A fragata Type 23 HMS Richmond lançando míssil antinavio Harpoon

A fragata Type 23 HMS Richmond lançando míssil antinavio Harpoon


Por George Allison

Os navios da Royal Navy perderão a capacidade de mísseis antinavio em 2018 quando o míssil Harpoon for aposentado, com uma substituição prevista “em torno de 2030”.

Enquanto a Marinha Real ainda terá uma capacidade antinavio através da frota de submarinos e helicópteros embarcados, isso ainda será um fosso de capacidade significativo e, mesmo assim, nenhum helicóptero da Royal Navy terá capacidades de mísseis antinavio até 2020.

Como relatado no ano passado, Harriett Baldwin e seu homólogo francês assinaram um acordo para explorar futuras armas de longo alcance para as Forças Aéreas Reais e Francesas e com o objetivo de substituir o míssil antinavio Harpoon e o míssil de cruzeiro Storm Shadow também, assim como uma série de tipos de armas francesas.

O chefe de compras de armas francesas, Collet-Billon, disse no ano passado: “Estamos lançando hoje uma nova e importante fase de nossa cooperação bilateral, planejando juntos uma geração de mísseis, sucessores do Harpoon, SCALP e Storm Shadow. O objetivo do programa FC/ASW (future cruise/anti-ship weapon) é ter em 2030 uma nova geração de mísseis”.

Os mísseis, no entanto, não estarão prontos para substituir o Harpoon até 2030, deixando as fragatas Type 26 sem meios reais para engajar navios de guerra de superfície, além de seus helicópteros.

De acordo com o jornal The Telegraph, o contra-almirante Chris Parry disse o seguinte sobre o problema: “É uma lacuna de capacidade significativa e o governo está sendo irresponsável. Isso mostra que nossos navios de guerra são para a vitrine e não para lutar”.

Fragata Type 23 HMS Montrose lançando um míssil antinavio Harpoon

FONTE: UK Defense Journal

NOTA DO EDITOR: realmente é uma perda de capacidade assustadora. Some-se a ela, a ausência de lançadores de torpedos antissubmarino nos destróieres Type 45, que dependem totalmente dos helicópteros para atacar submarinos.

Subscribe
Notify of
guest

44 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
AL

O que tá acontecendo com a Royal Navy? Types 45 com capacidade unicamente de defesa de área e agora uma frota sem mísseis antinavio?

Satyricon

Esse povo tá doido?

Rogerio Rufini

Olha a Chance perdida da Argentina, kkkkkk ( irônico Claro), Sem porta aviões, sem escolta com capacidade AAW, depois reclamamos do Brasil, 12 anos sem armamento anti navio, em tempo ruim, ou mar agitado, onde os meios não possam decolar, viram alvo fáceis ate de uma lancha porta misseis,

Ten Murphy

Argentina pode pedir uns navios da China que em um ano estão entregues. Aviões e submarinos também.

O problema são os nukes ingleses.

Juarez

A RN não para de nos surpreender.

G abraço

Roberto Bozzo

Ontem mesmo estava lendo um blog inglês onde eles comentavam que as propostas atuais para os novos Tipo 31 seriam apenas fragatas leves ou “corvetas alongadas”, deixando de serem apropriadas ao combate naval…. Com isso sobrecarregam demasiadamente as Tipo 26.

Hoje esta notícia de que ficarão sem mísseis antinavio até 2030… mais o descomissionamento do Ocean e estamos vendo a Royal Navy diminuindo consideravelmente, mesmo que por um curto período.

Doug385

“É uma lacuna de capacidade significativa e o governo está sendo irresponsável. Isso mostra que nossos navios de guerra são para a vitrine e não para lutar”.

Alguém imaginaria um almirante qualquer da MB fazendo uma declaração desse tipo? Esse tem culhões e senso de dever.

LucianoSR71

Peraí, deixa eu vê se entendi, quer dizer se estiverem numa condição climática que impeça a decolagem dos helicópteros as tripulações vão ter que se ajoelhar rezando p/ que os inimigos não os detectem ou p/ que tenha um submarino aliado por perto ou fugirem p/ ficar fora do alcance do inimigo ou ainda todas as alternativas anteriores. God save the Royal Navy!

Bardini

Não é por acaso que este site existe: http://www.savetheroyalnavy.org/

Lyw

Uma pergunta, eles não podem utilizar os mesmos mísseis, mesmo que ultrapassados tecnologicamente, por enquanto não se chega a finalmenteaté o momento de terem outro para substituí-los?

LucianoSR71

Bardini 1 de setembro de 2017 at 22:07
Eu juro que escrevi “God save the Royal Navy!” sem saber da existência desse site, rs. Abs.

Airacobra

Acho que a Royal Navy ta com pena da MB e ta fazendo isso pra não ficar muito superior que a MB, a RN ensinando ao mundo que qualquer um pode chegar e afundar seus navios

Camillo Abinader

Quem diria a Inglaterra…
A Índia que esteve sob domínio inglês por 200 anos se transformando numa superpotência enquanto a Inglaterra tira o time de campo

Rodrigo Tavares

Camillo Abinader

Olha abismo do padrão de vidas de ambos povos

Bosco

Camillo,
E o que mais tem é gente que acha que o colonialismo britânico fez mal à Índia. Não fosse e lá haveria meia dúzia de marajás e um bilhão e meio de miseráveis. Em 30 anos a Índia tirou um Brasil e meio da miséria e outro tanto ascendeu à class média, e isso por conta da “ocidentalização” do país promovida pelo “execrável” colonialismo.

Bosco

A capacidade antinavio provida pelos helicópteros o será pelo Sea Venom. Um míssil peso leve com uma ogiva de 30 kg e um alcance de 20 km. Ou seja, completamente inadequado.
Mas eu duvido muito que essa intenção persista. No final devem optar,mesmo que provisoriamente, pelo LRASM.

Luiz Trindade

SENHORES, EU ESTOU ABISMADO! O que tá acontecendo com a Royal Navy? Aliás, o que esta acontecendo com Reino Unido? A primeira ministra May tem noção do que esta fazendo com sua Marinha de Guerra? A Grã-Bretanha vem sendo alvo persistentemente de organizações terroristas e em vez de se fortalecer esta demonstrando sinais de fraqueza?
Como disse o contra-almirante Chris Parry sobre o problema: “É uma lacuna de capacidade significativa e o governo está sendo irresponsável. Isso mostra que nossos navios de guerra são para a vitrine e não para lutar”.

Dalton

A prioridade é substituir os 4 grandes submarinos “SSBNs” da classe “Vanguard” e isso já está
custando caro…os franceses por exemplo logo terão que reservar recursos para a substituição
dos 4 SSBNs que eles também possuem.
.
Não fosse por conta disso, certamente sobraria recursos para mais alguns navios de superfície,
mas, não há muito mais que possa ser feito…a Royal Navy e a marinha Francesa possuem praticamente o mesmo tamanho e composição e se a “marinha japonesa” é até maior em número de unidades é porque não operam caríssimos submarinos de propulsão nuclear,
especialmente SSBNs.

J.Silva

Nós falamos tanto em priorizar, em ter foco, mas esquecemos que isso exige sacrifícios. Os ingleses estão escolhendo o que acham mais importante, o resto empurrar com a barriga. Diante do sonho da MB, em ser uma Marinha de águas azuis, eu agradeço até hoje o fato de terem começado pelo Prosub, pelo menos o pouco que teremos estará na peça do tabuleiro certa.

Alberto

E não daria pra repontencializar os mísseis? Como o Brasil fez com os Exocet?

August

Os mísseis Sea Venom deram substituídos nos próximos anos por dois mísseis um de 20km e outro de 100 km, agora quanto ao desenvolvimento do novo míssil que demora ein 11 anos ! Enquanto a Rússia desenvolve mísseis em 5 anos

Nonato

O povo gosta de complicar.
Não conseguem comprar pelo menos uns 10 mísseis para cada navio?
Exocet? RBS Saab?
São tão caros assim?
13 anos é muito tempo.
Enquanto isso China constrói porta aviões a rodo…

Airacobra

O Reino Unido está abrindo lacunas irresponsáveis, como se vem fazendo no Brasil com a MB, dando baixa em um meio ou armamento sem substitui-lo, começou por deixar a RN sem NAes e sem se braço aéreo sem um substituto imediato, criando um hiato de cerca de 10 anos sem tal capacidade, isso é muito perigoso, por dois lados, por um lado se houver algum conflito de vulto eles vão se encontrar desprotegidos, e por outro lafo se nao houver nenhum conflito sera mais perigoso ainda, pois tal atividade pode passar a virar rotina e é o que se está… Read more »

Carlos Alberto Soares

Dalton 2 de setembro de 2017 at 13:18
Gostei muito.
________________________________

SubNuc Brazil, como fica tais gastos Admiral ?
_________________________________]

Os Ingleses tem cobertura dos Âmis, da NATO etc ….

Seal

Bom, eu pensei que era só a MB que estava mal das pernas. Pelo menos, por enquanto, estamos mandando Fragata para o fundo do mar!

August

Mt perigoso até que não é tanto não até porque ou a Royal navy opera junto com os americanos ou inserida em battlefront da Otan, único possível conflito que a RN pode enfrentar sozinha e um nas malvinas mas até a Argentina se equipar e preparar dá tempo da última comprar uns misseis de patreleira

August

Isso sem contar que daqui uns 2 anos eles vão ter o Queen Elizabeth com f-35

Adriano R.A.

Mas isso também demonstra novamente o perigoso hábito dos países europeus de se “encostar” na Aliança Atlântica, achando que o Tio San estará a postos para liderá-los e apoiá-los a qualquer sinal de conflito. Infelizmente, não posso dizer que Trump não tem razão em suas reclamações….
https://www.theguardian.com/world/2017/may/25/trump-rebukes-nato-leaders-for-not-paying-defence-bills
Saudações.

Nonato

E nem com os EUA dá para contar.
Cheio de navios porta containers no meio do mundo…

Dalton

Mísseis anti navio são armas ofensivas e certamente os britânicos não estão pensando em atacar nenhum navio russo, chinês, iraniano, etc…então ao menos podem contar com mísseis defensivos como o “Aster” por exemplo…não estou dizendo que é certo ficar sem uma boa capacidade ofensiva e sim que não há no momento uma necessidade tão “desesperada” por tais mísseis enquanto se lida com outras coisas mais prioritárias. . No caso de um navio da Royal Navy ser atacado …seja lá por qual motivo, não me ocorre nenhum agora, os britânicos encontrarão outro meio de responder e tal país atacante deverá sim… Read more »

_RR_

Amigos, . Os ‘jacks’ podem também ter concluído que um navio jamais terá condições de chegar ao alcance de uma outra força naval para ataca-la com mísseis partindo de si mesmo ( se considerarmos tipos de alcance limitado como o ‘Harpoon’ ), preferindo para isso confiar no poderio aéreo embarcado, com caças F-35B que serão armados com NSM ou similar. . No meu entender, isso faz sentido porque ou vai se enfrentar uma força dotada de meios aeronavais de asa fixa e que estará operando muito além do horizonte e equipada com mísseis de grande performance ( tornando indispensável o… Read more »

Segatto

Os novos meios de superfície da RN devem ser mini porta helicópteros de 5-9 ton pelo jeito que as coisas estão indo. Entre a Argentina e o Reino Unido, fica difícil discernir qual está perdendo as capacidades de guerra convencional com maior intensidade.

Jonas Rafael

Com a ausência de guerras simétricas pelo mundo tá todo mundo brincando de navegar, coisas prioritárias são deixadas de lado… a hora que o dique estourar…

Jota

Boa noite a todos. Dalton , voce disse : “…Não fosse por conta disso, certamente sobraria recursos para mais alguns navios de superfície, mas, não há muito mais que possa ser feito…a Royal Navy e a marinha Francesa possuem praticamente o mesmo tamanho e composição e se a “marinha japonesa” é até maior em número de unidades é porque não operam caríssimos submarinos de propulsão nuclear, especialmente SSBNs…” Marinhas outrora grandes e poderosas, altamente profissionalizadas e adestradas , com larga experiência de combate , de paises ditos “ricos” , tem sérias dificuldades em manter e/ou renovar subnucs . E nós… Read more »

Bardini

Jota, quem faz mais estrago a um inimigo na guerra naval, um submarino de propulsão nuclear ou navios de superfície?
.
Como estas nações citadas não abriram mão dos caros submarinos, acho que podemos concluir que apesar do custo, o benefício deve ser grande.

Jota

Bardini, concordo , parcialmente. O benefício é bem grande , mas o custo é imenso! Quando ele estiver operacional , a MB ,nos moldes de hoje, cessará de existir.
Para uma eventual guerra naval contra os “big players” USA , Russia, China , UK, França , 1 , 2 ou até 3 subnucs não serão pareo. Para quaisquer outros oponentes , 5 ou 6 subs convencionais “fechariam” o atlantico sul.
E não nos esqueçamos que boa parte desses subnucs são vetores de misseis nucleares e outra parte dos subnucs tem como missao caçar os subnucs de misseis do inimigo.

Bavaria Lion

Muita tempestade em copo d’água. Os heli’s das escoltas abatem qualquer possível força atacante (Type 054 chinesa, Gorshkov ou Grigorovich). Ficaria ruim se fizessem um cerco contra um Type 002 chinês (NAe com catapultas) ou o Kusnetzov, sendo que tem uns submarinos nucleares para isso. É perda operacional, sim, é inegável. Mas daí a concluir que as “poderosas” escoltas brasileiras equipadas com foguetão exocet são mais capazes… meu Deus. Haja bad trip de maionese entupindo os esgotos que no brasil, sempre descem para o mar. A marinha logo logo, terá nos NaPa 500 suas escoltas mais poderosas, uma vez que… Read more »

Bardini

Eu acho que não exite sentido nenhum neste argumento de que a MB nos moldes de hoje deixará de existir por conta dos Submarinos. Isso vem acontecendo gradativamente por décadas. . SSK atua amarrado a uma determinada região de patrulha. SSN tem liberdade para se movimentar, é um caçador nato. A MB ter 6 SSK significa que poderia ter em uma boa escala de manutenção, 2 disponíveis para patrulha. Não sei pra você, mas pra mim, isso não serve para patrulhar o Atlântico sul e eventualmente “correr” atrás de alguma coisa. . SSN caça qualquer navio e descrevem como a… Read more »

Humberto

Senhores, Lembrar é importante…. A uns 10 anos, na crise mundial (que foi chamado pelo nosso grande guia como marolinha) a Inglaterra sentiu o baque e em poucos anos, fez profundos cortes. Tirou do ar os Nimrod, os VC 10 e os Tristar. Retiraram também os Harriers e ficaram sem o porta aviões, tudo isto pois estavam em crise mas fizeram cortes na carne (inclusive em bases e pessoal), todo este celeuma daqui pode ser multiplicado por 100 para ver a pressão da época. Hoje estão para comissionar o novissimo porta aviões, os F-35 chegando e para patrulha maritima os… Read more »

Bavaria Lion

Com o preço de um insubmersível (sem AIP, embora o MESMA com suas 305ton seja uma ME**A) dava, simplesmente, pra aceitar aquela oferta coreana em 2008. Com o preço de 1. Depois vem a falha catastrófica de maionese pra todos os lados: se não tem recurso pra operar o Tikuna direito (o qual dizem ser um U-209 1400/mod), de onde vão tirar recursos para operar um insubmersível “chiquérrimo”, e um SubNuc? O irônico de tudo isso é que aqui teria um estaleiro Hyundai financiado pelos bancos coreanos, 4 KDX-2, 10 pohang e a possibilidade de revitalizar o estaleiro de U-209,… Read more »

Bavaria Lion

Para não dizerem que eu sou chato, uma coisa que realmente me orgulha na marinha. Toda vez que vejo esse vídeo me emociono.
Ainda lembro de assistir um desfile de 7 de setembro com a belíssima marcial do CFN…
Junto com meu saudoso pai.

https://youtu.be/9_Cu787rkKM

Dalton

Jota… . o que está pesando mesmo para os britânicos é a substituição dos 4 grandes submarinos “estratégicos” , isso que está havendo um compartilhamento com os EUA como na caso da seção de mísseis e os próprios mísseis “Trident II” são estocados na costa leste dos EUA para uso pela Royal Navy , o que comprova acima de tudo a forte parceria entre ambas as nações ! . Não fosse isso sobraria até para se ter um oitavo SSN da classe Astute, mas, os britânicos terão que se virar com apenas 7…isso que pouco mais de 10 anos atrás… Read more »

Bispo

Agora faz todo sentido o que os russos disseram do HMS Queen Elizabeth; representa “um alvo grande e conveniente” e que seria prudente manter distância dos navios de guerra de Moscou.