ARA Santa Cruz e ARA San Juan

O ARA San Juan em provas de mar na Alemanha

Dos três submarinos atualmente em operação na Armada Argentina (ARA), dois são da classe “Santa Cruz” TR-1700, o ARA Santa Cruz (S41) e o ARA San Juan (S42). O outro é um da classe Type 209, o ARA Salta.

Em novembro de 1977, a Argentina contratou a Thyssen Nordseewerke para a construção de dois submarinos tipo TR 1700 na Alemanha Ocidental e o fornecimento de peças e supervisão da construção de mais quatro unidades na Argentina, nos Astilleros Domecq Garcia, em Buenos Aires.

Os dois submarinos construídos na Alemanha Ocidental foram o Santa Cruz e o San Juan, que tiveram sua construção iniciada em dezembro de 1980 e março de 1982, lançados em setembro de 1982 e junho de 1983, e incorporados em outubro de 1984 e novembro de 1985, respectivamente. Por questões econômicas, os quatro submarinos que seriam construídos na Argentina não ficaram prontos.

O submarino TR-1700 projetado pela Thyssen tem características que incluem alta velocidade subaquática, grande autonomia (para um submarino diesel) e capacidade de sobrevivência. Os quatro motores diesel MTU, quatro geradores e o motor elétrico da Siemens podem impulsioná-lo a velocidades de até 25 nós (46 km/h).

Oito células de 120 baterias (total de 960) são instaladas em cada submarino. Eles têm uma profundidade de mergulho de 300 metros (980 pés). A autonomia normal dos TR-1700 é de 30 dias com um alcance prolongado até 70 dias.

Eles estão equipados para aceitar um veículo de resgate submarino de submersão profunda (DSRV) da Marinha dos EUA. Os armamentos incluem seis tubos de torpedo de 533 mm (21 pol) para até 22 torpedos. O sistema automático de recarga do torpedo pode recarregar os tubos em 50 segundos.

ARA Santa Cruz e ARA San Juan

Em operação

O submarino ARA San Juan (S42) foi lançado ao mar em 20 de junho de 1983 e entregue à Armada Argentina em 18 de novembro de 1985. No que seria seu primeiro teste de navegação de longa distância, ele zarpou da Alemanha, em 21 de dezembro de 1985, navegando em imersão por 27 dias para a Base Naval Mar del Plata, onde chegou finalmente em 18 de janeiro de 1986.

Um ano antes, o submarino ARA Santa Cruz (S41), fez a travessia em mergulho e superfície mais longa conhecido por um submarino convencional, viajando sem parar entre o seu porto de origem na Alemanha e sua base final em Mar del Plata. Foram mais 5.200 milhas em imersão a velocidades superiores a 10 nós, consumindo 260.000 litros de combustível e deixando uma reserva a bordo mais do que suficiente para retornar à Europa a velocidade de cruzeiro.

Desde que se juntou ao Comando de Força Submarina (COFS), o ARA San Juan participou das diferentes missões no mar realizadas pela Armada Argentina para fins de treinamento, bem como em inúmeras operações internacionais, como Unitas, Gringo-Gaucho, Atlasur, Passex, Gosth e Fraterno.

Entre as operações no exterior, destacou-se a Unitas XXXIII de 1992, na qual o ARA San Juan operou a partir da Base Naval da Marinha dos EUA “Roosevelt Roads” em Porto Rico; a “George Washington-FLEETEX” durante o qual o submarino operou no Atlântico Norte e a “Operação PASSEX 24-94”, na qual operou com unidades da Marinha da Venezuela, no Caribe.

ARA Salta em segundo plano e ARA San Juan, operando com helicóptero SH-3H Sea King e mergulhadores
Mastros do ARA San Juan navegando na cota periscópica. O mastro mais largo à direita é o esnorquel, que permite ao submarino renovar o ar ambiente e acionar os motores diesel para recarregar as baterias
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Carlos Alberto Soares

http://www.gacetamercantil.com

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Varillhas con antenas, a embarcação tem para sinalizar posição e socorro.

Roberto Messa

qual pode ter sido a causa do acidente?