Na hora da crise, falta de decisão é pior do que falta de dinheiro

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Fragata coreana "Incheon" (FFG 811), comissionada em janeiro de 2013

Fragata coreana "Incheon" (FFG 811), comissionada em janeiro de 2013
Fragata coreana “Incheon” (FFG 811), comissionada em janeiro de 2013

 

Roberto Lopes

Enviado Especial ao Rio

vinheta-opiniao-navalNão é fácil emitir um parecer com base, apenas, em informações fragmentadas, colhidas em fontes bem situadas e honestas mas que, muito provavelmente, também não estão a par de tudo o que acontece nos bastidores do Comando da Marinha.

Mas como a omissão não colabora com o esforço que fazemos, diariamente, neste blog, para aventar as saídas que se apresentam (ia dizer restam, mas “restam” traz uma carga muito negativa) à Força Naval diante da grave crise econômica, o melhor talvez seja alinhar os dados válidos que coletamos – passadas as primeiras 96 horas desde o anúncio do contingenciamento no orçamento do Ministério da Defesa –, para expor aos leitores – civis e militares – a visão que temos do momento. E, sobretudo, indicar caminhos dentro desse cenário de restrições.

Há um dado fundamental que amarra todas as variáveis: o de que o tempo está contra a Marinha. E, especialmente, contra a parcela da Esquadra que opera em águas azuis.

No segmento dos meios combatentes, das seis fragatas classe “Niterói” apenas três estão disponíveis, todas com restrições. A fragata Bosísio está inoperante desde o fim de 2014, e será desprogramada neste meio do ano. Restarão (agora sim…) à frota apenas dois navios Tipo 22.

Aparentemente, a corveta Barroso (V34) é a unidade da força de superfície em melhores condições.

Entre as três corvetas tipo Inhaúma mantidas na ativa, somente a Júlio de Noronha poderá voltar a operar, mas isso ainda levará cerca de um ano. A informação que circulou na internet atribuída ao Comandante da Marinha, de que todas as Inhaúmas seriam recuperadas (inclusive a Frontin!) não procede (e a Diretoria-Geral do Material da Marinha já esclareceu o assunto junto ao Centro de Comunicação Social da Marinha, que elaborou o texto equivocado).

Na Força de Submarinos apenas o Tapajó opera. E a Marinha tenta, agora, viabilizar o envio de um dos seus IKL (talvez dois) à Alemanha, para remotorizar e substituir baterias.

No total, a frota de combate em águas azuis não soma, hoje, mais do que sete unidades – quase todas com problemas de alguma significância.

O que vem mantendo o atendimento da Esquadra aos compromissos internacionais é o acionamento dos patrulheiros oceânicos classe “Amazonas”, festejados em 2011 e 2012 como os meios que iriam patrulhar e proteger as nossas bacias petrolíferas, e que agora são exigidos à exaustão, em comissões por águas longínquas, do Mar Mediterrâneo e da costa ocidental africana – e, por causa disso, já começam a preocupar os especialistas em manutenção e apoio logístico.

Nesse ritmo, em breve também esses navios valentes vão começar a “abrir o bico”. Não será surpresa para ninguém.

Mas a Marinha já estuda um eventual cancelamento, ou a redução de sua participação, na programação anual de manobras da Esquadra – particularmente no que diz respeito às operações em conjunto com marinhas amigas.

Entre as embarcações de apoio – como o navio de desembarque doca Ceará – as dificuldades não são menores. Há riscos para a realização de exercícios planejados com frações da tropa de Fuzileiros da Esquadra, e para o cumprimento de simples tarefas de transporte de material e de pessoal.

Oportunidade – Uma alternativa ao cenário de esgotamento dos navios acima das 2.000 toneladas é a aquisição de unidades de segunda mão, tanto para a força de combate quanto para a flotilha de apoio – as chamadas “compras de oportunidade”.

maestrale
Fragata italiana classe Maestrale, um dos navios já oferecidos à Marinha do Brasil

 

O Comando da Marinha continua atento às ofertas do mercado de usados, mas executivos brasileiros do setor de Defesa e alguns oficiais da Marinha que, na reserva, trabalham na prestação de serviços à Força Naval, alertam para as claras deficiências dessa opção: (a) adestramento zero em novas tecnologias de combate naval; (b) ganho zero na observação do funcionamento de equipamentos (sensores, sistemas de navegação e de armas) modernos; e (c) um espetacular incremento do acervo de problemas de manutenção que a Marinha já possui, com a importação de embarcações com 25 ou 30 anos de uso, que chegarão ao Brasil com as cicatrizes do seu próprio esgotamento.

Nesse caminho, em vez de acentuarmos o DNA de modernidade da Esquadra – e contribuirmos para a recuperação da auto-estima do pessoal militar –, estaremos somente robustecendo o DNA das nossas já conhecidas fragilidades – em peças de reposição, suprimentos e qualificação técnica das equipes que precisam remexer e costurar sistemas envelhecidos.

Fui um dos que, poucos meses atrás, em função do cansaço de alguns dos principais navios da Esquadra, advoguei a compra – sem perda de tempo – de quatro “bons” navios de oportunidade para repor as lacunas que vêm se abrindo na força de superfície.

Hoje, diante de um quadro ainda mais desolador no que se refere à disponibilidade dos meios e da oferta de recursos, julgo que os chefes navais talvez pudessem adotar uma solução (polêmica mas) corajosa: investir na contratação de navios que, mesmo não sendo construídos na Europa (ou nos Estados Unidos), guardem boa identidade com a tecnologia da construção militar ocidental. E que, sobretudo, não precisem ser financiados – ou pagos – em euros ou em libras.

A "Incheon" tem 114 m de comprimento e 3.250 toneladas de deslocamento
A “Incheon” tem 114 m de comprimento e 3.250 toneladas de deslocamento

 

Incheon – Não estou relatando nada que o Comando da Marinha não saiba, e essa é uma opção sob permanente bombardeio de muitos oficiais (estrelados ou não) que cercam o Charlie Mike.

Mas é preciso reconhecer: com os 960 milhões de dólares que alguns desejam incinerar na ambiciosa reforma do navio-aeródromo São Paulo, seria possível comprar não uma ou duas, mas três fragatas classe Incheon, produzidas pela coreana Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME).

Navios de 114 m de comprimento, 14 m de bôca e 3.250 toneladas de deslocamento que, no projeto conhecido como Batch II, com propulsão à base de uma turbina Rolls Royce MT-30 (em vez de turbinas a gás GE), velocidades no patamar dos 30 nós, mísseis de lançamento vertical e outras armas sofisticadas, são capazes de enfrentar ameaças aéreas, de superfície e submarinas. Uma classe acima do projeto CV03 (aproximadamente 20% menor que o da Incheon), e que, mercê de sua modernidade, compensaria com folga a baixa das nossas fragatas Vosper Mk10 – as venerandas Niterói.

Navios que podem ser construídos em dois anos e meio a partir da assinatura do contrato que regula a encomenda.

A solução parece ainda mais atraente quando se considera que, possivelmente, os tais 960 milhões de dólares serão insuficientes para se colocar o velho A-12, novamente, operacional – e uma Incheon Batch I (com dois sistemas de mísseis e uma arma de defesa de ponto CIWS Phalanx de 20 mm) tem seu custo estimado em 240 milhões de dólares.

Mas tudo isso exige coragem para decidir.

Conversei com um ex-adido naval brasileiro na Europa que colocou as mãos na cabeça.

Ele primeiro argumentou com a má qualidade dos carros asiáticos (em 2013 a marca Toyota japonesa festejou a construção de um milhão de automóveis com defeito zero); depois admitiu que alguns desses veículos de passeio são, efetivamente, bons, mas os caminhões são horríveis… E, por fim, confessou sua aversão por tudo que, não tendo nascido no berço britânico, se proponha a funcionar em um ambiente de marinha de guerra.

Navios, canhões, mísseis, sonares, radares… de acordo com o raciocínio desse oficial (hoje na reserva e a serviço da tecnologia israelense), qualquer equipamento que, sendo de boa qualidade, diga respeito à guerra no mar, está sendo pesquisado, fabricado, modernizado ou desenvolvido no Ocidente. O resto é conversa fiada. Empulhação oriental.

Kaizen O ponto fraco da argumentação em favor da renovação da Esquadra por meio de navios coreanos ou chineses – longe de euros e de libras –, é a necessidade, rotineiramente imposta pelos chefes navais brasileiros, de o país obter transferência de tecnologia, ou, no mínimo, um compartilhamento da moderna metodologia construtiva na área naval.

Os chineses, conforme sabemos, fazem isso com bem poucos parceiros – caso do programa da fragata leve F-22P com o Paquistão. Seus negociadores alegam que os generosos financiamentos do ICBC (Industrial and Commercial Bank of China), maior instituição bancária do planeta, são regulados por uma legislação que impede a criação de postos de emprego na indústria naval, fora do território chinês.

Mas os coreanos são diferentes dos chineses.

Nos últimos anos, a Hyundai Heavy Industries, a STX Offshore & Shipbuilding  e a própria DSME tem discutido projetos de cooperação na área da construção naval militar com países de poderios tão diferentes quanto Israel, Arábia Saudita, Peru, Filipinas e Colômbia.

Supor que, a conhecida resistência dos chineses em cooperar com outros países na indústria naval militar é um traço também da cultura empresarial coreana, reflete um marcante desconhecimento acerca dos modos produtivos desses países – especialmente no relacionamento com o Ocidente.

Em 1995, a Editora Record, do Rio, lançou no mercado um livro pequeno, chamado “A Coragem de Mudar”, de autoria de dois professores paulistas de motivação empresarial – José Luis de Morais e Othon Almeida – formados nos Estados Unidos.

A obra, hoje na 43ª edição, trata da filosofia empresarial que os japoneses batizaram de Kaizen, e na China e no Japão ficou conhecida como a filosofia da “melhoria contínua” (continuous improvement).

O livro tem uma passagem lapidar, que diz: “você pode estar cônscio da sua necessidade de mudar, mas não estar convencido a agir no sentido da mudança”.

Profissionais que honram a Marinha do Brasil com o seu trabalho há 35 ou 40 anos – sempre dentro da escola ocidental de fazer a guerra no mar –, certamente terão dificuldades de admitir que (1) seus cofres vazios, (2) as quitações que ainda precisam fazer de valores equivalentes a quantias onerosíssimas em euros e (3) as incertezas acerca do prazo em que o Arsenal de Marinha estará pronto para iniciar a construção das corvetas Tamandaré, forçam a Força Naval brasileira a adotar, rapidamente, alternativas, de forma a que possamos evitar vexames semelhantes aos que vivenciamos, recentemente, com a União, o Ceará, o Felinto Perry, o São Paulo, a Liberal e tantos outros navios.

E que a melhor alternativa para a MB talvez esteja, hoje, na Ásia.

A Marinha precisa de decisão.

Porque falta de dinheiro não nos impede de decidir.

NDD Ceará atracando na Base Naval de Val de Cães, em Belém do Pará - 1
O NDD “Ceará” continua atracado na Base de Val-de-Cães, no Pará, em reparos
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_RJ_

Parabéns pelo texto, Roberto Lopes. Muito preciso e consistente. Penso da mesma forma. Por causa de idéias pré-concebidas e em nome de uma tal “transferência de tecnologia”, temos perdido a oportunidade de decidir (e portanto, agir) pelo que dará à Marinha Brasileira os meios de continuar operando, para que possa a partir de uma base sólida, evoluir. Trabalhei muitos anos na Embraer. Acredito que o almirantado não saiba o que significa, na atualidade, transferência de tecnologia. Mais de 75% da tecnologia atual e que o Brasil não possui se concentra na seguinte disciplina: Requisitos Operacionais (principalmente o detalhamento destes e… Read more »

aericzz

Quanto ao Ndd… Q reparos? Kkkk

daltonl

“…os tais 960 milhões de dólares serão insuficientes para se colocar o velho A-12, novamente, operacional…”

Não seriam 960 milhões de reais ? Pelo menos o que li até mesmo aqui no PN é que seria algo em torno de 1 bi de reais…uma quantia significativa, mas, 960 milhões de dólares é 3 vezes mais de reais !

Roberto Lopes

Não, Daltonl, infelizmente são dólares mesmo. O próprio LM, que você tão bem conhece, já nos advertiu de que o valor dessa reforma equivale ao preço de uma fragata de 6.000 toneladas do PROSUPER, mas temos amigos da Trilogia que nos asseguram: uma modernização do porte anunciado (troca do sistema de propulsão, modernização do sistema de lançamento das aeronaves e da rede de distribuição de energia, entre outros itens) sairá por MAIS de 1 bi de dólares. De qualquer forma, eu, pessoalmente, já não acredito mais que essa modernização seja executada conforme foi planejada nos últimos meses da administração Moura… Read more »

Marcos

Isso ai tudo é resultado de incompetência e corrupção.
Cadê a turma da “Segunda Frota”?
Três Fragatas e um Submarino, isso é a Marinha do Brasil. O resto é sucata!!!
É preciso ter foco nas coisas. Saber o que temos capacidade de fazer, e fazer.
Temos capacidade de desenvolver meios de superfície. Primeiro NaPOc. Depois Fragatas.
Submarinos convencionais – atenção: convencionais – teriam de ser de prateleira. Isso é o básico.
Chega de comprar sucatas. Chega de compras de “oportunidade”.
Encosta definitivamente o São Paulo. Vende aquilo, nem que seja como sucata, fero velho, qualquer cosia.

rafael oliveira

Parabéns pela lucidez do texto, Roberto.

Acredito que o Vital de Oliveira recém-entregue é um passo nessa direção.

Porém, tenho preferência pelos navios coreanos “ocidentalizados”. Essa classe Incneon cai como uma luva para a MB ter algum navio moderno em pouco tempo.

Mas, infelizmente, acho que a MB não tem “coragem” ou mesmo “discernimento” para tomar uma decisão como essa de focar numa compra de prateleira de navios mais baratos.

Att.

Luiz Monteiro

Prezados, Vale salientar que a compra de meios navais com custo de obtenção tão elevados quanto os navios escolta precisam de financiamento seja interno ou externo e garantidos pelo Governo Federal. Desta forma, mesmo que a MB aponte a qualidade de cada meio naval (questão técnica da compra militar) a decisão final recai sobre o Poder Executivo (questão política da obtenção). Quanto à modernização do NAe São Paulo, ainda não há definição do que será efetivamente realizado, nem se será realizado em razão da adequação ao contingenciamento do orçamento. A MB já admite obter escoltas por compra de oportunidade, desde… Read more »

daltonl

Roberto… nas demais matérias aqui sobre a reforma do NAeSP o preço estipulado é da ordem de 1 bi de reais !! Estranho que a última modernização e reabastecimento dos reatores nucleares empreendida em um NAe da US Navy no caso o USS Theodore Roosevelt custou 3 bilhões de dólares e levou 4 anos…1 bi de dólares para o NAeSP é difícil de engolir. Um bi de reais hoje está na faixa de 300 milhões de dólares algo mais palatável com o que estava sendo pretendido e dentro do preço de um tipo de manutenção dos NAes da US Navy… Read more »

Luiz Monteiro

Prezados,

No que tange aos estaleiros e empresas asiáticos, destaco que a MB recentemente encomendou a um estaleiro chinês, a construção de um navio.

Da mesma forma, a DSME da Coreia do Sul participa em igualdade de condições com os demais concorrentes ao PROSUPER.

Por falar em PROSUPER, tendo em vista que o programa está aberto, nada impede que empresas da China, Estados Unidos ou qualquer outro país apresente propostas.

Abraços

F15_lobo

O que eu não entendo é que oficiais da MB ainda acreditam que podem atualizar um ferro velho por 1 Bi.
Breve teremos somente a classe Niterói o resto fica atracada no porto

Mauricio Silva

Prezado Roberto Lopes, boa noite. Parabéns pelo excelente texto, embora não concorde com a conclusão de que esteja faltando ações mais decisivas por parte da MB. Para mim, a decisão foi tomada e é clara: manter as coisas como estão e ir tocando o que puder nos quesitos de novas compras/modernizações. Assim, a reforma do A-12 São Paulo é plenamente justificada: conseguimos os recursos para essa empreitada (lembrando que nenhum setor do serviço público tem recursos “livres”; todo e qualquer orçamento tem que ter um destino e uma comprovação de utilização, caso contrário é devolvido à união); se eles forem… Read more »

Augusto

Se a Marinha quiser algo novo, terá de seguir o exemplo do Egito, que pagou para tirar a FREMM da Marine Nationale, quando ela estava em vias de ser entregue.

Em tempo: esta situação da MB é mais um dos exemplos claros e gritantes de como a corrupção e a incompetência estão acabando com o Brasil. Não sobrou dinheiro para nada!

Knight

Prezado Luiz Monteiro,

Gostaria que o Sr. esclarecesse uma dúvida, uma vez que vejo informações desencontradas:

A segunda corveta da Classe Tamandaré terá o início da construção após as provas de mar da primeira?

Caso a resposta seja negativa, quando a MB planeja o início da construção da segunda?

Roberto Lopes

Bom dia. Ao amigo Daltonl: A aplicação de 300 milhões de dólares na reforma do “São Paulo”, ainda mais no prazo de 4 anos, seria, efetivamente, bem mais palatável. Infelizmente este não é o dado correto, Daltonl, o correto é algo em torno de 1 bi de dólares. A informação do LM me foi passada por email, há poucas semanas, e eu a guardo em meus arquivos. Creio que já a mencionei em um dos meus textos (ou em mais de um). A informação sobre 1 bi de Reais é um erro, pelo qual peço desculpas. Ao Maurício Silva: “Em… Read more »

rafael oliveira

Maurício,

As verbas do NAe SP podem ser justamente as cortadas. Assim, daríamos baixa nele, “devolveríamos” o dinheiro à União, e ano que vem a MB tentaria alocar no orçamento o dinheiro para a compra de fragatas novas, ou ao menos dar uma sobrevida às atuais.

Att.

ci_pin_ha

Essa classe Incheon é bem interessante, se pudessem receber o ESSM no lugar do RAM, seriam ideais. Pelo preço também poderiam servir no lugar das corvetas.
Se fosse possível:
Versão com ESSM fragata (comprada lá mais para frente)
Versão com RAM “corveta” compradas de imediato.

Não sabia que as Niterói estão indo para o Líbano com parte dos seus sistemas de armas inoperantes.

PS. Não posso negar minha preferencia pela classe Valour ou Formidable, mas essas custam 100 milhões a mais que a Incheon

Mauricio Silva

Prezado Roberto Lopes, bom dia.

Tem razão, não deixei claro o que significa “condições de utilização”. Até por que esse conceito varia muito dependendo da pessoa/função de cada um.
Para alguns, se o navio tiver condições de navegar (sair do atracadouro), ele está em “condições de utilização” (mesmo que não possa disparar nenhum tipo de aramamento/munição ou executar qualquer faina).
No meu comentário, tentei dizer que novos navios somente virão quando os atuais não conseguirem mais navegar. Ou seja, virarem pura “sucatas flutuantes” para quem que observe.
SDS.

Blackhawk

Amigos, vocês saberiam me informar se no PROSUP há previsão de lançadores verticais para as fragatas?

daltonl

BH…

os concorrentes apresentaram propostas de navios com
lançadores verticais como por exemplo as FREMM tanto
francesas quanto italianas.

Ozawa

Prezado Roberto Lopes, meus efusivos elogios pelo primoroso texto !

A situação atual da MB me fez lembrar o célebre conto de fadas “A roupa nova do imperador”, cujo título, parodiado para o post, seria algo como: “O porta aviões novo do Almirante…”

O prezado Roberto Lopes, com seu texto notável, fez as vezes daquela criança do conto original e gritou: “_ O ALMIRANTE ESTÁ NU !”

Oganza

Roberto Lopes, belíssimo texto. Até a sua solução é completamente plausível no que tange a “frota” de superfície… sou muito simpático à ela. Todos aqui sabem muito bem qual é a minha opinião sobre o que e como se tem “decidido” as ”prioridades” da MB nos últimos 20 anos. como vc muito bem lembrou sobre que ”A falta de decisão é pior do que a falta de dinheiro”, é preciso também ter coragem não só para decidir pelo que aparentemente “não é o ideal”, mas tb ter coragem para promover uma completa revolução na Gestão da MB… do Faxineiro ao… Read more »