1822             -                NAVIOS DE GUERRA BRASILEIROS            -               Hoje

 

CT Pará - CT 2

Classe Pará

 

 

D a t a s

 

Batimento de Quilha: 1908
Lançamento: 11 de julho de 1908
Incorporação: 31 de dezembro de 1909

Baixa: 1936

 

C a r a c t e r í s t i c a s

 

Deslocamento: 560 ton (padrão), 640 ton (carregado).
Dimensões: 73.15 m de comprimento, 7.08 m de boca, 2.22 de calado (leve) 2.42 m de calado (carregado).
Propulsão: Vapor; 2 caldeiras Yarrow e 2 motores de tripla-expansão gerando 8.800 hp, acoplados a 2 eixos e 2 hélices.

Combustível: 140 ton de carvão.

Velocidade: máxima de 28 nós.

Raio de Ação: 1.600 milhas a 15 nós.
Armamento: 2 canhões de 4 pol. (102 mm) em dois reparos singelos, 4 canhões de 47 mm e 2 tubos de torpedos singelos de 18 pol.
Sensores: não possuía.

Código Internacional de Chamada: PXPA(GBEC)(1)

Código Radiotelegráfico: PARAMAR(1)

Chamada Internacional Radio: SNE(1)

Distintivo Numérico: ?

Tripulação: 104 homens.

 

 

H i s t ó r i c o

 

O Contratorpedeiro Pará - CT 2, foi o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil em homenagem ao estado do Pará (1), e o primeiro de uma série de 10 navios que faziam parte do Plano Naval de 1906 concretizado pelo Ministro da Marinha Almirante Alexandrino Faria de Alencar. Foi construído pelo estaleiro Yarrow em Glasgow na Inglaterra. Teve sua quilha batida em 1908, foi lançado em 11 de julho de 1908 e incorporado em 31 de dezembro de 1909. Naquela ocasião, assumiu o comando, o Capitão-de-Corveta Felinto Perry.

 

A oficialidade de recebimento do Contratorpedeiro Pará:

 

     - CC Felinto Perry – Comandante

     - CT ? - Imediato

     - 1º Ten. Engº. Maquinista - Chefe de Maquinas

     - 1º Ten. Engº. Maquinista - 2º Maquinista

     - 1º Ten. ? - Encarregado de Armamento

     - 1º Ten. (Comissário) ? - Enc. do Material e Pessoal

     - 1º Ten. ? - Enc. de Torpedos

     - 2º Ten. Engº. Maquinista - Enc. da Eletricidade

 

1909

 

Em 5 de maio, chegou a Santos, em Divisão Naval composta pelo Cruzador Barroso (capitania), pelo Cruzador Torpedeiro Tupy e pelo Contratorpedeiro Piauí - CT 3. O Barroso, conduzia a bordo o Presidente da Republica, Afonso Augusto Moreira Pena; o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino de Alencar; o Ministro da Guerra Marechal Hermes da Fonseca e demais autoridades em visita oficial a cidade, onde foi inaugurada nessa data a Escola de Aprendizes Marinheiros de Santos.

 

1910

 

Em 11 de junho, chegou ao Brasil, ficando subordinado à Divisão Naval do Centro, com base operacional no Rio de Janeiro, essa divisão era comandada em 1917 pelo Contra-Almirante Francisco de Mattos, e era composta, além do contratorpedeiro Pará, pelos encouraçados Minas Geraes e São Paulo e pelos contratorpedeiros Amazonas, Paraíba, Alagoas, Paraná e Mato Grosso.

 

1913

 

Entre 25 de maio e 7 de julho, foi docado no Dique Santa Cruz do AMRJ na Ilha das Cobras, para substituir três chapas no costado, colocar um reforço na proa, raspar e pintar o fundo.

 

Em 12 de setembro, zarpou do Rio de Janeiro, para os exercidos com a Esquadra na Ilha de São Sebastião. Participaram do exercício, que foi assistido pelo Presidente da Republica ,pelo Ministro da Marinha e comitiva, a bordo do Vapor Carlos Gomes, os E Minas Geraes, São Paulo, Floriano e Deodoro, os C Barroso, Bahia e Rio Grande do Sul, os Cruzadores-Torpedeiros Tupy, Tamoyo e Tymbira, os CT Amazonas, Piauhy, Rio Grande do Norte, Alagoas, Parahyba, Sergipe, Paraná, e o Santa Catarina. Regressou ao Rio no dia 4 de outubro.

 

Entre 18 e 29 de dezembro, foi docado no Dique Santa Cruz na Ilha das Cobras, para substituir diversos rebites no costado, raspar e pintar o fundo.

 

Estava baseado no Rio de Janeiro e encontrava-se em bom estado.

 

1914

 

Em 12 de janeiro, suspendeu do Rio de Janeiro, integrando a 4ª Divisão Naval junto com o Transporte Carlos Gomes e os CT Amazonas - CT 1, Para - CT 2, Piauhy - CT 3, Rio Grande do Norte - CT 4, Parahyba - CT 5, Alagoas - CT 6, Sergipe - CT 7, Paraná - CT 8, Santa Catarina - CT 9 e Mato Grosso - CT 10 para exercícios com a Esquadra no litoral de Santa Catarina. A 4ª Divisão, retornou ao Rio de Janeiro em 27 de fevereiro.

 

1936

 

Deu baixa do serviço ativo.

 

2003

 

Placa com as principais características do Pará e seus irmãos de classe instalada no passadiço do mesmo, que esta preservado na Escola Naval na Ilha de Villegagnon. (foto: Paulo de Oliveira Ribeiro, 10/2003) Passadiço e Tijupá do Pará, preservado na Escola Naval na Ilha de Villegagnon. (foto: Paulo de Oliveira Ribeiro, 10/2003) Passadiço e Tijupá do Pará, preservado na Escola Naval na Ilha de Villegagnon. (foto: Paulo de Oliveira Ribeiro, 10/2003) O CT Pará - CT 2, fundeado amarrado a uma bóia. (foto: SDM, José Henrique Mendes)

 

 

R e l a ç ã o    d e    C o m a n d a n t e s

 

Comandante Período
CC Felinto Perry 31/12/1909 a __/__/191_
CC Henrique Aristides Guilhem __/__/191_ a __/__/191_

 

 

B i b l i o g r a f i a

 

- Mendonça, Mário F. e Vasconcelos, Alberto. Repositório de Nomes dos Navios da Esquadra Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. SDGM. 1959. p.194-195.

 

- Gama, Arthur Oscar Saldanha da. A Marinha do Brasil na Primeira Guerra Mundial. Rio de Janeiro. CAPEMI Editora e Gráfica Ltda., 1982.

 

- Muniz, J. Jr. Presença da Marinha em Santos. 1ª edição. Santos. J. Muniz Jr. 1986.

 

- Jane's Fighting Ships 1944-45. London: Jane's Publishing Company Limited, 1945.

 

- Colaboração de Pedro Caminha.

 

- Relatório do Ano de 1913, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1914.

 

- Relatório do Ano de 1914, apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Marinha Alexandrino Faria de Alencar em abril de 1915.


(1) Pará, estado, cidade, ilha e rio do Brasil, em tupi-guarani i-pa-rá que significa "Coletor de Águas do Mar".