Corveta Sigma 10514

O almirante Vidal Francisco Soberón Sanz participou de uma cerimônia de moeda simbólica no Damen Schelde Naval Shipbuilding

Na quinta-feira, 17 de agosto, o secretário da Marinha Mexicana, Almirante Vidal Francisco Soberón Sanz, participou de uma cerimônia de moeda simbólica no Damen Schelde Naval Shipbuilding (DSNS) em Vlissingen, Holanda. Foi acompanhado pelo Secretário de Defesa Nacional, general Salvador Cienfuegos. A cerimônia é parte do processo de construção naval, tradicionalmente destinado a atrair boa sorte para um navio em construção. Nesta ocasião, foi dado início à construção de um navio de patrulha de alcance estendido Damen Sigma 10514.

A Marinha Mexicana é um cliente de longa data da Damen e atualmente opera nada menos do que dez embarcações Damen em sua frota. O projeto para um Sigma 10514 foi assinado no início deste ano.

Tal como acontece com os navios anteriores Sigma da Damen, construídos para a Marinha da Indonésia, o navio para o México será construído de forma modular, com atividades de construção naval ocorrendo nos Países Baixos e no México. Dois dos seis módulos serão construídos nas instalações da DSNS em Vlissingen, enquanto os quatro restantes serão construídos em um estaleiro mexicano. Após a conclusão, os seis módulos serão integrados no México. Desta forma, a Damen contribui para o desenvolvimento das capacidades de construção naval da indústria naval mexicana relacionadas aos sistemas de controle, propulsão e detecção.

Um porta-voz de Damen disse o seguinte sobre o contrato: “Estamos extremamente orgulhosos de ter sido escolhidos para este projeto de alto perfil. Esta embarcação demonstrará mais uma vez as capacidades da Damen para construir para qualquer país do mundo, a fim de atender aos requisitos do cliente. O Sigma 10514 desempenhará um papel fundamental nos planos da Marinha Mexicana de modernizar sua frota “.

O Sigma 10514 foi projetado para realizar uma ampla gama de missões. O navio permitirá que a Marinha do México participe em exercícios internacionais, missões humanitárias e aumente a sua presença nas suas águas territoriais e Zona Econômica Exclusiva do país.

DIVULGAÇÃO: Damen Shipyards Group

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ADLER MEDRADO

3, 2, 1 para alguém falar: Enquanto isso no Brasil…

Bardini

Não é a Sigma mais bonita, mas por U$ 220 milhas…

Fábio CDC

Enquanto isso, no Brasil…

jakson de Almeida

Bardini deixa ver se eu entendi bem!!!!!!!Pelo preço de uma Tamandaré da para comprar duas sigma.

Walfrido Strobel

Neste vídeo do Bardini está faltando a Rheinmetall Millenium Gun 35mm que a Indonésia só comprou agora.
. http://defense-studies.blogspot.com.br/2017/08/35mm-ciws-ordered-for-indonesian.html

igortepe

Dá para compras duas Sigmas e ainda sobra uma merreca.
A culpa é daquela estatal CORRUPTOBRAS.
É a famosa “absorção de tecnologia” para esconder o propinoduto.

Juarez

Já temos a configuração dele para que se possa comparar???

g abraço

Camillo Abinader

Bonito o navio, impressionante o quanto o Brasil está se apequenando, tem gente que fica dizendo que não podemos deixar os EUA nos dominar, EUA nada, daqui a pouco é aqui mesmo na América Latina Chile, México etc nos intimidando, parabéns ao México um país com boa base industrial e lar de grandes multinacionais, muitas presentes aqui no Brasil como Amanco, Claro etc

Bardini

jakson de Almeida, Deve ser por ai, se uma Tamandaré nos custar os U$ 450 milhões.
Da DAMEN, o que eu mais gosto e acho que cairia muito bem para a MB fazer Patrulha por todo o Atlântico, seria o OPV 2400. Os Australianos compraram uma versão dele para treinamento com helicópteros:

Fernando "Nunão" De Martini

Só pra ajudar no debate sobre valores e comparações: Os preços de navios de guerra variam de contrato pra contrato, de caso para caso, de país para país, o que inclui ou não, armamentos etc. E às vezes também muda de fonte para fonte. . Essa fonte aqui diz que o contrato de 220 milhões de dólares pelo primeiro navio da Indonésia, assinado em 2012, não incluía os armamentos: https://rhk111smilitaryandarmspage.wordpress.com/2015/10/02/the-sigma-10514-almost-fits-the-navys-frigate-requirements/ . Já no caso de contrato assinado pelo Marrocos, em 2008, há valores diferentes divulgados. Segundo fonte usada no verbete da Wikipedia, o contrato de compra de três navios derivados… Read more »

Ádson

Tem mais um porém que ninguém leva em conta, quanto do valor final de uma Tamandaré volta para o governo em forma de imposto? Alguém saberia responder?

Ádson

Complementando: não só os impostos da construção em si, mas tem uma cadeia de impostos por trás, mineradora de minério de ferro, siderurgia, aciaria, etc, etc, etc. Arrisco a dizer que somando-se tudo, metade voltará para o estado, isso caso seja construção nacional.

Alfredo Araujo

“ADLER MEDRADO 17 de agosto de 2017 at 20:10
3, 2, 1 para alguém falar: Enquanto isso no Brasil…”
.
Prefiro aqueles que dizem que é só reprojetar o casco da classe Tikuna, adaptar um motor de KC390, armar com 3 lançadores de Astros 2020 disparando misseis da mectron e pronto !! rs

Leo Barreiro

Pessoal Para mim toda compra de materiais e prestação de serviços para as FFAAS deveria ser isenta de imposto, o ESTADO não tem que ter receita quando é algo assim, além de baratear todo a cadeia, podendo até gerar mais empregos, deixaria mais convidativo para outros países a compra de nossos produtos bélicos, não entendo essa ideia de cobrar imposto sendo que o financiamento já é do Estado e com juros… Quanto de imposto tem nesses 350 milhões para as Tamandarés? Quanto será que vai ficar com o juros do financiamento? Com relação a Sigma seria possível nacionalizá-la com alguns… Read more »

Rafael Oliveira

Ádson, mesmo com construção nacional, boa parte da Tamandaré será estrangeira (tanto em valor quanto em peso). Talvez o aço do casco seja brasileiro e mais algumas coisas, como os colchões, poltronas e etc. De qualquer forma, é bem provável que do valor total do navio, metade sejam tributos. . Leo Barreiro, apesar da sua ideia ser interessante, com toda a nossa legislação e impostos em cascata, difícil é conseguir isentar o Estado quando compra um produto fabricado no Brasil, pois mal dá para saber quanto de tributos foram pagos na cadeia. Por essas e outras que o país precisa… Read more »

Bavaria Lion

Antes da MB acabar, era uma solução racional. Dentro das possibilidades e necessidades. Com escala de produção. Só acredito que dos anos 80 pra cá não da pra chamar navio com menos de 3000 ton de fragata. É uma corveta, embora possa vir configurada com capacidades de fragata (a MEKO 80I de Israel é um mini-destróier com menos de 2000 ton.). Nas brochuras da Damen (products.damen.com/-/media/Products/Images/Clusters-groups/Naval/Sigma-Frigate/Sigma-Frigate-10514/Docs/Product_Sheet_Damen_Sigma_Frigate_10514_02_2017.pdf), não vem especificando a propulsão, porém na wiki fala-se que as unidades marroquinas usam o sistema SEMT. O preço está entre os competitivos coreanos, porém, no supertrunfo eles entregam mais. Eu, particularmente, prefiro a… Read more »

Fábio Mayer

O simples fato de construir um navio assim no Brasil já aumenta o custo dele, porque a carga tributária e a burocracia insanas cobram seu preço, mesmo que o adquirente seja o próprio governo, no caso, Ministério da Defesa. No caso da burocracia, ela atravanca os processos, atrasa os programas, gera restrições que necessitam de solução formal e muitas vezes, paralisam a construção. Basta ver como funciona o orçamento no Brasil: o valor é orçado mas não empenhado, quando o empenho sai, é parcial, pouco importa se o programa é prioritário ou não, o que significa que a verba total… Read more »

_RR_

Amigos, . Segundo divulgado, a classe ‘Tamandaré’ contará com elementos nacionais essenciais, tais como alças optrônicas e sistemas de proteção soft-kill, além de uma nova variante do SICONTA. . ttps://4.bp.blogspot.com/-zEOtvVM19Z0/VTJ-aHdP-_I/AAAAAAAAERI/g8rg59USia4/s1600/Corveta+CV-3+Classe+Tamandar%C3%A9.jpg . Por mim, a “casca” poderia muito bem ser construída em estaleiro estrangeiro, ajudando a poupar recursos. Ao fim, faz-se a integração no AMRJ e fim de papo… É o único jeito de cada navio custar US$ 350 milhões. . — . Quanto ao navio da Damen, ele não é essencialmente melhor em nada do que será a ‘Tamandaré’… Na verdade, a ‘Tamandaré’ será ligeiramente maior e umas 500 toneladas… Read more »

Bardini

Da minha parte, acho que a única saída para a MB passa pelo seguinte caminho: – Dar extrema prioridade a modernização do AMRJ. – Projetar os navios abaixo das 2.500 tons que são necessários no CPN (NPa, NaPaOc, NaPaFlu, RbAM, etc..) e, fazer um “pacotão” de navios com o dinheiro que vão torrar nas Tamandarés, para renovar os meios de baixa tonelagem. A MB deveria contratar (preferencialmente na indústria local) a fabricação de cascos ou blocos, montar e integrar os sistemas (sistemas contratados preferencialmente da indústria local) no AMRJ. Dessa forma a MB asseguraria a parte mais crítica do processo… Read more »

Rafael Oliveira

Bardini, nessa sua ideia,
Quem trabalharia no AMRJ? Marinheiros de carreira? Temporários? Usariam uma empresa da MB que contrataria concursados pela CLT? Ou seriam terceirizados (empregados de um estaleiro privado)?

Bardini

Rafael Oliveira,
Na minha visão da coisa, depende de alguns fatores para definir isso, mas poderíamos resumir em: conhecimentos críticos do cargo para assegurar o processo x montante a ser aplicado na especialização para exercer a função.
.
Para as posições mais críticas, seriam temporários concursados.
Para posições mais triviais, seria pessoal terceirizado.
.
Nada de “Marinheiro” de carreira… Marinheiro na MB tem que ser quem navega.

Ádson

Bardini 18 de agosto de 2017 at 13:11
Jardineira, aleluia. Faz tempo que digo exatamente isto é nunca achei alguém que pensasse igual. Isso é pé no chão. Nessa idéia só falta a redução de pessoal, mas não essa proposta de diminuir ao longo de uma década, tem que ser algo drástico e imediato, não sei como, mas deve ter alguma forma legal.
Uma sugestão que faço a respeito de novos NaPaOc é que sejam no casco da Tamandaré, assim em um futuro, a construção de corvetas/fragatas leves já teria expertise e redução de custos.

Ádson

De onde que esse smartphone arranjou “jardineira”, teclei Bardini. Rsrs

_RR_

Bardini, . Excelentes colocações. . Seja como for, a MB já elencou suas prioridades, nessa ordem: (a) conclusão dos S-BR, (b) obtenção das corvetas classe Tamandaré e (c) novo NAe… . Se pensarmos bem, ela não está de todo errada… Dos atuais NPa, os mais antigos ainda tem umas duas décadas pela frente. Não penso ser problema por agora… Os NaPaFlu, embora antigos, estão operando em um meio que cobra menos do navio, e certamente ainda tem bons anos a mais. . A situação mais perigosa, sem dúvida, é com relação aos meios de superfície da Esquadra. . Como já… Read more »

Rodrigo Tavares

Enquanto isso, no Brasil…

Bardini

RR, sejamos francos… As 4 Tamandarés serão praticamente irrelevantes em um conflito de média/alta intensidade. Vão certamente atuar por toda sua vida no máximo em ambiente de baixa intensidade, como as patrulhas da UNIFIL. Para isso poderíamos estar adquirindo um meio muito mais barato e eficiente, como um OPV equipado com alguns armamentos para auto defesa. A classe “Khareef” seria um excelente exemplo de navio ideal para a MB no momento atual… . Precisamos priorizar a capacidade ASW no momento? Não acho. A ameaça soviética se foi. Resta aguardar a expansão chinesa e ver até onde seus submarinos vão navegar.… Read more »

Rafael Oliveira

Bardini, se as funções mais triviais serão terceirizadas, a MB continuará correndo o risco da empresa contratada falir ou sumir (até em razão de atrasos de pagamentos da MB). Aliás, sendo uma empresa que apenas irá fornecer mão de obra barata, a chance dela sumir após algum tempo é enorme – é só ver a quantidade empresas de limpeza e de vigilância que prestam serviços a órgãos públicos que somem depois de um tempo recebendo dinheiro do órgão e não pagando corretamente seus empregados. Eu prefiro a solução de não reformar o AMRJ e contratar um estaleiro economicamente robusto e,… Read more »

_RR_

Bardini, . De fato. . Creio que ninguém em sã consciência espera que a classe ‘Tamandaré’ seja algo para salvar a pátria num conflito. E realmente, se estourar um conflito de grandes proporções hoje no Atlântico Sul, serão os submarinos a única força capaz de atuar… . Mas ocorre que obter agora um vaso como a ‘Tamandaré’ se mostra essencial para conservar e manter “male má” atualizado o que se tem de conhecimento em luta AAW, ASW e ASuW… Deixar isso de lado e tentar recuperar depois o atraso, vai custar ainda mais caro; a menos que se pense em… Read more »

FRITZ PILSEN

O México pode intimidar a Guatemala, Honduras, Jamaica. O Brasil? Jamais.
Não existem mais guerras entre nações.

Juarez

Bardini, e discordo da questão da não necessidade ou de monopolizar o combate ASW com Sub, isto não funcionou e nunca vai funcionar. Este pais tem um imenso litoral aberto, depende do fluxo de navios indo e vindo e para se ter uma cobertura minimamente decente é necessário, a meu ver que tríade ASW, Submarino, escoltas com viés ASW e anv asa fixa/rotativa exista, se não a vaca vai para o brejo. A ideia de concentrar a construção naval em navios de até 2500 tons é boa, mas deixando o AMRJ fora disto, ficando este responsável por manutenção da frota… Read more »