A munição especial de 155 mm do AGS acabou ficando muito cara

Concepção do destróier Zumwalt DDG-1000 disparando seus canhões de 155 mm

O futuro destróier USS Michael Monsoor da classe “Zumwalt”, construído no estaleiro de Bath Iron Works, no Maine, é o segundo de uma classe de três navios de alta tecnologia com cascos difíceis de detectar, um enorme convés de voo para helicópteros e drones, e uma sofisticada rede informática a bordo.

O Monsoor, batizado em homenagem a um Navy SEAL, que morreu no Iraque em 2006, custou cerca de US$ 4 bilhões, sem incluir os US$ 10 bilhões que a Marinha gastou em pesquisa e desenvolvimento para a classe, de acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso. A US Navy tinha inicialmente previsto comprar até 32 dos novos navios, mas, em última análise, cortou a produção planejada para apenas três, devido ao alto custo por navio.

Provavelmente, a peça central do projeto dos navios é o Advanced Gun System, um canhão exclusivo de 155 milímetros de calibre que pode disparar munições guiadas por GPS até 60 milhas. Cada navio da classe “Zumwalt” tem dois AGSs, juntamente com lançadores verticais para pelo menos 80 mísseis.

A ideia era que os Zumwalts pudessem navegar perto das praias inimigas e bombardear as defesas com projéteis inteligentes, abrindo o caminho para o desembarque dos marines americanos.

AGS de 155 mm

Mas à medida que o número de navios da classe encolheu, também reduziu o número de projéteis de 155 mm que a Marinha precisava para armá-los. Um Zumwalt pode armazenar até 600 projéteis em seu paiol. À medida que o volume de produção se contraiu, as eficiências diminuíram e o custo por projétil subiu para quase US$ 1 milhão.

No final de 2016, a Marinha admitiu que não poderia gastar US$ 600 milhões por navio para armar apenas três navios com carga de munição completa. O serviço cancelou o primeiro lote planejado de 2.000 projéteis e também suspendeu um esforço de US$ 250 milhões para modificar os AGSs para serem compatíveis com munições diferentes e mais baratas.

Essas mudanças deixaram os mais novos e sofisticados navios de guerra da frota americana sem a sua mais importante munição e deixaram a Marinha lutando para encontrar novas missões para os navios. Após meses de deliberação, no início de janeiro, a Marinha anunciou que os Zumwalts passariam de bombardear praias para caçar outros navios. O Zumwalt “servirá como um recurso de ataque de superfície focado que pode ser desdobrado com armas de longo alcance existentes”, disse o tenente Lauren Chatmas, porta-voz da Marinha.

A munição especial de 155 mm do AGS acabou ficando muito cara

Há apenas um problema com esse plano. A Marinha não possui mísseis antinavio  suficientes para os lançadores dos Zumwalts. E provavelmente não terá por muitos anos.

Durante décadas, a Marinha não enfrentou nenhum grande rival no oceano aberto. Como conseqüência, permitiu que seu arsenal de mísseis encolhesse e se tornasse obsoleto, mesmo que a Rússia e a China desenvolvessem mísseis de destruição de navios cada vez melhores.

O míssil antinavio russo de maior alcance hoje pode atingir os navios dos EUA a até 300 milhas de distância. O atual míssil americano de mais longo alcance, o antigo Harpoon dos anos 1970, pode alcançar apenas 125 milhas. “Os combatentes de superfície hoje não podem engajar submarinos, navios de superfície ou aeronaves fora do alcance de mísseis antinavio inimigos”, alertou Bryan Clark, analista do Centro de Avaliação Estratégica e Orçamental, com sede em Washington, DC, em um estudo de 2014.

No final de 2017, a Marinha finalmente começou a comprar novos mísseis antinavio de mais longo alcance capazes de voar pelo menos a 200 milhas. Mas o novo Long-Range Anti-Ship Missile (LRASM), como é conhecido, é caro. A Marinha comprou apenas 23 dos mísseis em 2017, por um custo total de quase US$ 90 milhões. Carregando todos os 80 lançadores de mísseis do Zumwalt com a nova munição poderia custar US$ 300 milhões.

LRASM

Entende-se, isso é menos do que o preço de uma carga completa de munições inteligentes de 155 mm. Mas o alto custo dos mísseis limita o quão rápido a frota pode adquiri-los. Pode levar anos, até que haja munições suficientes no arsenal para armar os três Zumwalts, para não falar de equipar os aproximadamente 80 outros destróieres e cruzadores da Marinha.

Os analistas dizem que estão otimistas de que, com novas armas e outras atualizações, eventualmente a classe Zumwalt será efetiva. “Um navio de guerra grande e poderoso como o Zumwalt foi construído desde o início para ser flexível e adaptável”, disse Eric Wertheim, um especialista naval independente e autor de Combat Fleets of the World.

Uma parte fundamental disso será não tentar adaptar um novo sistema em planos antigos, de acordo com Peter W. Singer, analista militar da New America Foundation. “E também estar disposto a explorar a criação de novos sistemas nele”, disse Singer.

Para esse fim, a US Navy disse que em breve anunciará planos para modificar os Zumwalts para serem melhores destruidores de navios. As mudanças, que podem incluir novos sensores e novos tipos de mísseis, fazem parte da proposta de orçamento da Marinha para 2019.

Uma coisa é certa. Por vários anos, pelo menos, os mais novos navios de guerra da Marinha dos EUA não terão uma carga total de armas para as missões que a frota espera que eles realizem.

FONTE: Motherboard

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AL

Como comentei na postagem anterior, a corrida entre o F-35 e isso aí pelo título de maior trapalhada dos EUA em matéria de defesa está frenética…

AL

Aliás, se era tão importante assim que tivesse canhões de 6 polegadas, um cruzador de 7.000 toneladas pode ter 8 desses e ser bem mais efetivo, e barato, em ataques à cabeças de praia. Pena que o Peru aposentou o último dessa espécie ano passado…

Dalton

Outra coisa também é certa…ainda levará muitos anos para que todos os 3 estejam operacionais. Até lá muita coisa pode mudar. . O “Michael Monsoor” só será aceito pela US Navy daqui há alguns meses e mais alguns se passarão até que ele seja comissionado. Depois de alguns meses de testes ele passará todo o restante do ano de 2019 pela manutenção pós comissionamento…com sorte sua primeira missão ocorrerá em 2021, mesmo ano que se espera o terceiro e último da classe será comissionado para eventualmente sair na sua primeira missão em 2024. . O primeiro lote de 23 mísseis… Read more »

Dalton

AL…
.
não dá para comparar os 2 canhões e a munição especializada “LRLAP” no bombardeio à
posições em terra com canhões e munição convencional de um cruzador como o que a marinha
peruana recentemente retirou de serviço…eles fariam muito barulho e fumaça com certeza, mas, no fim, os alvos não seriam atingidos com a mesma eficiência.

Bosco

Daltão,
Na verdade ainda não está definido se o LRASM deverá ter versão com booster, lançado de superfície. Provavelmente esse navio deverá ser armado com versões de duplo uso do Tomahawk Block IV.

AL

Caro Dalton.

Eu sei disso. Mas a matéria fala que o grande problema é o custo, e é aí que entra minha ideia. Um Cruzador convencional sairia mais barato. Pode-se pegar munição com propulsão auxiliadas por foguetes que teriam maior alcance sem infartar algum ministro de finanças por aí… 🙂 Sei que ainda assim a precisão estaria longe, mas que seria mais barato, isso seria…

Carvalho2008

É o que digo especialização demais cria uma águia em extinção..,,mortífera, mas difícil de existir em qtde, vira mosca branca e bala de prata.. . Depois vem um sujeito que resolve reciclar foguetes burros de artilharia 160mm e espeta um sdb de 125kg na ponta e pronto, por alguns milhares de dólares vc consegue quase o mesmo efeito ou dependendo do uso, até uma saturação maior….lógico que o espaço e qtde disponíveis entre um e outro seria bem menor no navio, mas o conceito da GLSDB permite instalação até em lanchas devido ao sua portabilidade. ahhh, mas o Zumwalt é… Read more »

Bosco

Dalton, Será que o canhão será adaptado para o disparo de munição de 155 mm convencional. Bem ou mal uma Excalibur teria alcance de pelo menos 50 km disparado por esse canhão e seria mais letal que o projétil de 127 mm, padrão. E se fala em versões do GMLRS com até 120 km de alcance que poderia ser lançado dos lançadores Mk-57 num arranjo quádruplo. Se adaptado o GLSDB para lançamento vertical o alcance máximo passa dos 180 km e também 4 poderiam ser instalados em cada célula. Chutando, se 40 células forem utilizadas e se teria 160 GMLRS/GLSDB… Read more »

Dalton

Exato Bosco…por conta disso escrevi que só mais tarde serão ou deverão ser disponibilizados, pois por enquanto o “lobby” do “Tomahawk anti navio” é muito forte…de qualquer forma, não se espera que muitos silos sejam ocupados por um míssil anti navio…normalmente 8 “Harpoons”tem sido a norma …e mesmo navios mais especializados em defesa AA como os “Burkes” possuem um complemento de “Tomahawks” para ataque terrestre também. . Ainda acho que metade dos 80 silos será para “Tomahawks” para ataque terrestre ainda mais com a baixa dos SSGNs em meados da próxima década e os demais 40 silos abrigarão mais “Tomahawks”… Read more »

Dalton

A classe “Zumwalt” também servirá para mostrar a bandeira e isso um submarino não consegue fazer com o mesmo efeito…e é muito provável que missões de “presença” ocuparão muito do tempo de mar desses navios. . Também será útil em missões humanitárias…é o chamado “soft power” e isso não deve ser negligenciado ou ridicularizado…é uma missão importante para os EUA e continuará sendo. . Se amanhã ou depois a tecnologia para um “rail gun” ou “coil gun” vingar de fato, provavelmente valerá a pena remover os canhões atuais e substituir por novas armas. . A US Navy eventualmente encontrará uma… Read more »

Bavaria Lion

Por essas e outras o foguetão exocet ainda é válido.

Alex Nogueira

Os gastos são tantos e tão grandes que vão acabar comprometendo toda a estrutura das forças armadas americanas… não creio que esse tipo de desenvolvimento/gasto seja sustentável se o país entrar em conflito em um futuro breve… gastar mais de 500 US$ milhões só em munição para os canhões principais de 1 navio, chega a ser ridículo…

*Em termos de valor, o Zumwalt leva uma fragata leve completa no paiol rsrsrs.

Vai acontecer igual a teoria que diz que os dinossauros fora extintos devido ao seu grande tamanho, cresceram demais a ponto de que não podiam se sustentar…

John Paul Jones

Os EUA estão em uma corrida militar e tecnológico frenética com a China, a mesma que tiveram nos anos 80 com a URSS com relação ao Programa Guerra nas Estrelas.

Na época quem quebrou foi a URSS e o Império soviético, e agora quem quebrará …..

Flamenguista

O mais caro ferro de passar roupas que já existiu.
SRN

Dalton

Alex… . a classe “Zumwalt foi cancelada…até tentou-se cancelar a construção do terceiro navio, mas, chegou-se a conclusão que a economia seria pequena diante de multas contratuais. . Também não se irá mais adquirir a munição cara para eles…não há mais economia de escala para apenas 3 navios. . A US Navy não está totalmente satisfeita com seus “Arleigh Burkes”, mas, é o que se tem para o momento e a construção deles foi retomada. . O que resta fazer agora é encontrar uma função mais adequada para os 3 navios, mas, eles estão longe de ser inúteis…80 silos verticais… Read more »

Nonato

E quando eu falo que o preço de muitos armamentos é absurdo muita gente discorda. Ou concorda, mas justifica que é porque são complexos, etc. Percebo nesses casos muita lambança. Na minha opinião, nenhum desses armamentos deveria ser caro. 500 milhões só em munição? A munição é feita de ouro? Em primeiro lugar os custos já deveriam ser de conhecimento prévio. Tanto desses navios quantos das munições. Não se pode começar um projeto sem noção do seu custo. 4 bilhões de dólares por um navio é muito dinheiro. Parece que perderam a noção do absurdo. Ah, mas é moderno. Mas… Read more »

BMIKE

se a china conseguir desenvolver o canhão magnético e instala-lo no type 055 conseguirá uma grande arma para rivalizar com o zumwalt a um custo bem mais razoável…

Dalton

A única solução é fechar os poucos estaleiros nos EUA que constroem navios de guerra e
comprar da China, onde a mão de obra é barata, o governo é transparente, não há
corrupção, enfim, o melhor dos mundos.
.
Quanto a chineses fazerem por 100 milhões o que os EUA fazem por 4 bilhões é um
enorme exagero…vamos ver por quanto sairá o futuro NAe de propulsão nuclear com catapultas eletromagnéticas equivalente do USS Gerald Ford que os chineses proclamaram que irão construir…só não vale usar engenharia reversa ou espionagem industrial.

Dalton

BMIKE…
.
a classe “Zumwalt” foi cancelada e não é nem nunca foi concorrente do T-055, são navios
com missões diferentes.
.
Mais realisticamente seria comparar um “Arleigh Burke”, apesar de menor que um T-055 armado com tal canhão.

MARCOV

Fora de contexto, mas interessante:
“Fincantieri completes STX France deal” – https://navaltoday.com/2018/02/05/fincantieri-completes-stx-france-deal/

AL

Essa questão dos altos valores de equipamentos militares, caças e navios principalmente, estão fazendo que soluções paliativas de hoje sejam provavelmente a solução definitiva no futuro. Caças, por exemplo. Dado o alto custo, estão proliferando os projetos e aquisições de Turbo Hélices, como o Super Tucano e outros por aí, por exemplo. No campo naval, creio que a decisão da MB quanto ao Projeto Tamandaré é acertada, mas teria de adquirir logo uma dúzia, antes que encareça demais tb…

Augusto L

Reportagem meio fantasiosa, o missil antinavio russo com maior alcance tem uns 500 km ( granit) sendo esse da ex-urss o missil russo mais moderno com maior alcance o bramahos tem 300 km, a versão mais nova do harpoon tem um alcance d 275 km. Mas mesmo assim num conflito naval moderno ngm teria solução de tiro nessas distâncias, so mesmo os EUA, sem contar que com um porta-aviões e aeronaves embarcadas vc pode atacar muito mais longe, entao meio que hj n há uma urgência em comprar novos misseis anti navio.

MARCOV

Augusto L 5 de Fevereiro de 2018 at 15:49

Eu tinha como alcance do KALIBR uma distância de 670 km e do BRAHMOS 500 km. São dados da internet, não sei se confiáveis, mas é uma diferença significativa dos valores informados por você.

Galante, é possível confirmar os valores reais de alcance?

Augusto L

Marcov tbm ja vi do brahmos que é d 500km mais ja vi tbm muita gente dizendo q n passa d 300km, sobre o kalibur pra mim era um missil d cruzeiro e não um anti-navio, eu sei que o kh-35 é um anti navio bem semelhante ao harpoon sendo que há uma versão terrestre com 200 km q tem dois estagios sub e supersonicos mas um kalibur anti navio nunca soube .

carvalho2008

Mestre Dalton, . O Zumwalt é um elefante branco sim…. . Poderoso de fato, e quem ficar de baixo de sua parta será realmente esmagado….mas…. . Quantos elefantes deste existirão…? É o que disse…. . O Zumwalt é uma releitura moderna dos Iowa….foi idealizado para ser o martelador, o esfacelador das defesas costeiras….e não duvido de sua capacidade. é por isto que foi desenhado em torno de sua peça de 155mm, o NSFS, a capacidade altamente sustentada de fogo continuo a longa distancia e não obstante, uma vez destinado a ser o martelador, ser stealth obviamente para mitigar eventual localização… Read more »

mateus

Estar na vanguarda da tecnologia e criar novas tecnologias, que nenhum país ainda possui, é caro.

Robsonmkt

Esta classe pode ser o F22 da US Navy. Tão caro e ué se tornou economicamente inviável sua produção em larga escala.

Adriano R.A.

Esses contratos na área de defesa dos EUA fazem os escandalos da Petrobrás parecerem dinheiro de pinga. A diferença é que os “rombos” nos orçamentos dos programas são todos legais. Tudo devidamente previsto em contrato.

mateus

Robsonmkt,

Uma pesquisa rápida, é possível ver que a US Air Force tem 195 Lockheed Martin F-22 Raptor. Não sei onde está a palavra inviável ai. E poucos países tem quase 200 aeronaves de um mesmo tipo.

ronaldo de souza gonçalves

Eles deram um bobeira danada deixando os russos avançar ,imagino que os chineses vão também passar a frente e claro com essa noticia os russos vão aumentar mais o alcance de seus misseis,mesmos que eles não sejam tão efetivos ,só pra propaganda.O dindim não tá facil para nenhuma marinha.é me parece que nem para a marinha russa que está só reformando ,novo pouco tem.mas os chineses estão aproveitando aço barato e farta mão de obra e construindo navios as dezenas,longo passa a russia em embarcações e daqui uns 15 anos passam os EUA.Ainda mais que os EUA ficam inventando navios… Read more »

Ivan BC

1 milhão de dólares por munição? Que isso? dale corrupção! Estão atirando barras de ouro com detalhes em diamantes?

Diego K

Para serem tão caros estão escondendo o jogo, tem armas secretas, e isso de não ter dinheiro é jogada política pra conseguir mais dinheiro, blefes. Suspeito que todas das caríssimas novas armas americanas tem seus segredos de novas tecnologias que não são expostos a mídia, talvez nem ao próprio congresso.

Nonato

Bom, a maioria dessas armas sai por milhões, bilhões… Dalton, desculpe qualquer coisa. Sei que você é do ramo e gosto muito dos seus comentários. Mas quanto a fechar estaleiros o que vemos são eles cobrando os olhos da cara. O caso desses Zumwalt. Queriam fazer uns 30 ficou em 3. Isso não gera desemprego? Oneram desnecessariamente o erário público, aproveitam-se do contribuinte e ainda atrapalham a defesa do país. Uma boa empresa de defesa oferece bons produtos a preços razoáveis. Desenvolver um bom caça e vende-lo a um bilhão de dólares significa que o projeto é ruim porquanto inexequível… Read more »

EduardoSP

Quantidade ainda é um valor em si. Não adianta ter 4 navios ultra mega eficientes, com a mesma capacidade de 12 navios da classe precedente, para patrulhar os sete mares. Vai faltar navio. De que adianta ter 2 canhões “superfodásticos” mas cuja munição é tão cara que vc não pode comprar. Não era melhor fazer algo menos eficiente mas mais acessível e compensar a menor eficiência com uma quantidade maior? Sei lá, os EUA estão perdendo a mão na indústria de defesa. Só 2 fabricantes de caças, dois fabricante de submarinos, um fabricante de porta aviões, nenhum fabricante de transportes… Read more »

Nonato

Eduardo.
Resumiu meus pensamentos.
Estou por fora desse avião tanque.
Mas se for como você falou, concordo plenamente.
Aviões tanques são fabricados há décadas.
Se uma empresa grande está enfrentando dificuldades há algo muito estranho.
Alguns vão dizer que é complexo, que há novas tecnologias e que é muito caro.
Abastecer aviões é algo antiqüíssimo…
Até parece brincadeira
Até agora ninguém mostrou onde estão os custos dessas armas…
De ouro não são.
Agora sempre que um avião novo voa há 200 funcionários olhando.
Entra o custo do caminhão pipa e da chsmpgne?

RL

Caraca.
Me supreendeu os números de unidades.

De 32 planejadas, para 3.

Aldos

Na parte de custos eu concordo com o pessoal Quem trabalha na área de eletrônicos/automação sabe que os custos de fabricação desses componentes e algo bem barato… O que encarece esse tipo de produto e a diluição dos custos de pesquisas e a mão de obra para tal… esses sim costumam ser bem caros Como a noticia da a entender que todos esses custos com pesquisas foram pagos pelo governo, não tem motivo dos mesmos serem diluídos nas unidades de produção. Baseando nisso não tem lógica uma munição que provavelmente não tem um sistema de propulsão próprio custar praticamente o… Read more »

Julio

mateus 5 de Fevereiro de 2018 at 18:43 O projeto do F-22 previa a construção de 400 aeronaves, mas foram construídas 196. E a hora de voo desse pássaro tem o custo de US$: 59.000,00. Some a isso o fato de cada piloto, segundo a OTAN, deve ter em torno de 190 horas de voo anuais. Faça as contas. Isso gera um gasto anual de mais de US$: 11.000.000,00 por piloto adestrado nessa aeronave. Agora, imagine o custo para manter um esquadrão operacional. A linha de produção do F-22 foi encerrada pelo custo altíssimo da aquisição da aeronave, mas manter… Read more »

Bosco

Vale salientar que essa é a terceira tentativa frustrada da USN em oferecer uma munição de grande alcance e precisão a seus navios. As duas primeiras (ERGM e BTERM) obedeciam basicamente ao mesmo conceito, com um motor foguete integrado ao projétil. Fala-se de uma versão da Excalibur em calibre 127 mm e do projétil HVP que utiliza o conceito “sub-calibrado” combinado com canhões de cano longo. E para um futuro incerto o EMRG (railgun). Mas do jeito que a coisa anda ou contratam o Nonato pra gerenciar o desenvolvimento de tecnologia sensível ou os EUA dessa vez quebra porque qualquer… Read more »

Dalton

Nonato e demais … . A classe “Zumwalt” foi cancelada, assim como foi cancelada a classe de submarinos “Seawolf” que igualmente ficou em apenas 3 unidades…no lugar estão sendo construídos mais DDGs da classe “Arleigh Burke”, assim como no lugar dos “Seawolf” se passou a construir os SSNs classe “Virgínia” , na verdade já está em planejamento o “Arleigh Burke III” e o “Virgínia Block V” que apresentarão novas tecnologias. . Portanto não está ocorrendo desemprego pelo cancelamento da classe “Zumwalt”, apenas substituiu-se um navio que não apenas era caro, se bem que, não seria tão caro se os 32… Read more »

ebs75

É… não está fácil nem pros gringos, quem dirá para nós…. kkkkk

Rafael M. F.

Isso só evidencia um fato:

Mesmo superpotências terão que fazer um mix tecnológico de suas forças militares: uma “ponta de lança” reunindo o melhor da tecnologia furtiva para o primeiro golpe e os convencionais para terminar o serviço.

Uma força aérea com somente F-22/F-35 é uma Marinha somente com Zumwalt é inviável.

Dalton

Sem dúvida Rafael…só no caso do “Zumwalt” há de se considerar que havendo apenas 3 unidades, todas as três baseadas em San Diego, quando muito, uma estará em missão, as outras duas em treinamento e/ou manutenção, ou seja, pouco impacto virão a ter em operações, ao contrário de algumas dezenas de F-22/F-35 complementando outras dezenas de F-15s, F-16s FA-18s, B-1, B-2, B-52 etc. . Talvez um futuro combatente de superfície, mais flexível, visando substituir os atuais cruzadores, seja construído em número mais significativo que a classe “Zumwalt”…uns 18 digamos, então se terá uns poucos e caros cruzadores apoiados por um… Read more »

dumont

Creio que o interessante seria comparar a performance e custo efetividade deste tipo de munição com um míssil (relativamente) equivalente. Tomando em conta o contrato dos nossos penguins vemos que o custo é superior ao custo dessa munição, mesmo se considerássemos uma aquisição mais volumosa acredito que o custo seria superior… Porém a comparação não é tão simples, qual é a carga entregue? Qual a precisão? Etc… De qualquer forma esse tipo de munição incrementa em muito as capacidades do navio e da arma em si (embora o custo desse canhão seja bem alto). Para um saudosista fica a tentação… Read more »

carvalho2008

Mestre Dumont, . São armas diferentes, para necessidades diferentes, embora eu seja um critico do Zumwalt, temos de ter isto em vista. . O papel principal do Zumwalt quande de sua concepção, era similar aos antigos encouraçados Iowa…espera-se ou esperava-se que ele por meio de seus canhões de 155 mm e faixa de 120 – 150km de alcance, martele as defesas costeiras de paises ou até aproximando-se, consiga com este alcance tambem desmantelar em profundidade. Para tal, conta com tecnologia stealth ( mitigar a identificação de sua localização), misseis de longo alcance para alvos mais estratégicos e cirurgico como todo… Read more »

Carvalho2008

Alguém lembra das antigas lsmr
Funcionavam ao elas muito perto dos alvos, mas diziam que possuíam capacidade de entrega de explosivos similar a um Iowa
https://m.youtube.com/watch?v=LqAWzqsXirk

carvalho2008
Bosco

Carvalho, Voltando mais um pouco no tempo, o conceito do Zumwalt vem do chamado “arsenal ship” que propunha ter centenas de células de lançamento vertical para Tomahawks (alguns conceitos tinham mais de 500 células) e canhões de 155 mm. Seria um navio de baixo custo mas com a destinação de 4 submarino Ohio como portador de mísseis Tomahawk e com o término da Guerra Fria esse programa acabou ficando menor e virou a classe Zumwalt. Com a grande quantidade de células Mk-41 e Mk-45 (dos submarinos) e nos tubos convertidos dos Ohios houve um desinteresse pela classe e propuseram um… Read more »

Dalton

Bosco…
.
me disseram uma vez e acredito que seja uma fonte fidedigna…que não adianta ter muitos silos verticais porque não haveria mísseis suficientes para todos eles e faz sentido.
.
Os 122 silos de um “Ticonderoga” me parecem exagerado…os 96 de um “Arleigh Burke IIA”,
parecem mais realistas e mais próximos dos 80 do “Zumwalt” e com a capacidade de se abrigar 4 ESSM em um único silo, reservando-se 8 silos para ele, significa 32 ESSM e
outros 72 mísseis de outros tipos, no caso de todos os 72 silos restantes serem ocupados.