1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Canhoneira Fluvial Acre

Classe Acre/Melik

 

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: 1904
Incorporação: 1906
Baixa: 11 de março de 1921

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 110 ton; 200 ton. (carregado)

Dimensões: 36.3 m de comprimento, 6.6 m de boca, 1.70 de pontal e 0.85 m de calado.

Blindagem: ?

Propulsão: a vapor: uma caldeira Yarrow, acionando maquina alternativa de 350 hp, acoplado a uma hélice.

Combustível: 22 ton.  de carvão e 6000 achas de lenha. consumo de 7 ton./dia.

Velocidade: máxima de 11 nós e 6 nós de cruzeiro.

Raio de ação: 6.200 milhas nauticas.

Armamento: 1 obuseiro Armstrong de 87 mm (3.4 pol./15 libras), 2 morteiros de 57 mm e 6 metralhadoras Maxins de 7 mm.

Código Internacional de Chamada: GBFZ(1)

Distintivo Numérico: 71(1)

Tripulação: 30 homens.

 

H i s t ó r i c o

 

A Canhoneira Fluvial Acre, foi o segundo navio a ostentar esse nome(1) na Marinha do Brasil em homenagem ao antigo território e ao rio dos mesmos nomes localizados no extremo noroeste do pais. Foi encomendada em 1904, quando era Ministro da Marinha, o Contra-Almirante Júlio César de Noronha, ao estaleiro Yarrow & Company, em Poplar, Inglaterra. Foi armada 1906 no Arsenal de Marinha do Pará, assim como suas irmãs de classe Amapá, Juruá e Missões, sob a fiscalização do Capitão-de-Mar-e-Guerra Policarpo de Barros. Custou 117:654$260, ou na época £ 13.234,90. Foi seu primeiro comandante o Capitão-Tenente Oscar Gitahy de Alencastro.

 

1906

 

Foi incorporada a Flotilha do Amazonas, com sede em Belém do Pará, sendo sua capitânia por longo tempo.

 

1913

 

Em 16 de março, suspendeu, do porto de Belém do Pará com destino á sede flotilha, em Manaus onde chegou a 1º de abril, depois de ter tomado parte no exercício determinado pelo comandante da flotilha.

 

Em 22 de abril suspendeu, atracando ao costado do Vapor Comandante Freitas, capitânia da flotilha, a fim de receber munições e mais material de guerra, seguindo nesse mesmo dia, a fim de fazer um exercido na barra do rio Vega.

 

Em 5 de maio, suspendeu de Manaus indo até baia do Boiassú, no Rio Negro para exercícios em Divisão com as Canhoneira Jutahy e Juruá, regressando no dia 12 do mesmo mês.

 

Em 6 de julho, suspendeu do porto de Manaus, para exercicios em Divisão com as Canhoneira Amapá e Juruá e o Aviso Teffé, fundeando a 7 em Itacoatiara, de onde partiu no dia 27 de agosto com destino a Manaus, onde fundeou a 28.

 

Em 23 de setembro, partiu de Manaus em Divisão com a Canhoneira Amapá e os Avisos Teffé e Jutahy, para exercícios, chegando a Belém do Pará em 3 de outubro.

 

Encontrava-se em estado regular, mas necessitava de reparos nas maquinas.

 

1914

 

Pelo Aviso Ministerial n.º 2.216 de 4 de maio, foi elevada a condição de navio de 3ª classe.

 

1917

 

Pelo Aviso Reservado n.º 2.708A de 20 de julho, que criou as Divisões Navais do Norte, do Centro e do Sul, foi incorporado a Flotilha do Amazonas.

 

Entre 26 de outubro e 31 de dezembro, esteve fundeada no porto de Belém.

 

1918

 

Pelo Aviso Reservado n.º 2.781 de 25 de junho, a Flotilha do Amazonas foi incorporada a Divisão Naval do Norte.

 

1918-20

 

Permaneceu inativa no porto de Belém até março de 1920.

 

1921

 

Em 11 de março, foi mandada dar baixa do serviço pelo Aviso Ministerial n.º 885.

 

A oficialidade da baixa da Canhoneira Acre foi a seguinte:

 

     - CT ? – Comandante

     - 1º Ten. ? – Imediato

     - 1º Ten. Engº. Maquinista ? - Chefe de Maquinas

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CT Oscar Gitahy de Alencastro __/__/1906 a __/__/190_
1º Ten. Galdino Pimentel Duarte __/__/190_ a __/__/190_
1º Ten. Oscar de Mello __/__/190_ a __/__/190_
CT José Paulino Rodrigues __/__/190_ a __/__/190_
CT Jorge Dodsworth Martins __/__/191_ a __/__/191_
CC Vicente Augusto Rodrigues 23/08/1917 a 14/11/1918
CT José Pereira de Lucena 14/11/1918 a 21/03/1920

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.11.

 

- Boiteux, Lucas Alexandre. Das Nossas Naus de Ontem aos Submarinos de Hoje.

 

- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.


(1) As designações dos distintivos não correspondem aos usados hoje.

(2) Acre ou Aquiri, nome que em tupi-guarani significa "rio verde".