oceânico) tipo Viana do Castelo.”

nunes neto

Quando disse categorias diferentes, digo que os Flyvefisken, têm outra forma de utilização, patrulha para litoral recortado, pequenos, para ataque surpressa…já o Amazônas são patrulhas de alto mar, de patrulha de longa duração com caracteristicas mais paracidas com os Viana do Castelo, navios para salvamento, combate a pirataria, incendios etc.Não são para confronto direto com outra unidade militar de combate.Abç

rafael oliveira

Caro Aldo, por nada. Essas coisas acontecem comigo, também.

Prezado Nunes Neto, a classe Flyvefisken tem porte e autonomia semelhantes à classe Macaé. Apesar de não ser ideal, ela tem condições de navegar bem a uma certa distância da costa, mesmo sendo “costeiro”, dado que possui alcance de 3.860 nmi (7.150 km) at 18 kn (33 km/h; 21 mph), de acordo com a Wikipedia (não achei em fontes mais confiáveis).

nunes neto

Rafael, a classe Flyvefisken, está mais para um navio de combate que para de “patrulha típico”, era isso que eu queria dizer, o Amazonas não têm a função de enfrentar um navio de guerra, a função dele é outra, o problema de se equipar um navio de patrulha com armamentos “pesados” é que ele acabavirando um Corveta, uma Fragata, sua manutenção fica muiiiito mais cara, então se é para ter um navio patrulha armado até os dentes, melhor comprar um navio de comabte típico.Abçs

rafael oliveira

Nunes Neto, assino embaixo de tudo que você disse sobre as diferenças entre navio de patrulha e navio de guerra.

Só quis dizer que o Flyvefisken também tem uma certa capacidade de atuar mais distante da costa, não apenas no “litoral recortado”.

Diogo Tavares

Não sei qual foi a fonte para esta notícia, mas cá em Portugal não saiu nenhuma noticia na imprensa sobre a desistência da aquisição do FS Siroco por parte da Marinha Portuguesa. Já em dezembro, as noticias que saíram em dois dos maiores jornais portugueses é que estaria prevista na Lei de Programação Militar (LPM) a aquisição de 4 patrulhas dinamarqueses, o qual já foi assinado o contrato em outubro de 2014 (http://www.defesa.pt/Paginas/stanflex300.aspx). Estes navios foram adquiridos apenas com o caso e máquinas, sem armamento e sem equipamentos de navegação. (vídeo da Marinha Portuguesa sobre os Patrulhas STANFLEX 300 (https://www.youtube.com/watch?v=zUAOKc23HFk).… Read more »

Kojak

“Diogo Tavares
1 de fevereiro de 2015 at 21:08 #”

Por favor, comprem o “Siroco”, por favor.

Os gauleses entregam por 40 Mi de Euros e parcelados, reafirmem com isso a amizade com o Brazil.

Ó Deus, ouça minhas orações !

Abraços Tavares.

Kojak

EDITORES:

Solicito cordialmente que retirem meu comentário:

“Kojak
31 de janeiro de 2015 at 0:40 #”

Obrigado