1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

Almirante

Elisiário Antônio dos Santos

Barão de Angra

 

 

O Almirante Elisiário Antônio dos Santos, era filho de Manuel José dos Santos e de Dona Maria da Piedade, nasceu em Lisboa, em 15 de março de 1806.

 

Entrou para Marinha Imperial do Brasil, assentando Praça de 2º Grumete, voluntário, em 24 de setembro de 1822; Marinheiro e Praticante de Piloto, em 1º de junho de 1823; Aspirante a Guarda-Marinha, em 14 de dezembro de 1825; Guarda-Marinha, em 11 de dezembro de 1826; 2º Tenente, em 19 de outubro de 1828; 1º Tenente, em 15 de setembro de 1837; Capitão-Tenente, em 23 de julho de 1842; Capitão-de-Fragata, em 2 de dezembro de 1854; Capitão-de-Mar-e-Guerra, em 2 de dezembro de 1857; Chefe-de-Divisão, em 21 de janeiro de 1867; Chefe-de-Esquadra, em 12 de abril de 1868; Vice-Almirante, em 28 de dezembro de 1876. Reformado, a pedido, no posto de Almirante, em 17 de abril de 1880.

 

Tomou em batalhas da Guerra da Independência. Comandou: o Brigue-Escuna Caliope; as Corvetas D. Francisca e União; Fragata Amazonas e Encouraçado Lima Barros.

 

Inspetor dos Arsenais de Marinha da Corte e de Pernambuco.

 

Comandante da 2ª Divisão da Esquadra em operações no Paraguai. Salientou-se nas tomadas de Curuzu e Curupaiti, sendo nessa última ferido.

 

Foi Chefe do Estado-Maior da Esquadra em Operações de Guerra no Paraguai.

 

Foi Comandante-em-Chefe da Esquadra em Operações no Paraguai.

 

Encarregado do Quartel-General da Marinha, Ajudante General da Armada e Diretor da Estrada de Ferro D. Pedro II.

 

Possuia os seguintes galardões: Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz, 1843; Cavaleiro da Imperial Ordem do Cruzeiro, 1844; Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, 1860; Barão de Angra, 1871; Grande Oficial da Ordem da Coroa da Italia, 1877; Grã-Gruz da Ordem de São Bento de Aviz, 1877.

 

Escreveu alguns livros técnicos sobre navegação, entre os quais Dicionário de Termos Náuticos (também chamado Dicionário Marítimo Brasileiro).

 

Foi diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil em 1872-73.

 

Faleceu em 29 de setembro de 1883.


- Andréa, Júlio. A Marinha Brasileira: florões de glórias e de epopéias memoráveis. Rio de Janeiro, SDGM, 1955.