Revelado responsável pelo vazamento de dados sobre submarinos Scorpene

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Primeiro Scorpene construído na Índia

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Dados confidenciais referentes aos seis submarinos Scorpene da companhia francesa de construção naval DCNS, encomendados pela Índia, foram acessados por pessoas desconhecidas de uma empresa privada em um país do sudeste asiático, informou o jornal indiano Hindustan Times no sábado passado (27).

Segundo fonte, as respectivas informações foram publicadas em um servidor de Internet, tornando-se vulneráveis a hackers.

Até agora, somente cinco submarinos desta classe Scorpene foram postos em serviço enquanto estão previstos mais 19. Índia é considerada um dos principais compradores deste tipo de submarinos. Segundo planos, mais cinco unidades começarão a ser usadas a partir de 2021. A empresa DCNS também é responsável pelo contrato no valor de 38 bilhões de dólares para construção de 12 submarinos avançados da classe Barracuda. A edição indiana, citando a notícia do jornal The Australian datada da sexta-feira passada (26), revelou que os dados podem ter sido “removidos” da DCNS francesa em Paris, ainda em 2011, por um ex-oficial da Marinha da França que atuou como subcontratante para essa empresa.

Uma pessoa de Sidney, cuja identidade não foi revelada pelo jornal australiano, decidiu repassar os documentos secretos a essa edição porque eles “tinham importância para segurança nacional da Austrália”, informou The Australian.

Informa-se que o primeiro dos seis submarinos passou por exercícios navais em maio deste ano. Os submarinos irão substituir os modelos existentes: submarinos russos da classe Kilo e submarinos alemães HDW.

O autor do vazamento, como se referiu o jornal ao responsável, planeja entregar um disco confidencial ao governo australiano nesta segunda-feira (29). Ele espera que as autoridades australianas e a DCNS tomem medidas para reforçar segurança e garantir que o “projeto de construção de submarinos da Austrália não tenha o mesmo destino”.

Recentemente, a companhia DCNS informou sobre fuga de informações referentes aos seis submarinos da classe Scorpene que estão sendo construídos na Índia. O documento, que foi encontrado pela edição The Australian, tem 22,4 mil páginas. Neles há a descrição dos sistemas de comunicações dos submarinos, de sensores submarinos e de superfície, de comando e controle, de navegação e de lançamento de torpedos.

O contrato no valor de 3,5 bilhões de dólares prevê a transferência de tecnologia francesa para a Índia. O primeiro submarino construído em Mumbai, na Índia, já passou por exercícios navais em maio.

Mostrar mais: http://br.sputniknews.com/asia_oceania/20160829/6168177/scorpene-vazamento-dados.html

FONTE: sputniknews

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Iväny Junior

De início, o vazamento precursor tem isenção da TKMS e da Mitsubishi. E agora?

Marcelo

Espionagem militar não é novidade; como se expõe, há anos essas informações sensíveis ao sub já estavam nas mãos de nações interessadas, o que chama a atenção no caso é a falta de profissionalismo ou avacalhação de levarem esses dados a um jornal australiano pra inviabilizar a aquisição daquele país por subs da DCNS.

Carlos Campos

E agora DCNS vai continuar culpando os alemães e japoneses?

Jodreski

Olha… custo em acreditar que a história resume só aos fatos expostos acima. Pessoa decidiu vazar os arquivos pois: “tinham importância para segurança nacional da Austrália”. Amigos… pessoas morrem por isso, não é possível que a ingenuidade possa beirar esse nível. Espionagem industrial é algo muito sério e arriscado pelo simples fato de envolver contratos da ordem de Bilhões de dólares, envolver governos, chefes de estado e segurança nacional.

Fabricio

É lógico que as potências tinham todas as estimativas técnicas do projeto mas divulgou-se os números exatos dos parâmetros de combate e defesa, desvalorizando muito o custo final da belonave, já que agora ela nasce obsoleta.

helio henrique silva pereira

com serteza isso e uma guerra comercial.

John Paul Jones

A DCNS é uma empresa semi estatal e cheia de falhas e sabotadores internos.

O Governo da França está mexendo com os direitos trabalhistas locais e a jurupaca está piando.

No PROSUB toda a documentação do navio é armazenada em servidores na França (pasmem !!) com software desenvolvido por esta empresa e a Dassault.

Amigos, vem mais chumbo grosso por aí contra os franceses depois da delação da Odebrecht ….

Gustavo Borges

Essa história ainda está muito mal contada. Não se sabe quem foi o responsável pelo vazamento e nem qual o destino final dos documentos. Muita gente graúda já deve ter posto as mãos nesse material. Eu pessoalmente desconfio que alguma rival da DCNS ou algum governo tenha tomado a iniciativa de divulgar esse caso simplesmente para prejudicar futuras vendas do produto francês. Caso contrário a empresa ou o governo que tenha adquirido o material o manteria em sigilo para poder estudá-lo e utilizá-lo em futuros projetos.

Carlos Crispim

Já escrevi antes, é o caso de o Brasil rever todo o contrato com a DCNS, quiçá cancelar tudo por vazamento, é de extrema incompetência o que fizeram, se fosse a Petrobrás vá lá, mas uma das maiores empresas de guerra do mundo, é coisa de amador, algo está cheirando muito mal, como disse o Reale Jr.: Tem cadáver, tem cheiro de cadáver, mas insistem em dizer que ninguém morreu.,..

augusto

Off topic : http://nationalinterest.org/blog/the-buzz/chief-naval-operations-richardson-us-aircraft-carriers-can-17516
Artigo interessante da national interest sobre a capacidade de um CG da us navy entra numa zona anti-acesso\anti-negação zonas (a2\ad). pode render um ótimo post !

Soldat

Eu poderia colocar a culpa nos Âmis( apesar de eles darem graças ao D’us do AT, que isso aconteceu falando economicamente hehehe…)…Mas a logica disso tudo com certeza tem dedo Chines na parada(digo teclado os melhores Hackers do mundo estão lá e não na terra do tio Jaco).

Bardini