1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

S Ceará - S 14

Classe Corsair/GUPPY II

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 4 de fevereiro de 1944
Lançamento: 15 de dezembro de 1944
Incorporação (USN): 4 de março de 1946
Baixa (USN): ?

Incorporação (MB): 17 de outubro de 1973
Baixa (MB): 1987

 

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.870 ton (carregado na superfície) e 2.420 ton (carregado em mergulho).
Dimensões: 93.7 m de comprimento, 8.3 m de boca e 5.5 m de calado.
Propulsão: diesel-elétrica; 3 motores diesel Fairbanks Morse de 16V cilindros com 1.600 hp cada, 4 geradores Allis Chalmers de 1.100 Kw, 4 motores elétricos Allis Chalmers de 2.700 hp, acoplados a dois eixos e dois hélices de 4 pás. Um motor diesel auxiliar e um gerador auxiliar de 300 Kw.

Velocidade: máxima de 18 nós (superfície) e 15 nós (imersão).

Raio de ação: 12.000 milhas náuticas à 10 nós (superfície ou com snorkel), e ?? dias de autonomia.
Profundidade máxima de mergulho: 400 pés.
Armamento: 10 tubos de torpedos de 21 pol. (533 mm), sendo quatro na popa; com capacidade para 24 torpedos.

Direção de Tiro: ?

Equipamento Eletrônico: MAGE AN/WLR-1.

Código Internacional de Chamada: ?

Tripulação: 83 homens, sendo 7 oficiais e 76 praças.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Submarino Ceará - S 14, ex-USS Amberjack - SS 522, foi o quarto navio e o primeiro submarino da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Estado do Ceará. Foi construído pelo Boston Naval Shipyard, em Boston, Massachusetts. Foi transferido e incorporado à Marinha do Brasil em 17 de outubro de 1973, pelo Aviso 0895 de 25/09/73 MM/EMA e OD 0024 de 17/10/73 CEMA (Bol 40/73/2463 MM) em cerimônia realizada na Base de Submarinos de Key West, Florida. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Fragata Jelcias Baptista da Silva Castro.

 

A oficialidade do recebimento do Ceará foi a seguinte:

 

     - CF Jelcias Baptista da Silva Castro - Comandante

     - CC Sérgio de Almeida Padilha - Imediato

     - CC Rubens Peach Bravo - CheMaq

     - CT Maurício Dutra de Araújo - CheOpe e Enc. Div O

     - CT Celso Mendes Diniz Gonçalves - Enc. Div. S

     - 1º Ten. Paulo Roberto Biassio Miró - Enc. Div. M

     - 1º Ten. Alan Alves de Oliveira - Enc. Div. T

 

Brasão tipo bolacha do S Ceará - S 14.

 

1973

 

Em 30 de novembro, partiu da Base de Submarinos de Groton, Connecticut.

 

1974

 

Em 22 de setembro, chegou ao Rio de Janeiro, atracando no cais da Base Almirante Castro e Silva (BACS).

 

 

1975

 

Tornou-se o primeiro submarino brasileiro a atracar na Ilha de Ascenção, por ocasião de exercícios realizados com um Força-Tarefa britânica. Nesse ano o Ceará foi o recordista de dias de mar na ForS, atingindo a marca de 101 dias.

 

1980

 

Foi docado para PNR, tendo nessa ocasião feito a troca das baterias.

 

1982

 

Em setembro, participou da Operação DRAGÃO XVIII, integrando uma FT, sob o comando do Comandante em Chefe da Esquadra (ComenCh), Vice-Almirante Arthur Ricart da Costa, composta pelo NAeL Minas Gerais - A 11, CTs Marcílio Dias - D 25, Santa Catarina - D 32 e Mato Grosso - D 34, NO Belmonte - G 24, NDCC Duque de Caxias - G 26, Garcia D'Avila - G 28; NTrTs Barroso Pereira - G 16, Ary Parreiras - G 21 e Soares Dutra - G 22; RbAM Triunfo - R 23, NV Araçatuba - M 18 e Abrolhos - M 19, e as EDCGs Guarapari - L 10, Camboriú - L 11 e Tambaú - L 12, além de um contingente de 2.500 fuzileiros navais.

 

1983

 

Em 22 de fevereiro, a 80 milhas ao sul do Farol de Cabo Frio, afundou o casco do ex-CT Pará – D 27, em exercício com 2 torpedos.

 

Conquistou o "Prêmio Torpedex/82".

 

Em outubro, participou da Operação FRATERNO V realizada em conjunto com navios da Armada Argentina no trecho Santos-Rio. Além do Ceará, integravam o GT brasileiro as F Niterói - F 40, Independência - F 44, os CT Marcílio Dias - D 25 e Sergipe - D 35 e o NT Marajó - G 27. O GT argentino era composto pelo CT ARA Santissima Trinidad - D 2, as Cv ARA Drummond - P 1, ARA Guerrico - P 2 e ARA Granville - P 3 e o S ARA Salta - S 31. Foi visitado o porto de Santos-SP.

 

1984

 

Em janeiro, participou da Operação ASPIRANTEX 84/TROPICALEX I/84, realizada nas águas do nordeste, integrando a FT-10, na ocasião sob o comando do ComenCh, VA Luiz Leal Ferreira. A FT-10 era composta pelo NAeL Minas Gerais – A 11 (capitânia); as F Niterói – F 40, Constituição – F 42 e Independência – F 44; os CT Maranhão – D 33, Mariz e Barros – D 26, Marcílio Dias – D 25, Alagoas – D 36, Espírito Santo – D 38, Sergipe – D 35 e Santa Catarina – D 32; pelo NTrT Ary Parreiras – G 21; NT Marajó – G 27 e o NO Belmonte – G 24, além dos NV Atalaia – M 17 e Anhatomirim – M 16 como navios isolados. Foi visitado o porto de Salvador-BA.

 

Em abril, participou de exercícios de mergulho com o S Amazonas - S 16 e o NSS Gastão Moutinho - K 10 na área da Ilhas Grande e de Alcatrazes.

 

Em maio, participou da Operação TEMPEREX I/84, realizada no litoral sul, integrando um FT composta pelo NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia), pelas F Defensora - F 41, Constituição - F 42 e União - F 45; CT Marcilio Dias - D 25, Mariz e Barros - D 26, Santa Catarina - D 32, Maranhão - D 33, Sergipe - D 35 e Alagoas - D 36; S Amazonas - S 16 e o NTrT Ary Parreiras - G 21.

 

Conquistou o Troféu de Eficiência - Echo - "E" e o "Prêmio Torpedex/83", sendo também no ano de 1983 o navio com mais dias de mar e horas de imersão, no âmbito da ForS.

 

Recebeu a visita do Ministro-Chefe do Estado-Maior da Forças Armadas, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Waldir de Vasconcelos e comitiva, realizando imersão e acompanhando os procedimentos de um ataque torpédico simulado.

 

Entre 1º e 10 de outubro, participou da Operação FRATERNO VI realizada em conjunto com navios da Armada Argentina. Além do Ceará, integravam o GT brasileiro sob o comando do Chefe do Estado-Maior da Força de Contratorpedeiros, CMG Sergio Gitirana Chagasteles, as F Niterói - F 40 e Liberal - F 43, e os CT Sergipe - D 35 e Espírito Santo - D 38, além de três helicópteros da ForAerNav. O GT argentino era composto pela F ARA Heroina - D 12, a Cv ARA Drummond - P 1 e o S ARA San Luis - S 32. Foi visitado o porto de Mar del Plata (Argentina).

 

Em onze anos de serviço na MB, atingiu as marcas de 65.000 milhas navegadas, 500 dias de mar, 5.000 horas de imersão.

 

1985

 

Em janeiro, participou como navio escoteiro da Operação TROPICALEX I/85, realizada na área marítima entre os litorais de São Paulo e Pernambuco, sob o comando do Vice-Almirante Bernard David Blower, ComenCh, em apoio a um GT composto pelo NAeL Minas Gerais - A 11 (capitânia), pelas F Niterói - F 40, Defensora - F 41 e Liberal - F 43, pelos CT Marcilio Dias - D 25, Santa Catarina - D 32, Maranhão - D 33, Rio Grande do Norte - D 37 e Espírito Santo - D 38, pelo NTrT Barroso Pereira - G 16 e pelo NT Marajó - G 27. Participaram também como navios escoteiros o S Amazonas - S 16 e NO Belmonte - G 24. Foram visitados os portos de Recife-PE, Cabedelo-PB, Maceió-AL, Salvador-BA, Vitória-ES e Santos-SP.

 

Em março, realizou comissão de adestramento junto com os CT Marcilio Dias - D 25,
Mariz e Barros - D 26, Mato Grosso - D 34 e Santa Catarina - D 32. Foi visitado o porto de Santos-SP.

Conquistou o "Troféu de Eficiência" pela segunda vez consecutiva (Echo - "E" barra) e o "Prêmio Torpedex/85".

 

1986

 

Em 19 de fevereiro, em cerimônia presidida pelo ComForS na Base Almirante Castro e Silva, recebeu o "Prêmio Torpedex/85".

 

1987

 

Deu baixa do Serviço Ativo da Armada, sendo submetido a Mostra de Armamento, em cumprimento a Portaria n.º 0862 do MM de 21/09/1987. Em quatorze anos de serviço na MB, atingiu as marcas de 73.644 milhas navegadas, das quais 5.446 em imersão, e 540.5 dias de mar e lançou 46 torpedos.

 

Cerimonia de baixa do serviço ativo do Ceará em 21 de setembro de 1987 no cais da BACS. (foto: SRPM) Cerimonia de baixa do serviço ativo do Ceará em 21 de setembro de 1987 no cais da BACS. (foto: SRPM)

 

1992

 

Durante as comemorações que antecederam a 25ª Regata de Jangadas "Dragão do Mar", em Fortaleza-CE, foi inaugurado o Monumento ao ex-Submarino Ceará. Situado na Praça Amigos da Marinha, defronte ao portão principal de entrada do Porto de Mucuripe, é constituído primordialmente da vela do ex-Submarino Ceará, que tem sua base envolvida por uma lâmina d'água, que a embeleza sobremaneira, dando a impressão de que o submarino esta semi-submerso. No subsolo, foi construído um salão, através do qual se pode ter acesso visual a toda parte interna da vela, e neste salão estão afixadas placas alusivas à sua inauguração, além de uma bonita placa retirada do Submarino Ceará, que contém a lista de todos os seus ex-Comandantes. Era intenção transformar este espaço num pequeno museu naval, onde seriam expostas peças navais relacionadas com o ex-Submarino Ceará. A solenidade contou também com a presença do ex-Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra (RRm) Henrique Saboia, além do Comandante-em-Chefe da Esquadra, Vice-Almirante José Julio Pedrosa e outras autoridades.

 

A vela do Ceará, preservada em Fortaleza. (foto: Rutênio Sampaio)

 

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

 

O Ceará, em Fortaleza, capital do Ceará. (foto: SRPM) A vela do Ceará, durante uma manobra de emersão. (foto: SRPM) O Ceará, em seus primeiros tempos, quando ainda ostentava na vela o indicativo grande e branco, padrão dos anos 60 e inicio dos 70. (foto: SRPM, coleção Jose Henrique Mendes) O Ceará, em seus primeiros tempos, quando ainda ostentava na vela o indicativo grande e branco, padrão dos anos 60 e inicio dos 70. (foto: SRPM, coleção Jose Henrique Mendes)

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CF Jelcias Baptista da Silva Castro 17/10/1973 a __/__/197_
CF Carlos Augusto Bastos de Oliveira __/__/197_ a __/__/197_
CC Mauricio Guedes de Mello __/__/19__ a __/__/19__
CC Clovis Gelbcke de Matos __/__/19__ a __/__/19__
CF Caio Cintra Ribeiro __/__/1979 a __/__/1980
CF Oscar Moreira da Silva __/__/19__ a __/__/19__
CF Luiz Mário Curry Giffoni __/__/19__ a __/__/19__
CF Newton Rodrigues da Silveira __/__/19__ a __/__/19__

 

H i s t ó r i c o  A n t e r i o r

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Submarinos do Brasil - www.planeta.terra.com.br/relacionamento/submarinosbr.

 

- Souza, Marco Polo Áureo Cerqueira de. Nossos Submarinos; sinopse histórica. 1ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1986. p.74-75 e 85-86.

 

- Comando da Força de Submarinos; Força da Submarinos 90 Anos - 1914-2004; Niterói; ComFors; 2004.

 

- NOMAR - Noticias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 439, jan. 1980; n.º 496, out. 1984; n.º 499, jan. 1985; n.º 500, fev. 1985; n.º 502, abr./mai./jun. 1985; n.º 511, mar. 1986; n.º 533, jan. 1988; n.º 593, nov. 1992.

 

- Revista Tecnologia & Defesa, São Paulo, n.º 11, fevereiro de 1984; n.º 13, 1983; n.º 21, 1985.

 

- Folheto Bem-Vindo a Bordo do Submarino Ceará - S 14.