O navio de apoio logístico LSS Vulcano da Marinha Italiana foi lançado em 22 de junho no estaleiro Muggiano (La Spezia) da Fincantieri.

A cerimônia contou com a presença da ministra da Defesa italiana, Elisabetta Trenta, do chefe da Defesa, general Claudio Graziano, e do chefe da Marinha, almirante Valter Girardelli.

O trabalho no navio começou em fevereiro de 2016, enquanto a cerimônia de batimento de quilha foi realizada seis meses depois, em julho.

O LSS de 193 metros de comprimento será equipado com um hospital e recursos de saúde com salas de operação, salas de radiologia e análise, um consultório odontológico e salas de hospital que serão capazes de abrigar até 17 pacientes gravemente feridos.

O navio combina a capacidade de transportar e transferir líquidos (óleo diesel, combustível de aviação, água doce) e sólidos (peças sobressalentes de emergência, alimentos e munições) e realizar reparos no mar e trabalhos de manutenção para outras embarcações.

Logistic Support Ship (LSS) da Fincantieri
Logistic Support Ship (LSS) da Fincantieri

De acordo com a Fincantieri, os sistemas de defesa estão limitados ao comando e controle em cenários táticos, mas o navio também é capaz de embarcar sistemas de defesa mais complexos e se tornar uma plataforma de inteligência e guerra eletrônica.

Um vídeo do lançamento, com muitas fotos aéreas do navio no dique seco flutuante, foi transmitido ao vivo na noite de sexta-feira.

O navio é construído sob o plano de renovação da frota da Marinha italiana e está substituindo os antigos navios de reabastecimento de frota da classe Stromboli que estão em serviço na Marinha Italiana há mais de quarenta anos.

O plano de renovação da frota italiana é um projeto de 3,5 bilhões de euros que inclui também um LHD – que começou em fevereiro de 2018 – e seis navios de patrulha (PPA), com mais quatro em opção. A Fincantieri e a Finmeccanica são as principais empreiteiras, onde a participação da Fincantieri é de aproximadamente € 2,3 bilhões, enquanto a Finmeccanica receberá os € 1,2 bilhões restantes.

O lançamento do LHD está previsto para 2019, com entrega em 2021. As entregas dos PPA ocorrerão em 2022, 2023, 2024 (duas unidades), 2025 e 2026.

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Esteves

Antecipado por um colega comentarista. Impressionante. E a Itália segue em crise com a Fiat dizendo que deixará de produzir no país. Bilhões e bilhões de euros. Jobs, jobs, como diria o Trump.

Nilson

Quem sabe a Fincantieri não se interesse em produzir um pouco por aqui, a exemplo da Fiat?? (começando pelas Tamandaré, depois outros tipos de navio, para o mercado mundial). Apesar de tudo que se fala, talvez nossos custos de produção sejam mais baixos do que na Itália, ainda mais porque, na exportação, não há incidência tributária, e na venda interna de material de defesa, se forem seguidas as regras legais, pode haver ampla isenção tributária.

Mk48

Nilson, seria ótimo, mas quando tomarem conhecimento da nossa legislação trabalhista certamente mudariam de ideia…..rsrsr

Nilson

Mas, e a reforma?? Não era a solução para todos os males?? Agora, será que eles sabem que o ICMS da energia elétrica é maior do que 30%?? rsrsrs esse custo Brasil está espalhado para muitos lados…

Hélio

Eu não sei se sabe, mas isso já acontece aqui. A azimut, estaleiro de iates de luxo, se instalou aqui justamente por causa dos custos muito menores que na Europa. Esse negócio de CLT é lobby de quem quer equiparar as condições de trabalho daqui com as da China. A clt é ruim? Claro que é, mas passa longe de ser isso que cantam. O maior problema para a competitividade da indústria nacional é a impressionante incompetência dos empresários. Eu trabalho com consultoria e todo dia me surpreendo com o amadorismo dos nossos gestores.

Mk48

Hélio, eu sou empresário. Tenho 15 empregados na minha empresa e não é fácil lidar com a CLT. A mentalidade é que o empresário é o explorador do pobre coitado do empregado. As leis trabalhistas no Brasil tratam o empregador como bandido.

Você como consultor deve saber bem isso.

Thiago

FCA/Fiat ? Mais uma que adora mamar, pede e obtém subsídios , vantagens fiscais,etc, mas apenas capta o risco larga tudo, so sobra prejuizo econômico e custos sociais para o Estado. Agnelli e Elkann ? empresários vigaristas o Brasil têm de sobra, pra que importa mais…

Ivan BC

Depende como é observado a “crise”. O PIB da Itália é quase igual o nosso, porém a população deles equivale a 30% da nossa. O país cresceu 1,5% ano passado, estão 4 anos sem recessão, aliás, a nossa recessão (atual crise) foi maior do que a deles na época de crise. A dívida pública deles equivale a 130% do PIB, o nosso 80%, mas a tendência é que a nossa chegue a 100% em 2025 (coisa que eu acredito, pois na minha opinião nenhum político irá fazer as reformas necessárias). O juros da dívida pública deles gira em torno de… Read more »

Nilson

A propósito, pergunta a quem é do ramo, com a demissão em massa nos estaleiros, terá ocorrido uma redução significativa no valor da mão de obra, devido ao excedente?

Hélio

“Os carros na Europa, apesar de mais caros que nos EUA, são mais baratos que no Brasil. O custo médio de um carro novo no Brasil é pelo menos 3 vezes mais caro que na média européia”
Como é que é? Qual a fonte desse dado? Pegando por base o VW UP, ele é mais barato aqui que na Alemanha, e lá, o público prefere carros pelados. Aqui as fabricantes vendem as versões de topo justamente porque o brasileiro não absorve as versões mais simples.

Ivan BC

“” Aqui as fabricantes vendem as versões de topo justamente porque o brasileiro não absorve as versões mais simples.””” Observação: Errado. Exatamente o oposto. Os carros no Brasil são secos, justamente para equiparar o produto com o nível de renda nacional. Um exemplo bem engraçado foi a New Tucson, o carro chegou no Brasil igual o modelo americano, em menos de um ano secaram o carro para baixar o preço diante da concorrência do Compass, Peugeout 3008 etc… O carros no Brasil, de uma forma geral, vem com muito menos equipamentos de série. Sem falar a grande quantidade de modelos… Read more »

Hélio

Pera lá, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Se o tucson veio completo, isso só corrobora com o que eu disse. Se eoe foi capado para concorrer com o compass, isso é nada mais que um erro de posicionamento do produto. É a Hyundai que posicionou mal o seu produto, não o mercado que não absorve. Tanto que, a jeep tem posicionamento Premium, ao contrário da Hyundai. Sobre comparar salário com preço de carro, isso não tem pé nem cabeça. A comparação do poder de compra é global. O custo de vida na Europa é… Read more »

Mk48

Hélio, não sei de onde você tirou isso. Basta comparar os carros que temos no Brasil com as versões que sao lançadas nacEuropa e/ou EUA. É exatamente o oposto.

Hélio

Justamente por comparar que eu sei disso. Compare o mesmo modelo daqui com o de lá. Agora, não adianta dizer que lá eles tem Dodge challenger e aqui não. São coisas diferentes e para mercados diferentes. E não são melhores. Vale lembrar que o só temos “carroças” no Brasil por culpa da própria preferência do brasileiro, isso da época do fusca, onde devido a péssima mão de obra dos mecânicos da época, a manutenção dos carros mais sofisticados como o Gordini e os Alfa Romeo eram muito mal vistos por serem “complicados”. O mecânico só sabia mexer em fusca. Por… Read more »

Mk48

Tome como exemplo do que eu falo o Golf GTI. A versão mais completa é vendida aqui ou na Alemanha ?

Hélio
Hélio

Mk48 25 de junho de 2018 at 19:34

Eu sei sim, assim como sei que tem muito, se não a maioria, dos empresários que embolsam o dinheiro do fgts do empregado, que não cuida da segurança do trabalho, que não fornece EPI adequado, que não paga as férias etc… Se as pessoas agissem certo o Estado não precisaria intervir. É a velha questão do direito natural x direito positivo. O direito só é (ou deveria ser) positivado quando existe uma violação sistemática do direito natural.

Hélio

Mk48 25 de junho de 2018 at 20:11
E existe mercado para ele aqui? É isso que o consumidor quer? É o mesmo caso do Civic type r. As pessoas simplesmente não querem. Carro esportivo não vinga por aqui, brasileiro gosta de luxo.

AVISO DOS EDITORES: A DISCUSSÃO SAIU COMPLETAMENTE DA ROTA. ESTE NÃO É UM BLOG AUTOMOTIVO. VOLTEM AO TEMA DA MATÉRIA.

Thiago

Boa noite a todos , queria apenas apontar para o fato que a carga tributária nos países importantes da UE , com bons índices de desenvolvimento e segurança social , beira ou supera quase sempre o 40%, com poucas exceções. Há de ver como e onde são aplicados e se há retorno/ conveniência para o cidadão. No Brasil infelizmente não , não há retorno, Por isso segurança, saneamento,saúde … são todos serviços que o cidadão precisa buscar externamente para obter um nível de vida aceitável , pois o Estado fornece serviços deficitários . Outro discurso que precisa ser esclarecido é… Read more »

Ivan BC

Thiago 25 de junho de 2018 at 20:35 Thiago, a diferença desses 40% da UE em relação ao nosso 46% (2017) está no seguinte aspecto: de onde sai esses 40%? No caso da Noruega, por exemplo, eu sei que a tributação fica concentrada no setor petrolífero. De resto a tributação ronda os 20% nos produtos e serviços. No Brasil a tributação é diluída em toda a sociedade, principalmente na base da sociedade. Para piorar há grande tributação na produção e consumo básico das famílias (estou falando de produtos comuns). Mais importante do que o percentual é saber onde esse percentual… Read more »

Ivan BC

kkkk desculpa…realmente sai da discussão.

Bardini

Fotos do Vulcano:
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Bardini

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Nilson

Bardini, o Wave comparado com o Vulcano, sem contar a idade. Como é que fica. Qualquer um dos dois atende às necessidades da MB?? Sem querer menosprezar uma solução Vulcano, que é belíssimo!

Bardini

O Wave transporta mais coisa, principalmente líquidos…
.
O Vulcano é menor. Eu diria que ele é mais completo e abrange melhor outras missões em tempos de paz, como ajuda humanitária e patrulha conta pirataria.
Além de poder transportar tudo o que MB poderia precisar, contaria com um hospital e um bom número de acomodações para operações. Comporta 235 pessoas. O Vulcano também poderia receber dois H225M ou um mix entre outas aeronaves.
.
Se fosse pra escolher, sem dúvida nenhuma eu pagaria a mais para ter o Vulcano.

Top Gun Sea

Bardine
Sinceramente a classe inglesa Wave aparenta ter as linhas mais modernas e lay out mais definido como navio de apoio logístico do que esse Vulcano. Olhando as fotos e vídeos o Vulcano aparenta um designer mais retrô com a popa e secção quadrada parecendo convés de vôo de fragatas, um convés muito cheio de estruturas com menos espaço embora, seja menor.. É claro que seus instrumentos podem ser mais modernos, mas o Wave é mais NT e completo e o Brasil será bem servido com um dos Waves.

Luiz Monteiro

Prezado Bardini,

Sem qualquer dúvida, obter navio por construção é muito melhor que as compras de oportunidade. Todavia, pelo que pude apurar, o Wave deve ser colocado a venda por 1/10 do valor do Vulcano.

Certamente a MB também prefere o Vulcano, mas nesse momento de crise econômica será difícil adiquiri-lo.

Abraços

Bardini

Se for no curto prazo, deve ser o Ruler então. O outro está passando por manutenção.
.
Olha, quanto a aquisição. Eu acho os Wave um pouco grande demais… Mas é achismo meu.
A única certeza que tenho, é que estamos realmente precisando desse tipo de navio para passar a ter capacidade de operar longe de casa. Ainda mais com a chegada do Atlântico.
No final das contas, é melhor ter um Wave de 20 e poucos anos seminovo pros nossos padrões, do que não ter nada e ficar esperando sair alguma definição cair do céu.

José Queiroz

A legislação trabalhista do Brasil é muito mais permissiva do que a Italiana e a mão de obra de todos os países da Europa ocidental é muito mais cara do que a nossa. Os nossos problemas principais são: 1. Educação – falta de mão de obra qualificada; 2. Inconstância e falta de investimento em defesa – mercado intermo absorve pouco do que seria possível produzir aqui; 3. Grandes investimentos requerem estabilidade institucional, ou seja, o executivo, o legislativo e a justiça brasileiros são muito “volúveis”, vide história recente. Seria interessante observar que o quadro é diferente para a produção de… Read more »

Ivan BC

A legislação trabalhista do Brasil é muito mais permissiva do que a Italiana e a mão de obra de todos os países da Europa ocidental é muito mais cara do que a nossa. ……………… Desculpa discordar. Países como Alemanha, Dinamarca, Suécia, Reino Unido, Suiça e Irlanda tem legislações trabalhistas simples (são bem liberais na relação trabalhista, semelhantes ao EUA), muito mais flexíveis que a brasileira. A própria legislação trabalhista da Itália é mais simples que a nossa (certamente por causa da OCDE), é impossível ter legislação trabalhista como a brasileira kkkkkk A mão de obra na Europa não difere tanto… Read more »

Juarez

Quem tem dúvidas sobre custo Brasil e a nossa legislação trabalhista “Mussolinica”, semana passada o TST condenou a Petrobras a pagar 17 bilhões, é sim bilhões de reais referente a acordos trabalhistas não cumpridos. Tem um advogado, parente de um ex presidente do STF recente, que vai ficar rico com a causa.
Sabem que vai pagar isto né??

Todos nós e toda indústria que consome derivado de petróleo, pois com certeza vai pingar no custo da Petrossauro.
Só louco para vir produzir ago no Brasil.

José Queiroz

É correto afirmar que a legislação brasileira para o comércio e indústria, em geral e não só a trabalhista, é um cipoal de martar macaco. Também é correto falar que a legislação da Europa e mais simples, no que tange ao trabalho. O salário mínimo na Itália é negociado, varia de 900 a 1100 Euros. Mas a permissividade se dá em outros termos, lembremo-nos que eles recebem em Euros e lá as leis protegem mais os direitos correlatos ao trabalho, a saber, máximo de horas trabalhadas, saúde no trabalho, proteção a infância, etc. Subsidiariamente, mostro um resumo feito a partir… Read more »

Esteves

A todos os colegas que postaram sobre CLT e custos para produzir no Brasil. Negócio ou empresa no Brasil morre por 3 motivos. 1) falta de capital de giro 2) incompetência do empresário 3) ausência de vendas Empresas brasileiras não sabem fazer conta de margem. Não conhecem o impacto das despesas operacionais no negócio. Sofrem por amadorismo. Não é achismo. É dado. É informação. É perfil de empresa brasileira de 0 a 99 empregados. Se a empresa escapa de não dar certo após o quinto ano (muitas vão adiante) carrega os vícios do imediatismo que serão sanados se a empresa… Read more »

Esteves

Sobre os 15 bilhões da Petrobras, trata-se de interpretação da redação de acordos coletivos. Um lado diz uma coisa, o outro diz outra. Cabe recurso no TST e no STF. Não é surpresa porque a estatal é saqueada todos os dias por prefeitos, governadores e sócios de suas receitas. Incluindo a MB. Tá na lei. Não dá pra comparar as Types com as Tamandarés. Assim como não dá pra comparar Land Rover ou RollsRoyce com qualquer produto made in Brasil. Não dá pra comparar sociedades com prisões sem presos como as dos países do norte europeu com a nossa que… Read more »

Carlos Alberto Soares

_________ saíram completamente da matéria, raras exceções.

O wave em minha opinião deve ser adquirido, mais parrudo para mar aberto.

Vulcano mais pra Mediterrâneo ?

COMENTÁRIO EDITADO. MODERE O LINGUAJAR.

De Luca, Vicente Roberto.

Helio, fui um pequeno empresário com diversas atividades. Em 40 anos de atividade laboral, sofri duas demandas trabalhistas, o que é uma vitória e tanto. Ocorreu algo inédito: logrei “ganhar” as duas Causas. Mas os meus aborrecimentos foram tantos que, ao ingressar na Reserva, cursei Direito e hj tb sou advogado. Por força da minha vivência profissional, advogo muito para empresários da área de construção civil e estou associado a uma empresa de peritos, em razão da minha formação técnica. Helio, diante desse currículo, quase que como um desabafo, digo: “é muito difícil empreender no Brasil, em qq segmento”. Em… Read more »