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O Milgem, nome formado pelas palavras turcas Milli Gemi (Navio Nacional), é o “Projeto Corveta” da Turquia, que tem como propósito construir modernos navios de guerra litorânea pela indústria turca, usando extensivamente tecnologias stealth (furtivas).
A construção do primeiro navio da classe, a TCG Heybeliada, começou em 26 de julho de 2005, com o lançamento ao mar previsto para 27 de setembro de 2008. O término da construção está programado para 25 de outubro de 2010, com a entrada em serviço em 2011.
Planeja-se construir 12 navios para a Marinha Turca e outras unidades para exportação. A Marinha do Paquistão negocia desde abril de 2007 com a Turquia, a compra de pelo menos 4 Milgem, sendo 3 construídas localmente.
Quando o projeto Milgem foi lançado oficialmente em 1996, a idéia inicial era construir localmente as corvetas MEKO A-100 de design alemão, mas no ano 2000, a parceria com a Alemanha foi rompida, dando lugar a um projeto totalmente turco.
O conceito e o perfil operacional da Milgem tem similaridades com o LCS (Littoral Combat Ship) desenvolvido pela Lockheed Martin americana, para compor a próxima geração de navios de guerra da US Navy. Curiosamente, também tem semelhanças com a corveta Barroso, da Marinha do Brasil. Abaixo, a ficha técnica da Milgem:

Deslocamento: 2.000t
Comprimento: 99m
Boca: 14,4m
Calado: 3,75m
Propulsão: CODOG (1 turbina a gás e dois motores diesel)
Velocidade: econômica 15 nós; máxima de 29 nós.
Raio de ação: 3.500 milhas náuticas a 15 nós.
Autonomia: 21 dias
Tripulação: 93
Armamento: 1 canhão de 76mm, 2 metralhadoras 12.7 mm Aselsan STAMP, 8 mísseis Harpoon (ou RBS15 Mk.3), um lançador de mísseis antiaéreos de defesa de ponto RAM, dois lançadores triplos de torpedos anti-submarino Mk.46, 1 helicóptero S-70 Seahawk e vários UAVs.

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Marinheiro Popeye

Para mim ao contrário do LCS, essa corveta turca parece-me um navio de proteção, não um de intervenção.

Marinheiro Popeye

As características do LCS são de interdição em áreas conflituosas. Eles seriam a ponta-de-lança de uma intervenção militar americana. Seriam tal qual os F117 da USAF.
A furtividade e velocidade e a possibilidade de desembarcar tropas terrestres (marines, seals etc.) denunciam isso.

Nelson Lima

A Turquia fez ótimo aproveitamento da transferência tecnológica obtida com a construção das Meko 200 e da classe Barbados. Além de também construir submarinos tipo 209 como o Brasil.A MB deveria procurar parceiras estratégicas com a Turquia.

camberiu

Quais sao as “semelhancas” desta classe com a Barroso?

Norberto Pontes

Parabenizo a Turquia por estar fazendo navios…..

fernando-canoas

Parece a MODBAR (Barroso modernizada)……..

Nimitz

As semelhanças com a Barroso estão no deslocamento, dimensões e propulsão. O armamento da Milgem é um pouco melhor, mas nada que uma Barroso modificada não possa levar.

Marcelo

E pensar que as Inhaúma e a Barroso não possuem um sistema de defesa anti-aéreo baseado em mísseis.
Espero que essa lacuna seja preenchida quando modernizarem as Inhaúma porque a Barroso, com o convôo estendido, fica sem espaço para um lançador de mísseis SAM, seja Aspide ou RAM.

Marcelo

Nimitz

Na verdade um RAM poderia ser colocado na Barroso no lugar do CIWS Trinity de 40mm.

camberiu

“As semelhanças com a Barroso estão no deslocamento, dimensões e propulsão.”

Ou seja, e’ uma corveta como a Barroso. Achei interessante colocaram que o fato dos dois navios serem da mesma classe como uma “semelhanca curiosa”.

KURITA

E ainda tem colegas aqui que gostam das inhaumas , para um pobre pé tem sempre um chinelo velho

Leo

Esta questão de semelhança é bem relativa. Pode-se dizer que um fusca é bem semelhante a um fórmula um. Ambos são carros, tem quatro rodas e um motor.

Assim sendo, dá para dizer que as duas são até parecidas.

Leo

Elden

Alguém sabe se a ENGEPRON em parceria com a CMN, como anunciado na LAAD-2007 e editado na revista Tecnologia & Defesa nº 101, está projetando uma corveta de 900 toneladas por nome da classe Combattante BR70? Se está, não seria uma ótima opção para a Marinha?
Um abraço.

Leo

Mauro, Eu concordo com o seu raciocíonio se nós continuássemos a projetar e construir navios localmente. Penso que a construção da Barroso, por exemplo, se justificaria como forma de aprendizado. Seria uma forma de verifivar se os erros das Inhaúmas foram de fato corrigidos. Agora eu tenho dúvidas se este tipo de aprendizado é valido, primeiro porque o tempo entre o projeto das Inhaúmas e as provas de mar da Barroso se passaram quaser 30 anos! Segundo porque se não houver novos projetos locais, não há o que fazer com este conhecimento adquirido. Teríamos que ter uma solução de continuidade… Read more »

Leo

Corrigindo, EXCLUSIVO, VÁLIDO.. esta janelinhas do blog dificultam a revisão dos textos..

Mauricio R.

Alguem aí tem assim um “Bismark”, baratinho prá emprestar???? É prá afundar 4 naviozinhos “proa molhada”, tal qual o HMS Hood, que tem aqui na MB. São as corvetas classe Inhaúma, fumo nelas!!! Creio que + 4 cascos classe “Niterói”, seriam muito mais interessantes e uteis que essas corvetas, repararam na medida da BOCA desse navio turco, mas como a MB não sabia exatamente o que queria p/ suceder á classe “Imperial Marinheiro”; caimos nesse conto do vigário aí. Projetadas e desenvolvídas aqui? Não creio, á época a MB era assessorada por um escritório alemão de projetos navais, o design… Read more »