Primeiro disparo do MBDA Sea Ceptor

A fragata HMS Argyll conduziu com sucesso os primeiros disparos do sistema Sea Ceptor, está sendo montado para substituir o Sea Wolf nas fragatas Type 23 da Royal Navy

A fragata Type 23 da Marinha Real, HMS Argyll, realizou com sucesso os primeiros disparos do sistema de defesa aérea MBDA Sea Ceptor. O sistema, que utiliza o Common Anti-air Modular Missile (CAMM) de próxima geração, está sendo instalado para substituir o sistema de armas Sea Wolf nas fragatas Type 23 da Royal Navy como parte de seu programa de extensão de vida. O novo míssil é projetado para oferecer proteção aprimorada contra mísseis de cruzeiro antinavio, aeronaves e outras ameaças altamente sofisticadas.

A HMS Argyll é a primeira Type 23 a submeter-se ao programa de extensão de vida e realizará novos testes de disparo do sistema Sea Ceptor antes de retornar ao serviço de linha de frente. O Sea Ceptor não só fornece uma capacidade de autodefesa robusta para o navio  mas também uma capacidade de defesa aérea local para defender os navios dentro de uma Força-Tarefa.

Projetado e fabricado pela MBDA no Reino Unido, o Sea Ceptor também protegerá as futuras fragatas do Typo 26 da Royal Navy, enquanto a variante Land Ceptor substituirá o Rapier no serviço do Exército Britânico.

O míssil Sea Ceptor também foi selecionado para equipar as futuras corvetas classe “Tamandaré” da Marinha do Brasil.

O CAMM possui um buscador de radar e um datalink ativos, eliminando a necessidade de um radar de direção de tiro dedicado. Isso não só remove o custo e o peso do navio, torna a integração mais simples e significa que o Sea Ceptor pode interceptar mais alvos simultaneamente e em 360 graus — algo que um sistema semi-ativo não consegue alcançar.

Novos silos (apelidados de “mushroom farm”) para mísseis Sea Ceptor, a bordo da HMS Argyll
HMS Argyll (F231)
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Bosco

Esse será o primeiro míssil sup-ar do Ocidente a ser lançado pelo método de lançamento a frio.

Diogo de Araújo

Bosco vc poderia falar um pouco mais sobre esse míssil?

Alex Nogueira

Acho que vai ser um ótimo custo x beneficio, ainda bem que a MB o selecionou, espero que realmente venha a ser adquirido, pois é compacto, leve, pode ser acondicionado em quad-packs (VLS de 8 células = 32 mísseis :D), lançamento a frio, cobertura em 360º e pode ser utilizado contra múltiplos alvos. Tudo de bom!

diego

Vai ser caro e perna curta (apenas 25km?) o Brasil deveria desenvolver a versão naval do A-Darter, menos custoso, autóctone e mais mortal pois é de 5G. O Brasileiro fica babando por tudo dos britanicos deveria começar a buscar tecnologias melhores e comprovadas em israel por exemplo, vide os indianos, fica a dica.

Burgos

Diga-se de passagem, o Brasil deveria negociar a compra dessa tipo 23. São ótimos navios e são bem econômicos quanto ao consumo de combustível e algumas estão passando por atualizações de equipamentos eletrônicos e alguns armamentos.
Quem sabe !!! Um dia !!!
Vai que rola !!!

marcus

Quando saírem de serviço essas fragatas já estarão no osso.
Baseado em informações do site que estamos acessando, a primeira será liberada em 2023.
http://www.naval.com.br/blog/2010/10/16/royal-navy-vai-desativar-4-fragatas-type-23-para-conter-gastos/

MO

Desconsiderando as que ja foram ?

Alex Nogueira

diego 5 de setembro de 2017 at 20:30 Vai ser caro e perna curta (apenas 25km?) o Brasil deveria desenvolver a versão naval do A-Darter, menos custoso, autóctone e mais mortal pois é de 5G. O Brasileiro fica babando por tudo dos britanicos deveria começar a buscar tecnologias melhores e comprovadas em israel por exemplo, vide os indianos, fica a dica. Diego, esse míssil nem foi lançado, vai ser um dos principais meios de defesa aérea dos britânicos, tem tudo para ser excelente para o que se propõem e 25km é mais do que suficiente para a maior parte das… Read more »

Dalton

MO…
.
na verdade lendo os “originais em inglês” a Royal Navy iria, como de fato ocorreu, desfazer-se de 4 de um total de 23 fragatas e destroyers e não desfazer-se de 4 fragatas “T-23” para se chegar aos 19 combatentes de superfície de hoje, 6 DDGs “T-45” e 13 FFs “T-23s”.
.
A Royal Navy de fato livrou-se 4 “T-22s B III” em 2011 com pouco mais de 20 anos e que poderiam estar em serviço até hoje, mas, 23 combatentes de superfície foi considerado demais
daí a baixa prematura das 4 “T-22s”.
.
abs

MO

oi Dalton

sim, o grande problema e vc sabe bem disto que quando se entra no campo naval a qualidade vira uma tragédia, como tem gente que ja chamou o famoso termo dos sapiencias “Sucata” (mesmo eles não sabendo definir o que seja “sucata), vide o Ocean, por exemplo … Cara o grupo no facebook é um horror ….

August

Em falando de míssil anti-aereo o Aster 30 que está presente nas daring podem ser utilizados como anti-navio, como os SMs da Us navy ?

Bosco

August,
Em tese um míssil sup-ar guiado por radar (ativo, semi-ativo ou ACLOS) pode ser utilizado contra navios. Basta para isso que ele tenha o software adequado.

Diego,
O Sea Ceptor é baseado num míssil ar-ar de quinta geração, o ASRAAM.
Quanto a ser “perna curta”, depende. Uma marinha não pode prescindir de operar mísseis sup-ar de defesa de ponto mas pode muito bem deixar de operar mísseis de defesa de área.
A MB precisa de um míssil de defesa de ponto e nessa função o Sea Ceptor tem alcance bem amplo.

Carlos Alberto Soares

Caro, não é para nosso bico.

Gallitto

Alguém pode me dizer o que acontece, se após ser lançado esse míssil por algum problema não inicia a combustão ? Creio eu, que ele só é armado depois de um tempo de disparo não é isso ?

Bosco

Gallito,
Se ele não ignitar o motor foguete ele logicamente irá cair. Na versão terrestre o lançador é ligeiramente inclinado o que o faz ser “ejetado” para longe do lançador. No caso da versão naval não parece ser assim e se o lançador for totalmente vertical o míssil iria cair no convés.
Como você disse a espoleta só deve ser ativada após algumas dezenas de metros quando o míssil já está longe do navio e se ele cair não deve explodir.

Edcarlos

Uma versão naval do A-DARTER vai precisar de um booster para igualar o alcance do Sea Ceptor. Um míssil quando disparado por uma aeronave em alta velocidade e grande altitude vai ter desempenho muito diferente quando disparado da superfície. Um sistema AA que utilize tanto misseis guiados por radar (Sea Ceptor) quanto IR (A-DARTER) seria interessante.

Saudações!

Bosco

O que acontece quando um míssil “ejetado” (lançamento a frio) não ignita o motor: https://www.youtube.com/watch?v=PnOXfA-H5dk

Bosco

Diogo, Não havia visto seu comentário. O Sea Ceptor é a versão naval do CAMM (míssil antiaéreo modular comum). Esse míssil é derivado do ASRAAM, ar-ar de curto alcance de 5ª Geração. Basicamente é um míssil de defesa de ponto/área curta, que irá substituir o VL Sea Wolf na Royal Navy. No Exército Britânico irá substituir o Rapier e deverá complementar o ASRAAM e o Meteor na RAF. Conforme a Wiki seu peso é de 100 kg, com ogiva em torno de 10 kg, com espoleta de proximidade laser. Tem um motor foguete de baixa emissão de fumaça e é… Read more »

Diogo de Araújo

Nossa, que top! Não sei como conseguem criticar um negócio desses. Obrigado Bosco

Bosco

Uma característica inovadora do Sea Ceptor é a utilização de uma ogiva de fragmentação direcional. Em geral mísseis antiaéreos utilizam ogivas de fragmentação anelar, onde apenas 25% dos fragmentos são direcionados ao alvo enquanto 75% não farão a mínima diferença, sendo só peso morto no caso de uma espoletagem próxima. A ogiva de fragmentação direcional por sua vez pode ser bem mais leve e no mínimo tão letal quanto uma mais pesada já que ela direciona um “jato” de fragmentos na direção do alvo e 90% deles atingem o alvo. No caso de uma ogiva de fragmentação convencional (anelar) a… Read more »

Diogo de Araújo

Nisso que pensei podem aproveitar o espaço extra para mais combustível atingindo, portanto, distâncias maiores

Rodrigo

Seria bom treinar mesmo, pois a US NAVY pode passar aos argentinos o USS Ponce.

Argentina is on the brink of buying a £40m warship from America ideal for invading the Falklands – as Royal Navy withdraws similar vessel from service

Senior Pentagon sources have confirmed talks are ongoing with the Argentinians over a Landing Platform Dock vessel capable of launching 800 troops, six helicopters and 2,000 tons of equipment into a war zone.

The prospect looms just as the Royal Navy prepares for the decommissioning next year of its flagship HMS Ocean as part of cost-saving measures.

http://www.dailymail.co.uk/news/article-4847622/Argentina-s-bid-warship-ideal-invading-Falklands.html

Bardini

Off-Topic…
Pq a MB não entra em um consórcio com a RN para trazer esta Type-31 pra realidade juntos? Ambos querem o mesmo navio… Uma Fragata Leve Emprego Geral.
http://www.savetheroyalnavy.org/babcock-announces-arrowhead-another-option-for-the-type-31-frigate-competition/

Airacobra

Fala Bardini, gostei dessa protosta para a type 31

_RR_

Bardini, . Ela está evidentemente acima de um vaso das 4000 toneladas. Mas, pelo exposto, também está em algum lugar bastante distinto da Type 26… . O conceito é aparentemente algo muito próximo de uma ‘Absalon’, mas com uma modularidade real. Também é claro que se trata de um vaso para missões independentes, que vise projeção em cenários assimétricos. . De minha parte, achei interessante. Só que, se observar o PROSUPER, verá que o navio que a MB pretende é algo mais especializado, com maior ênfase na capacidade AAW. O objetivo da MB é providenciar uma escolta, pura e simples,… Read more »

_RR_

Pessoalmente, não confio nesse método de lançamento a frio…
.
Se o míssil não ignita, ele pode cair sobre as demais células, obstruindo diversas delas. E isso poderia ser catastrófico em se tratando de uma situação na qual se busca deter um ataque de saturação…

Bardini

_RR_ . Pra mim, o que a MB quer é um Escolta Emprego Geral. Só que ela não vai conseguir viabilizar nada muito caro neste momento, como os Escoltas do PROSUPER, então querem insistir nessa opção pela Corveta Faz Tudo. . A RN não vai conseguir viabilizar todos os Escoltas que pretendia (Type 26), então está bolando essa solução estanque… Uma Corveta/ Fragata leve. . Ambos tem o mesmo objetivo, comprar um navio Escolta Emprego Geral de baixo custo para tapear… O Governo do UK quer que a indústria apresente propostas que não ultrapassem os 250 milhões de libras. A… Read more »

_RR_

Bardini,
.
Entendo que qualquer vaso acima das 6000 toneladas, que detenha mais que 32 células VLS, terá automaticamente uma maior ênfase na capacidade AAW, mesmo que detenha o básico para ASW e ASuW ( que poderiam ser ao mesmo nível de vasos menores ).
.
Se compreendi o vídeo no link que postou, não parece que essa proposta contempla alguma capacidade ASW plena. Os sensores remetem a capacidades ofensivas elementares, com uma limitada defesa AAW de área; claramente, como disse acima, um vaso voltado para ações assimétricas…