1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

Transporte/Navio Mineiro

Carlos Gomes

ex-Itaipú

Classe ?

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: ?
Lançamento: ?
Incorporação (CNNC): 1893

Incorporação (MB): 27 de janeiro 1897

Baixa: 10 de março de 1923

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.843 ton.
Dimensões: 92.40 m de comprimento total, 88.73 m de comprimento entre pp, 10.98 m de boca, 6.09 m de pontal e 3.38 m de calado.
Propulsão: 2 maquinas alternativas de triplice expansão, gerando 4.000 hp, acopladas a dois eixos.

Combustível: ? toneladas de carvão.

Eletricidade: ?

Velocidade: 14 nós.

Raio de Ação: ?

Armamento: um canhão Whitworth de 32 lb.; três canhões Krupp de 75.1 mm; um Nordenfelt de 37 mm e dois Hotchkiss de 1lb.

Equipamentos: dois mastros com paus de carga e guinchos a vapor.

Código Internacional de Chamada:
Tripulação: ?

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Transporte de Guerra Carlos Gomes, ex-Itaipú, foi o primeiro e único navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem a Antônio Carlos Gomes, maestro brasileiro de reputação mundial. O Paquete Itaipú, foi construído na Inglaterra e pertencia a Companhia Nacional de Navegação Costeira (Organização Laje), tendo recebido esse nome em homenagem a ponta do mesmo nome, localizada no atual município de Praia Grande, litoral de São Paulo e a lagoa homônima localizada no Rio de Janeiro. Em dezembro de 1893, depois de receber armamento o Vapor Itaipú, foi incorporado a Esquadra Legal por ocasião da Revolta da Armada.

 

O Transporte de Guerra Itaipú, fundeado na Baía da Guanabara, ainda nas cores da CNNC. (foto: Marc Ferrez)

 

1894

 

Em 19 de janeiro, recebeu a bordo em Montevideo (Uruguai), o Almirante Jerônimo Francisco Gonçalves, seguindo para a Bahia, onde chegou em 25 do mesmo mês.

 

Em 7 de março, chegou ao Rio de Janeiro, junto com os demais navios da Esquadra Legal.

 

Em 16 de abril, tomou parte no combate em Santa Catarina.

 

Ao fim da Revolta foi devolvida a Companhia Costeira.

 

1896

 

Em 25 de setembro, foi novamente requisitado e incorporado à Esquadra como Transporte de Guerra, com o nome de Carlos Gomes.

 

Em 27 de setembro, zarpou do Rio de Janeiro com destino a Belém do Pará para trazer o corpo do Maestro Carlos Gomes para Santos. Durante essa viagem transportava o CT Eduardo Augusto Veríssimo de Mattos, que foi nomeado em 27 de junho Ajudante da Diretoria de Faróis, com a tarefa de durante a escala do navio em Abrolhos retirar o Mecânico Alfredo Coupil, que ficara maluco.

 

Em 16 de outubro, retornou ao Rio de Janeiro e foi novamente desarmado em 24 de outubro.

 

1897

 

Em 27 de janeiro, foi submetido a Mostra de Armamento, em cumprimento ao Aviso Ministerial de 25/01/1897, que divulgou a aquisição definitiva do Carlos Gomes pela Marinha e sua classificação como Transporte de Guerra, sendo seu primeiro comandante nessa fase o Capitão-de-Fragata Cândido Floriano da Costa Barreto.

 

1898

 

Foi empregado no transporte de tropas na Campanha de Canudos.

 

1910

 

Em abril, transladou os restos mortais do Embaixador Joaquim Nabuco, do Rio de Janeiro para Pernambuco.

 

Transportou para a Europa, conduziu 754 homens para Europa, para guarnecer o NE Benjamin Constant, em reparos em Toulon, e parte das guarnições dos E São Paulo, C Rio Grande do Sul e do CT Paraná, em construção na Inglaterra.

 

1913

 

Em 3 de setembro, zarpou do Rio de Janeiro, com destino ao Arquipélago de Abrolhos; conduzindo pessoal e material para montagem de uma estação de telegráfica sem fio, regressando em 13 do mesmo mês.

 

Entre 17 e 23 de setembro, foi docado no Dique Guanabara da Ilha das Cobras, para raspagem e pintura do fundo.

 

Em 1º de outubro, partiu novamente, com destino ás ilhas Grande e São Sebastião, conduzindo o Exmo. Sr. Presidente da Republica, o Ministro da Marinha e comitiva, a fim de assistirem ás manobras da esquadra, composta pelos E Minas Geraes, São Paulo, Floriano e Deodoro, os C Barroso, Bahia e Rio Grande do Sul, os Cruzadores-Torpedeiros Tupy, Tamoyo e Tymbira, os CT Amazonas, Pará, Piauhy, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parahyba, Sergipe, Paraná, e o Santa Catarina. Retornou ao Rio, em 4 de outubro.

 

Encontrava-se sediado no Rio de Janeiro, onde servia como Tender de Flotilha de Contratorpedeiros, e necessitava de reparos.

 

1914

 

Em 12 de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando a 4ª Divisão Naval junto com o Transporte Carlos Gomes e os CT Amazonas - CT 1, Para - CT 2, Piauhy - CT 3, Rio Grande do Norte - CT 4, Parahyba - CT 5, Alagoas - CT 6, Sergipe - CT 7, Paraná - CT 8, Santa Catarina - CT 9 e Mato Grosso - CT 10 para exercícios com a Esquadra no litoral de Santa Catarina. A 4ª Divisão, retornou ao Rio de Janeiro em 27 de fevereiro.

 

1917

 

Em 12 de maio, foi classificado como Navio-Mineiro pelo Aviso n.º 1829.

 

1922

 

Em 31 de agosto, deu baixa do serviço. Três meses e meio depois o Aviso de Baixa foi revogado.

 

1923

 

Em 10 de março, foi mandado ser submetido a Mostra de Desarmamento pelo Aviso n.º 1.195.

 

A oficialidade por ocasião da baixa do Navio-Mineiro Carlos Gomes foi a seguinte:

 

     - CT ? – Comandante

     - CT ? – Imediato

     - CT Engº Maquinista ? - Chefe de Máquinas

     - 1º Ten. ? - Encarregado de Armamento

     - 1º Ten. (MD) ? - Medico

     - 1º Ten. (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal

     - 1º Ten. Engº Maquinista ? - 2º Maquinista

     - 1º Ten. Engº Maquinista ? – Enc. de Eletricidade

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Navio Mineiro Carlos Gomes, fundeado na Baía da Guanabara. (foto: Marc Ferrez) O Vapor de Guerra Carlos Gomes, serviu a Marinha do Brasil de 1897 a 1923. (foto: SDM, via José Henrique Mendes)

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CF Cândido Floriano da Costa Barreto 21/01/1897 a __/__/____
CC Felinto Perry 21/01/1897 a __/__/____
CF Henrique Aristides Guilhem __/__/191_ a __/__/191_

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.68 e 136.

 

- Dantas, Ney. A História da Sinalização Náutica Brasileira e breves memórias, Rio de Janeiro. Ed. FEMAR, 2000.

 

- A Marinha por Marc Ferrez - 1880-1910 - Rio de Janeiro, RJ, Brasil - 1986, Editora Index - VEROLME.

 

- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.

 

- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915.