Há 71 anos era afundado o encouraçado alemão ‘Tirpitz’, irmão do ‘Bismarck’

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Battleship Tirpitz

O encouraçado Tirpitz foi o segundo da classe “Bismarck” de dois navios construídos para a Kriegsmarine (Marinha) da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Nomeado após o Grande Almirante Alfred von Tirpitz, o arquiteto da Kaiserliche Marine (Marinha Imperial), o navio teve a quilha batida no Kriegsmarinewerft Wilhelmshaven em novembro de 1936 e seu casco foi lançado dois anos e meio mais tarde.

O trabalho foi concluído em fevereiro de 1941, quando ele foi incorporado na frota alemã. Como seu irmão Bismarck, o Tirpitz estava armado com uma bateria principal de quatro torres gêmeas com oito canhões de 38 centímetros (15 polegadas). Após uma série de modificações em tempo de guerra ele se tornou 2.000 toneladas mais pesado do que o Bismarck, fazendo dele o mais pesado navio de guerra já construído por uma marinha europeia.

Wilhelmshaven - Stapellauf des Schlachtschiffes "Tirpitz"
Wilhelmshaven – Stapellauf des Schlachtschiffes “Tirpitz”

Depois de completar os testes de mar no início de 1941, o Tirpitz brevemente serviu como a peça central da Frota do Báltico, que visava impedir uma possível tentativa de fuga da frota do Báltico Soviética. No início de 1942, o navio partiu para a Noruega para agir como uma barreira contra uma invasão aliada. Quando posicionado na Noruega, o Tirpitz também foi usado para interceptar comboios aliados para a União Soviética, e duas dessas missões foram tentadas em 1942. O Tirpitz forçou a Marinha Real Britânica a manter forças navais significativas na área para contê-lo.

Em setembro de 1943, o Tirpitz, junto com o Scharnhorst, bombardeou posições aliadas em Spitzbergen, a única vez que o navio usou sua bateria principal em um papel ofensivo. Pouco tempo depois, o navio foi danificado em um ataque de mini-submarinos britânicos e, posteriormente, submetido a uma série de ataques aéreos de grande escala.

Em 12 de novembro de 1944, bombardeiros Lancaster britânicos equipados com bombas de 12.000 libras (5.400 kg) “Tallboy” acertaram dois ataques diretos e um aproximado que fizeram o navio emborcar rapidamente. Um incêndio no convés se espalhou para o paiol de munição de uma das principais baterias, causando uma grande explosão.

Tirpitz sob ataque aéreo britânico
Tirpitz sob ataque aéreo britânico

Os valores relativos ao número de homens mortos no ataque variam de 950 a 1.204. Entre 1948 e 1957, o naufrágio foi desmantelado por uma operação conjunta de salvamento de noruegueses e alemães.

Tromsö,_Royal_Air_Force_Bomber_Command,_1942-1945_CL2830

FONTE: Wikipedia / COLABOROU: akhorus

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Norberto

Perfeita matéria. quem quiser ver a maquete a 1:100 que estou fazendo do Bismarck por favor (com todo o respeito pelo editor e o blog se permitirem) acesse: https://www.facebook.com/Bismarck-1100-736910596357010/?ref=bookmarks

Claudio Moreno

Boa madrugada Senhores!

Como era lindo este encouraçado! Junto com os New Jersey da US Navy foram ambas as classes de longe as mais belas em termos de encouraçados em minha opinião. Dá até para fazermos uma votação ….

CM

Nogueira

Esses navios parece que não serviram para quase nada.
Enormes, modernos para a época, bem armados, mas foram facilmente derrotados pelos britânicos por meio de outros navios (Bismarck) ou, no caso desse aí, por submarinos e bombardeio aéreo.
Ou seja, em uma guerra ter uma arma poderosa pode não significar supremacia se ela não existir em quantidade suficiente, se não houver outros meios de apoio ou se não for empregada numa estratégia mais ampla e bem organizada.
Cito como exemplo as bombas v1 e V2. Muito modernas para a época mas os alemães não conseguiram tirar bom proveito delas…

Fábio CDC

Eu devo ser algum tipo de doente mental que fica olhando esses couraçados da II Guerra Mundial e sonha em vê-los modernizados e servindo na MB…

Uai, sonho é sonho! Pode não?

Bernardo R.

Grande navio!
Talvez tivesse sido interessante deixar o Bismarck em águas protegidas até o comissionamento do Tirpitz, operações em conjunto teriam causado verdadeiro desespero ao aliados na Europa.

Em todo o caso, tiveram uma oportunidade de pegar o Hood e na guerra, geralmente se aproveita. Azar deles que perderam o Bismarck, sorte nossa, que o Tirpitz ficou fadado a permanecer “na toca”. Ele merecia mais do que atacar apenas comboios que iam para Murmansk e servir de “isca” para a frota aliada.

Dalton

Bernardo…

o Tirpitz necessitaria ainda de vários meses até ser considerado pronto para combate então, não seria possível esperar e assim arriscar perder uma oportunidade com o Bismarck já que a lógica era que a Royal Navy ficaria cada vez mais forte.

A ideia a princípio era que os encouraçados Sharnhorst e Gneisenau que estavam na época
em Brest na França ocupada se encontrariam com o Bismarck e o cruzador pesado Prinz Eugen
mas, os encouraçados necessitavam reparos e não estavam disponíveis.

Wagner

O problema foi a maldita mentalidade terrestre do Hitler, tal como o Richar Humble explica em seu livro da renes ( Introdução por Barrie Pitt). Eles explicaram que uma esquadra de Bismarcks com aviação propria teria varrido os mares do Norte, e é verdade. Mas, a prioridade em usar navios colossais e gigantescos ( e belíssimos…) contra os malditos comboios limitou a Kriegsmarine, alem disso, os numeros já estavam em desvantagem absurda. Os submarinmos do Doenitz tambem, deviam ter sido mandados no começo da guerra para caças a Home Fleet e nao os comboios. Mas, nããão, tinham que afundar mercantes… Read more »

MO

o Lutzow fou para a URSS salvo confusão

Dalton

Wagner… vc está sendo injusto…os alemães iniciaram a guerra com apenas 20 submarinos capazes de missões oceânicas e nem todos os 20 podiam ser usados ao mesmo tempo o que no frigir dos ovos significava 7 no teatro de operações. Os torpedos defeituosos não ajudaram também no início, há relatos de ataques contra vários navios capitais como encouraçados e NAes que falharam, inclusive o comandante de um dos submarinos não lembro agora, mas a informação está facilmente em um livro em casa que sofreu uma depressão após ter ouvido os torpedos atingirem o casco do encouraçado britânico porém não detonaram… Read more »

Dalton

MO…

de fato houve uma pequena confusão, houveram 2 “Lutzow”, um era o encouraçado de bolso
apelidado pela imprensa internacional e não pelos alemães que é como o “Deutschland” foi
chamado já que Hitler não queria um navio com o nome da pátria corresse o risco de ser afundado.

O outro “Lutzow” deveria ser um cruzador pesado da classe Admiral Hipper dos quais 5 foram planejados e antes de ser terminado foi vendido para os russos quando ainda alemães e russos eram “grandes amigos” mas, nunca tornou-se completamente efetivo.

abs

_RR_

Wagner, Discordo… A Alemanha estava em inferioridade no mar desde o início… Sua saída para o mar é muito limitada e vulnerável, de modo que não havia muito espaço para manobras… Nessas condições, enfrentando uma frota originalmente muito superior, qualquer grande esforço da parte de seus navios deveria ocorrer logo no começo do conflito de modo a se conseguir um impacto fulminante… E ocorre que a marinha alemã não tinha perspectivas de fazer algo assim; não da maneira como estava formada… Simplesmente faltava o volume mínimo necessário em embarcações para se ter efeito prático. E essa, no meu entender, foi… Read more »

Dalton

” É interessante imaginar se, no lugar de dois encouraçados como o Bismarck, houvessem mais quatro navios da classe Deutschland atuando logo no começo do conflito…” RR só lembrando que a ideia inicial era ter 5 classe “Deutschland” os 2 últimos um pouco maiores, mas, aí os franceses construíram a classe “Dunkerque” navios muito maiores o que obrigou os alemães a cancelar os 2 últimos e ao invés construir os 2 “Sharnhorsts” então no início do conflito os alemães tinham 5 navios “principais”. Hitler deixou muito claro que não iria perseguir a política de tentar transformar a marinha alemã em… Read more »

americomatheus

Grande navio, grande marinha. Em compensação a nossa guarda costeira servirá de alvo na UNITAS 2015.

soldat

Descansem em paz bravos marinheiros Germânicos.

Delfim

O “cabo austríaco” desprezou a Kriegsmarine e colocou a Luftwaffe como mero apoio das tropas terrestres. Os nazistas não tinham nem porta-aviões nem bombardeiros estratégicos.

Titio Rosenweiss

Um dos grandes erros estratégicos dos alemães foram:

1 – Não investir pesadamente na construção de submarinos, durante a batalha do atlântico pelo afundamento de navios mercantes aliados a Inglaterra quase foi asfixiada
2 – Não executar e planejar uma invasão a Inglaterra bem antes da Rússia! Se tivesse feito, não teria que enfrentar uma guerra em duas frentes. Provas de que Hitler era apenas um diletante e seus sucessos iniciais, foram sorte de amador e profissionalismo do exército alemão!

Dalton

Delfim… os alemães foram proibidos de construir NAes, apenas em 1935, graças a um novo acordo com o Reino Unido as portas se abriram e técnicos alemães enviados ao Japão puderam analisar o “Akagi” mas os resultados não foram muito produtivos e à completa falta de experiência não ajudava, mesmo assim o “Graf Zeppelin” teve a quilha batida em dezembro de 1936 um feito impressionante, mas, tarde demais se considerarmos que a guerra teve início em setembro de 1939 e os testes de mar estavam programados para 1941 apenas. Titio… os alemães investiram sim pesadamente em submarinos que eram relativamente… Read more »

Titio Rosenweiss

Prezado Dalton! Sim, eles construíram muitos submarinos e os Estados Unidos imundavam os aliados com os navios da classe Liberty! Porém, segundo o próprio comandante da kiegsmarine na época! Dönitz! O número de submarinos operando no atlântico esteja bem abaixo do que Hitler lhe havia prometido

Antonio Palhares

Quem ja foi da Marinha e gosta do mar, tendo respeito por estes dois navios irmãos. Sempre pergunto qual seria o andamento da guerra se o Bismarck estivesse pronto e operacional pelo menos três meses antes. Se tivesse chegado ao porto na França.. A conclusão que fica. A ralé nazista não tinha a minima idéia de como tocar a guerra.