1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Canhoneira Mista Araguary

Classe Araguaia

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: ?
Incorporação: 1858
Baixa: 1882

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 400 ton
Dimensões: 44.2 m de comprimento, 7.4 m de boca e 2.6 m de calado.

Blindagem: ?
Propulsão: vela e vapor; máquina alternativa a vapor, gerando 80 hp.

Velocidade: 9 nós.

Raio de ação: ?
Armamento: 2 peças de calibre 32 e 8 peças de calibre 68, em rodizio.

Tripulação: 77 homens.

 

H i s t ó r i c o

 

A Canhoneira Mista Araguary, foi o primeiro navio a ostentar esse nome em homenagem a cidade localizada em Minas Gerais e ao Rio do mesmo, na Marinha do Brasil. Foi construída na Inglaterra, sob a fiscalização do Vice-Almirante Joaquim Marques Lisboa (Alte. Tamandaré). Foi seu primeiro comandante, o 1º Tenente Pedro Tomé de Castro Araújo.

 

1858

 

Em 7 de agosto, chegou a Recife, proveniente de Londres via Lisboa, realizando a travessia em 36 dias. Em 23 de agosto, chegou ao Rio de Janeiro, junto com suas irmãs Araguaia, Iguatemy e Ivahy.

 

1865

 

Em 25 de maio, participou da tomada de Corrientes.

 

Em 30 de abril, partiu de Buenos Aires, sob o comando do 1º Tenente Antônio Luiz von Hoonholtz, integrando a Esquadra comandada pelo Almirante Barroso, que era composta pela Fragata Amazonas (capitânia), e pelas Corvetas Beberibe, Belmonte e Parnahyba e pelas Canhoneiras Araguary, Mearim, Ipiranga, Iguatemy e Jequitinhonha. A Esquadra subiu o rio Paraná a fim de bloquear efetivamente o inimigo na localidade de Três Bocas.

 

Depois de vencer os paraguaios no combate naval de Corrientes em 10 de junho, a Força Naval Brasileira, fundeou nas proximidades de um pequeno afluente do rio Paraná, chamado Riachuelo.

 

O inimigo também tinha um plano: partindo de Humaitá, na noite do dia 10 de junho, seus navios deveriam graduar a velocidade de modo a atingir a esquadra brasileira, de surpresa, nas primeiras horas da madrugada do dia seguinte. Cada navio deveria abordar um dos navios brasileiros e, se algum deles conseguisse repelir a abordagem, teria sua retirada cortada pelas baterias de foguetes e canhões formadas sobre o canal do Riachuelo. Contudo, uma avaria em um dos navios inimigos permitiu que as duas esquadras se avistassem já às 09:00 horas da manhã do dia 11, o que atrapalhou os planos inimigos. Parte da guarnição brasileira fora à terra em busca de lenha para suprir a escassez de carvão, e o restante descansava, com exceção dos vigias e dos homens de guarda da tolda. Repentinamente o grito - “Navio à proa!”

 

Em 11 de junho, a Esquadra de Barroso travou com o inimigo a Batalha Naval do Riachuelo.

 

Em 23 de novembro, recebeu o Vapor-Parlamentário paraguaio Pira-Guirá, com correspondência para o Comandante em Chefe dos Exércitos Aliados.

 

1866

 

Realizou o levantamento hidrográfico do alto Paraguai, o reconhecimento da lagoa Pires e a exploração do rio Paraguai.

 

1867

 

Em 2 de fevereiro, participou do bombardeio de Curupaiti.

 

1873

 

Em 30 de julho, foi determinado ao CF Antônio Joaquim de Mello Tamborim pelo Aviso n.º 1653, que embarca-se para elaborar e organizar instruções náuticas para servirem de guia aos navegantes que demandassem os portos onde se erigiam novos faróis; determinar as coordenadas do farol de Aracati e das posições escolhidas para os faróis projetados para Rocas e Cabo de São Roque. Foram elaboradas instruções para os portos de Vitória (farol Santa Luzia), Recife (Olinda e Picão), Cabedelo (Pedra Seca) e Tutóia (Pedra do Sal).

 

1876

 

Pelo Aviso de 26 de janeiro, o Capitão-de-Fragata Francisco José de Freitas, que havia sido nomeado Comandante do navio no dia 22 de janeiro, passou também a acumular o cargo de Diretor da Repartição de Faróis.

 

Entre 13 e 16 de março, inspecionou a localidade de São Tomé, para escolher o ponto mais conveniente para a construção de um farol ou para estabelecimento de uma Barca-Farol.

 

Em maio, por ser considerada inadequada ao serviço de faróis em especial devido a baixa velocidade é substituída pelo Vapor Transporte Bonifácio.

 

Entre 16 de setembro e 30 de outubro, inspecionou os faróis e balizamento da costa leste até a Bahia, inclusive Abrolhos. Em 46 dias de comissão, foram visitados os faróis de Cabo Frio, Santa Luzia, Abrolhos, Morro de São Paulo, Santo Antônio da Barra, São Marcelo (no interior da baía de Todos os Santos) e Itapoã.

 

1882

 

Deu baixa do serviço ativo.

 

O u t r a s    F o t o s

 

A Canhoneira Araguary, na Baía da Guanabara. (foto: Marinha do Brasil, via coleção de Edson Lucas) A Canhoneira Araguary, na Baía da Guanabara. (foto: Marinha do Brasil, via coleção de Edson Lucas)

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
1ºTen. Pedro Tomé de Castro Araújo __/__/1858 a __/__/185_
1ºTen. Antônio Luiz von Hoonholtz __/__/1865 a __/__/186_
CF Francisco José de Freitas 22/01/1876 a 13/05/1876

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.28-29.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SDGM, n.º 502, abr./mai./jun. 1985.

 

- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br