DCNS entrega porta-helicópteros ‘Anwar El Sadat’, segundo da classe ‘Mistral’ ao Egito

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LHD Anwar El Sadat

Em 16 de Setembro de 2016, a DCNS entregou o segundo de dois porta-helicópteros adquiridos pela República Árabe do Egipto em Outubro de 2015, o LHD (Landing Helicopter Dock) Anwar El Sadat. A cerimônia de transferência da bandeira teve lugar na presença dos dois chefes de Estado Maior das marinhas egípcia e francesa, o almirante Rabie e almirante Prazuck, o presidente e CEO da DCNS, Hervé Guillou, e o presidente da STX France, Laurent Castaing, juntamente com funcionários seniores franceses e egípcios. Em 2020, a DCNS terá fornecido sete navios de combate para o Egito, contribuindo assim para a modernização do sistema de defesa da República Árabe do Egipto.

Hervé Guillou, presidente e CEO da DCNS anuncia que: “A entrega do navio de aterragem da doca do helicóptero (LHD) Anwar El Sadat é uma demonstração de confiança que estabelecemos com a República Árabe do Egipto para apoiar a expansão de sua marinha. Estamos muito orgulhosos de ver, sendo trazido sob a bandeira egípcia, um navio que é o resultado da excelência industrial francesa. A Marinha egípcia pode contar com o compromisso total de DCNS e seus parceiros, entre os quais a STX France. Gostaria também de agradecer ao governo francês e seu apoio incondicional ao longo do projeto”.

Em 10 de outubro de 2015, DCNS assinou um contrato com o Ministério da Defesa da República Árabe do Egipto para o fornecimento de dois navios LHDs da classe “Mistral”. A entrega do primeiro destes dois porta-helicópteros, o LHD Gamal Abdel Nasser, ocorreu em 2 de Junho de 2016. A transferência da bandeira para os dois porta-helicópteros faz parte da continuidade da parceria estratégica com o Ministério da Defesa egípcio já formalizada em julho 2014 através da assinatura de um contrato para a venda de quatro corvetas Gowind, em seguida, em agosto 2015 através da entrega à Marinha egípcia da fragata FREMM multi-missão Tahya Misr. A DCNS também está comprometida no longo prazo com a Marinha egípcia, em particular graças aos contratos de manutenção plurianuais para os navios egípcios, bem como através da implantação de um acordo de transferência de tecnologia permitindo que os estaleiros de Alexandria possam construir três dos quatro corvetas Gowind adquirida em 2014.

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O LHD Anwar El Sadat vai deixar Saint-Nazaire nos próximos dias a navegar para o seu porto em Alexandria. Nesta ocasião, as marinhas egípcia e francesa vão participar de um exercício conjunto. Desde junho, 180 marinheiros egípcios têm recebido treinamento em Saint-Nazaire neste LHD. Em linha com imagem de excelência, a Marinha Egípcia completou uma tarefa notável em apenas alguns meses de trabalho, com o apoio dos instrutores da DCNS e os nossos parceiros STX France e Défense Conseil International. Ao todo, cerca de 400 marinheiros egípcios terão recebido formação desta maneira.

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LHD: um navio versátil que é capaz de conduzir uma ampla gama de missões civis e militares
O LHD da classe Mistral é um navio que responde às necessidades de numerosas marinhas, graças à sua versatilidade. Ele permite um amplo espectro de missões civis e militares. Com um comprimento de 199 metros, um deslocamento de 22.000 toneladas e uma velocidade superior a 18 nós, o LHD da classe Mistral é caracterizado pela sua alta capacidade para o transporte de tropas, equipamentos, helicópteros pesados e embarcações de desembarque, capaz de que projetar-se em torno do mundo. É equipado com um sistema de propulsão elétrico que usa pods. Ele também tem um hospital de bordo, e pode realizar missões humanitárias em grande escala. Seu sistema de comunicação altamente capaz torna-o navio de comando ideal dentro de uma força naval.

Fruto de uma colaboração estreita entre a DCNS e STX, os três primeiros LHDs Mistral, Tonnerre e Dixmude foram entregues à Marinha Francesa em 2006, 2007 e 2012.

DIVULGAÇÃO: DCNS

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MO

os Egipicianos estão com tudo !!!!!

Marcelo Andrade

Cara, eu acho este LHD espetacular! A MB poderia em um futuro não muito distante ter, pelo menos, 2 unidades. este sim, um verdadeiro NPM.

Tive a oportunidade de ver o Tonnerre, no Porto do RJ, e realmente o bicho e imponente.

Tenho a Revista Forças de Defesa onde se lê a matéria sobre um exercício feito com a MB e o CFN.

A Classe Juan Carlos I tb é linda!!

Tenho lido aqui que muitos não gostam da DCNS, mas, tb sei que ela tem conquistado muitas vendas no exterior.

Jagderband#44

Sunitas…

joseano

o Egito é o paraiso dos vendedores de armas, é o cliente que qualquer um queria ter,não precisa destes 02 LHD, simplesmente não tem por que tê-los, não há justificativa plausível, a não ser a corrupção que rola solta nestes contratos de armamentos enchendo o bolso da cúpula militar que governa o Egito. Possui forças armadas superdimensionadas, totalmente incompatíveis com o status politico e econômico do país. Aliás o Egito é um pais extremamente pobre, não produz praticamente nada, importa tudo e o pouco dinheiro que tem investe em armamento.

Jodreski

Se eu fosse os Egípcios eu revendia os dois aos Russos! rsrs (brincadeira)

marcus

O Brasil deveria com o projeto do Sciroco, atualmente conhecido como Bahia.
A DCNS não tem mais interesse em produzir essa embarcação.
Mais 4 navios da classe Bahia produzidos no Brasil resolveriam esse problema por muito tempo.

ScudB

Sem helicópteros por enquanto (os russos não forneceram ainda 🙂 ).
http://www.youtube.com/watch?v=wtv4IzRw1j4
Apos finalizar tudo Egito vai “alugar” os conjuntos para Russia em troca de .. turistas! So pode!
Um abraço!

Uhtred Ragnarsson

Ainda acho que esses navios vão acabar com bandeira russa… os egípcios foram só os “atravessadores”.

Seal

Olhando ao mapa, o Egito é banhado a leste pelo mar vermelho (red sea) e ao norte pelo mar mediterrâneo,ambos muitos estreitos, não vejo motivo para der 2 LHD’s. Será que eles nào repassariam algum para os fuzileiros da MB? Só penso.

augusto

Vc ja viu seu vizinho de baixo o Sudao ? Com os mistrals e uma duzia de ka-50 na costa do sudao ajuda muito ja que terem que enfrentar barcos suicidas com neguin armado com ak-47 e rpg. Essa compra de armas da franca e russia se deve a idiotice da administracao Obama de fazsr um embargo de armas delois dos milicos voltarem ao poder

hartmam

A minha pergunta é : Quem banca todas essas armas para o Egito?

MigBarSan

Sr. Hartmam, a resposta é: EUA(USA), acho que 1 bilhão por ano aproximadamente.

Mas não sei se essa política ainda é vigente.

augusto

Saudis !

Antonio Carlos Jr Zamith

Fôramos sauditas que bancaram os Mistrale muitos mais. O preço do 1º pacote é de €$5,6 bilhões que incluem 2 fragatas Stealth FREMM e 20 caças RAFALE com a gama de mísseis da MBDA O Egito estava com tanta pressa as 2 FREMM em construção para marinha francesa, a primeira em 2015. O 2º pacote são as 4 corvetas Godwind 2500 stealths por €$1 bilhão de 2013. Sendo 1 construída na França e outras no Egito. Lá tem verba e vontade política. Verba é dos sauditas.

Antonio Carlos Jr Zamith

aqui vídeo da entrega a francesa. https://www.youtube.com/watch?v=MBJ1w5-0vgU

Iväny Junior

Um conceito muito interessante. Toda a capacidade de combate dessa belonave é provida pelos meios que ela transporta.

Existe coisas a ser levadas em consideração: qual será o desempenho de heli’s x aviões na arena ar-ar;
Quais os heli’s de combate serão utilizados?

Ademais, ótimo navio e proposta muito inovadora.

Dalton

Ivany…

só lembrando que não há nada de inovador no “Mistral”…o primeiro navio com convés de voo corrido, grande capacidade de transportar e manter helicópteros e possuindo uma doca para embarcações de desembarque foi o então USS Tarawa, comissionado em 1976, portanto 40 anos atrás, sendo que os estudos para tal classe de navios remonta aos anos 60.
abs

Ednardo de oliveira Ferreira

Belo navio e tal. Mas me parece mais aquela compra ‘combo’. O Egito, sabe-se lá o por quÊ, para levar as FREMM e os Rafale teve que ser entubado com estes navios.

Digo entubado porque certamente a marinha egípcia tem tem outras prioridades.

augusto

Ednardo não são eles que estão pagando é os Sauditas então pros Egipcianos pouco importa

MO

egipiciano no lucro, arabiense bancando 🙂

Iväny Junior

Dalton Apesar das características que você falou, o Tarawa era fortemente armado e ainda levava Harrier’s. Era meio mundo de maldade que ainda o defendiam sem depender quase que única e exclusivamente dos meios embarcados: 4 × Mk 38 Mod 1 25 mm Bushmaster cannons 5 × M2HB .50-caliber machine guns 2 × Mk 15 Phalanx (CIWS) 2 × Mk 49 RAM launchers Já o Mistral tem 2 simbad e 4 m2 12,7mm. Ele por base precisará de escoltas, e dos meios que transporta sempre ativos em rodízio (imagino eu), e um heli muito bom na arena ar-ar também (já… Read more »

Dalton

Ivany… não se engane…o “Tarawa” e os atuais também precisariam ser escoltados…se eles navegam acompanhados apenas de 2 outros anfíbios, um LPD e um LSD é porque a US Navy não tem navios suficientes para escolta , embora tenha tentado na década passada acrescentar um cruzador e um destroyer e mesmo um submarino ao grupo, descobriu-se que em tempo de paz era melhor que os meios de escolta operassem independentes para cumprir as inúmeras missões exigidas da US Navy e não amarrados a um grupo anfíbio. . O “harrier” está lá principalmente para apoiar as tropas embarcadas e apenas “6”… Read more »

Carlos Alberto Soares-Israel

Caso fossemos …..
Esse Bahia inda vai dar o que falar !