1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

NHi Canopus - H 22

Classe Sirius

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 13 de dezembro de 1956
Lançamento: 20 de novembro de 1957
Incorporação: 15 de março de 1958

Baixa: 7 de janeiro de 1997

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.463 ton (padrão), 1.916 ton (carregado).
Dimensões: 77.90 m de comprimento, 12.03 m de boca, 5.75 m de pontal e 3.70 m de calado.
Propulsão: diesel; 2 motores diesel Uraga-Sulzer de 7 cilindros 7T6-36 gerando 2.700 shp, acoplados a 2 eixos com hélices de passo controlável.

Combustível: 343 toneladas.

Velocidade: máxima de 15 nós.

Raio de Ação: 12.000 minhas marítimas à 11 nós.
Armamento: nenhum, mas foi construído com reforço estrutural prevendo a instalação de um canhão de 3 pol./50 e quatro metralhadoras de 20 mm.
Sensores: 2 radares de navegação.

Equipamentos: 5 ecobatímetros Kelvin-Hughes MS 26F (dois a bordo e um em cada lancha hidrográfica); 1 ecobatímetro Kelvin-Hughes MS 26G para navegação; 1 ecobatímetro Kelvin-Hughes MS 26H para Oceanografia; um Raydist mod. DM; 2 máquinas de sondar elétrica; 3 máquinas de sondar manuais; Laboratório de Oceanografia e Fotografia. O navio transporta ainda 3 lanchas hidrográficas; 1 lancha de desembarque e 2 jipes.

Aeronaves: 1 helicóptero Westland UH-2 Wasp, mais tarde substituído por um Helibras UH-12/13 Esquilo.

Código Internacional de Chamada: ?
Tripulação: 102 homens, mais 14 pesquisadores.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Navio Hidrográfico Canopus - H 22, foi o segundo navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem a Canopus, estrela da constelação do Navio. Recebeu esse nome em 6 de junho de 1956 pelo Aviso n.º 2023. Foi encomendado em 27 de abril de 1956, junto com o NHi Sirius - H 21, a um custo estimado na época em Cr$ 179.548.686,00. Foi construído pelo estaleiro Ishikawajima Harima Heavy Industries, em Tóquio, Japão. Teve sua quilha batida em 13 de dezembro de 1956, foi lançado ao mar em 20 de novembro de 1957, tendo como madrinha a Sra. Ernesto de Melo Batista, esposa do presidente da Comissão Fiscal de Construção de Navios no Japão. Foi incorporado e submetido a Mostra de Armamento em 15 de março de 1958, em cerimônia realizada em Tóquio. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Fragata Rubem José Rodrigues de Matos.

 

1958

 

Em 11 de abril, suspendeu de Tóquio, para o Brasil, via Canal do Panamá.

 

Em 8 de julho, aproveitando a passagem por Salvador, em viagem inaugural, é empregado o helicóptero do navio em apoio aos trabalhos finais de triangulação em curso na Baía de Todos os Santos. Esta foi a primeira vez que a Marinha empregou helicóptero em serviço hidrográfico.. Na ocasião a aeronave era tripulada pelo CT Roberto Arieira (Piloto) e pelo CT Luiz Carlos de Freitas (Hidrógrafo).

 

Em 17 de julho, chegou ao Rio de Janeiro.

 

Em 30 de julho, passou a subordinação da Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), pelo Aviso 1770 de 30/07/1958 (Bol 33/1958 MM). Inicia o serviço na costa na área da carta n.º 1403, da Barra do Itapemirim ao Cabo de São Tomé, prosseguindo no ano seguinte na Baía de Camamu.

 

1963

 

Em maio e junho realizou levantamento hidrográfico entre o Farol Solidão e a Barra de rio Grande, numa área com cerca de 120 milhas de extensão por 40 milhas de largura, cobrindo as cartas de nº 2000 a 2100.

 

Em 15 de junho, as primeiras horas da madrugada, pouco antes do navio suspender de Rio Grande para o Rio de Janeiro, faleceu em incidente a bordo o Capitão-de-Fragata Arnaldo da Costa Varella. Em 18 de setembro de 1981, foi batizado e lançado ao mar um Navio-Balizador ostentando na popa o nome desse oficial.

 

1964

 

Em 23 de março, completou o levantamento até o paralelo do arroio do Chuí, concluindo o levantamento da Costa Sul.

 

1966

 

Realizou a carta do Porto de Manaus, primeira da região amazônica.

 

Em agosto, realizou comissão hidrográfica na região de Caravelas-BA.

 

1978

 

As Lanchas Hidrográficas do navio, realizaram, pela primeira vez, o levantamento do Rio Oiapoque-AP .

 

1980

 

Entre fevereiro e julho, realizou o levantamento de revisão para atualizar as cartas náuticas do braço norte do Rio Amazonas e da Barra do Rio Pará, pesquisas de perigo isolado nas imediações de Salinópolis e a amarração telurométrica das novas estruturas dos faróis "Apéu"e "Caeté". Nessa comissão o navio atingiu as marcas de 140 dias de mar, 23.135 milhas navegadas e 3.450 milhas quadradas de área sondada.

 

1984

 

Participou da comissão POIT-V/84, realizando o reabastecimento e troca de parte da guarnição da Ilha. Nessa comissão transportou e deu apoio a uma equipe da Fundação Roberto Marinho e do Projeto Tartaruga Marinha, que realizaram pesquisas com as tartarugas na Ilha de Martim Vaz. Essa foi a terceira viagem do Canopus a Martim Vaz.

 

Durante comissão hidrográfica na região norte, realizou levantamento ao redor da Plataforma de Construção de Terminais Marítimos "Iemanjá I", que emborcou e encalhou na Baía de São Marcos-MA, para que essa fosse retirada do local pela Cv Angostura - V 20.

 

1985

 

No primeiro semestre, realizou comissão para atualização das cartas náuticas da região entre Albardão-RS e o Cabo Marta-SC.

 

1989

 

O Navio Hidrográfico Canopus – H 22 e o Navio Oceanográfico Álvaro Alberto – H 43, atracados na Ilha das Cobras, em abril de 1989.(foto: Coleção Pessoal de Gustavo Rocha)

 

1993

 

Entre 7 e 10 de maio, esteve em Santos-SP.

 

Realizou viagem à Ilha da Trindade, levando a bordo uma equipe cartográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), determinou, através de rastreamento de satélites do GPS, as coordenadas precisas de sete estações geodésicas naquela ilha e de uma estação, na Ilha Martim Vaz. Desta forma, os pontos mais orientais de nosso território foram, definitivamente, integrados à rede geodésica do nosso território continental.

 

Durante esse período, foram, também, obtidas, pela primeira vez, dados gravimétricos daquelas ilhas e efetuadas comparações entre diferentes sistemas de posicionamento no mar, por satélite, DGPS de altíssima precisão e longo alcance e considerações hoje indispensáveis ao perfeito conhecimento de nosso território marítimo.

 

1996

 

Em 31 de outubro, foi ativado na Ilha Fiscal, o Grupamento de Navios Hidroceanograficos (GNHo), criado pela portaria n.º 0323, do MM, de 02/09/1996, ao qual o Antares passou a ser subordinado.

 

1997

 

Em 7 de janeiro, em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, foi realizada no molhe da Ilha Fiscal, foi submetido a Mostra de desarmamento e baixa do serviço ativo da Armada. Ao longo desses quase 39 anos de serviço, atingiu as marcas de 126 comissões hidrográficas, perfazendo um total de 3.342 dias de mar e 658.207 milhas navegadas.

 

O ultimo cerimonial de arriar do Pavilhão Nacional foi realizado pelo Almirante Maximiano Eduardo da Silva Fonseca, juntamente com a Sra. Neusa Feveret Matos, esposa do falecido Almirante Rubem José Rodrigues de Matos, o primeiro Comandante do Navio.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O NHi Canopus - H 22, na Ilha da Trindade. (foto: SDM) O ex-NHi Canopus - H 22 e o ex-NHi Taurus - H 33, atracados no AMRJ depois de desativados. (foto: SDM)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CF Rubem José Rodrigues de Matos 15/03/1958 a __/__/19__
CF Arnaldo da Costa Varella __/__/19__ a 15/06/1963
CF Maximiano Eduardo da Silva Fonseca 15/06/1963 a __/11/1964
CF Fernando Mendonça da Costa Freitas __/__/196_ a __/__/196_
CF Fernando Barreto Júnior __/__/196_ a __/__/1970
CF Érico José Cavalcanti de Albuquerque __/__/1987 a __/__/1988
CF Fernando José Andrade Pastor de Almeida 22/02/1978 a __/__/197_

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.64.

 

- Baker III, A.D. Combat Fleets of the World 1998-1999. Annapolis, MD: Naval Institute Press, 1998.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 446, ago. 1980; n.º 497, nov. 1984; n.º 499, jan. 1985; n.º 502, abr./mai./jun. 1985; n.º 622, set. 1994; n.º 655, fev. 1997; n.º 656, mar. 1997; n.º 707, mar. 2001.

 

- Confraria do Bode Verde - www.bodeverde.hpg.ig.com.br

 

- Site do Navio Balizador Comandante Varella - H 18 - www.h18.mar.mil.br.