A empresa francesa DCNS revelou na feira Euronaval 2016 a fragata BELH@RRA de 4.000 toneladas, que fica situada entre a fragata FREMM de 6.000 toneladas e a Gowind de 3.000 toneladas.

Segundo a companhia, a BELH@RRA pretende dar continuidade ao sucesso de exportação das fragatas classe “La Fayette”.

A DCNS quer responder às expectativas das marinhas que estão à procura de uma fragata compacta, capaz de assegurar missões de longo alcance, operando isoladamente ou incorporada em uma força naval, em alto mar ou como parte de missões de vigilância costeira em um ambiente denso e hostil.

A nova fragata vai oferecer um desempenho de ponta para a guerra antissubmarino, uma capacidade de detecção de aeronaves sem precedentes e capacidades de antiaérea reforçada; também terá capacidade multimissão para novas ameaças, como guerra assimétrica ou cyber-defesa. Segundo a companhia, é a primeira fragata de “nativamente digital”.

O navio terá radares de antenas fixas Thales Sea Fire e mísseis antiaéreos MBDA Aster 30.

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Uhtred Ragnarsson

Cairia como uma luva na MB (na minha opinião de mero entusiasta)…

Bardini

Eu estava entusiasmado com este projeto, assim como muita gente em blog francês… Ai veio a Euronaval e todo mundo caiu na realidade. Essa FTI pode sair até mais caro que uma FREMM (já se fala em mais de 700 milhões por navio).
.
Para a MB?
Muito melhor não reinventar a roda e ir direto para uma FREMM.

cipinha

Se sairiam mais caras que a FREMM ai fica difícil, melhor o Brasil correr para classe Valour ou Formidable. Não temos condições para FREMM ou fragatas de porte parecidos, Valour substituiria com larga vantagem a Niterói

Bardini

cipinha,
.
Eu já vejo muito mais vantagem em se investir em uma boa quantidade de OPVs e IPVs, que são baratos de um modo geral, cumprindo o grosso das missões necessárias e em paralelo, para a esquadra, investir em alguns poucos navios de verdade, coisa feita para Guerra, sem gambiarra, como a que querem fazer.

Uhtred Ragnarsson

Setecentos milhões de dólares ou euros? Porque no câmbio para o real é uma diferença absurda! E esse preço alto tem relação com uma menor escala de produção em relação as FREMM (10 construídas e outras em construção)?

Bardini

Uhtred Ragnarsson 20 de outubro de 2016 at 21:24
.
Euros
.
http://lefauteuildecolbert.blogspot.com.br/2016/10/la-fregate-de-taille-intermediaire.html
.
Ps: Google tradutor não funciona muito bem com francês.

Jr

Creio eu que a melhor solução para a MB vai vir da bota europeia, os produtos navais Ingleses, Alemães e Franceses são muito caros

Nonato

Offtopic: a frota russa já chegando no canal…

Bardini

E a Royal Navy se virando nos 30 pra escoltar os Russos.

Juarez

Vocês ainda não aprenderam que se os eurobambi fizerem um picolé nas indústrias dos tomadores de café Avenue Foch e capaz de custar cem euros, esqueçam, eles sao fora da casinha.
A unica empresa de construção naval que tem custos razoáveis no mundo encantado e a Navantia.

G abraco

rui mendesmendes

Se não tivesse respeito, pelo blog e pelo ser humano no geral, eu dizia-te umas verdades sobre ti, sobre o que és e representas.

Control

Srs

Taí um design do “agrado” do Jovem MO. Um lindo e caro ferro de passar roupa.

Sds

Lemes

Se é pra viajar na maionese, prefiro o projeto das F-110 espanholas com aegis.

Jodreski

O projeto realmente ficou bem interessante, só faltou o custo por unidade!

Porém se o Bardini estiver correto (mais caro que a FREMM) aí é um tiro no pé.

Christian

Control tirou as palavras da minha boca! O MO vai “adorar” o ferro de passar roupa com antena de rádio amador! RSRSRS.

Tiago Jeronimo (@TiagoJL)

Como se chama essa proa “invertida” e qual sua vantagem sobre o formato convencional? Alguém poderia me sugerir um link sobre o assunto?

cipinha

Bardini
Na minha visão as fragatas classe Valour possuem boa capacidade de combate, serviriam muito bem para a MB, são milhões de vezes mais avançadas que nossas velhas Niterói. A unica modificação que eu faria seria a troca do míssil superfície ar sul-africano pelo Aster.

_RR_

Até que é simpática…
.
Com um pouco de esforço e imaginação, dá até lembrar de um… dreadnought…

Rafael M. F.

^^Pré-Dreadnought:
.
Proa em ângulo negativo e o costado para dentro, como eram os encouraçados russos, por exemplo.
.
Museu de novidades…

Iväny Junior

Vamos repetir o mantra: fragata pro brasil é a Incheon. Qualquer coisa acima dela é bad-trip de maionese;
LPD novo é Makassar;
E é só. O resto já era.

Carlos Alberto Soares-Israel

Juarez 21 de outubro de 2016 at 6:55
DCN$
____________________________

“fragata pro brasil é a Incheon”
Iväny Junior
Ai Amigo é Corveta.
Nada contra, principalmente da 2a. série, mas é Corveta.
Ai vamos ter que brigar com a MB e o Alm LM,
eles querem a Barroso.
Nem Estaleiros temos.
____________________________

Classe Álvaro de Bazán
o “MOLHO” é questão de escolha pessoal.
Para mim é esta:
https://www.navantia.es/ckfinder/userfiles/files/sala_pr/fragatasf110.pdf

_RR_

Rafael M. F. ( 21 de outubro de 2016 at 22:18 );
.
De fato… 🙂
.
Obrigado.

Bardini

Cipinha, a A-200 mais bem armada é a da Argélia, e não saiu muito barato. Mesmo assim, não tem as capacidades de uma FREMM, seja hoje, seja em capacidade de receber melhores atualizações no futuro, algo muito relevante.

Iväny Junior

Carlos A Incheon é uma fragata leve, mesma categoria da Vosper mk.10 em tonelagem, e da MEKO A-200. Eu acredito que a solução está em navios com custos operativos reduzidos. Melhor ter 4 Incheon operando do que 2 FREMM em rodízio (embora a FREMM seja um ótimo vetor e muito mais capaz). Não existe grana pra F-100(navantia), F-124 e 125 (TKMS), bem como FREMM ou Type 26. Em se tratando de corvetas, eu olharia com todo o carinho para a MEKO 80, que Israel transformou em mini-destroyer. É uma plataforma flexível, compacta e que aguenta o tranco. E compra de… Read more »

Daniel

Chile muda fragatas em 2020, talvez interessado em algo como isso

TheBlackfish

Vejo com bons olhos as fragatas classe incheon pois acima de tudo, com um bom contrato sairiam por um preço muito favorável as nossas capacidades financeiras e além de ser muito mais capazes que as Niterói, seriam boas para a patrulha do litoral ( ainda que eu tenha dúvidas sobre seu alcance, porém acredito que isso poderia ser melhorado em “uma versão nacional”). Ao que se trata de corvetas sempre tive muito apreço pela classe Tamandaré porém agora estou com mais pendente para opções não nacionais como a meko 80, e para patrulha as k-130. Sonhando mais alto não deixo… Read more »

Mauricio R.

O navio para o Brasil:
.
(https://en.wikipedia.org/wiki/Flor%C3%A9al-class_frigate)
.
Só precisa dar uma tunada na propulsão, para aumentar a velocidade máxima sustentada, que é baixa.
Se puderem gastar um pouco mais, pode-se trocar o reparo de 100 mm na proa pelo 76 mm italiano e o reparo Mistral Simbad pelo Ram.

Roberto Bozzo

Lindo este desenho francês…..mas se o valor de 700 milhões de euros por unidade for real, totalmente inviável para o mercado, o projeto vai encalhar…..

Para nós, o melhor seriam as KD ii…..
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Chungmugong_Yi_Sun-sin-class_destroyer

Iväny Junior

Mauricio R. Parece que a Floreal é a classe de fragatas de operação mais discreta e menos problemática. Porém, trocar a propulsão por outra MTU-Siemens (por exemplo) sai caro… o conjunto propulsor é muito, muito modesto e naquele esquema… por isso prefiro Incheon. Saudações. P.s: Propulsão e desempenho de ambas: Floreal Propulsion: 4 diesel SEMT Pielstick 6PA6 L280 Auxiliaries : 1 Ulstein 200 kW beam propulsor Propellers : 2 variable pace Lips Propulsive power : 8,800 hp (6,600 kW) Electric Plant : 3 Baudouin 12P15 2SR diesel alternators and 3 Alsthom AA 49L9 alternators Electric Power : 3 × 590… Read more »

TheBlackfish

Maurício R,
Além de dúvidas acerca da furtividade do navio, sou obrigado a ressaltar que os navios já estão passando da vida útil então teríamos um navio de sistemas ultrapassados (claro isso é uma variável pois um curto período de modernização atualizaria o navio para um padrão mais aceitável, porém necessitaria um grande orçamento ) então além de modernizar um navio de vida útil reduzida e com capacidades duvidosas os navios mais iriam sugar recursos do que qualquer coisa. Por estes motivos em questão de navios usados ficaria com o KDX-1

bosco123

Pela utilização de um radar de direção de tiro dedicado (banda X o Ku,K,Ka) dá pra aferir que o radar de varredura eletrônica com 4 antenas fixas não opera na banda X. Mais provavelmente é de banda C ou S. Fosse banda X não precisaria de um radar dedicado ao controle de tiro do canhão. Quanto maior o comprimento de onda, menor a frequência e menor a atenuação pela atmosfera, o que determina um alcance maior. Quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência, menor alcance (mairo a atenuação pela atmosfera), mas melhor a resolução (capacidde de distinguir dois… Read more »

Bardini

Isso era o que se sabia a respeito do Sea Fire 500.
Parece que realmente mudaram algumas coisas.

Mauricio R.

Iväny Junior, TheBlackfish,
.
A ideia seria reaproveitar o conceito e replica-lo, nada de comprar os cascos franceses.
Enquanto OPV é do tipo que agradaria muitos aqui no blog, pois é armada de mísseis.
Esses navios não são nada furtivos, mas em nosso caso não precisam se-lo.
A ideia de tunar a propulsão, não envolveria a instalação de turbinas a gás, para economizar combustível.
.
KDX-II: Chungmugong Yi Sun-sin class destroyer
KDX I: Gwanggaeto the Great class destroyer

Iväny Junior

Mauricio Eu acredito também nesse caso que é muito mais fácil e barato comprar um modelo já pronto e comprovadamente eficaz em exercícios (a Incheon), do que pegar o projeto floreal e equipar o vaso com uma nova propulsão (o que provavelmente, pelo porte natural do projeto francês, o transformaria em outro navio). Quanto aos KDX mini-aegis, também acredito serem os destroieres perfeitos para operação da MB (porte bem semelhante aos Type 42). O conceito industrial coreano-japonês tem mostrado o melhor custo-benefício. Acredito que dois LPD Makassar, 6 Incheon, 4 KDX, e 2 anfíbios Juan Carlos I, equipados com aeronaves… Read more »

Marcelo

Esse link diz que essas fragatas FTI terão um valor 20 a 30% abaixo do das FREMM. Realmente não faria o menor sentido serem mais caras.
http://www.defensenews.com/articles/france-unveils-new-fti-frigate-ship-is-designed-for-the-french-navy-and-for-export
Abraços

Bardini

Marcelo 24 de outubro de 2016 at 5:52
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“French defense minister Jean-Yves Le Drian unveiled the design for a new intermediate frigate Tuesday at the Euronaval trade show, and told reporters a budget of €3.8 billion ($4.2 billion) has been set to build five of the ships for the French Navy. ”
.
3.8 bilhões de euros dividido por 5.
760 milhões de euros por FTI…

Marcelo

Sim Bardini, mas esse é o preço para o governo francês, que paga pelos custos não recorrentes do desenvolvimento. Para exportação, não irão colocar um navio de 4000 ton mais caro que um de 6000 ton.

Bardini

Sim, eu sei que existe o custo do projeto inserido neste montante. Mas o preço de exportação não deve fugir muito desse montante.
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Se o Brasil fosse comprar uma FREMM, não se pagaria o mesmo que a França, basta ver o que o Marrocos pagou pela sua em valores atualizados.
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Quer um exemplo ainda melhor de que uma FTI para exportação, não será muito distante dos 700 milhões?
O preço da Gowind 2500.

Roberto Bozzo

Independente de valores…..as marinhas do mundo caminham para ter vasos de vários tamanhos. Os maiores mais especializados e vasos menores para emprego geral (ASW e ASuW).
Uma combinação de KD ii e as futuras KDDX, para AAW, seriam, a meu ver uma combinação ideal para a MB.
Portanto, a procura da MB no desenvolvimento das Tamandarés está em consonância com o que é buscado pelas principais marinhas pelo mundo.

Bardini

Roberto Bozzo, . Olhe como serão as marinhas europeias no futuro: . Delas, somente Alemanha e Inglaterra operaram meios de tonelagem abaixo das 4.000 tons. . A Alemanha por conta da sua costa característica. A Inglaterra, por conta da falta de dinheiro para comprar meios como as Type 26. Fora isso, abaixo das 4.000 tons, só veremos OPVs. . Ou seja, no final das contas, algo como a Tamandaré, só em casos específicos ou como gambiarra… Caso da MB… . Até a propria Incheon, que tantos falam recebeu um Batch 2 com maior capacidades e deslocamento. Os KDX, a mesma… Read more »

Roberto Bozzo

Bardini, desculpe se não me fiz entender….perceba que França, Itália, Grã Bretanha…todas irão operar meios com 3 “pesos” diferentes todos países terão um tipo para AAW (tipo 45, horizzon, orizzonte), uma intermediária (fremm Itália e França, tipo 26) e uma mais leve (tipo 31, FTI e PPA se não me engano a italiana). No caso da MB, pelos custos e pelo desejo de desenvolvimento, as Tamandarés serão os meios mais leves; apesar de ser chamado de corveta pela MB, é uma fragata leve. Por isso que defendi as KDii como intermediárias e as futuras KDDx para AAW, formando uma tríade,… Read more »

Bardini

Compreendi seu ponto de vista. Embora seja um pouco divergente do meu.
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Quando você se refere a ‘KDii’, você quer dizer a classe ‘Chungmugong Yi Sun-sin’?
Se sim, eu penso que existe coisa melhor no mercado.
.
Quanto aos KDDx, que eu chuto ser a classe ‘Sejong the Great'(?). Aí sim, daria um baita navio. Mas não seria nenhuma pechincha comprar manter um monstro cheio de silos como este.

Roberto Bozzo

Sim, as KDii que falo são a classe Chungmugong Yi Sun-sin, é que é beeem mais fácil falar KDii…. até entendo que existam navios melhores, mas este casco, com um Artisan 3d, um Otto Melara 127 mm, etc, seria o ideal para a MB para navios de emprego geral. Existe uma proposta da Thales para esta classe utilizando o Smart L e um radar APAR, deixando-a ainda mais interessante. Os KDDx são a evolução dos KDii (anteriormente eram conhecidos como KDiiA), onde os coreanos queriam algo menor que os KDiii (a classe Sejong the Great) mais baratos de adquirir e… Read more »

Roberto Bozzo

Complementando, as KDiii são fantásticas, dariam um poder de fogo, de projeção incríveis, mas ainda estão muito distantes da realidade da MB, infelizmente….

Alex

Os franceses ficaram loucos? Uma intermediária top gun, mais cara que a top francesa fremm? Não faz sentido. Nada nada, tem que ser pelo menos 20% mais em conta e com custeio idem. Mas como sou amador no assunto. Teremos que adquirir ou construir navios modernos, não os mais modernos, mundialmente falando, a preços e custeio que nos permitam ter uma armada de águas azuis, mesmo que pequena, a preços compatíveis com a nossa economia “emergente”. Só passamos vergonha! É um eterno anão diplomático, esse tal de BraZil!