1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

CT Greenhalgh - M 3/D 24

Classe Marcílio Dias ou M

 

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 8 de maio de 1937
Lançamento: 8 de julho de 1941
Incorporação: 29 de novembro de 1943
Baixa: 9 de abril de 1965

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 1.500 ton (padrão), 2.314 ton (carregado).
Dimensões: 104.03 m de comprimento, 10.7 m de boca e 3.7 m de calado.
Propulsão: vapor; 4 caldeiras Babcock-Wilcox; 2 turbinas a vapor G.E. gerando 42.800 shp, acopladas a dois eixos.

Eletricidade: ?

Velocidade: máxima de 36.5 nós.

Raio de ação: 6.000 milhas náuticas a 15 nós.
Armamento: 5 canhões de 5 pol./38 (127 mm) em reparos singelos; 4 canhões Bofors L/60 de 40 mm em dois reparos duplos; 8 metralhadoras Oerlikon de 20 mm em reparos singelos Mk-3 e Mk-4; 3 reparos quádruplos de tubos de torpedos Mk-15 de 21 pol. (533 mm); 2 calhas de cargas de profundidade Mk 11, 4 projetores laterais do tipo K Mk 6 para cargas de profundidade Mk 6 ou Mk 9 e dois geradores de fumaça Mk 4.

Sensores: ?

Código Internacional de Chamada: PWGH

Tripulação: 210 homens.

Obs: Características da época da incorporação na MB.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Contratorpedeiro Greenhalgh - M 3, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao Guarda-Marinha João Guilherme Greenhalgh, morto heroicamente na Batalha Naval de Riachuelo em 11 de junho de 1965. O Greenhalgh foi construído pelo Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, seguindo o projeto da classe norte-americana Mahan. Teve sua quilha batida em 8 de maio de 1937, e incorporado em 29 de novembro de 1943. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Mar-e-Guerra Ernesto de Araújo.

 

O CT Greenhalgh - M 3, pronto para o lançamento ao mar. (foto: Marinha do Brasil, via coleção de Edson Lucas) Cerimonia de lançamento ao mar do CT Greenhalgh - M 3, em 8 de julho de 1941. (foto: Marinha do Brasil, via coleção de Edson Lucas) Cerimonia de lançamento ao mar do CT Greenhalgh - M 3, em 8 de julho de 1941. (foto: Marinha do Brasil, via coleção de Edson Lucas) Cerimonia de lançamento ao mar do CT Greenhalgh - M 3, em 8 de julho de 1941. (foto: Marinha do Brasil, via coleção de Edson Lucas) Os contratorpedeiros Greenhalgh (M 1), Marcilio Dias (M 2) e Mariz e Barros (M 1) amarrados a contrabordo no Arsenal de Marinha na Ilha das Cobras, durante a fase de acabamento. Ao fundo ainda podem ser vistos os submarinos Tupy, Tamoio e Tymbira, um classe Ita ex-CNNC (Vital de Oliveira ou José Bonifácio) e o Rio Branco, além da popa de outro navio que não foi possível identificar. (foto: SDM)

 

1944

 

Em 2 de julho, partiu do Rio de Janeiro como parte de um GT composto pelos CT Marcilio Dias - M 2 e Mariz e Barros - M 1, pelo C USS Omaha - CL 4 e dois CT norte-americanos encarregados de escoltar o 1º Escalão da FEB com destino a TO da Itália, embarcado no Navio de Transporte USS General W. A. Mann - AP 112. Em 13 de julho, se juntou a esse GT em Gibraltar o USS Kearny - DD 432.

 

O CT Greenhalgh, com a camuflagem da época da 2ª GM e com o indicativo internacional no padrão usado atualmente começando com o "PW", ao invés do "PX" dos anos 60 e 70. (foto: SRPM)

 

Em 26 de julho, repeliu com ataque o submarino alemão U-861 ao largo de Cabo Frio.

 

Em 16 de agosto, já sob o comando do CF Ary Rongel, teve contato com um submarino inimigo.

 

Escoltou o 2º Escalão da FEB para o TO Italiano.

 

Recolheu sobreviventes de um bombardeiro B-17 Flying Fortess a 500 milhas do litoral do nordeste.

 

1945

 

Em 8 de fevereiro, partiu do Rio de Janeiro como parte de um GT composto pelo CT Mariz e Barros - M 1 e pelo C USS Marblehead - CL 12, encarregado de escoltar 5º Escalão da FEB com destino a TO da Itália, embarcado no Navio de Transporte USS General M.C. Meigs - AP ???.

 

Durante a Guerra participou de oito missões de escolta e de três missões de apoio ao transporte aéreo.

 

Em 4 de dezembro, a Esquadra foi restabelecida pelo Decreto n.º 8273, ficando o Greenhalgh, assim como o Marcilio Dias - M 2 e o Mariz e Barros - M 1, à 1ª Flotilha de Contratorpedeiros.

 

O Greenhalgh demandando a saída da Baia da Guanabara ainda durante a Segunda Guerra Mundial. (foto: SDM)

 

1948

 

Em março, participou de um exercício de desembarque junto com os CTE Beberibe - Be 2 e Bocaina - Be 8, transportando uma Companhia de Desembarque reforçada, comandada pelo CT (FN) Fineas Alves Carneiro, que incluía pessoal do Exercito operando lança-chamas, equipamento que não fazia parte da dotação de nossa força anfíbia. Esse exercício de demonstração foi o único realizado na década de 40 e ocorreu na Ilha de Pompeba, na Baia de Sepetiba. É interessante notar que a tropa foi desembarcada por lanchas que pertenciam aos Encouraçados Minas Geraes e São Paulo, conhecidas como "Bois".

 

1950

 

Em 7 de novembro, sofreu um grave acidente na praça de caldeiras, em virtude do rompimento de um tubo de vapor superaquecido, causando a morte do Encarregado de Maquinas CC Antonio Marriog de Mello, do 1º Sargento Manuel Barbosa Tinoco e do Marinheiro Max Schramm, e causando graves queimaduras em outros tripulantes.

 

1953

 

Em 31 de janeiro, foi formado o Comando do 1º Esquadrão de Contratorpedeiros (Comesqd-CT-1), constituído pela 1ª Divisão, com os CT Greenhalgh - D 24, Marcilio Dias - D 25 e Mariz e Barros - D 26 e pela 2ª Divisão com os CT Acre - D 10, Amazonas - D 12, Apa - D 13 e Araguaia - D 14.

 

1965

 

Em 9 de abril, teve baixa do serviço ativo da Armada.

 

 

 

O u t r a s    F o t o s

O CT Greenhalgh, na Baia da Guanabara. (foto: SRPM, coleção de José Henrique Mendes)

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante

Período

CMG Ernesto de Araújo 29/11/1943 a __/__/1944
CF Ary dos Santos Rongel __/__/1944 a __/__/194_
CF Antônio Marriog de Mello __/__/19__ a 07/09/1950
CF Roberto Andersen Cavalcanti 29/11/1963 a 04/02/1965

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.113.

 

- Mendonça, José R. A Marinha Brasileira 1940-2000. Rio de Janeiro. 2001.

 

- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.

 

- O Anfíbio - Revista do Corpo de Fuzileiros Navais. Rio de Janeiro, Assessoria de Relações Publicas do CGCFN, n.º 22, Ano XXIII, 2003.

 

- NOMAR - Notícias da Marinha, Rio de Janeiro, SRPM, n.º 549, mai. 1989; n.º 597, jan. 1993; n.º 630, fev. 1995; n.º 632, mar. 1995.