por Guilherme Poggio

Este é mais um post da série de textos que o Poder Naval está fazendo a partir das informações coletadas durante a visita que a equipe fez às instalações da Marinha em Itaguaí/RJ. Lembrando que o Poder Naval esteve na UFEM e no EBN no dia 4 de junho passado.

A área sul do EBN (Estaleiro e Base Naval) de Itaguaí possui diversas obras civis em andamento. Uma delas que está em fase de acabamento é o prédio do simulador de submarinos convencionais (veja a matéria sobre o mesmo clicando aqui).

Não muito distante do prédio do simulador de submarinos convencionais está sendo construído o Centro de Manutenção de Sistemas de Submarinos – CMSS (ver localização na imagem acima). Trata-se de uma estrutura imponente, que chama atenção pela sua altura. Boa parte da estrutura metálica já esta pronta e em muitos pavimentos o fechamento com blocos de alvenaria já foi realizado.

Este prédio abrigará uma oficina de mastro (o que, em parte, explica a altura), o centro de apoio aos equipamentos de sonar e manutenção de sistemas de combate.

Desta maneira a Marinha pretende realizar todos (ou pelo menos quase todos) estes serviços no próprio país. Esta é uma condição rara entre os diversos usuários de submarinos ao longo do globo. Uma vez em funcionamento, o CMSS contribuirá para manter a Força de Submarinos mais independente no seu aspecto operativo.

Em função do cronograma de visita apertado, não houve tempo disponível para uma visita desta obra em particular. Eventualmente numa próxima oportunidade poderemos colher informações mais detalhadas para os nossos leitores.

 

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filipe

O Prosub é um projecto gigantesco ,é o Brasil pensando em Grande…

Juscelino S. Noronha.

Parabéns ao Poder Naval por prestar tal cobertura e informar os leitores sobre o Prosub, que na minha opinião é o mais importante projeto de nossa Marinha de Guerra. Que venham mais submarinos para a Força!!!

Renan

Muito boa a reportagem

Henrique de Freitas

Aproveitando a deixa do Brasil que da certo, coloco esse link offtopic para conhecimento dos amigos. Tecnologia de ponta tambem ready to go.
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2016/05/superlaboratorio-sirius-esta-no-limite-do-que-fisica-permite-afirma-diretor.html

Leonardo Araújo

Boa matéria.
Não conhecia este relevante projeto.
Ao nível do PROSUB.

Épsilon

Vão me criticar.
Em alguns “anos” vamos ter submarinos modernos é “até” nuclear.
Enquanto isso no lado contrario da moeda todas as capitanias, sem navios de patrulha suficiente é a grande maioria dos poucos que se tem todos obsoletos é mal armados.
A marinha pensa no queijo quando não fez nem o curral ainda. Seria cômico se não fosse Trágico.

Robsonmkt

Este é um investimento de longo prazo, de mais de 40 anos, que apesar de todos os percalços políticos, orçamentários e tecnológicos, finalmente começa a se concretizar.
Pelo o que eu conheço do interesse do Brasil (povo e governo) por assuntos de defesa, Se o PROSUB não existisse, o estado de nossa esquadra seria o mesmo.

Flight

Épsilon, Concordo em partes contigo. Comparativamente e de modo bem simplificado, se pensarmos em um orçamento doméstico o orçamento da MB ela tem que priorizar um item de sua cesta de compras em detrimento de outro, esse mês vou investir na TV para daqui um ano quando o carnê das Casas Bahia for quitado comprar o Home. Tem sido assim nas FFAA nacionais. Submarinos ou Porta Aviões com Aviões? Modernização de Helicópteros ou do A-4? E assim vai. O problema é que falta empenho dos gestores públicos para arrumar a máquina e fazer o país uma potência ou mesmo um… Read more »

ROBINSON CASAL

Veja os avanços mais recentes do programa de submarinos da Marinha.

LucianoSR71

Como sempre falo, sou um leigo que gosta muito de História, na 2ªGM os alemães construiram 06 Type VIID – U-Boats modificados c/ tubos de permitiam implantar minas ( uma base ficava no solo marinho e a mina subia presa por cabo a esta ) p/ afundar navios aliados. Pergunto:
-Os submarinos atuais têm essa capacidade, e como é o sistema? Seria através dos tubos de torpedos?
-Especificamente no nosso caso a MB tem ( ou terá nesses novos submarinos ) essa capacidade?

Fernando "Nunão" De Martini

Luciano,
A resposta às perguntas é sim.
Abaixo, matéria mostrando carregamento de mina de exercício em submarino da Marinha:

http://www.naval.com.br/blog/2014/08/23/submarino-tapajo-se-prepara-para-exercicio-de-minagem-e-recebe-visita-do-comemch/

LucianoSR71

Primeiramente, obrigado por sua atenção. Já abusando, poderia me informar se a mina funciona da mesma maneira daquelas da 2ª GM, ou seja depois de ejetada pelo tubo de torpedo uma base fica no solo e a mina sobe presa por cabo? E o acionamento é por sensor magnético ou sonar ( ou ambos )? Abs.

Alexandre Galante

Exatamente, Luciano. E existem as minas de fundo também, que não têm cabo e ficam no leito marinho.

LucianoSR71

Obrigado também Galante. E quanto ao acionamento, qual o tipo de sensor? E abusando mais uma vez, essas que ficam no leito são p/ atingir submarinos?

Fernando "Nunão" De Martini

Luciano,
O IPQM desenvolveu uma mina de fundeio de influência acústica e magnética (ou seja, detona por ambos os processos sem precisar contato do navio ou submarino que se aproxime) e desenvolve uma mais aperfeiçoada, de fundo (as de fundo são adequadas a águas rasas, as de fundeio, para mais profundas, independentemente do alvo ser navio ou submarino) e que além de sensores acústicos e magnéticos também usa pressão em seu algoritmo:

https://www.marinha.mil.br/ipqm/node/27

https://www.marinha.mil.br/ipqm/node/31

LucianoSR71

Muito obrigado, Mestres. Sempre tenho sede de saber e quando encontro fontes tão boas, tenho que aproveitar.Abs.

Dalton

Luciano…
.
só complementando…na Primeira Guerra Mundial também existiram submarinos específicos
para lançar minas e não foram apenas alemães e durante o período entre guerras,
1918-1939 também várias nações construíram submarinos dedicados à lançar minas.

Sequim

Parabéns ao Poder Naval pela excelente reportagem. É muito bom ver a mídia especializada (e competente) nos trazer informações fartas, corretas e úteis.

romario

Em que ano se deu a compra dos 4 submarinos Scorpene convencionais e de 1 casco para o submarino de propulsão nuclear? Quem era o presidente e de qual partido ele era?

Fernando "Nunão" De Martini

O contrato do Prosub com a DCNS francesa (hoje Naval Group) é de 2008.

Antes dele, em 2007, houve um contrato não efetivado de submarino Tipo 214 com a Alemanha + modernização de 5 classe Tupi / Tikuna e opção para mais um Tipo 214.

As outras perguntas vc pode responder sozinho, certo?

Carlos Sérgio Rocha Lopes

Kkkk. Era outro Brasil! Só não enxergam os ________________, todos os projetos estratégicos de defesa e o seu próprio livro branco foram idealizado num certo governo nacionalista! _____________________ não caio no canto dos de verde amarelo por fora e Yankees ( multicolores) por dentro, prefiro os de vermelho por fora e de verde amarelo por dentro, no coração! Gostei do comentário sobre investimentos errados, pprta aviões, etc. Mas esse projeto é importantíssimo para defesa de nosspo antigo Pré-Sal, hoje nem sei como vai ficar, ele está cada vez menos nosso!

COMENTÁRIO EDITADO. LEIA AS REGRAS DO BLOG:
http://www.naval.com.br/blog/home/regras-de-conduta-para-comentarios/

Gabriel

Teremos uma infraestrutura impar na América Latina e isso é excelente