Comandante da Marinha diz que Brasil está ‘vulnerável’

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SÃO PAULO – No momento em que os preços do petróleo disparam no mundo, o Brasil descobre novas e valiosas reservas em sua costa e a Nigéria se vê obrigada a fechar seu principal campo petrolífero após ataques de grupos rebeldes, o comandante da Marinha, almirante Julio de Moura Neto, adverte que o Brasil precisa aumentar a segurança em suas bacias. “Estamos vulneráveis”, diz em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. “É impossível, com os meios que temos hoje, estarmos presentes onde precisamos.”

O almirante defendeu a duplicação da frota de navios-patrulha, passando dos atuais 27 para 54. Segundo ele, a Marinha também está empenhada na construção de submarinos e no prosseguimento de seu programa nuclear, outras de suas prioridades. “Pode dizer que o País está vulnerável, porque não tem a quantidade de meios suficientes para se fazer presente em toda a área de responsabilidade, principalmente nas proximidades de todos os campos de petróleo”, afirmou ele, depois de tentar minimizar a preocupação com a reativação da quarta frota norte-americana, para patrulhar as águas do Atlântico. Mas avisou que o Brasil não aceitará, “em hipótese alguma”, interferência em assuntos internos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Houve mudança no plano de reequipamento da Marinha para poder proteger os novos campos de petróleo?

Tenho defendido a importância de a Marinha ter seus navios e estar equipada para tomar conta das nossas águas jurisdicionais que têm petróleo, gás, muita pesca, uma quantidade enorme de interesses, além do tráfico marítimo. Essas descobertas na camada pré-sal só reforçam a necessidade de a Marinha ter navios em número suficiente para se fazer presente.

Quais as prioridades?

A prioridade nº 1 são os submarinos; a segunda, a construção de navios-patrulha para podermos estar junto às plataformas de petróleo, cumprindo a missão constitucional da Marinha. Precisamos continuar a construção dos submarinos convencionais e chegar à do submarino de propulsão nuclear. São armas de grande persuasão e o poder naval necessita delas. A Marinha considera de fundamental importância continuar construindo submarinos convencionais para não perder toda a qualificação que nós obtivemos na construção dos submarinos convencionais no Brasil.

Os recursos prometidos estão assegurados?

Os R$ 130milhões (para o programa nuclear) que o presidente prometeu estão inseridos no orçamento da Marinha, que é de R$ 1,976 bilhão, este ano. Houve um contingenciamento de R$ 400 milhões e temos muitas esperanças de que tudo será liberado a curto prazo. Mas estamos querendo ainda uma verba extra-orçamentária de R$ 330 milhões para outras necessidades da Força. Queremos ter de volta o que estava previsto na lei orçamentária, R$ 2,177 bilhões, e foi retirado por causa da perda da CPMF. Com esse total esperamos cumprir exatamente o que planejamos.

E o dinheiro dos royalties?

Temos R$ 3,2 bilhões (atrasados a receber). São recursos que têm sido contingenciados. Este ano, a previsão de arrecadação é de R$ 1,7 bilhão e, desse total, cerca de R$ 1 bilhão já está no Orçamento. Se uma parte desse dinheiro fosse liberada, dava para construir todos os navios que nós precisamos. Queremos 27 navios-patrulha. E queremos mais R$ 100 milhões para iniciar o programa e, durante os anos seguintes, precisamos continuar recebendo o mesmo valor. Cada navio custa R$ 80 milhões. Eles vão atender não só às bacias do Rio de Janeiro, mas de Vitória, Campos, Santos, Sergipe, entre outras. Mas estamos certos de que, a exemplo do que houve no ano passado, teremos todo o dinheiro contingenciado liberado.

Quando esses navios podem ser adquiridos?

Em julho vamos abrir um processo licitatório para a construção de quatro navios-patrulha de 500 toneladas. Já é o primeiro passo para chegar ao número que necessitamos. Precisamos desses navios para estarmos permanentemente junto às plataformas de petróleo, que estão cada vez mais distantes. Todos serão construídos aqui e a média de tempo para um navio-patrulha ficar pronto é de dois anos e meio.

Com o poder naval de que dispõe, o Brasil tem condições de proteger seus campos de petróleo?

Mesmo para o caso da Bacia de Campos, que é mais próxima do litoral, nossos navios-patrulha não são suficientes. À medida que formos para bacias cada vez mais distantes, precisaremos de ter mais navios. É impossível com os meios que temos hoje estarmos presentes onde precisamos.

E o pessoal da Marinha está treinado para proteger as plataformas de petróleo?

Temos feito os treinamentos, inclusive de proteção às plataformas, de comum acordo com a Petrobrás. São exercícios de várias formas, de retomada e resgate de plataforma, usando tropas de fuzileiros navais ou mergulhadores de combate.

Os Estados Unidos, justamente agora que o Brasil está descobrindo seguidas reservas de petróleo, anunciaram o retorno da quarta frota. Há temor de reativação dessa quarta frota?

A quarta frota está sendo reativada para cumprir uma missão que eles já fazem, por meio da segunda frota, que consideravam que estava sobrecarregada. Os dois países têm um relacionamento absolutamente correto no plano diplomático. As Marinhas se respeitam. Portanto, não há preocupação maior.

Mas vamos admitir que eles dêem palpite aqui, que andem por aqui.

Na política externa, o Brasil defende a autodeterminação dos povos, não-intervenção em assuntos internos e a busca pacífica da solução de controvérsias. Assim como defendemos isso, queremos ser tratados dessa forma. Que os outros países do mundo respeitem exatamente esses mesmos princípios. Os Estados Unidos têm dado todas as garantias de que respeitarão todas as figuras jurídicas, criadas na Lei do Mar, por meio da Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar. E isso envolve as zonas econômicas exclusivas, onde os Estados costeiros têm direito exclusivo de explorar os recursos vivos e não-vivos do mar, do solo e do subsolo. E os EUA têm manifestado, permanentemente, o respeito a essa convenção.

Mas o País aceitará interferência?

Em hipótese alguma. Assim como propalamos a não-intervenção nos assuntos internos, a autodeterminação dos povos e a busca da solução pacífica de controvérsias, exigimos ser tratados assim.

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Nimitz

É, a casa caiu… agora já era! Só nos resta rezar, porque nem mesmo em 20 anos vamos conseguir construir um Poder Naval com credibilidade.

Massa

Com a construção de um submarino nuclear tupiniquim estaremos mais seguros, não é ?
Há muito tempo deveriamos ter mais navios patrulhas, ao invés disso, nosso Almirantado prefere priorizar grandes investimentos imaginando um ataque de uma grande potência militar, mas totalmente vulnerável a um ataque de um simples navio pirata.
O cobertor é curto meu caro.
Deveriamos aprender a lição que os americanos tomaram no dia 11 de setembro…

LM

O poder naval não se faz do dia para a noite. Foram décadas de descaso com as FF.AA., com isso temos carrências em praticamente todos os setores. O Alte. Moura Neto deixou bem claro em sua entrevista quais são as prioridades da MB. É necessário que se trabalhe com realismo, dentro dos orçamentos que serão disponibilizados nos próximos anos. Nesse interim, está sendo apresentado ao MD as reais necessidades para que se possa cumprir minimamente o que está determinado na CF/88, como função da MB. Muitos aqui irão criticá-lo, mas quem vive o dia-a-dia, principalmente embarcado sabe que precisamos investir… Read more »

Douglas

é de rolar de rir a preocupação com a 4ª frota. gostaria de perguntar sobre os Sukoi venezuelanos e seus misseis anti navio com alcance de 120 km. No mais, parece que os tais 50 patrulhas, viraram uma encomenda inicial de “4” a serem licitados em julho, mais “27” se não tiver contingenciamento. orçamento total de R$ 1,9 bi? isso mal dá pra uma fragata FREMM por ano. Pelo menos ele indicou que o esforço será em subs convencionais avançados no médio prazo.

Lobim

Se for isso é ridículo um pais com as riquezas que temos no nosso mar seria no mínimo descaso por parte das autoridades e desse governo!!!!

marujo

Ótimo que se tenha um plano realista para ser anunciado em 7 de setembro, e que ele estabeleça prioridades (03 submarinos e 54 patrulheiros).Antecipando o plano, o LM já delineou em seu post o que podemos esperar nesta data.Mas fico com uma preocupação: é um plano de longo prazo para a reconstrução do nosso poder naval. E neste tempo, até 2025, como faremos para nos equiparar em poder de dissuasão com marinhas sul-americanas como as venezuela e chilena e, ao que tudo indica, a colombiana e peruana? Oito escoltas são muito pouco para um país do tamanho do nosso.

marujo

LM,não entendi: são 12 ou 16 Sea Hawk até 2025?

Douglas

Prezado LM, a construção de 8 escoltas, 3 SSK até 2025, MODSUB e patrulhas vai drenar todo o orçamento se não houver aporte por parte do tesouro nacional. Não vejo SSN antes de 2030/2035 com a injeção de apenas 100/120 milhoes por ano no projeto dele. Por isso é o curto prazo que preocupa. Melhor priorizar em subs, patrulhas e escoltas tipo o type 23 da RN de segunda mão, ou 22 mais novos que o do lote anterior recebido. Simplesmente não há dinheiro para esses projetos e aquisições. E o Brasil parece-me está com síndrome de potencia, só serve… Read more »

LM

Prezado Marujo, são 12 Seahawk até 2020.

LM

Prezado Douglas, segundo o que foi passado à MB pelo MD, o investimento para construção do SSN estaria garantido independente dos demais investimentos. É esperar para ver. Com relação as Type 23, eu concordo com você. Estive algumas vezes a bordo desses magníficos navios e, em minha opinião pessoal, seria ótimo poder servir a bordo de um desses. Todos os escoltas atuais da MB (com exceção da Barroso), serão desencorporados até 2025. Acredito, e isso é uma opnião minha, que somente 8 escoltas é um número muito reduzido e que deverão ser incorporandos navios obtidos através das chamadas “compras de… Read more »

Douglas

com os valores apresentados pelo proprio comandante da Marinha, dá pra vislumbrar que pra construir 8 escoltas, já fica apertado. Ou serão do tipo da Inhaúma, um reparo exocet, capacidade AA praticamente nula, etc.´Espero que o proximo presidente triplique o orçamento militar. e ainda assim será ínfimo, se comparado ao que se gasta com ONG’s de apadrinhados, bolsa voto, e outros gastos governamentais populistas.

Douglas

uma fragata nova hoje custa mais de US 500 milhoes, isso é mais da metade do orçamento anual da marinha!!!!!! se vc considerar que o grosso vai pra conservaçaõ, manutenção, não dá pra encomendar muita coisa não.

Ozawa

Sem embargo das afirmações do Chefe Naval no que respeite o famigerado contigenciamento de despesas, mas a administração dos recursos existentes não apontam para as prioridades ditas urgentes, sim, porque canalizar os parcos recursos, na ótica abordada para navios-patrulha e submarinos, contraditam com a aquisição de um navio-aeródromo cuja utilidade real têm sido exaustivamente debatida neste blog. Acredito que a(s) prioridade(s) devessem apontar para escoltas mais robustas que meros navios-patrulha de 500 ton, pois, a contar com alguma ação efetivamente beligerante, tais belonaves não darão conta de pender a balança do combate ao nosso lado, convenhamos… Navios-patrulha têm o condão… Read more »

André

Também penso que o número de escoltas é pequeno e se a prioridade for navios patrulha, como eu entendi da leitura da entrevista com Alte. Moura Neto, podemos dizer que a MB será, em verdade, no futuro uma grande guarda costeira?

moyses

a pergunta fundamental é: para que servem as FFAA no brasil? uma entrevista como a que foi oferecida pelo almirante é o caminho mais correto. ela aponta as necessidades, fla das conting~encias políticas, articula com a sociedade. mas nem sempre é assim.. as pessoas fazem comentários mas se esquecem que o dinheiro para as FFAA é público. se fosse uma coisa séria, duvido que existiria um projeto como esse para o sub nuclear. que foi um dreno de dinheiro público nos anos 80.. não sou contrário ao sub nuclear, ok? ou a série de problemas no período da construção das… Read more »

Douglas

essa situação é grave, não é? Acho que até o programa de patrulhas canhoneiras (4 daqui a dois anos, mais 27 sabe lá Deus quando) é tímido. reparem que não há sequer dado sobre escoltas. Esse orçamento médio de R$ 2 bi por ano é pífio.

Norberto Pontes

Eu falei outro dia quando se referia ao navio chileno, que muitos acharam feio, não importa, mas que o Chile menor(bem menor) que o BRASIL tentando fazer algo em defesa própria.
Agora com tamanha riqueza e sabendo que um dia se pintar uma loucura por recursos naturais(e olha que o ser humano é louco mesmo), esse país não terá como defender-se de outros mais agressivos(o), sabem a quem me refiro..
O Brasil parece sabe o quê? um gigante rico, mas boboca que apanha de outros..
Sem pessimismo meu, mas precisamos acordar antes que seja tarde..

Douglas

bom, vamos aguardar 07.09. Não sei o que vem por ai.

GustavoB

Basicamente é isso mesmo, sr. Moyses. O ponto é: se houver “uma loucura por recursos naturais” não poderemos nos defender mesmo, e sabem por quê? Porque quem estará à frente dessa campanha serão os EUA e seus aliados, compadres por compromisso, dívida e cobiça. A menos que alguém aqui acha que conseguiríamos detê-los, aí mudo minha opinião.. Tem mais uma coisa que gostaria de emendar. O Bolsa Família, além de reduzir a desigualdade (vários países vieram ver como funciona, a Índia é um deles), injeta recursos e movimenta a economia, criando um círculo virtuoso. Agora, se simplesmente comprarmos 6 escoltas… Read more »

marujo

LM, os Seahawks serão orgânicos só do São ou também das futuras fragatas previstas no PRM?

LM

Marujo, sobre os escoltas, o REM definiu que as mesmas deverão ser construidas em estaleiros nacionais (Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e estaleiros privados). Serão projetadas pela MB com apoio técnico de uma empresa internacional. A tendência é pela DCN francesa, e nossos navios teriam um desenho e dimensões comparados as FREMM franco-italianas. Dessa forma, o heicóptero orgânico seria de 10t, ou seja, os seahawks. Isso vem de encontro a intenção de padronização dos meios pretendida pela MB. Quanto a substituição do Nae São Paulo, os REM começarão a ser discutidos em 2011. A intenção é obter um… Read more »

Flávio

Baseado nos dados transcritos pelo LM, e considerando que os mesmos estão sendo feitos em conjunto e conforme a nossa Política Nacional de Defesa a ser anunciado ambos em 07/09, eu sou levado a concluir que a nossa Marinha praticamente será transformada numa Guarda-Costeira, exceto pelo fato de possuir alguns elementos de marinha oceânica (1 NAe, 8 escoltas, subs convencionais e nuclear). Será lamentável se isso ocorrer. Já estou começando a não querer o tal pronunciamento do 07/09…

Afonso Sousa

Fala-se muito de construir isto, comprar aquilo, não sei quem faz assim, não sei quem faz assado. Esta certo que o assunto e legal como “exercício de imaginação”, mas acho que devemos ser um pouco mais realistas, mais práticos.

Escuto e leio muito sobre proteger nossos navios de prospecção e extração de petróleo, mas gostaria muito de ver uma conversa menos “vaga”, mais concreta.

Proteger de quem? Proteger contra o que? Proteger com o que???

Sinceramente gostaria de ler mais sobre assuntos factíveis.

marujo

Daqui a 17 anos, em 2025, teremos 08 escoltas novas, substituindo as 14 atuais, que não sabemos se aguentarão até lá.A MB será então uma Guarda Costeira, com alguns elementos de marinha oceânica, como afirma (com clareza)o Flávio no post acima.Lamentável!

Pedro Rocha

Olá senhores! Como o tópico se originou de uma entrevista do Comandante da Força Naval, um representante do executivo, eu vou externar algumas considerações políticas. Senhor GustavoB, infelizmente sua observação não procede, pelos seguintes aspectos: O programa “Bolsa Família” não contribui para combater a desigualdade social, muito pelo contrario. Explico seus recursos advém do tesouro nacional, como o Governo não cria riquezas, quem sustenta o programa é o contribuinte. Acho que é senso que temos a maior e pior carga tributária do planeta. Não vou falar nada sobre a maior, mas quero falar sobre a pior, pois vou demonstrar como… Read more »

André

Marujo e Flávio,
Pelo visto vocês partilham da minha opinião. A MB será na verdade uma guarda costeira.

Bosco

Vulnerável? Não! O Brasil não está vulnerável não! A 4° Frota protege a gente!

Bosco

Agora falando sério! Eu não vejo nada de mais na MB virar uma guarda costeira. É melhor uma guarda costeira bem equipada que uma marinha oceânica aos fragalhos. Não temos que projetar poder coisa nenhuma! Temos é que cuidar do nosso território e do nosso povo. Os USA se quiserem é que projete poder mundo afora. No máximo temos que colaborar com operações de paz da ONU. Devemos usar o território continental brasileiro como um super porta-aviões e o usarmos para defesa. Acho que uma marinha costeira defensiva vem muito a calhar. Alguns subs modernos convencionais bem armados e aviões… Read more »

Douglas

Correto o Sr. Pedro Rocha. apenas complemento dizendo que o bolsa família, não é oriundo da produção de riqueza e investimento, é apenas mais uma sangria no tesouro nacional (tributos pagos pela classe média e livre iniciativa). Não possui qualquer controle e tem servido como instrumento clientelista. É a versão petista da velha prática nordestina de trocar voto por benesses. continua votando em mim que eu vou garantir o bolsa até sabe lá Deus quando. Patético. Só em 2008 custará 15 bilhoes……..

tomas

Deu no jornal: O corte de R$ 8,2 bilhões no Orçamento de 2008 anunciado nesta quarta-feira pelo governo federal principalmente visa a evitar a explosão da inflação em 2009 para que ela fique dentro do centro da meta estipulada de 4,5% anuais.

Adivinhem onde vão cortar???

É tudo ilusão meus amigos…não vai ter reforma de A-1, de A-12, construção de escoltas FREMM, compra do FX-2, nem coisa alguma. Não nesta legislatura!!!

Douglas

Por favor, pelos comentarios do COMANDANTE DA MARINHA, vamos descartar Naes, se tivermos escoltas e uma boa vigilância oceanica já me dou por satisfeito. Cobertura aérea deixa pra FAB. Agora se quisermos gastar um pouquinho nos A4, um pouquinho no São Paulo, um pouquinho no sub nuclear, um pouquinho em escoltas, etc, vamos continuar em frangalhos. Engaveta o Nae, deixa a pesquisa do nuclear seguir seu curso lento. Concentra o pouco que tem em uma vigilancia mais eficiente e em sub convencional(ele disse isso na entrevista) e/ou em novas fragatas. e é só. Não dá pra fazer isso tudo e… Read more »

Douglas

Mauro vamos por parte.: 01. Pare de sonhar. 02. não há dinheiro pro que vc quer. Eu tambem quero mas não dá. 03. Todos os contendores do projeto FX ofereceram contrapartidas em maior ou menor grau (seja militar ou investimento civil) 04. A França é a que facilitou mais a montagem aqui, pois seu equipamento encalhou no mercado internacional e não é de primeira linha não. 05. O comandante da marinha está sendo lúcido. Com esse R$ 1.9 bi, pifio trocado, não dá pra fazer quase nada. 06. Até agora ainda há duvida se o cougar “fabricado” aqui será o… Read more »

GustavoB

Caríssimo Pedro Rocha. Não vou polemizar, até porque concordo com muito do que você expôs. É verdade que a reforma tributária esteja entre as mais urgentes, perdendo apenas para a reforma política neste quesito. Penso que, como afirmou, são os impostos e a ineficácia da fiscalização causa maior da desigualdade e que este governo tem no Bolsa Família uma resposta imediatista a um sério problema: o da miséria. Talvez seja o retorno eleitoral, talvez a dificuldade em conduzir as questões numo Congresso vendido, o fato é que o jogo está posto. E, veja bem, na minha opinião esses programas assistencialistas… Read more »

alex

Douglas e todos que gostam de discutir economia: O Bolsa Familia é um instrumento de alavancagem economica em grandes bolsões de pobreza. Daqui a pouco a roda vai começar a girar por sí só. Sem isso nossos irmãos nordestinos continuariam vindo correndo para Sum Paulo intentá um futuro mió….Acreditem, nós temos que agradecer ao Sr. FHC e ao LULA por isso. Gera mercado consumidor onde isso não existe. Existem falhas…mas a recompensa virá.
Economia é um assunto mais complexo…ou mais simples….do que pensam.
Ate mais

GustavoB

Mas que isso fica poluindo o blog, isso fica..

Douglas

Sobre as type 23 a Inlgaterra está passando por renovação. vai começar a encostar as type 42 e ja tem projeto de construção da nova classe que vai tomar o lugar das 23 e 22. Engraçado, as 23 são a espinha dorsal da RN hoje. Mas foi “mau investimento do chile” (não aguento ler isso). Enquanto que do lado de cá da cordilheira, o Comandante da Marinha tá mais preocupado com as canhoneiras, pois não tem dinheiro pra nada. (isso é assim desde a década de 80) ele mostrou caráter pois não tem vergonha de dizer que nós estamos mal,… Read more »

Bosco

Pior que a bolsa família são os direitos adquiridos absurdos e aviltantes, por uma grande parte dos servidores públicos concursados, não concursados, apadrinhados e eletivos. Pior que a bolsa família é a corrupção desmedida de grande parte dos nossos servidores públicos e em especial da classe política, que sangra os cofres públicos. Pior que a bolsa família é o favorecimento das elites com dinheiro público e isenção de tributos com as mais deslavadas desculpas. Anos e anos de descaso e tratamento humilhante e indigno com o sofrido povo brasileiro (se não me engano desde o dia em que aquela frase… Read more »

Walderson

Caro Sr. Pedro Rocha, achei muito interessante a sua defesa de uma pauta com o Congresso, mas, amigo, convenhamos: temos um Congresso que não funciona. Melhor, funciona de terça a quinta. Por que se edita tanta MP? Por que o nosso Congresso não funciona. Se formos depender dele, nem em 2025 teremos uma canoa sequer na MB. O ideal seria não termos bolsa nenhuma, mas o nosso país ainda precisa da política assistencialista. Ao contrário do que muitos pensam, elas funcionam sim, mas devem vir acompanhados de educação. Esse é o problema: o nosso Congresso não quer investir os recursos… Read more »

Azevedo

Não seria interessante termos um “Livro Branco” digno do nome antes de planejarmos Força?
A qm interessar:
http://merln.ndu.edu/whitepapers.html

konner

Disse o presidente do conselho de administração da Helibras, Jorge Viana. Douglas: Artigo número – “06” [” Até agora ainda há duvida se o cougar “fabricado” aqui será o 725 (novo, mas preterido pela propria França) ou o 532 (antiquado) “] O Brasil vai produzir a – ” mais moderna versão do SuperCougar “. Não sei quanto aos demais, mas, ao pé da letra, eu entendo – EC 725 / Caracal. “Já estamos negociando tranferências tecnológicas para produção local de peças”, afirmou Viana. As negociações já estão avançadas com alguns fornecedores, principalmente de Minas Gerais, São Paulo e Rio de… Read more »

Wilson Johann

Acessei o site agora (19:20 – 25/060) e li a entrevista com certa expectativa. Esperava bem mais, confesso! Ainda não li os comentários postados a respeito da matéria, por isso, o que vou dizer já pode ter sido comentado por mais alguém… Fico realmente muito triste e sem esperança ao ver nossos comandantes falarem a respeito do “Poder Naval” de que precisamos. Parece-me que eles são militares de alguma nação africana. Meu Deus, somos uma das maiores nações do mundo e, segundo alguns entendidos, somos a 8ª maior economia do planeta. Me apavora ver o Comandante da Marinha referindo-se a… Read more »

Elden

“ESQUADRAS NÃO SE IMPROVISAM” Já dizia há muito, um sábio Brasileiro. Creio que os políticos desse “IMENSO BRASIL” não tem noção do que o Brasil representa no atual cenário mundial, estão preocupados demais nos seus gabinetes… Mas eu quero contribuir, sou patriota ao extremo, ex-militar e entusiasta. se observar-mos a história mundial, veremos que os mais sagazes póvos sempre prevaleceram contra os ingênuos, ACORDA BRASIL, o nosso Brasil é muito precioso e temos que protege-lo, antes de pensar-mos nas questões internas, porque não adiantará nada as “questõs internas” se formos atacados. Estão nos rodiando, nos testando, dá pra perceber, e… Read more »

tikuna

É mas uma coisa eu concordo c/ o comandante a prioridade nº1 tem q ser os subs,nossa marinha infelismente é pequena e pobre se comparada a outras, e uma grande carta na manga em um conflito bélico certamente seria os sub.Creio q uma frota de uns 12 seria o ideal:

*06- classe tupi
*06-classe scorpene
*02- smb-1 (nuclear)

Clovis

Caro Mauro, Gustavo e Bosco… sei que é complicado acessar este conceituado blog para debater nossas forças armados, principalmente sobre nossa gloriosa marinha, e a cada post das viúvas do FHC,do DEM e vira-latas de plantão, nos depararmos com “frases prontas” copiadas do blog dos segundo essa gente iluminados Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, lucia Hipolito etc, que são “coladas” nos comentários sobre os assuntos aqui discutidos, para atacar o atual governo, que não é nenhuma maravilha, mas nao tenho saudade nenhuma desta gente que este pessoal das críticas a todo custo adora, e que espero nao retornem tão cedo ao… Read more »

Clovis

Este pessoal é de uma miopia profunda, acreditam em factóides criados por esta nossa mídia imunda, que em nada contribui para o desenvolvimento do país, só defendem interesses próprios, que nao são nada dignos… com o advento da internet, a casa está aos poucos ruindo para esta mídia, pois podemos “beber” de várias fontes para emitir opinião… O pior cego é aquele que não quer ver.

Flávio

Realmente os submarinos são hoje o que há de melhor para negar mar a um invasor. Nem os bilhões americanos gastos anualmente em pesquisas diversas conseguiu achar uma forma eficiente de encontrar um sub navegando em silêncio (baterias/AIP ou nuclear em baixa velocidade). A idéia de investir em subs é maravilhosa, porém os subs sozinhos não tem a capacidade de vigiar os céus ou de proteger o espaço aéreo numa dada região. NAes, como eu já opinei, são custosas para se adquirir (navio, aeronaves diversas, escoltas, etc) e de custo de operação e manutenção elevadíssimos. São formidáveis, imprecindíveis quando o… Read more »

Junior

Não vamos ter navios p/ MB, não vamos ter caças p/ Fab, não vamos ter misseis p/ ExB. Não precisa esperar 07/09, pelo depoimento do almirante da MB já dá para ter um noção do que virá pela frente. O Chile por ser um país de proporções pequenas está tentando armas suas Fas, senão com material de ultima geração mas compativel com sua geografia, já o Brasil se esconde covardemente pelo seu tamanho continental. Conflitos acontecem de uma hora para outra, mas pra o Brasil só devemos nos preocupar lá para 2025, até lá se precisarmos a 4ª frota tá… Read more »

konner

O Coronel-General Alexander Zelin que assumiu o comando da Força Aérea Russa, no dia 14 de Maio de 2007 tem sido enérgico nas solicitações.

Em especial parece estar atento aos conceitos americanos de Paralisia Estratégica empregados na Operação Liberdade para o Iraque (OIF).

O que eu quero frisar é a atitude que talvez esteja faltando – ” tem sido ‘enérgico’ nas solicitações.”

konner

“A primeira condição da paz é a respeitabilidade,
e a da respeitabilidade, a força.

A fragilidade dos meios de resistência de um povo, acorda nos vizinhos
mais benévolos veleidades inopinadas, converte, contra
ele, os desinteressados em ambiciosos, os fracos
em fortes, os mansos em agressivos”.

Rui Barbosa (1946)

Pedro Rocha

Olá senhores! Nossa discussão nesse tópico tornou-se apaixonante, algo muito salutar em uma sociedade pluralista e informada. Quero trazer mais algumas informações que acredito serem interessantes. Somos signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, ocorrida em 1982 e por nós ratificada em 1988. Nessa Convenção foi estabelecido o direito sobre o mar sobre o seguinte fracionamento: mar territorial (12 milhas náuticas – território soberano), zona econômica exclusiva (a partir das 12 milhas do mar territorial até 200 milhas – no qual têm prerrogativas na utilização dos recursos, tanto vivos como não-vivos, e responsabilidade na sua gestão),… Read more »