Corveta Barroso regressa ao Rio de Janeiro após missão de paz no Líbano

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Corveta Barroso

Corveta Barroso

Corveta Barroso

A Corveta Barroso, que participou durante seis meses da missão de paz no Líbano, atracará na Base Almirante Castro e Silva, em Niterói-RJ, no próximo sábado, dia 21 de abril, às 10 horas.

A Corveta Barroso atuou como capitânia da Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas do Líbano (FTM-UNIFIL), entre setembro de 2017 e março deste ano, dando continuidade à missão de paz conduzida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Essa Força-Tarefa tem como objetivo impedir a entrada, em território libanês, de armas ilegais e material correlato, além de contribuir com o treinamento militar da Marinha libanesa. Cabe destacar que essa é a única força-tarefa marítima de manutenção de paz sob a égide da ONU em operação e, desde 2011, é comandada por um Almirante da Marinha do Brasil.

Projetada pela Diretoria de Engenharia Naval e construída pelo Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, a Corveta Barroso foi lançada ao mar em 20 de dezembro de 2002 e incorporada à Marinha do Brasil em 19 de agosto de 2008. Seu deslocamento é de 2.400 toneladas, possui autonomia para permanecer 30 dias no mar ininterruptamente, podendo atingir velocidade de até 30 nós. Para realizar a Operação Líbano XII, o navio contou com uma tripulação de 180 militares, que reencontrarão seus familiares após nove meses de afastamento de seus lares.

  • Evento: Regresso da Corveta Barroso após participação em missão de paz no Líbano
  • Local: Base Almirante Castro e Silva
  • Data: 21 de abril de 2018
  • Horários: a partir das 9 horas
  • Endereço: ILHA DE MOCANGUÊ GRANDE – S/N°  – CENTRO – NITERÓI – RJ

Os órgãos da mídia interessados em cobrir a atracação do navio poderão credenciar-se previamente junto ao Comando da Força de Superfície pelo telefone 2189-1984 – Contato: SO-RM1-ES CHAGAS ou pelo e-mail: comforsup.comsoc@marinha.mil.br.

DIVULGAÇÃO: Comando da Força de Superfície

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Nilson

Cumprindo muito bem sua missão, parabéns à tripulação e à alma do navio. Não canso de repetir: ah, se tivesse sido construída pelo menos mais uma…

Ádson

A Tamandaré é uma Barroso evoluída. Todos acham que tínhamos que ter mais “Barrosos”, mas muitos não querem ou criticam a construção das Tamandaré. É incompreensível.

Gustavo

acho que o pessoal critica é pelo preço elevado da Tamandaré por apenas 4 unidades. Mesmo sabendo que é um navio muito mais capaz.

Ádson

Gustavo, nem o preço tá fora do preço internacional de navios com a mesma tonelagem e mesmo nível de sensores e armamento. Aquela estoria de steregushchy a 150 milhões na realidade não existe e ainda assim se existisse a steregushchy não nos serviria. Ela não atende os requisitos da MB.

Jr

Vamos ver então quanto os estaleiros vão pedir por ela e quanto eles vão pedir pelos seus próprios projetos, ai sim vai dar para saber se o preço dela esta na mesma faixa dos projetos de mesma tonelagem internacionais, o que eu duvido muito, não da para projetar o preço de algo que só existe no papel. A MB só aceitou que os estaleiros internacionais apresentassem seus projetos, justamente depois de ter feito consulta aos mesmo estaleiros internacionais e tomado um susto ao saber quanto que a mesma poderia economizar caso escolhesse um projeto pronto em detrimento do projeto de… Read more »

Gustavo

Pode até ser, tenho uma critica apenas, a pouca quantidade de corvetas para serem encomendadas. E outra se vier a ser confirmado, o preço muito mais elevado. O que eu não acho que irá acontecer.

XO

Gustavo 18 de Abril de 2018 at 10:37
“Pode até ser, tenho uma critica apenas, a pouca quantidade de corvetas para serem encomendadas.”

Temos de evitar os problemas ocorridos nas CCI… a V33 tinha os mesmos problemas da V30… imagina se fossem realmente 16, como planejado… pensaria o contrário apenas em caso de um projeto já consagrado… abraço…

Ádson

Xo, mas as 4 CCI na verdade foram quatro protótipos já que foram construídas ao mesmo tempo. Já a CT tem como ensaio CCI e a CCB. Acredito sim na capacidade de nossa engenharia em aprender com erros.

Gustavo

vendo por esse lado, com certeza. Mas como a Tamandaré é uma evolução da bem sucedida da Barroso, talvez nos dê um pouco mais de segurança.
O melhor cenário então seria realmente construir as 4 e depois uma encomenda maior. Visto que quanto mais navios forem construídos, mais se dilui o custo do projeto nos demais navios. Até que venham as fragatas, torço para isso acontecer.

RL

Mais umas 14. Total de 15.
Ai sim.

tomcat3.7

Eita trem bão, parabéns à tripulação por mais uma missão cumprida, mais umas 12 teriam dado aquele fôlego pra MB, mas vai ocorrer agora com o projeto novo das CCT’s que espero eu resultarem em ao menos mais uma encomenda de mais 4 ou 6 fora as 4 iniciais.

Mateus

Aos leitores, deixo aqui uma indagação;

Os lançadores verticais ficam, em sua maioria, na proa dos navios.

Seria possível projetar um navio e dotá-lo de lançadores verticais na popa? Tirar aquele espaço para helicópteros que vai atrás dos navios

Um navio sem helicóptero perde suas capacidades de combate? Em uma guerra, vários navios estarão no mar, a maioria carrega um helicóptero. Retirar de 1 navio essa função não me parece enfraquecer a esquadra.

AL

Mateus, há vários navios com lançadores verticais na popa e com o helicóptero, uma coisa não invalida a outra. Exemplos: os destroyers Arleigh Burke americano, Type 055 chinês e KDX-III sul-coreano.

Ádson

Mateus, pode-se dar várias soluções para a localização dos lançadores verticais por exemplo nas laterais do hangar, mas para uma corveta, navio relativamente pequeno, o convés de vante é o de melhor adequação. A falta de um helicóptero limita sim muito a capacidade de um navio. Ele fica “míope”. Sua consciência situacional fica limitada a seu horizonte radar, ou seja, ele pode ser atacado por mísseis anti-navio muito antes de saber da presença de outro navio inimigo. Quanto ele ser utilizado como burro de carga, ou seja entupi-lo de lançadores verticais no lugar do convoo, o limitaria a ser utilizado… Read more »

Otto Lima

Bravo zulu, Cv Barroso!

AL

Ah, quase cometendo uma heresia por esquecer das Ticonderogas americanas.

Ronaldo de souza gonçalves

Esquecem as ticonderogas,jamais os americanos vão vende-las para o Brasil,e o pessoal elogia a Barroso ,mas sua construção foi demorada,como todo equipamento militar,e agora a MB vêem com o projeto da Tamandaré,acreditem as 4 no projeto leva mais de 10 anos e faltará verbas,ou algum governo futuro simplesmente abardonará o projeto.Aqui é o Brasil.

Mar

O certo seria o Brasil comprar as Type 54A da China. Em menos de 6 anos nós teríamos todas as 4 prontas.

A China comissionou quase 2 por ano. Esse ano eles vão lançar 2 Type 54A

Com uma conversa boa eles poderiam nos passar 1 das 2 como entrada.

Nilson

“Ádson 17 de Abril de 2018 at 17:48 A Tamandaré é uma Barroso evoluída. Todos acham que tínhamos que ter mais “Barrosos”, mas muitos não querem ou criticam a construção das Tamandaré. É incompreensível.” . Eu, particularmente, não critico a Tamandaré, o que critico é o tempo que demorou para passar do CV-2 para o CV-3, nesse meio tempo deveria ter continuado construindo uma, ou duas, ou até três CV-2. A interrupção para melhorar o projeto foi uma bela jogada para atrapalhar mais ainda o reaparelhamento da MB. Parece-me que na época todo mundo deve ter aplaudido parar a construção… Read more »

Ádson

Nilson, a demora tanto da construção da Barroso como a não construção de outras unidades foge ao controle da MB. Na verdade tudo depende do executivo liberar verba. Por vezes a verba até está no orçamenta mas ai vem o tal do contingenciamento. Deus queira e ajude para que nas futuras Tamandaré e também nos Scorpene não tenha esse problema.

Nilson

Tenho alguma aversão a esse argumento: o Governo não liberou a verba. Parece desculpa fácil, e é sempre falada a quatro ventos. É mais ou menos jogar a responsabilidade para outro, e sabemos que essa não é a doutrina correta. Se eu tenho 5 homens e 15 missões, vou cumprir as 5 missões prioritárias, e vou dizer quais não vou. Todos sabemos que vai ter contingenciamento, isso existe há dezenas de anos. Mas se a construção de um meio é iniciada, mesmo que demore anos, será terminada, pois em cada orçamento virá um pouco (até os Trader vão ser concluídos,… Read more »

Ádson

Foi isso que aconteceu com a Barroso e com o Tikuna. Isso que o contingenciamento fez e faz com verbas de investimentos das Forças. A Barroso e o Tikuna demoraram muito mais do que o planejado pois suas dotações nunca saiam, e isso não é desculpa da MB. Se o executivo não contingenciasse teriam sido construídos muito mais rápidos e provavelmente mais unidades. Contingenciamento não é desculpa da MB, é ação do executivo.

Ádson

E outra, a verba vem carimbada. Se a dotação veio para um determinado fim, é muito difícil conseguir autorização para muda-la para outro. Pode-se arranjar problema legal gravíssimo.

Nilson

Sim, não pode pegar um tipo de verba e gastar em outro tipo, precisa de alteração legal ou em Decreto, dependendo do caso. Pois é, ficamos assim, os contingenciamentos sempre virão. O que fazer a respeito, aí é a visão estratégica, criatividade e energia do administrador. Tem caso em que realmente não dá. Mas tem outros em que foi feito o mais fácil: deixar rolar e por a culpa no contingenciamento. Vamos em frente, o importante é saírem os Scorpene, avançar nas propostas da Tamandaré, lançar a RFP dos 500BR, colocar alguns navios parados para rodar e conseguir operar o… Read more »

Guizmo

O militar, notadamente o marinheiro, precisa ter uma abnegação singular para ficar 9 meses longe dos seus familiares. É de tirar o chapéu, parabéns!

Nonato

Mas faz parte da carreira. E têm sorte de não estarem em guerra.
Tem gente que passa muito mais tempo fazendo um mestrado no exterior.
Ou aqueles que saem do interior do nordeste para cortar cana em São Paulo.
Certamente depois de nove meses no exterior, devem ficar alguns meses em casa.
Quem trabalha na marinha mercante, em cruzeiros, também devem ficar um bom período fora de casa.
Acontece também com jogadores de futebol de menor expressão.

XO

“Certamente depois de nove meses no exterior, devem ficar alguns meses em casa.”

Claro que não !!! Se não houver indisponibilidade para execução de manutenções, o Navio e a Tripulação continuam prontos para emprego…

Dalton

Acho XO que o Nonato quis dizer meses antes de se fazer ao mar novamente especialmente antes de uma outra comissão longa. . Como você deve saber o moral na US Navy andou meio baixo por conta de comissões de 9 meses, não previstas, que durante um tempo passaram a ser frequentes principalmente para os NAes, além dos exercícios e a necessidade de se fazer ao mar também para treinar e certificar pilotos e isso estava afetando a vida familiar das tripulações. . Missões de 7 meses agora tornaram-se a norma por lá, e como você corretamente evidenciou, os navios… Read more »

XO

OK, Dalton, entendi… mas dificilmente teríamos outra comissão longa como essa… as de adestramento, por aqui, no Brasil, não duram mais do que 1 mês… isso na minha época de operativo… abraço…

Nonato

Sim e não. Eu quis dizer mesmo 9 meses de folga. Ou pelo menos de um a dois meses em casa (sem trabalhar) e depois voltar ao trabalho nem que seja no quartel ou em alguns pequenos deslocamentos no mar. É comum na iniciativa privada se o cara passa 30 dias embarcado folgar 30 (tipo plataforma de petróleo). Conheço gente do ramo do petróleo que mora no nordeste e trabalhava um mês no Iraque (sendo escoltado por mercenários), na Índia, em Angola, e depois passava 30 dias em casa com despesas de viagem pagas pela multinacional… Salário de mil dólares… Read more »

XO

Nonato, esse esquema é só no off-shore… 28 on, 28 off… na MB, não funciona assim… abraço…

ANDREI SAMPAIO DE SOUZA

180 militares?alguns destacados né?

XO

Sim… Destacamento Aéreo Embarcado, equipe de MeC…

Nonato

Como assim alguns destacados?
O navio não comporta 180 marinheiros?
E o que é mesmo destacado?

XO

Todo Navio tem uma capacidade de acomodação, a qual limita o número de pessoal extra a ser embarcado, caso necessário…
Destacado é todo militar embarcado que não faz parte da Tripulação do meio… podem ser do DAE, quando houver helicóptero embarcado, ou aqueles que repoem as faltas existentes no efetivo…

jagderband#44

Então. A Barroso passou por alguma situação de “postos de combate” ou algo assim durante esta missão?

Rodrigo Tavares

Se tivesse uma boa vontade politica, e o país fosse menos corrupto e burocrático

Mk48

Parabéns a tripulação da Barroso pela missão cumprida.

Aproveitando o ensejo, sempre me perguntei o porque do Brasil participar de missões como a UNIFIL , tendo que alocar uma escolta a missão por 9 meses , considerando o quadro caótico de navios escolta que temos aqui.

Temos muito pouco e acabamos ficando com menos ainda, simplesmente pelo “status” de participar da missão, sem levar em conta todo o desgaste do navio com a viagem de ida e volta ao Líbano e seus deslocamentos por lá.

Para mim não faz sentido.

Dalton

Faz sentido para mim e não quer dizer que eu tenha razão, é apenas que entendo que o não envio do navio significaria que o mesmo passaria a maior parte do ano atracado saindo algumas poucas vezes para manter algum grau de adestramento. . Não há muito a ser “escoltado” por aqui diante de uma ameaça inexistente, então, uma missão como a do “Líbano” dá à marinha e ao país uma maior relevância sem falar na experiência que será transmitida aos mais jovens. . Com certeza há um desgaste maior do equipamento, mas, nada dura para sempre de qualquer forma… Read more »

Nonato

Não sou do ramo. Mas concordo em parte. Uma viagem dessas não me parece um desgaste tão grande. Se fosse, os navios americanos que vivem dando volta ao mundo estariam muito desgastados. Agora compreendo que só se fala em navios sucateados na marinha. Isto é, vivem no osso… Quanto a não haver nada para escoltar, significa que navios de guerra devem permanecer ancorados? Eu até tenho essa visão, especialmente para aviões de caça. Tipo você tem 100 aviões de caça. Não precisa ficar usando todos todos os dias. Tipo, fica usando uns dez no dia a dia. Vez por outra… Read more »

Dalton

Nonato…
.
perceba que não coloquei no mesmo paragrafo “ficar atracado” e “não ter o que escoltar”…são coisas diferentes…como o XO mais precisamente explicou a marinha determina quais e por quanto tempo um navio se fará ao mar durante o ano…o fato do Brasil não estar na iminência de um conflito, não ter pendências territoriais com
vizinhos, etc, significa que o envio de navios para o exterior não colocará em risco a segurança nacional.

XO

Nonato, por isso a MB usa o IDA, o qual já citei em outro comentário, em conjunto com o nível de adestramento das diferentes Tripulações para definir os Navios que participarão das comissões… inclusive o planejamento leva em consideração em que áreas devemos incrementar o adestramento, a fim de fazer valer o gasto com a saída dos maio para o mar…
No mais, Navio não é para ficar atracado, é para ir para o mar e cumprir aquilo que dele se espera… claro que nos termos acima, usar indiscriminadamente não é razoável… abraço…

Nonato

Valeu Dalton e XO.

XO

Complementando o comentário do Dalton, a MB define quantos dias de mar podem ser cumpridos por cada classe de navio, vistas as necessidades de manutenção… é o índice de disponibilidade anual (IDA)… com base nesse dado, não há óbices algum em planejar o emprego de escolta pela UNIFIL…

Mk48

Dalton, Nonato e XO,
Eu disse que para mim não faz sentido porque temos uma imensidão de mar para patrulhar, Somos roubados todos os dias por pesqueiros estrangeiros e sabe-se lá se não há atividade de barcos ilegais mapeando nossas riquezas submersas , e tudo isso impunemente, Uma vez que temos poucos navios disponíveis e ainda assim abrimos mão de um deles para a UNIFIL.

XO

Mk48, os navios alocados para missão pela UNIFIL não tem como tarefa a patrulha naval… isso cabe aos meios subordinados aos Distritos Navais… abraço…

Dalton

Entendi “48”…e na minha opinião, um navio a mais, da forma como é utilizado regularmente,
muitos meses atracado saindo alguns poucos meses durante o ano, não faria diferença nessa
luta contra “pesqueiros”, então me parece uma utilização melhor envia-lo para o Líbano, mas,
deixo claro que é apenas minha opinião.

Ozawa

Cada embarcação com sua missão. Se é para termos Corvetas, Fragatas-Leves, ou Super Fragatas (e creio que sim, e apenas tais na Força de Superfície) é para missões como esta. É certo, assim, que não haverá um número superior a pouco mais de meia dúzia delas em nossa linha de batalha, nem tampouco me parecerá lógico seu uso para patrulha oceânica. Para isso os patrulheiros offshore estão aí e, lamentavelmente, não tenhamos condições de adquirí-los em maior número, no mínimo uma dezena deles seria o ideal. 4 fragatas super fragatas (FREMM), 4 fragatas leves (Tamandarés) e 10 OPV (River II),… Read more »

Ozawa

E a propósito, não obstante ser o raquitismo naval o que hoje passamos, também é a megalomania abissal que nos últimos anos flertamos. E estamos como estamos.

Nilson

Sobre raquitismo naval: comecei a estudar o Poder Naval com uma Marinha de 18 escoltas, o número foi caindo, caindo, caindo, hoje temos 11 nominadas (6 Niteroi, 2 Greenhalgh, 2 Inhaúma, 1 Barroso), das quais no máximo umas 6 operacionais. No começo fiquei indignado, depois fui acostumando… Em verdade, a maior injeção de ânimo é pensar que o Ocean permitirá embarcar uma boa quantidade de helicópteros com mísseis, passando a ser nossa verdadeira unidade com capacidade ASW.

Nonato

Cada navio com sua missão. Só que na prática nossas corvetas e fragatas fazem o que já que guerra não há. Imagino que façam um pouco desse patrulhamento, não? Pelos comentários acima nossa maior necessidade seria então esses olhos? Mas isso não é a parte de guarda costeira? Aí a marinha faria o quê já que guerra não há? Acho interessante esse trabalho duplo da marinha pois a deixa em constante atividade. Posso estar totalmente equivocado. Mas imagino que nosso patrulhamento deve ser de guerra, não? Se navios inimigos ou submarinos (esses quase certeza) invadem nossas águas quem identifica? Os… Read more »

XO

Ué, então tem de haver guerra para existir Marinha ?
Cara, cada Navio tem uma gama de tarefas a cumprir, essas tarefas norteiam o adestramento… então, resumidamente, treinamos para a guerra, muito embora também sejamos responsáveis por missões com outra conotação (como SAR, patrulha naval, levantamento hidrográfico etc)… agora, para quem vai para o mar, qualquer comissão é real, pois aeronave pode cair, cabo de aço para transferência no mar pode partir, paiol pode pegar fogo…

Mk48

E mísseis novíssimos e caríssimos podem não funcionar , como foi o caso do SCALP naval que os franceses tentaram lançar de suas FREEM no recente ataque a Síria e deram chabú. Só conseguiram lançar 3 .

Ádson

Ozawa, quase concordo, rsrs. Quatro FREMM ok, oito Tamandaré e dez NPaOc só que não as River II e sim o projeto da EMGEPRON que possui hangar. Um patrulha em uma missão que não necessite de heli orgânico a cumpre mesmo tendo hangar, já o contrário não é possível. Eu até defendo na verdade que todo patrulha oceânico tivesse o seu heli orgânico, e mais, que fosse um heli multi-missão, ou seja, capacidade de dez ou doze fuzileiros para abordagem, guincho para resgate, torreta de 12,7 ou 20mm no nariz dispensando assim montagem e desmontagem conforme missão, capacidade de transporte… Read more »

Adriano Luchiari

Concordo com você!

Ivan

Ozawa,
.
Não obstante ser o raquitismo naval
o que por hoje passamos,
também foi a megalomania abissal
o que no passado flertamos.

E estamos…
como estamos!

Nilson

Melhor mesmo em verso do que em prosa…

Ozawa

Ivan 18 de Abril de 2018 at 15:28

Brilhante verso de uma triste prosa . . .

Ivan

Kkkkk…

Ádson

Ivan, o mapento, ops, o poeta!!!

_RR_

Caro Ozawa ( 18 de Abril de 2018 at 13:16 ); Tal como já havia comentado anteriormente, o atraso na aquisição de novos meios nos fez entrar em uma espiral única de problemas que se acumularam e estouraram de uma vez só. Agora, a MB entrou em um processo de deterioração como um todo, e existe a necessidade de construir novos vasos de superfície em praticamente todos os seguimentos de combate de uma só vez, sem que possa haver uma substituição escalonada; e isso, sabemos, é virtualmente impossível para a combalida capacidade de gastar de nosso País… De fato, só… Read more »

Nilson

E no curto prazo (até 3 ou 4 anos), além do Riachuelo e o Ocean, e talvez a conclusão do Maracanã, não há perspectivas de chegada de novos meios, pois não tem nada sendo construído além do ProSub. Necessário apelar então para compras de oportunidade e principalmente colocar para navegar os meios já existentes, desde que o custo da reforma seja compatível com a utilização adicional (evitar o efeito Ceará…).

Nilson

Olhemos o lado positivo: se há menos meios em uso, o custeio fica menor, então possivelmente sobre espaço para propor no orçamento de 2019 mais reformas e investimento. Está na hora das decisões, a proposta orçamentária do ano que vem está em elaboração.

Zorann

Olá Nilson!
.
A MB gasta muito pouco de fato navegando, ou com manutenções. E isto já vem a tempos. Tive a oportunidade de olhar os gastos no orçamento da MB a alguns anos (orçamento de 2015 ou 2016) e é de assustar. A MB gasta mais de água, luz, telefone no AMRJ do que com combustivel para toda Marinha.

Ádson

RR, o problema de meios menores é que em comissões de duração um pouco maiores a tripulação é muito penalizada, se for em mar grosso ai nem se fala. Um OVP entre 90 e 100 metros teria um valor pouca coisa maior que um de 80, e ainda se não tiver hangar vc terá que esperar o final da vida deste meio para substitui-lo por um com hangar, tendo o hangar não é obrigatória o investimento em um heli, podendo esperar uma situação orçamentária mais favorável.

Ozawa

Caro _RR_, agradeço as explicações ao tempo em que me reporto reflexamente à elas em meus argumentos de (Ozawa 19 de Abril de 2018 at 8:58).

Esteves

A MB está definida como Marinha de Guerra Oceânica. A partir daí os meios estão listados no PAEMB, no PROSUPER, no Prosub e no Livro Branco. A defesa da faixa litorânea que vai de Santos a Vitória (ES) e a Foz do Amazonas são as prioridades estratégicas. Depois vem a Amazônia Azul e o Mar de 300 milhas que nenhum país reconhece e a elevação de Trindade que julgamos nos pertencer. Todinha. Definidos os 4 planos e em obediência à Constitucional, vamos aos meios. Pode parar. O país gasta muito mais do que arrecada. Ficaremos assim até o início dos… Read more »

Aerokicker

Agora vão eleger um ex-militar maluco que não tem respeito nem dentro das Forças e não entende bulhufas sobre economia para virar uma Dilma de calças, ou de farda se preferir.

O Teto de Gastos é necessário, pois freia o crescimento dos gastos à inflação. Mas é preciso cortar gastos. Temos muito gasto discricionário, sendo gasto em custeio alto e gasto em investimento baixo. No final não conseguimos investir em rodovia, quanto mais nas Forças.

O brasileiro ainda precisa aprender que não existe almoço grátis antes de querer levantar a cabeça e se dizer soberano.

Zorann

Olá Esteves! . Eu não entendi muito bem alguns pontos do seu comentário. Mas vamos lá. . O crescimento da dívida pública está muito longe de estar sob controle. A arrecadação federal em 2017 foi de R$ 1.342 bilhões. E tivemos um déficit de R$ 125 bilhões que também virou dívida pública. E aí não se incluem os gastos de juros com rolagem da dívida pública. . Como não há superavit primário, todo o gasto com rolagem da dívida, é somado ao principal e gera mais juros a serem pagos. Se somar tudo oque foi gasto de juros e outros… Read more »

Esteves

Olá Zorann, Não percebi distanciamento do que penso com o que vc escreveu. Posso ter sido confuso. A dívida pública não vence todo dia. Ela é rolada. O problema é o nível de endividamento que caminha para 100% do PIB daqui a alguns anos. Dilma foi convencida pelos economistas da Unicamp a emitir títulos para compensar a queda da arrecadação. Beluzzo dava o exemplo da economia norte-americana que se autofinancia. Esquecia e esquece o professor que os juros dos títulos americanos sao bastante menores que os nossos e que o Tesouro deles tem grande capacidade de resgate também muitas vezes… Read more »

Esteves

Um procurador federal de Brasília denunciou um contrato celebrado pela MB com a Odebrechet em Ipero.

O Poder Naval publicou. O aditivo é de 2,8 bilhões. De 5 para 7,8 bilhões. A MB emitiu nota justificando o aditivo. Esta justificado. Plenamente.

Quando esse país apresentar contratos aditivados de 7,8 para 5 bilhões, pode ser que os pensamentos ou planejamentos passem a ser executados da forma como foram publicados.

André

Deixo aqui uma dúvida futura…
Com o recente cancelamento da missão na República Centro Africana (MINUSCA), feito pelo governo Brasileiro, seria possível ou há alguma intenção de aumentar o número de navios Brasileiros na UNIFIL para 2 ? já que o governo vai economizar com o não envio de tropas para a África e daria mais ênfase diplomática do Brasil no Oriente Médio.

Esteves

Temer cancelou a missão na África porque a ONU se mete demais no Brasil. Fez bem.

Nilson

Além disso, o dinheiro “economizado” com a MINUSCA deve ser direcionado para a intervenção no RJ, que é a prioridade do momento.

Ozawa

Nonato 18 de Abril de 2018 at 15:05 Prezado Nonato, Não sendo essa uma dissertação em estudos navais, muito menos uma tese, em apertadíssima síntese do mais necessário a um debate coloquial a partir da sua réplica, a sua dúvida encerra uma questão de fundo: precisamos, afinal, de uma marinha de guerra? Se não, como defendem alguns (de)formadores de opinião muito conhecidos, superadas estão todas as dúvidas e debates e o próprio PN, vamos recomeçar a MB do zero e refundar simplesmente uma guarda costeira. Como não comungo dessa ideia, seja à luz do poder naval comparado, onde países com… Read more »

Ozawa

Em complemento à idéia antes sugerida, houvesse interesse operacional da FAB, maturidade tática da MB e mentalidade estratégica do MinDef, esses AF1 modernizados poderiam suprir uma lacuna de LIFT na instrução dos caçadores.

Adriano Luchiari

Concordo com a desativação do VF-1, dos A-4 e da aviação de asa fixa embarcada hoje e no futuro, discordo quanto à extinção da operação de asas fixas na MB. Essa deveria aceitar a proposta da FAB de incorporar sua aviação de patrulha (P-3AM e o esquadrão Orungan) ao Comando da Força Aeronaval. Patrulha e esclarecimento marítimos e ataque ASW/ASuW são missões típicas e prerrogativa de marinhas.

Carlos Eduardo Oliveira

Me disseram que quase 70% da tripulação desse navio, dispensou a primeira viagem dele para o Líbano.

Nilson

“Ozawa 19 de Abril de 2018 at 8:58 o atual comando deveria dar uma direção eloquente naquele sentido, DESATIVANDO DEFINITIVAMENTE O AF1 E O EsqdVEC 1” . Prezadíssimo Ozawa, permita-me entrincheirar em lado oposto a tal opinião. Tenho defendido que o melhor navio para causar deterrência contra esquadra inimiga, em face de nossa imensa costa, é um belo avião de caça/ataque, de longo alcance e armado com mísseis anti-navio, apoiado pelo necessário reconhecimento aéreo. Considero que a FAB não tem o menor apetite por tal tarefa, tanto que nas armas destinadas ao primeiro lote de Gripen não constaram mísseis anti-navio.… Read more »

Nilson

Complementando: hoje não há dinheiro para Gripen na MB, imagino que haverá quando encerrar a primeira fase do ProSub (essa atual, de 4+1)

Zorann

Olá Nilson! . Temos que ser práticos. Não dá para ter tudo. Enquanto ficarmos presos a esta idéia do que seria o ideal, não vamos sair do lugar. . Qual a maior prioridade da Marinha? Precisam de navios: corvetas, submarinos, OPVs, NPa 500t. E sabe lá se vão conseguir atender a estas necessidades. Deixar isto de lado, ou relegar a segundo plano estas necessidades, para ter aviões de caça? Oque deveria sim estar nas mãos da MB seria a aviação de patrulha. Isto sim melhora demais a capacidade de patrulha da MB. . Por outro lado temos a FAB que… Read more »

Zorann

E mais uma… . A função do Ministro da Defesa é política. É fazer o meio de campo entre as demandas das FAs e oque o governo pode gastar. Não passa disto. Não há a preocupação nem a vontade de se discutir os gastos e as nossas reais necessidades. Ninguém quer se indispor com as FAs. Então fica tudo como está. Então o AF1 vai continuar existindo, vai continuar voando 2 aeronaves sem utilidade nenhuma, porque o governo jamais vai questionar isto. Como não há interessse de se discutir o asunto, o cargo não precisa ser técnico; ele precisa ser… Read more »

Esteves

E retornamos com a mesma situação dos anos 1960. Compra logo o porta-aviões pra não encherem mais. Compra logo as Tamandarés pra ver se param de perturbar. Compra logo esses aviões. Da esse submarino pra essa gente ter o que fazer.

Ajuda a entender porque o subnuclear já tem mais de 30 anos e o reator multiproposito mais de 50.

Nilson

Concordo, Zorann, que não há como ter tudo. É necessário gastar o pouco dinheiro com o que seja mais eficiente (priorizar). Nossa divergência parece ser sobre o que é prioritário. Por isso entendo que depois das 4 Tamandaré, que são necessárias para manter um mínimo de vasos de superfície, a prioridade para a esquadra de combate deveria ser adquirir 6 Grippen + míssil anti-navio, pois, com pouco pessoal e com o custo de 2 Tamandaré, se consegue um poder de dissuasão muito maior do que se comprar mais 4 Tamandaré. Lógico que qualquer aquisição de vulto (além das Tamandaré e… Read more »

Luiz Monteiro

Prezados,

Segundo o site Infodefensa, a Navantia desistiu de participar do Programa Classe Tamandaré.

Rumores informam que a BAe também irá se retirar do certame.

http://www.infodefensa.com/latam/2018/04/20/noticia-navantia-retira-programa-tamandare.html

Abraços

Ádson

Prezado Monteiro, a meses que ouço alguns passaros que voam na ilha das cobras e seus entornos cantarem que já deu Fincantieri. Não defendo que seja verdade, mas acho muito provável.

Dalton

Nilson…
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ter apenas 6 aeronaves significa que apenas uma fração delas estará sempre em condições de
combate e será necessária toda uma estrutura para manter tão poucas unidades, pilotos,
pilotos extras, mecânicos, logística para peças, armas, combustível,etc.
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Quanto a sentir-se mais “seguro” com 6 aeronaves, também depende muito de quem se
considera como potenciais inimigos, muitos países os tem claramente identificados e sabem o
que esperar, já no caso brasileiro não é tão claro e os limitados recursos exigem um melhor aproveitamento de recursos e pessoal.

Nilson

Valeu, Dalton, essa possibilidade que nos é concedida de debater os temas é um dos grandes méritos do Poder Naval. Afinal, se cada um dos leitores receber a incumbência de “gastar” x bilhões para remontar nossa Marinha, cada um terá uma ideia diferente. E todos torcendo para que as decisões reais sejam as mais sensatas!!

Esteves

Concordo com o Ozawa. País com uma dimensão litorânea como a nossa precisa de marinha litorânea. Não temos poder financeiro para sustentar marinha de guerra nem estudos estratégicos que indiquem a necessidade de construí-la e mantê-la.

Também não há como manter força aerea naval a não ser que vivamos nos anos 1960 enquanto o mundo chega em 2020.